Capítulo 2
Na manhã seguinte, me levantei e fui pra Cozinha,Fiz café e rumei até a padaria rapidamente. Assim que eu voltei avistei a Luciana no quintal sentada no mesmo lugar de ontem.
-- oi,bom dia. Ela estava tão linda nem parecia que tinha acabado de acordar.
--bom dia.. achei que você iria acordar mais tarde por hoje ser feriado.
-- eu tenho costume de acordar cedo para ir trabalhar, eu acabei acostumando então eu acordo cedo todos os dias, e você perdeu o sono?
-- não, não está tão cedo assim já são sete e meia da manhã.-- verdade.- Concordei.--vem vamos tomar café da manhã.- ela assentiu com a cabeça e fomos pra Cozinha.
******
-- você trabalha de que?- ela perguntou enquanto tomávamos café.
-- eu trabalho em uma farmácia aqui perto, e você?
-- no momento eu estou desempregada. Achei estranho Uma mulher tão linda como ela sem emprego, qual quer um iria contratá-la.
-- você trabalhava de que Luciana?
-- eu era secretária, mas a empresa fechou e eu acabei ficando sem desempregada.
-- logo você vai conseguir um novo emprego eu tenho certeza.
-- mais por que você tem tanta certeza assim?- perguntou curiosa.
-- por que você é uma mulher tão bonita, você encanta qualquer um.- ela riu sem jeito.
-- Você também é muito bonita. Será que ela me achou bonita mesmo, ou ela falou isso só porque eu também falei, fiquei na dúvida.
-- então Luciana.. como você conheceu o meu pai?- eu ainda estava intrigada, como uma mulher dessas se envolveu com um homem como o meu pai, não dava pra entender.-- nós nos conhecemos em uma balada.
-- hum.. e foi amor a primeira vista? Como foi?- quis saber.
-- foi sim, foi amor a primeira vista.- ela aparentava estar mentindo, parecia que não estava gostando muito do assunto.
-- é você Fernanda está namorando?- talvez eu não devesse ter puxado assunto nenhum.
-- não eu não estou namorando.
-- você não está namorando? Você é tão bonita.- o elogio que foi voltou.
-- eu ainda não encontrei a minha alma gemia, quem sabe um dia não é mesmo.
-- claro.- respondeu desanimada. Ela estava estranha não parecia estar muito contente.- meu pai adentrou a cozinha se aproximou de Luciana, beijou sua nuca depois sua boca.-- bom dia amor.- ele disse ainda com os lábios juntos ao dela. Não sei por que mas eu não gostei de ver os dois se beijando não quis ficar por perto, fui pro meu quarto.
Eu não entendi o que aconteceu, eu senti uma sensação estranha ao ver a Luciana beijando o meu pai, por que aquilo estava acontecendo comigo, por que eu senti ciúmes. Resolvi deixar isso pra lá e esquecer.
Me deitei e escutei algumas música no fone de ouvido. Hora ou outra eu me deparava pensando em Luciana, a imagem dos seus olhos do seu rosto vinha em minha mente com agressividade, me lembrava da sua voz do seu cheiro do seu jeito. Mas por que eu não consigo parar de pensar nela? O que é que acontecendo comigo, eu nunca senti isso antes.
Fui até o quintal para tomar um pouco de ar, escutei Luciana me chamando da cozinha, fui até lá.
-- você está me chamando?
-- sim, e que o seu pai me pediu para fazer o almoço e eu queria saber onde tem uma vasilha grande pra colocar a lasanha.
-- claro eu pego pra você, aonde está o meu pai?
-- ele disse que iria no bar.
-- que belo homem ele é.- sussurrei.
-- o que você disse?
-- nada.- peguei a vasilha e a coloquei em cima da mesa.-- pode deixar que eu te ajudo a preparar o almoço.
-- obrigada Fernanda.- alisou o meu ombro. Por que eu me arrepiei com o seu toque? por que eu cinto uma sensação estranha quando eu estou perto dela?
Preparamos o almoço em silêncio, a Luciana só me perguntava aonde estavam as panelas e os ingredientes, o silêncio tomou conta do lugar.
Assim que almoço ficou pronto nós nos sentamos na mesa para almoçar, o meu pai ainda não tinha chegado, graças a Deus.
-- com que frequência o seu pai frequenta o bar?
