Mas uma vez estava aqui olhando o fluxo dos aviões. Nos últimos anos da minha vida o aeroporto foi como a minha segunda casa. Vivo mais viajando do que no meu apartamento propriamente dito. Eu moro atualmente em Londres depois que me formei em Ciências da Computação no Brasil. Vim do interior de Minas, sempre quis conhecer o mundo e minha oportunidade chegou após de formar. Nos primeiros anos após formar, eu trabalhei para uma grande empresa depois de três anos nessa empresa abri a minha própria com meu melhor amigo Carlos Lancelloti. Hoje somos uma grande empresa de desenvolvimento de software em acessão no mercado. Minha vida profissional está perfeita, sou uma empresária de sucesso que tem filias em várias partes do mundo, mas já́ na vida amorosa está uma catástrofe, nunca consegui me recuperar depois da decepção que sofri da minha ex-noiva Sophia, que me traiu com seu chefe um dia depois do nosso noivado, mergulhei de cabeça no trabalho para poder esquecer-me dela. Depois de dois anos sem ninguém, sempre bate um vazio quando vou me deitar à noite vontade de poder ter alguém para dividir as coisas que acontece em minha vida.

Bem agora deixe me apresentar meu nome é Yasmin Ferreira, 25 anos, 1,84cm de altura, morena de olhos verdes vivos que dizem que herdei do meu avô̂ materno, cabelo castanho escuro quase preto que uso atualmente no estilo Chanel, tenho corpo definido por praticar boxer, Muay thai, além de alguns esportes radicais. Sou também dona e presidente das empresas Ferreira & Lancelloti.

Bem, estou voltando pra casa após quase três meses viajando a negócios. Vivo sozinha em uma cobertura bem no centro de Londres. Após fazer o check-in no Aeroporto de Londres Heathrow encontro com meu melhor amigo Carlos que veio me buscar pra poder me levar pra minha casa.

-- Hey, Yasmin, tudo bem? Fez boa viagem? – perguntou chegando perto e me abraçando.

-- Estou bem, fiz foi um voo tranquilo. -- sorri. – Como anda as coisas por aqui? – perguntei o seguindo em direção à saída do aeroporto.

-- Boas, vem vamos almoçar e conversamos um pouco. – falou ele seguindo em direção à sua Mercedes-Benz SLK vermelha. Colocamos minhas malas dentro do carro e seguimos em direção ao bistrô̂ de nossa amiga Emma. Chegamos ao local depois de certo um tempo, a Hostess veio nos receber e nos levou a uma mesa perto da janela e nos entregou o cardápio, pedi um canelone e um vinho pra acompanhar. Conversamos mais de duas horas botando o papo em dia após o almoço fui direto pra casa descansar. Cheguei em casa tomei um banho, verifiquei alguns uns e-mails e fui dormir, pois estava cansada da viagem.

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Acordei por volta das 06h00min da manhã̃, levantei tomei um banho e me vesti com uma roupa confortável. Peguei meu celular, coloquei os fones de ouvido e segui para minha corrida matinal que sempre fazia nesse horário. Depois de correr por mais ou menos 1h30min, aproveitei e passei numa padaria para tomar meu café́ e segui rumo à minha casa para me arrumar para o trabalho. Quando ia começar a atravessar a rua, um carro virou em alta velocidade e tinha uma moça atravessando e pareceu que não percebeu. Gritei pra chamar sua atenção para avisar que vinha o carro, vi que ela travou e não conseguia mais sair do lugar. Sai correndo pra tentar ajudar a moça e empurrei-a para o lado e o carro me acertou em cheio. Senti uma dor aguda e tudo escureceu.

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Acordei escutando um barulho irritante de bip, estava com a boca seca, abri os olhos percebi que estava escuro provavelmente era noite, olhei envolta e vi que estava num quarto de hospital. Lembrei vagamente do acidente quando fui tentar me levantar apareceu uma mão macia me impedindo de levantar.

