Tabata por May Poetisa
Saudades
A cada dia eu sentia mais saudades de Tabata, já tinha passado uma semana e infelizmente o cheiro dela já tinha sumido do travesseiro e do lençol da minha cama. Mas nas minhas lembranças eu guardava o cheiro dela, o sabor, o toque e tudo que tínhamos vivido. Foram poucos dias ao lado dela, mas foram memoráveis.
Depois do falecimento da Sophia eu nunca tinha me envolvido sério com ninguém, primeiro porque demorei para superar e depois por não ter conhecido nenhuma mulher interessante. Tinha vivido apenas poucas aventuras, nada sério e nem mesmo duradouro. Porém com Tabata era diferente e eu me sentia mais feliz com ela.
A Sophia foi minha primeira namorada, nos conhecemos quando ela mudou para Paraty, logo nos apaixonamos e nos descobrimos juntas. Nós éramos felizes e nosso relacionamento era uma eterna lua de mel. Infelizmente não conseguimos realizar todos nossos sonhos como casal, a vida nem sempre é fácil e Sophia faleceu vítima de um câncer.
Depois que eu perdi a mulher da minha vida, perdi também a esperança de encontrar um novo amor. Eu sempre acreditei que só acontecesse uma única vez, mas depois que conheci a Tabata mudei de opinião.
Quando a vi pela primeira vez no restaurante da pousada admirei muito a beleza daquela ruiva e fiquei encantada por ela. Adorei quando nos conhecemos, mesmo machucada e sentindo dor ela permanecia linda. Foi muito bom poder ajuda-la, mas melhor ainda era cantar para ela. Eu já não passeava mais por Paraty como fiz com ela e os passeios foram excelentes e divertidos. Fiquei interessada pela ruiva desde o início, mas preferi não tomar iniciativa, tinha medo de levar um fora e a companhia dela é um privilégio, então me contentaria em ter apenas a sua amizade. Mas o destino foi gentil comigo, colocou na minha vida uma mulher inteligente, bonita, simpática e decidida.
Quando soube que ela era separada gostei bastante, mas não criei expectativas, sabia que ela gostava de homem. Eu ficava quase louca quando via ela de biquíni e o sorriso dela é inebriante.
Em determinada noite quando a vi dançando com aquele cara e ele dando em cima dela sem cerimônia quase morri de ciúmes. Para minha felicidade Tabata não deu bola para o sujeito. Fui ainda mais feliz quando ela me beijou pela primeira vez na praia, foi surpreendente, gostei muito do sabor do beijo e a cada encontro fiquei ainda mais encantada.
Com a ruiva eu tinha vontade de passar todos os dias da minha vida e nossos passeios eram sempre maravilhosos. As nossas conversas sempre rendiam muito, para completar ela não tinha preconceito algum e sempre bem resolvida aceitou rapidamente o que ocorreu conosco.
Nossas noites juntas eram simplesmente deliciosas, eu me perdia nas curvas do corpo dela, nos beijos, nas carícias e combinamos muito. Fazer amor com ela era maravilhoso, ela não me completava, na verdade me fazia transbordar de alegria e eu me apaixonei perdidamente.
Eu também adorei a Tati, gostei de todo o apoio que ela me deu e ela possui um alto astral contagiante.
Fiquei muito triste e apreensiva quando Tabata me contou que precisava ir embora. Eu não quero perde-la, gosto da companhia da minha ruiva, de toda a sua simpatia, da forma que ela se entrega para mim, da sua personalidade forte, do seu bom humor e em resumo ela me fascina.
Quando ela voltou para SP chorei muito, senti medo, fiquei deprimida e insegura. E se ela não voltar?
Adorei as mensagens que ela me mandou. Depois telefonou, saber que ela também sentia saudades e que queria a minha companhia foi tão bom. Até e-mail trocamos e eu ansiava pelo retorno dela.
Durante as noites era mais complicado suportar a ausência da Tabata, alguns dias era um verdadeiro tormento, eu acabava me entregando e chorando muito.
Eu sabia que no final de semana seria mais difícil, a saudade se intensificaria, então decidi não ficar sozinha e quem adorou foi à dona Solange.
Cheguei à casa da minha mãe na sexta-feira a tarde e combinei de ficar por lá até segunda. No sábado logo depois do almoço recebi uma nova ligação da Tabata.
- Alô!