-- todos os dias, pode ir se acostumando.- ela suspirou com desanimo. Mas por que ela está tão infeliz, toda vez que eu olho para a Luciana ela está com um semblante triste.
-- você só trabalha ou estuda também? Você está muito nova para abandonar os Estudos.
-- eu faço faculdade também.
-- que legal, você faz faculdade de que?
-- administração.
-- que bacana e você gosta do que você faz.
-- gosto.
-- falta muito para você se formar?
-- não, só falta mais alguns meses, eu me formo e sumo dessa casa.
-- você não gosta de morar aqui?
-- não, eu e o meu pai não nos damos muito bem, eu só estou aqui ainda por que eu não tenho dinheiro pra mudar.
-- mais por que você não gosta dele?
-- por vários motivos, ele batia na minha mãe e em mim, bebê todos os dias, e várias outras coisas.
-- sério, ele batia em vocês?- fez uma cara de espanto.
-- batia, se eu deixasse ele continuaria batendo em mim.
-- meu Deus! Eu não sabia que ele era assim.
-- eu nem queria te falar para você não ficar assustada.
-- não tudo bem.
Terminamos de almoçar, fui para o meu quarto e inaugurei o meu novo vídeo game, que infelizmente era o meu pai que tinha me dado.
*********
A noite sonhei com a Luciana, não estava entendendo o por que daquilo, por que eu estava pensando tanto nela? Por que ela estava tirando o meu sono? Era uma pergunta que eu não sabia responder.
De manhãzinha quando eu estava indo para o trabalho, Luciana me abraçou se despedindo, eu me arrepie de novo, aquilo já estava ficando estranho.
*******
Mais a noite quando eu saí da faculdade fui um pouquinho na casa da minha amiga, para nos conversarmos um pouco.
-- oi Débora.- falei quando ela abriu a porta me recebendo.
-- oi Fernanda.- me deu dois beijinhos na bochecha.-- você sumiu, tem um tempão que agente não se vê.
-- pois é, tem muito tempo né, vim te fazer uma visita estava com saudades. Realmente à muito tempo que agente não se via, acho que uns três messes.
-- larga de ser cínica, você não está com saudades nada, você veio aqui pra pedir dinheiro isso sim.- tentou fazer uma cara de Brava, mais não conseguiu.
-- claro que não para de ser boba.- rimos.
-- e aí como tá a vida?-me perguntou quando sentamos no sofá.
-- to levando do jeito que dá.
-- não conseguiu nenhuma namorada?
-- não, também não procurei. Eu não estava querendo namorar por enquanto, eu já namorei tantas, mais nunca deu certo, Débora foi uma delas, mas nós nos tornamos amigas.
-- você não está namorando? Linda desse jeito.
-- eu não estou muito afim de namorar, e você arrumou alguém?
-- eu pego umas e outras ai mais nada fixo.
-- é você tem fama de pegadora.
-- pois é você sabe disso como ninguém, foi por isso que nós nos separamos.-- eu vou ali na cozinha passar um café pra gente.
-- não precisa..
-- precisa sim, é rapidinho, eu vou num pé e volto no outro.- foi pra Cozinha assoviando, acho que ela Gostava quando eu ia pra lá.
Logo ela voltou com o café e com alguns biscoitinhos.
-- e ai tem novidades?- perguntou bebericando um pouco de café.
-- eu tenho uma coisa que eu estou precisando te falar se não eu vou explodir.
-- o que fala.- hesitei em falar.-- fala logo pô eu estou curiosa.- ela estava morrendo de vontade de saber o que era, estava até ficando engraçado.
-- tá tudo bem, eu vou falar.- inspirei todo ar que eu consegui e falei.-- meu pai está com uma nova namorada.
-- mais uma?- assenti com a cabeça.-- nossa eu não sei o que elas enxergam no seu pai.
-- pois é, todas elas eram super chatas e tal, mas ela é diferente.
-- como assim diferente?
-- a sei lá, ela é legal.
-- mais por que isso era tão importante pra você me dizer?
-- eu não consigo parar de pensar nela, não sei por que mais eu não consigo.
-- nossa! Como assim, você está gostando da namorada do seu pai Fernanda?
-- eu não sei, eu estou subindo pelas paredes, não consigo parar de pensar nela um minuto se quer.
-- meu Deus Fernanda! Será que você está apaixonada por ela?
Fim do capítulo
Espero que vocês tenham gostado do capitulo. Bjos e ate o próximo.
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