Acordei com o barulho da campainha devia ser alguém conhecido, porque o porteiro não tinha avisado. Levantei custando desci as escadas. Demorei um pouco já́ estava com dor. Tinha que comer alguma coisa e tomar o remédio. Abri a porta e dei de cara com meu melhor amigo olhando com uma expressão séria.

-- O que houve com você̂? – perguntou ele extremamente preocupado.

-- Fui atropelada ontem quando voltava da minha corrida. Um mês de molho, mas entra. – falei dando espaço pra ele entrar e fui andando em direção a cozinha era quase noite. Comecei a fazer um macarrão pra comer, pois estava com muita fome já que tinha só tinhá tomado café́ da manhã no hospital. Carlos sentou na cadeira de frente para mim e expliquei tudo que aconteceu na manhã̃ passada sobre o acidente.

-- Por que não me ligou tinha ficado com você̂ no hospital e te trago pra casa. – falou ele sentido. Não tinha falado de Gabrielle, não queria dividir isso com ninguém, sei lá́ não fazia importância afinal nunca mais ia ver ela.

-- Nem lembrei, me deram um remédio que dormir à noite inteira e logo pela manhã̃ eu ganhei alta. – sorri pra ele. – Vem vamos comer. -- jantamos e decidimos que o Carlos ia assumir a presidência do grupo por um tempo ate minha recuperação. Conheci Carlos mais de cinco anos atrás, na Itália foi amizade à primeira vista pode se dizer. Depois disso a nossa amizade só́ veio se solidificando com o tempo. Quando descobri a traição da minha ex ele foi essencial pra minha recuperação mesmo que eu tenha focado para o trabalho todo meu tempo livre.

-- Terra chamando Yasmin. – sorriu ele para mim.

-- Desculpa estava longe. – dei sorrindo. – Obrigado cara, por tudo que fez e faz pra mim.

-- Acho que a pancada na cabeça foi forte. – disse ele rindo.

-- Cala a boca e come. – falei sorrindo pra ele. A gente é como irmãos, ele foi à única família que eu tenho depois que aconteceu no passado.

-- Que foi? Estou te achando meio estranha. – disse ele visivelmente preocupado.

-- Só́ estou pensando no passado, mas deixa isso pra lá́ me conta da sua nova namorada quando vai me apresentá-la. Sabe que eu tenho que aprovar a dita cuja neh. – falei rindo da cara que ele fez.

-- Se você̂ estivesse no churrasco lá́ em casa tinha conhecido ela, a Emma e a Jess já aprovaram. – falou ele todo contente.

-- Marque então um jantar aqui em casa pra eu conhecê-la, afinal nem todas as mulheres conseguem conquistar meu amigo garanhão aqui. – ri, ele era um Don Juan, depois que conheceu a Victoria caiu de quatro por ela.

-- Sexta feira eu a trago então. Bem a comida estava boa e o papo está melhor ainda, mas eu realmente preciso ir, vai ficar bem aí sozinha? — perguntou ele preocupado.

-- Fique tranquilo amanhã̃ a Maria volta para o trabalho e ela com certeza vai me mimar. — Maria trabalha pra mim a quatro anos, senhora de idade que se torno uma segunda mãe pra mim.

-- Então fico mais tranquilo, bem se cuida amanhã̃ apareço por aí pra ver como você̂ está. — ele me deu um beijo na testa e saiu. Tranquei a porta e subi em direção a meu quarto coloquei um cd e me deitei. Quando os primeiros acordes da música imundo o quarto fechei os olhos pensando que era como me sentia quando sai do Brasil até́ que veio a tragédia.

 

“When she was just a girl

(Quando ela era apenas uma garota)

She expected the world

(Ela tinha expectativas com o mundo)

But it flew away from her reach

(Mas isso voou além de seu alcance)

So she ran away in her sleep

(Então ela fugiu em seu sono)

And dreamed of paraparaparadise

(E sonhou com o paraparaparaı́so)

Paraparaparadise

(Paraparaparaı́so)

Paraparaparadise

(Paraparaparaı́so)

Every time she closed her eyes

(Toda vez que ela fechava os olhos)

 

ColdPlay – Paradise

Link: http://www.youtube.com/watch?v=1G4isv_Fylg

 

“Pena que aquele paraíso virou meu maior inferno”, pensei, fechei os olhos e dormir.

