Tereza levou seu amigo pra sua casa, e depois foi pra DP.

- Bom dia Tereza, tenho novidades, pode sentar – Carolina falava, enquanto Tereza babava. (Será possível que essa meninona não pode me ver que já fica que nem cachorro babão – Pensava Carolina, ria internamente)

- Bom dia chefe, pode dizer – Se ajeitou na cadeira.

- Bem, como o Gabriel está de licença, hoje vai chegar uma detetive do Rio de Janeiro, vai ser sua parceira em um caso de trafico de drogas. – A cada palavra Tereza bufava de ódio, outro parceiro? Aquilo era o fim mesmo (Pensava). – Daqui a uma hora quero que vá pega lá no aeroporto. (Era só o que faltava – Pensava Tereza).

Carolina se divertia com cada feição de Tereza.

***

Aeroporto

   Alexia estava toda atrapalhada com as malas. (Ai que ódio, eu ainda mato o Marcelo por me colocar nessa fria – Pensava Alexia), era um mico, mas a policial teve que erguer uma plaquinha com seu nome.

- Então você é a Alexia? – Tereza se aproximou (Que gata, e que bunda é essa? – Tereza não conseguia disfarçar o olhar).

- Sou e se você tirar uma foto da minha bunda pode ser que dure mais – Disse debochada (Que olhos são esses? Se controla Alexia, ela nem é essas coisas todas – Alexia divagava).

- Foi um prazer sua grossa – Disse ganhando ar de irritação.

- Bruta é você que fica olhando pra minha bunda descaradamente – Mexeu nos cabelos – Nem se iluda, se eu fosse ficar com alguém nessa cidadezinha meia boca, eu ficaria com alguém com físico mais atraente – Disse sem se sentir.

   Tereza se sentiu ferida, era alegre, mas se falassem do seu corpo ela murchava como uma rosa fraca. Sem resposta a provocação, deu as costas e foi em direção ao carro.

- Calma aí, espera – Alexia tentava alcançar a outra com passos longos.

   Já no carro o silencio reinava.

- Desculpa, falei besteira – Alexia queria se redimir.

- Você falou a verdade, não sou nenhuma modelo – Estava triste.

- Qual seu nome?

- Não interessa, quer fechar a boca. – Tereza estava realmente brava.

- Olha aqui sua... – Alexia não teve tempo de terminar, pois sentiu um arrepio forte quando a mão de Tereza apertou sua coxa, ela apertava forte. (Mas o que essa criatura vai fazer? – Alexia pensava)

- Fica quieta – Tereza olhou fundo em seu olhos (Mas que raios de arrepio é esse, macumba? – Tereza sentia algo em seu corpo).

   O restante do caminho foi feito sem nenhum pio das duas.

Chegaram na delegacia.

- Tá ai sua princesinha – Entrou na sala de Carolina apontando pra garota.

- Quer parar com isso sua abusada – Alexia perdeu a paciência, Tereza olhava debochada.

- Bem, vejo que já se conheceram – Riu – Tereza pode nos deixar – Ordenou. (Então esse é seu nome – Alexia se perdia).

- Prazer Alexia, o Marcelo disse que você é fera menina – Não tinha formalidades com a policial – Você vai ficar em uma casa alugada até o caso ser resolvido (Espero que nem tão cedo – Carolina pensava), por hoje está dispensada, amanhã bem cedo aqui.

Saiu

***

- Baby a mulher é uma esnobe, parece uma roupa engomada. – Tereza estava indignada com a nova parceira.

- Essa raiva toda é paixão hein – Gargalhou – Cuidado queridinha, imagine aê, a passadora de rodo ser passada – Riu mais ainda.

- Quer parar de ser besta senhor gay – Debochou.

- Pelo menos eu consigo ficar com alguém por mais de um dia.

- Não precisa pisar – Riu uma Tereza sapeca.

   Na casinha alugada estava Alexia.

- Quem ela pensa que é? Uma rainha da Inglaterra, aquela sem noção – Alexia falava sozinha no quarto. – Mas aquele sorriso safado e aquele olhinho lindo – Balançou a cabeça – Que danado é isso Alexia? Ficou louca foi? Jamais ficaria com alguém daquele porte, ou ficaria? – Mal Alexia tinha chegado na cidade e já estava ficando louca com seus pensamentos.

***

   Na primeira hora da manhã, estavam as mulheres sentadas em frente a delegada.

- Aqui está a ficha dos suspeitos – Estendeu para elas umas folhas. – Tem três suspeitos que vivem frequentando três lugares diferentes, eu quero grampos em cada um deles. O primeiro é dono de uma casa de dança na zona norte da cidade, o segundo é uma cantora de um restaurante na zona leste e por último um professor de uma das escolas mais visadas da zona sul, agora prestem atenção porque eles são fornecedores. Agora vão, quero que comecem os disfarces amanhã.

As duas mulheres saíram e na porta ainda teve um estressesinho entre elas.

(Quero ver vocês conseguirem – Carolina sorria dentro da sala).

Ligou para Marcelo.

***

- Senhoraaaaa, minha parceira é horrível – Alexia se lamentava no telefone falando com Samuel.

- Ela fede por acaso – Ria muito do outro lado.

- Até que é cheirosinha – Riu.

- Deixe de ser besta, se concentre no caso Alex.

Desligaram

***

   Como a sorte era grande, pra não dizer ao contrario, Alexia e Tereza estavam sozinha no elevador.

- Vamos começar de novo? – Alexia queria realmente tentar manter uma convivência amigável.

- Começar o que? Não quero namorar contigo – Foi muito debochada.

- Quer saber, se é assim, então é guerra sua maluca – Nesse momento Tereza pegou forte em seu pulso e encarou a outra.

- No dia que rir do meu corpo novamente, vai tremer na base princesinha – Tereza sussurrou em seu ouvido, Alexia quase morre ali mesmo, só o fato de sentir aquela boca perto do seu ouvido ficou molhada (Mas que é isso – Estava assustada com a reação do seu corpo). Empurrou a outra com toda a força e saiu correndo do elevador, deixando uma Tereza rindo descaradamente, mas era um sorriso muito safado.

***

- Você o que? – Gabriel estava pasmo com a atitude da amiga.

- Oxe, não fiz nada – Fez cara de inocente.

- Não se meta com essa Alexia, você pode sair perdendo – Gabriel estava preocupado.

- Que perdendo o que – Deu ouvido de mercador – Por falar em perdendo, vou sair agora, uma gatinha tá me esperando – Saiu correndo da sala pra se arrumar.

(Essa criatura não toma jeito – Gabriel ria do jeito da amiga).

***

    No outro dia na delegacia, Carolina dava as ultimas instruções em relação a investigação primeiro na boate.

- Troquem essas roupas, vai dar na cara se forem assim – Carolina estava seria, deu as ordens e as mulheres saíram.

Fim do capítulo