Capítulo 54. . A reconciliação.
No trajeto até em casa Márcia praticamente não conversou com Andressa. As crianças dormiam tranquilamente no banco de trás cada uma no seu respectivo bebê conforto. Ela estava muito chateada e Andressa percebeu, mas não quis tocar no assunto que agora a deixava com um certo medo da reação de Márcia. Ela sabia que havia extrapolado com o seu ciúme infundado e aquilo deixará a noite delas uma incógnita, pois ela não sabia como seria quando chegassem em casa.
Márcia estacionou o carro na garagem e desceu para abrir a porta traseira e retirar as crianças que ainda dormiam. Entrou em casa e foi para o quarto com Celina e André. Ao entrar foi preparar o berço dos bebês e a água para dar-lhes um banho, pois, somente trocar a fralda não adiantaria. Andressa não subiu e ficou sentada na poltrona da sala. Depois de terminar de arrumar os filhos e colocá-los para dormir, Márcia foi tomar banho e depois de colocar o pijama, deitou. Estava muito magoada com o que Andressa falara, principalmente quando ela disse que a largaria e levaria as crianças embora.
– Como ela pode falar uma coisa dessas? Levar meus filhos? O que deu na cabeça dessa mulher para ter esse ciúme sem fundamento algum? Pensava enquanto tentava pegar no sono.
Quando Andressa subiu para o quarto, viu que Márcia já dormia e André estava agarrado a ela. Celina estava dormindo em cima da barriga da coronel e Andressa riu da cena. Foi para o banheiro, tomou banho e também foi se deitar. Ela foi para o quarto de hóspedes e também demorou para pegar no sono, mas antes recolocou André no berço e levou Celina para o quarto onde iria dormir. Márcia acordou de madrugada e viu que nem Andressa e nem a filha estavam no quarto. Resolveu procurar e achou as duas que dormiam tranquilamente. Celina estava agarrada ao pescoço da mãe e Márcia ficou observando o quanto elas eram lindas e tão parecidas uma com a outra.
– Eu amo vocês minhas princesas, falou em voz baixa para não acordá-las. Deu um beijo de leve nas duas e voltou ao quarto. Não conseguiu mais dormir e acabou levantando cedo. O dia estava nublado e a promessa de chuva era inevitável, desceu até a cozinha, preparou o café e tomou indo se sentar na sala. Com a cabeça mais fria, começou a analisar o episódio da noite e chegou a conclusão de que havia sido muito dura com a esposa. Resolveu que esperaria ela acordar e depois de tomarem o café, conversariam sobre o assunto.
Meia hora depois, Andressa descia a escada com Celina no colo. A menina estava querendo ir ao chão. Mas a mãe só a deixou quando já estavam na sala, pois, a escada era muito perigosa. Olhou para Márcia que a observava e disse:
– Bom dia!
– Bom dia Andressa!
De repente Márcia ouviu um barulho que vinha do quarto e correu até lá para ver o que estava acontecendo. Quando chegou viu que André descera da cama e estava rindo parado escorando no berço.
– André Roberto, como você conseguiu essa proeza moleque? Falava arrumando o filho.
O menino olhava para a mãe com os mesmos olhos azuis acinzentados da coronel e ria como se nada demais tivesse acontecido. Márcia não viu que Andressa estava encostada na porta vendo a cena.
– O moleque, já imaginou se você se machuca? Ai é que a sua mãe vai largar de mim mesmo. É você ri seu pestinha, sabe que ela está com ciúme da prima do tenente Prado?
O menino olhava sério para a mãe como se entendesse o que ela estava dizendo.