 

****

A semana passou rápida, quando vi já́ era sexta feira, não tive mais nenhuma noticia de Gabrielle, não sabia se ligava ou não, então decidi melhor esquecer o assunto e seguir em frente.

Na noite ia receber minhas melhores amigas Jess e Emma, além de Carlos e a nova namorada dele Victoria. Fiz uma massa para o jantar, estava na sala esperando as visitas, logo a campainha tocou e Maria foi atender logo minhas amigas apareceram na sala. Estavam estonteantes, Emma com seus 1,60 de altura, cabelos ruivos na altura das costas, olhos azuis piscina, e Jess com seu 1,70 altura, cabelos pretos e olhos negros.

-- Boa noite -- sorrindo para elas, percebi algo diferente nelas. – Qual é a novidade?

-- Poxa a gente não esconde nada de você̂ mesmo. – falou Jess que fingia desapontamento por conhecê-las tão bem.

-- Quem mandou ser tão obvias. – falei rindo.

-- Okey, já́ que não escondemos nada de você̂ mesmo é que a gente vai se casar. – Emma disse sorrindo. Levantei sorrindo e abracei-as.

-- Parabéns, e posso até a me atrever a dizer até que enfim neh.— ri, lembro até́ hoje que se não fosse Carlos e eu talvez demorasse mais o namoro das duas rolasse.

 

******

3 Anos atrás

 

Estávamos de férias no Havaí́, fomos a um luau e as nossas queridas amigas se gostavam mais tinha medo de acabar com a amizade. Então eu e Carlos revolvemos dar uma de cupido.

-- O que acha que podemos fazer pra juntar essas duas, não aguento mais esse chove e não molha. — falei sorrindo para o meu amigo.

-- Já́ sei! Vem. – ele pegou uma garrafa de cerveja vazia e junto o povo numa roda e falou. – Hora de começa a brincadeira. Verdade ou consequência. – disse ele rindo, todos já́ estavam um pouco bêbados concordaram.

-- Eu rodo primeiro. – eu disse sorrindo, rodei e parou Carlos pergunta para a Emma, sorri vendo que poderia dar certo essa brincadeirinha.

-- Verdade ou consequência ruiva? – disse meu amigo com sorriso vitorioso. Ela não sabia o que escolher, afinal sabemos de todos os seus maiores segredos, até que ela decidiu.

-- Consequência. – meu amigo deu um sorriso diabólico.

-- Você̂ vai ter que dar um beijo e uma mordidinha no pescoço da Jess. – elas ficaram com vergonha na hora, dava pra ver os rostos rubros na hora. Sorrimos quando ela cumpriu a consequência, depois de cumprir Emma rodou e parou Jess perguntando para o Carlos.

-- Verdade ou consequência Carlito. – falou ela sorrindo.

-- Verdade Jess. – Carlos sempre foi um sem vergonha não tinha nada para esconder.

-- Verdade que você̂ ficou com as minhas primas gêmeas? – disse ela sorrindo.

-- Fiquei, e se pudesse faria de novo. – ri da sua cara de pau. Carlos rodou e caiu eu pergunto pra Jess. Sorri cumplice pro Carlos.

-- Querida Jess verdade ou consequência. – ri internamente, ela demoro pensando e decidiu.

-- Verdade. – sorri.

-- É verdade que você̂ está apaixonada por alguém dessa roda? E não vale mentir. – disse rindo internamente. Emma nem piscava olhando pra ela, Jess coitada estava vermelha que nem um pimentão.

-- Verdade. – falou ela meio que sussurrando. Rimos da falta de jeito da nossa amiga, Emma ficou um pouco intrigada, mas não falou nada. E nisso a brincadeira durou mais um pouco entre a gente respondendo até que foi anunciado que seria a última pergunta. Que eu iria pergunta para Emma. Era agora ou nunca, sorri com esse pensamento.

-- Verdade ou consequência? – perguntei sorrindo já́ sabendo o que iria fazer.

-- Consequência. – disse ela virando o copo de tequila.

-- Querida Emma, levante e dê um beijo de cinema e que rufe os tambores. – disse fazendo suspense. Pisquei pro Carlos que sorriu intendendo tudo.

-- Para de graça Yasmin. – disse Jess apreensiva.

-- Só́ porque você̂ está com pressa Jess, Emma beije a Jess. – todos riram, pois as duas ficaram espantas e com vergonha.

