Na boate

   O local estava muito lotado, a música alta irritava Alexia e Tereza ria internamente das caras e bocas que a outra fazia.

- Parece que ch*pou limão estragado, melhora essa cara princesinha – Tereza se divertia, estava a trabalho mais já olhava ao redor pra ver quantas mulheres bonitonas tinha.

- Vou melhorar se parar de me chamar assim – Enfezou – E pare de olhar pra todas as mulheres, parece que vai come-las com o olhar.

- Sabe de nada pura inocência – Gargalhou

- Dá pra você se concentrar no trabalho – Disse e saiu na frente rebol*ndo e deixando uma Tereza babando.

   Alexia começou a dançar e ao mesmo tempo observava a sala com parede de vidro, dava pra ver algumas pessoas e se fizesse um esforço com os olhos dava pra ver alguém sentado enquanto algumas mulheres dançavam. Quando Tereza se aproximou pra perguntar alguma coisa, Alexia a puxou e começou a dançar colado, estava deixando Tereza doida.

- Presta atenção – Sussurrou em seu ouvido, ato que fez Tereza se arrepiar – Naquela salinha ali – Mudou de posição na dança pra Tereza poder ver melhor – Está nosso homem, temos que dar um jeito de entrar ali – Tereza estava besta com a pericia da mulher. Apenas confirmou com a cabeça e Alexia saiu arrastando-a para o banheiro.

- Tá armada? – Alexia perguntou assim que se trancou no reservado com Tereza.

- Sempre – Sorriu sapeca.

(Aff essa mulher se acha o último leite da vaca – Alexia pensava)

- É infelizmente esqueci a minha – Disse triste.

- Não seja por isso – Nesse momento Tereza abaixa, segura firme nas coxas da Alexia.

- Mas o que...

- Fica quieta – Tereza interrompeu, estava prendendo uma arma em sua coxa – Pronto, agora sim você está armada – Sorriu, realmente era uma criançona.

- Obrigada – Foi a única coisa que Alexia conseguiu dizer, já estava se sentindo diferente com aquele toque.

- De nada princesinha, você tem um cheiro maravilhoso – Soltou essa perola e saiu correndo do reservado pra não levar uns tapas da outra.

- Sua maloqueira, volta aqui que eu vou te mostrar com quantas folhas se faz uma arvora – Alexia tinha ficado mais que vermelha com o comentário. – Maluca – Disse saindo do banheiro e indo encontrar Tereza fora.

   As mulheres continuaram dançando, Tereza sentia o cheiro de Alexia e ficava toda mole.

- Dá pra parar de ficar me cheirando – Alexia estava adorando aquele carinho, mas não iria dar o braço a torcer – Parece que nunca usou perfume na vida – Riu debochada. Tereza nada respondeu, deu uma mordida no pescoço da outra, Alexia gem*u sem querer. – Virou cachorro foi? – Alexia se afastou passando a mão no pescoço, Tereza olhava pra ela divertida.

- Au au princesinha – Tereza disse com a cara mais safada do mundo. Levou um tapa forte no braço. – Pra bater é mais caro viu bonitinha – Gargalhou.

- Bonitinha é o caramba – Alexia estava irritada.

- Quer saber senhorita, vamos logo dar um jeito de entrar naquela sala e colocar a escuta. – Tereza saiu puxando Alexia, a cada passo a multidão aumentava. Em dado momento pararam pra respirar um pouco, quando passou uma mulher e apertou a bunda de Alexia.

- Eiiii – Alexia gritou indignada.

- Tá doida garota, quer perder os dentes? – Tereza falou irada, nem sabia porque tinha ficado brava, não tinha nada haver com Alexia. A garota em resposta soltou um beijo pra Alexia, estava provocando. – Eu avisei sua maluca – Tereza partiu pra cima da garota, essa tentou se defender como podia.

- Calma criatura, sai de cima dela Tereza – Alexia falava e tentava puxar a outra. Tereza vendo a bagunça que tinha feito, saiu puxando Alexia novamente.

- O que deu em você – Alexia estava pasma, tinham chegado na porta da sala.

- Dá próxima vez deixo ela te agarrar sua mal agradecida. – Falou enfezada.

- Não precisa ter ciúmes – Alexia riu.

- Ciúmes? De você? Me poupe – Riu debochada – Vamos fazer logo isso e ir embora – Alexia confirmou com a cabeça – Olha você vai fingir que está passando mal, agora – Tereza falou firme.

   Alexia começou a fingir, enquanto isso Tereza batia com toda a força na porta.

- O que você quer garota – Falou um homem com cara fechada.

- Por favor moço, minha irmã tá passando mal – Fazia cara de desespero – Por favor – Fingia um choramingo. Alexia abaixava a cabeça vez ou outra pra dar uma risada.

   O homem abriu passagem e fez as mulheres entrarem. Tereza se sentia vitoriosa e piscou pra Alexia.

(Como se acha Senhoooor – Alexia revirava os olhos).

- Quem são essas? – Perguntou o dono do lugar que estava sentado em uma poltrona.

- Elas estavam passando mal, achei melhor manda-las entrar – O homem falou.

- Vejam só, as gatinhas estão perdidas – O chefe falou – Eu cuido de vocês – Disse se aproximando de Alexia e cheirando seu pescoço. Alexia deu corda, distraindo o homem. Os seguranças já tinham voltado pra porta. Nesse momento Tereza colocou uma escuta entre vários CDs em uma estante que tinha na sala. Fez sinal para Alexia.

- Docinho, eu tenho que ir – Alexia disse dando um selinho no chefe (Só pode ser brincadeira – Tereza estava pasma).

- Mas já cinderela? – O chefe falou bem interessado.

- Estou me sentindo melhor. Passa seu número – Disse sorrindo.

- Você passa o seu e eu te ligo – Falou desconfiado. Alexia apenas confirmou e entregou o número que já estava estrategicamente anotado em um papel.

   Saíram o mais rápido possível, entraram no carro e Tereza já ia tirando a roupa, se livrando daquele monte de pano.

- Vai ficar pelada mesmo? – Alexia olhava com rabo de olho.

- Não é da sua conta docinho – Falou irônica.

- Ciúmes de novo Tereza? – Alexia se divertia.

- Vou te mostrar o ciúmes – Nisso Tereza puxou Alexia para um beijo, sugava sua língua com vontade, Alexia tentava se afastar, mas acabou cedendo. Tereza beijava tão gostoso que Alexia gemia entre os beijos. Quando faltou o ar. Tereza tinha os olhos fechados. E foi abrindo aos poucos, quando sentiu um belo tapa em seu rosto.

- Isso pra você aprender a não encostar em mim, sua abusada – Alexia falou, abriu a porta do carro e chamou um taxi. Tinha adorado o beijo, o melhor que teve, mas não iria se render a uma metralhadora de mulheres. Tereza sentiu o tapa forte, sorriu sapeca e deu partida no carro.

Fim do capítulo