– É meu filho, isso porque ela nem imagina que as idas da capitã ao regimento, não tem nada a ver comigo e sim com a major Deise de quem ela é noiva. E ontem no jantar ela me cumprimentou e a todos que estavam lá também e sabe o que a sua mãe Andressa fez? Disse que se sonhasse que eu estava ciscando por ai, iria me largar e levar vocês embora. Ela já foi atrás de mim no regimento sim, mas foi para convidar a mim e a sua mãe para sermos madrinhas do casamento, mas parece que até isso faz a sua mãe ter essas reações absurdas. E tem mais seu monstrinho voador, vocês vão ganhar um irmão ou uma irmã. Portanto, comecem a se acostumar com a ideia, agora, vamos descer porque a sua mãe está tomando café e eu preciso conversar com ela. E sabe porque senhor André? Porque eu amo e sou louca pela mamãe Andressa e ela tem que entender que não há, não houve e nunca haverá outra mulher na minha vida, só ela meu filho.
Quando Andressa viu que Márcia iria descer com André, rapidamente foi para a sala. A coronel viu que ela já havia tomado café e dado a mamadeira para Celina que agora brincava com os brinquedos que estavam espalhados no tapete. Deu mamadeira para André e o colocou ao lado da irmã, não sem antes dar um beijo na filha.
– Bom dia princesinha da mamãe, dormiu bem? A menina olhou para Márcia e riu. Depois voltou a sua atenção para os brinquedos. Andressa continuava sentada no sofá e Márcia sentou-se ao se lado e falou:
– Podemos conversar Andressa? Precisamos esclarecer o assunto de ontem.
– Sim, podemos e pode ser agora se você quiser, falou encarando seriamente Márcia.
– Andressa, ontem foi uma das piores noites que eu já tive na minha vida. Nem quando eu fui sequestrada e você sabe tudo o que aconteceu e como terminou, foi tão ruim como essa. Eu fiquei muito magoada com a sua reação e esse seu ciúme infundado, mas o que mais me deixou ao chão foi você falar em me deixar e levar nossos filhos. Isso eu não quero mais ouvir de você. E tem mais, a capitã Prado foi sim cumprimentar o agora nosso tenente Prado porque eles são primos, mas o interesse maior dela era na Deise e você sabe porque? Porque elas são noivas e pretendem ir morar juntas ainda nessa semana. Ela foi sim ao regimento atrás de mim, mas era para chamar a mim e a você para madrinhas, é só por isso. Eu nunca tive, não tenho e nem penso em ter uma amante. Portanto, por favor Andressa deixe esse seu ciúme infundado para lá, eu te amo muito e não há mulher alguma para me tirar de você.
Andressa que estava chorando, encostou a cabeça no ombro de Márcia e falou:
– Me perdoa amor, eu fui inconsequente na minha atitude, eu sei que posso confiar em você. Mas o meu amor por você é tão intenso, que eu fico com medo de te sufocar com ele e acabar te perdendo. Eu escutei a sua conversa com o André enquanto você o estava trocando e entendi a besteira que eu tinha feito. Por favor me desculpa, acho que essa gravidez está me deixando fragilizada, sei lá. Só posso dizer que eu também te amo e para mim também essa foi a pior noite da minha vida, depois daquela.
– Então vamos fazer o seguinte, vamos virar mais essa página e seguir em frente? Afinal, temos dois filhos que precisam de nós unidas e logo teremos outro bebê que também precisará muito de nós.
– Está bem amor, vamos esquecer. E agora, me beija que eu senti muita falta dessa boca deliciosa, dessa língua tentadora e dessas mãos divinas que fazem carinho como nenhuma outra deve fazer.
– Seu pedido é uma ordem tenente coronel. Mas depois eu quero outra coisa.
– É, você quer o que mais, além dos meus beijos?
– A sua bucetinha toda molhadinha e sedenta por meus carinhos e pela minha língua.
– Hummm...isso é tentador, mas acatarei a sua ordem coronel Mantovanni.
Ficaram se beijando no sofá sobre os olhares de Celina e André que agora riam felizes em ver as mães em paz.