- Edwiges, boa tarde! Tudo bem?
- Anjo, boa tarde! Sim bem e você?
- Bem também. Você pode falar?
- Claro que sim. Contigo posso falar sempre.
- Quem bom! Muito obrigada por todas as dicas. Eu adorei.
- Por nada. E seu trabalho tudo certo?
- Sim, tudo bem adiantado e o seu?
- Tudo em ordem.
- Eu tenho uma boa notícia.
- Me conta!
- Já comprei minha passagem. Vou para Paraty na sexta.
- Que notícia maravilhosa, te busco que horas na rodoviária?
- Não precisa me buscar.
- Faço questão. Que horas você vai chegar?
- Às cinco e meia da tarde.
- Estarei te esperando.
- Obrigada! Estou com saudades.
- Também estou com saudades. O fotógrafo vem contigo?
- Não. Ele vai chegar na segunda de manhã. Eu que vou antes, pois quero te ver logo.
- Princesa, tão bom ouvir isso.
- Edwiges qual sua cor preferida?
- Azul claro. Por quê?
- Surpresa.
- E qual a sua cor preferida?
- Vermelho.
- Estou tão feliz por saber que na sexta vou te ver.
- Eu também estou muito feliz.
- E você esta se comportando?
- Estou sim minha ciumenta linda.
- Bom mesmo run
- Agora preciso desligar, combinei de visitar meus pais.
- Bom passeio e se cuida.
- Cuide-se também. Um beijo!
- Beijos.
Desliguei o telefone mais animada e passei a tarde toda na praia, praticando surf.
A noite depois do jantar não consegui escapar do interrogatório da dona Solange.
- Edwiges, você esta namorando?
- Não sei. Ainda não conversamos sobre.
- Quem é ela?
- Uma ruiva linda.
- Seus olhos brilham quando você fala dela.
- Eu estou apaixonada.
- Isso é evidente minha filha.
- Esta tão na cara assim?
- Sim. Com ela que você falava depois do almoço?
- Era com ela sim.
- E vão começar a namorar quando?
- Ela é de SP. Veio para Paraty a passeio e também a trabalho, ela é escritora. Ficou hospedada lá na pousada, nos conhecemos e foi maravilhoso tudo que vivemos. Na sexta-feira ela volta.
- Minha filha, você fala dela com afeto e só vi você falando assim antes uma única vez, quando namorava a Sophia. Fico feliz por te ver assim e vou querer conhecer essa moça.
- Vou trazer ela aqui para te conhecer.
- Meu bem sinto que tem futuro, mas te pergunto: você deixaria Paraty?
- Mãe eu não sei, acho que não seria feliz em nenhum outro lugar.
- E ela deixaria São Paulo?
- Eu também não sei.
- Então tenha calma e com o tempo tudo se resolve.
- Te amo! (falei correndo para abraça-la).
- Eu também te amo muito minha filha e tudo vai ficar bem.
Encerramos o domingo assistindo filme, comendo pipocas e curtindo a companhia uma da outra.
No decorrer da semana trabalhei bastante e para minha felicidade a sexta-feira chegou logo e dentro de algumas horas estaria ao lado da Tabata.
Fim do capítulo
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lucy
Em: 09/04/2016
Humm a Sogra quer conhecer a.norinha rs, acredito que se darão muito.bem
Que bom que vão se ver.logo.....
Bjs
Resposta do autor em 11/04/2016:
Sim, sim e deu tudo certo. Sogras assim são demais, a minha por exemplo é um máximo, gosto dela de montão e nos damos muito bem =D
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Mille
Em: 07/02/2016
Ola querida May
Adoro esse jeitinha da Edi, e o próximo capitulo ira matar a saudade da ruiva.
Mais creio que a Tabata já fez de Paraty seu porto ao lado da Edi, as duas são apaixonantes.
Bjus
Resposta do autor em 07/02/2016:
Mille querida!
Sim! No próximo capítulo essa saudade vai acabar ;)
Beijos
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Ana_Clara
Em: 07/02/2016
Eu gosto desta entrega da Edwiges na relação com a Tabata. Ela é intensa, apaixonada e feliz. Ainda bem que a Tabata é escritora, assim fica mais fácil poder exercer a profissão em outra cidade.
Resposta do autor em 07/02/2016:
Ana,
Edwiges e Tabata são lindas *_* casal fofo!
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