-- Vamos não temos a noite inteira. – disse o Carlos fazendo pressão pra cima delas. Vi Jess virando o copo que ela estava na mão e Emma se aproximando, segurou a nuca dela e Jess puxou sua cintura e deram um beijo que durou um tempo e foi parando com vários selinhos, sorrimos com a vergonha delas. Fomos para a fogueira pegamos o violão e começamos a tocar e cantar depois de certo tempo elas desapareceram. No outro dia ficamos sabendo que tinham se declarado e começaram a namorar, depois de um tempo descobriram que foi tudo premeditado entre mim e o Carlos que inventamos a brincadeira pra juntar as duas.

 

*****

Dias Atuais.

 

-- Sentem. – Maria entrou e trouxe uma garrafa de vinho e começamos a beber e elas me contaram que Emma fechou o bistrô̂ na quarta feira e fez a surpresa pra Jess que acabou aceitando o pediu, sorri quem sabe um dia seria feliz como elas. Passando alguns minutos e a campainha toca. Não demora muito e surge meu amigo e para minha surpresa a namorada dele.

-- Yasmin conheça Victoria Brown – sorri e cumprimentei com dois beijinhos no rosto. Victoria Brown era uma famosa atriz que está fazendo sucesso no cinema e no teatro. -- Vick essa é Yasmin, minha amiga e sócia.

-- Prazer em conhecê-la sou uma grande fá̃ do seu trabalho. – sorri cordialmente. – Bem fiquem a vontade estamos tomando um vinho enquanto a nossa queria Emma conta sobre a sua mais nova façanha. – disse sorrindo.

-- O que aconteceu? Conta que já estou curioso. – foi logo dizendo e todos riram dele.

-- Estava contando que eu e Jess vamos nos casar. – falou ela sorridente, mostrando as alianças de ouro com o meio cravejado de diamantes. – E queremos que vocês dois sejam nossos padrinhos. – sorrimos e fazendo um brinde com o vinho comemorando essa nova fase das vidas delas.

-- Claro que seremos, afinal fomos os cupidos. – rimos e conversamos sobre o casamento das duas, sobre o namoro do meu amigo com a atriz do momento, rimos lembrando-se dos velhos tempos. Jantamos nesse clima descontraído.

--Bem já́ está ficando tarde acho melhor irmos. – falou Jess.

-- Vamos também, afinal foi um dia cheio de emoções. – rimos do comentário do nosso amigo.

-- Acompanho vocês até́ a porta. Vejo vocês em breve, espero. – abrindo a porta e me despedindo dos meus amigos. Fechei a porta e sorri triste pensando no passado. “Todos estão se ajeitando com alguém e só́ eu que estou sozinha, acho que está na hora de encontrar alguém.”, pensei e comecei a subir as escadas para meu quarto tomei um banho vesti meu pijama e cai na cama. Antes de ir me entregar aos braços de Morpheus pensei em Gabrielle e dormi.

 

*****

Depois de um mês de molho estava eu de novo num hospital pra tirar o gesso, e fazer uma tomografia das costelas pra ver se já́ estavam normais. Esperei um tempo até́ eu poder fazer a tomografia. Estava perdida em meus pensamentos quando escuto uma voz infantil ao meu lado.

-- Você̂ tem medo dessa máquina não? – perguntou a criança que estava do meu lado.

-- Tenho não e você̂? – sorri me virando para ela, percebi que ela não era uma criança normal.

-- Também não, a Tia Gabi falou que não preciso ter medo dela, pois ela só́ vai olhar como meu corpo está́ reagindo ao tratamento. Quanto melhor meu corpo reage mais rápido eu posso ir pra casa. – falou a criança toda serelepe. Lembrei-me de quando tinha aquela idade queria correr pra toda banda, brincar com meus primos, foi me dando uma nostalgia de ser criança tudo era mais simples.

-- Sua tia Gabi está certa. O que você̂ mais quer fazer depois que você̂ sair daqui? – perguntei a criança.

-- Quero poder correr pelo parque, brinca com minhas amiguinhas. – falou rindo. Uma enfermeira se aproximou da gente e quando chegou chamou a criança.

--Mel, vamos? Chego sua vez. – a menina fez uma carinha assustada, sorri pra ela tentando mostrar que tudo estaria bem ela sorriu e foi em direção à enfermeira.