Depois do almoço os pais de Márcia, juntamente com dona Severina e o coronel Raimundo, foram até a casa da agora coronel Mantovanni, buscar as crianças para passearem com eles no shopping. As crianças ao verem os avós, fizeram muita festa e logo já estavam tomados banho, alimentados e prontos para saírem. Andressa e Márcia recomendaram para que tomassem cuidado com eles. Foi quando dona carlota respondeu para a filha e a nora:
– Vocês esqueceram que eu tive oito?
– E eu tive dois, arrematou dona Severina que estava abraçada ao coronel Raimundo.
– Está certo mamãe, mas qualquer problema é só telefonar. Bom passeio a vocês, disseram a duas beijando os filhos.
- E agora tenente coronel, somos só eu e você, disse abraçando a esposa. Márcia roçou seus lábios nos de Andressa e ela foi abrindo-os calmamente para sentir a língua da coronel que agora se apossava com fúria da sua. Era o beijo da saudade de terem ficado somente uma noite dormindo separadas, mas parecera uma eternidade. Andressa começou a passar a sua língua no ouvido de Márcia e isso, fazia com que ela fosse às nuvens e voltasse. A coronel via a quarta de centauro e a via láctea sem estar dentro de um foguete, pois o vulcão que havia dentro de si, estava pronto para entrar em erupção a qualquer momento.
Pegou Andressa no colo e calmamente a deitou no tapete da sala e começou a tirar a camiseta que ela usava e depois abriu o fecho do sutiã, deixando que o par de seios maravilhosos que a esposa tinha, saltassem para fora.
– Andressa eu preciso senti-los em meus lábios, preciso sentir tudo que vem de você. Quero o seu prazer em minha boca, desejo o seu gosto com loucura e ardor.
Andressa que estava deitada no tapete recebendo os carinhos de Márcia, praticamente sem roupa e sentindo o desejo aflorar em seu ser falou:
– Vem amor sou toda sua, me faça sua mulher que hoje eu quero me perder na sua loucura e em seus braços. Me possui de tudo quanto for jeito que você puder.
A lareira estava acesa e elas já não sabiam se era o calor de seus corpos ou o fogo que queimava a lenha que esquentava a sala. Estavam se amando sem pressa alguma e isso ficava nítido a cada toque de mão que uma sentia da outra. Márcia puxou Andressa para seu colo e pediu que elas fizessem um sessenta e nove, ao qual a esposa atendeu, pois ela assim como a coronel, adorava essa posição. O simples toque da língua de Andressa em seu clítoris levava Márcia ao delírio e não demorou muito para que ela goz*sse e logo em seguida Andressa também goz*va inebriada do prazer que a esposa lhe proporcionava.
– Vem aqui minha linda, falou Márcia que agora tinha Andressa aninhada em seus braços.
– Ai amor, que saudade eu senti dessa boca maravilhosa e desses carinhos que me levam a loucura, disse ela que agora já estava com a respiração mais calma.
Márcia olhou para a esposa e ela pode ver que mesmo com o problema da quase cegueira que a coronel estava, o brilho daqueles olhos azuis acinzentados não se apagara em momento algum. Ela também sabia o quanto demonstravam a paixão que estava estampada neles.
– Amor, me faz sua novamente, pediu para Márcia que atendeu o pedido da esposa e falou:
– Andressa meu amor, eu quero sentir o seu gosto novamente. Vem aqui e coloque sua bucetinha na minha boca, quero senti-la por inteiro.
Andressa subiu até a boca de Márcia e encaixou perfeitamente a bucet* em sua boca. Ela ch*pava com calma e mordia levemente o clit*ris da esposa que já estava duro de tanto tesão.
– Vou goz*r amor, aiiiiiii, assim você me mata de tanto prazer.
Márcia ch*pava Andressa com muita vontade e essa rebol*va em sua boca e enquanto isso, ela tocava em seu clítoris e logo gozou junto com esposa que derramou todo o seu ser na boca dela. Depois de se amarem, deitaram abraçadas no tapete e adormeceram, porque nenhuma das duas havia dormido direito durante a noite.
Acordaram com os pais, a sogra e talvez o futuro sogro chegando com as crianças, que estavam com a roupas bagunçada e sujos.
– Papai, o que aconteceu com eles? Andaram rolando no barro?
– Olha filha, essas crianças tem muita energia para queimar. Quase que nós não damos conta deles, mas foi a tarde mais gostosa que eu passei na vida, não é Carlota?
– Sim meu velho, essas crianças são a nossa alegria, não é mesmo Severina e Raimundo?
– Olha coronel Mantovanni, seus filhos são muito fofos, já me sinto avô deles, disse Raimundo.
– É para se considerar mesmo coronel, pois, logo poderá ser avô de mais um, é só querer, disse Márcia olhando sorrateiramente para a sogra que corou na hora.
– Bom filha, nós vamos embora, pois está tarde e eu vou levar o Raimundo para a casa dele. E você Severina, vai conosco ou vai ficar aqui em sua casa?
– Acho que vou passar mais esse final de semana com vocês e depois eu volto. Se isso não incomodar!
– Claro que não incomoda, nós vamos adorar não é Giuseppe?
– Sim minha velha e também tem o Raimundo que poderá ficar o final de semana por lá também, falou o velho piscando para a nora e a filha.
– Bom papai, então boa noite e vá preparando um almoço amanhã e chame todos, porque eu e a sua nora temos uma notícia para dar, mas só amanhã. E obrigada por passarem a tarde com as crianças.
– Foi um imenso prazer filha, precisamos fazer mais disso, até amanhã.
– Boa noite meus sogros lindos, minha mamãe fofa e coronel Raimundo obrigada por estar com a gente.
– Não me agradeça querida, eu já me sinto parte dessa família.
Quando os velhos saíram, Márcia e Andressa subiram para o quarto a fim de dar banho nas crianças e colocá-los para dormir, pois os pequenos se mostravam cansados. Depois foram tomar um banho e também foram se deitar. As crianças dormiam tranquilamente e Andressa perguntou para Márcia:
– Amor eu estive pensando e decidi uma coisa, mas será preciso que você aceite, caso contrário poderemos mudar, afinal casamento é a união de duas pessoas que dividem tudo, até um pedaço de pão.
Olhando para Andressa, Márcia perguntou:
– O que foi amor?
– Se o nosso bebê for uma menina, eu gostaria de colocar o nome de Antônia, em homenagem ao meu avô Antônio que era pai do seu sogro, ele foi muito bom para nós, mas depois que ele morreu, ai tudo desandou. E o resto da história você já sabe. Você se importa?
– De jeito nenhum querida, se for menina se chamará Antônia e não se fala mais nisso, mas e se for outro menino? Perguntou Márcia.
– Bom se for menino, será Nicola.
A coronel ficou olhando para a esposa como se tivesse levado um banho de água fria.
– Você quer por o nome do meu irmão no bebê, falou com a voz embargada e Andressa viu as lágrimas correrem pelo rosto de Márcia.
– Sim meu amor, vocês se gostavam tanto e ainda tem um porém, você o amava muito e nada mais do que justo ele receber o nome do seu irmão. Ah anjo, não chora, está tudo bem!
– É só emoção minha linda, eu jamais havia pensado em colocar o nome dele se o bebê for menino. Mas agora, você me surpreendeu muito. Eu te amo amor, muito obrigada, falou chorando abraçada a esposa.
– Vamos fazer o seguinte meu anjo de olhos azuis acinzentados, se for menino se chamará Nicola Antônio e se for menina Antônia, está bem?
– Sim minha primeira dama, se isso for do seu agrado, eu concordo, disse beijando Andressa com paixão.
Agora depois da reconciliação, era só esperar a felicidade e o renascimento do clã que já estava quase restabelecido. Andressa estava grávida e logo ela e a coronel Mantovanni, teriam o pequeno Nicola nos braços e ai, se iniciaria o novo ciclo que daria muitos frutos e felicidade.
Fim do capítulo
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