-- Moça, me promete que vai me visitar? Gostei de conversar com você̂ – confirmei com a cabeça e ela sorriu. – Então já́ vou indo. – quando ela estava chegando à enfermeira ela voltou correndo e me deu um beijo no rosto e saiu dando pulinho até́ a enfermeira. Sorri e acenei um tchau. Com certeza iria dá uma passada na ala infantil pra ver ela. Depois de um tempo fiz meu exame e estava andando em direção à saída quando alguém tromba em mim e derruba café́ quente na minha roupa.

-- Aí, caramba está quente demais. – disse balançando a blusa. Minha vontade era de xingar e amaldiçoar todas as gerações do idiota que me derrubou o café́. Quando fui gritar se não olha para onde anda, congelei quando vi aqueles olhos cor de mel que me perseguiu o mês inteiro.

-- Desculpa, eu estava lendo a ficha de uma paciente e não vi você̂. – falou ela rapidamente. Quando viu que era eu ela deu um sorriso constrangido.

-- Tudo bem, só́ me queimou um pouquinho. – ri com a falta de jeito dela, ficava mais linda assim vermelha de vergonha. Estava doendo pra caramba.

-- Deixe eu lhe ajudar a limpar sua camisa. – disse isso me puxando para o banheiro. – Tire a camisa. – olhei pra ela assustada, mas obedeci comecei a desabotoar a camisa e ficando só́ de sutiã̃ na frente dela.

-- Toma mais não vai adiantar muita coisa. – ela ficou olhando meu abdômen que estava vermelho por causa da queimadura do café́. Passei bem próxima dela e molhei o local vermelho e peguei papel toalha na minha bolsa e sequei meu abdômen. – Você̂ está bem? – comecei a me preocupar afinal ela estava do mesmo jeito de quando eu tirei minha blusa. De repente ela ficou vermelha e foi pra pia tentar tirar a mancha de café́ da minha blusa branca.

-- Estou sim, ai meu Deus como sou desastrada. – murmurou ela.

-- Acontece com qualquer um. – falei sorrindo carinhosamente pra ela. Encostei-me na beirada da pia cruzei os braços acima do abdômen e esperei ela tentar tirar a mancha de café́ mais o que ela fez foi piorar mais, comecei a rir. – Melhor desistir está ficando pior.

-- Desculpa, prometo que mando pra lavanderia e mando te entregar. — sorri pra ela.

-- Tudo bem. – peguei minha bolsa e tirei de dentro uma camiseta branca e uma camisa xadrez branca e vermelha, ela me olhou confusa. – Desculpa mas eu sou prevenida e sempre levo uma muda de roupa na bolsa.

-- Se tivesse me falado eu não tinha piorado a mancha. – falou ela meio sem graça.

-- Foi tão fofa sua carinha que nem teve como dizer nada. – rimos e nos encaramos por um tempo nem acreditava que depois de um mês pensando nela, nos encontramos de uma maneira completamente diferente.

-- Vejo que tirou o gesso. – sorri confirmando com a cabeça. – Que tal tomarmos um café́, assim te compensar um pouco o estrago que fiz na sua blusa.

--Tudo bem vamos. Posso saber o que faz aqui em um hospital? Está doente? – ela deu um sorriso, me derreto toda com aquele sorriso.

-- Na verdade trabalho aqui. Sou medica trabalho aqui na área infantil com crianças com câncer. – disse sorrindo.

-- Sempre quis ser medica pra salvar as pessoas, mas quando visitei um hospital e vi sua rotina meio que vi que não era minha área ai fui pra a tecnologia e aqui estou. – disse sorrindo.

-- Ainda bem neh. – ri do seu senso de humor. – Mas me conta agora você̂ está bem?

-- Sim acredite já estive pior que uma perna quebrada e algumas costelas trincadas. – falei seria, comecei a lembrar do passado fechei a expressão. Ainda tenho pesadelos com o passado, acordei com ela me chamando.

-- Olá́? – falou ela passando a mão em frente ao meu rosto, vendo seu sorriso sorri.

-- Desculpa meio que viajei aqui. – falei me desculpando, foi por pouco que não entro nas memorias do passado.

-- Tudo bem, o papo está bom mais preciso ir tenho uma paciente pra atender agora. Espero te ver em breve. – falou ela meio ansiosa.

-- Será́ um prazer revê̂-la só́ precisa marca um dia e nos saímos – “O que pensa que está fazendo a chamando pra sair assim na cara dura.”, me repreendi mentalmente.

-- Claro só́ me ligar. – ela se levantou e veio me dar um beijo sem querer acabei virando o rosto e acabamos dando um selinho. Sorrimos envergonhadas.

-- Desculpa. – falamos juntas. – Tudo bem acontece. – completei, ela sorriu envergonhada. Já́ ia saindo quando ela voltou e me chamou.

-- Agora me lembrei de que você̂ tem meu número, mas eu não tenho o seu poderia me passar? – perguntou ela tímida. Concordei e passei meu número e ela foi embora. Fiquei admirando ela saindo da cantina do hospital “Tão linda, ai me arrepiei só́ com um selinho imagina com um beijo então.”, balancei a cabeça pra tirar aquela ideia da cabeça. Sorri “Doutora Gabrielle Holmes, o que você̂ está fazendo comigo?”, levantei e fui em direção à saída.

Chegando ao estacionamento fui direto pra o meu xodó́ uma Harley Davidson Street™ 750, preta. Segui em direção à empresa onde já́ estava atrasada para a reunião com a nova empresa que queria contratar nossos serviços.

-- Bom dia Carmen, os representantes já chegaram? – perguntei pra minha secretaria.

-- Já́ sim, estão na sala de reunião. – agradeci e segui para sala de reunião. Quando abro a sala quase caio pra trás.

-- O que estão fazendo aqui? – fechei o semblante e meus punhos.

-- Somos os representantes da empresa que veio aqui fechar o contrato. – disse James minha vontade era de matar aqueles dois, tentei controlar minha raiva e agir como se fosse qualquer outra pessoa e não aqueles dois traíras na minha frente. Concordei e segui em direção a minha cadeira.

-- Bom o que vocês precisam? Já́ tem uma ideia? – disse com a voz fria. Percebi que eles respiraram aliviados, afinal eu tinha assumido o tom profissional. Uma coisa que aprendi com os anos, que não se pode misturar profissional com pessoal.

-- Queremos uma reformulação do nosso sistema. – disse aquela voz que eu conhecia tão bem, vi que ela estava com um anel de noivado com certeza os dois deviam estar juntos.

-- Entendo. – começamos a falar do que queriam e fizemos um cronograma para saber o que faríamos e quanto tempo levaria para _ficaria pronto. Depois de quase duas horas demos a reunião como encerrada. – Bem já́ está tudo pronto vou passar para os nossos desenvolvedores e em breve estará́ pronto à primeira parte. Passar bem – disse me levantando. Quando estava chegando à porta senti uma mão segurando meu braço.

-- Yasmin será́ que poderíamos conversar um pouco? – perguntou Sophia.

-- Sobre o que? – já́ me desvinculando de sua mão. Ela deu um sorriso triste.

-- Queria me desculpa pela forma que terminamos, já faz anos e queria pelo menos resgatar uma amizade com você̂. – falou apreensiva.

-- Era só́ isso? – “Muita cara de pau dessa menina, me faz de otária e agora quer amizade comigo, nem a pau.”, pensei.

-- Sim. – disse com cabeça baixa.

-- Então não temos mais nada que conversar passar bem e felicidades aos noivos. – disse com sarcasmo. Não que eu ainda fosse apaixonada por ela mais uma coisa que não perdoou mesmo e uma traição. Ela traiu minha confiança. Sai e fui direto para minha sala.

-- Carmen vem aqui na minha sala, por favor. — logo ouvi batidas na porta permiti a sua entrar. – Entregue esse contrato para o desenvolvedor e avise que quero mais rápido possível. – ela concordou e saiu da sala. Fiquei o dia inteiro pensando que o dia foi definitivamente cheio de surpresa primeiro encontro Gabrielle, depois os dois traíras James e minha ex Sophia. Sai da empresa depois das 19h00min. Fui direto pra casa tomei um banho e vi que não conseguiria me acalmar decidir dar umas voltas pra me acalmar. Fiquei um tempo dirigindo, adorava a sensação do vento frio no meu rosto, dirigir me acalmava, perdi a noção do tempo. Paro em frente de um pub entro e sento no balcão.

 

-- Me vê̂ uma dose de whisky duplo sem gelo. – falei para o barman. Ele me entregou e comecei a beber. Era nesses dias melancólicos que me perdia em minhas lembranças trágicas. “será́ que eles estariam vivos se eu tivesse feito uma escolha diferente?”, tomei mais um gole da minha bebida antes que pudesse me perder de vez no meu passado, senti uma mão quente no meu ombro, que me fez me virar pra ver quem era. Quando vi aquele sorriso e aqueles olhos não conseguia pensar em mais nada.

 

 

Fim do capítulo