-- Melhor não se mexer, afinal você̂ fraturou a perna esquerda e trincou duas costelas. – falou uma voz doce e suave, me virei para ver a dona da voz e me perdi naqueles olhos cor de mel, tão profundos, como se eu pudesse ver sua alma. Ficamos um tempo nos olhando, quando percebi quebrei o contato e olhei pra minha perna que estava engessada.

-- Quanto tempo eu estou aqui? – perguntei com a voz mais rouca que o normal pela garganta seca.

-- Não muito, foi um acidente bem feio, sorte que não machucou muito pela a gravidade do acidente. – falou a mulher dando um sorrindo, o sorriso mais lindo que tinha visto na minha vida. – Vou avisar o médico que você̂ acordou. – assim a mulher seguiu em direção à saída do quarto. Passaram alguns minutos e o médico veio fazer alguns exames ver se estava tudo bem.

-- Daqui um mês você̂ pode voltar as suas atividades normais até lã́ repouso. – “Como posso ficar em repouso tenho uma empresa para dirigir. Porque fui dar uma de heroína salvando a moça.”, pensei quando o médico saiu dizendo que irá passar aqui novamente pela manhã̃ pra ver se eu poderia ir pra casa. Passou algum tempo e a mulher entrou novamente sorrindo pra mim de forma doce. “Quem será́ que é essa mulher? Porque será́ que está́ aqui?”, pensei.

-- Vai quer avisar alguém do acontecido? – perguntou preocupada.

-- Não tenho ninguém pra avisar. Amanhã ligo pra um amigo vim me buscar. – dei um sorrindo pra mulher. -- Desculpa, mas eu conheço você̂?

-- Que cabeça a minha, prazer meu nome é Gabrielle Holmes. – se apresentou sorrindo, não tive como evitar aquele sorriso perfeito e sorri de volta.

-- Yasmin Ferreira, e o prazer é todo meu. – disse dando uma piscadinha para ela. Ela veio e se sentou na poltrona ao lado da cama.

-- Queria lhe agradecer, se não fosse por você̂ eu que estaria ai toda machucada. – ela falou dando um sorriso triste.

--Tudo bem, você̂ não teve culpa. – sorri e segurei sua mão, me percorreu um arrepio na espinha assim que segurei. – Então, já́ viu que estou bem já́ pode ir pra sua humilde residência. – falei fazendo um pouco de graça, também não queria incomoda-la afinal era sábado à noite, do jeito que essa mulher é linda deve ter alguma coisa pra fazer.

-- Você̂ não incomoda e no mínimo que posso fazer e ficar com você̂ e te levar pra casa amanhã̃, já́ que foi por minha culpa que está aqui toda machucada. – disse ela firme e depois dando um sorriso que derrete qualquer coração de gelo.

-- Já́ que enciste, quem sou eu pra falar alguma coisa. – disse sorrindo. – Mas tenho que te confessar uma coisa, eu odeio hospitais, são muito silenciosos, quietos demais e tem algo que não sei identificar que me deixa tensa. – ela deu uma risada que me aqueceu por dentro. Conversamos quase a noite toda. Ela era engraçada, inteligente e mexeu comigo como nenhuma mulher já́ mexeu. Gabrielle é simplesmente linda, loira, com 1,70 de altura, olhos na cor de mel, cabelos meio enrolados, corpo bonito, sorriso contagiante. Dormi algumas horas, já́ que tinha começado a sentir dor e me aplicaram um remédio que iria dar sono. Já́ no final da manhã eu ganhei alta, me deu um aperto no peito quando percebi que nunca mais íamos nos ver.

Como tinha me prometido que ia me levar pra casa. Vesti as mesmas roupas de ontem e sai do quarto com ela me ajudando a andar já́ que tinha quebrado a perna e trincado duas costelas. Paramos ao lado de um Volvo S60 preto. Ela me ajudou a entrar no carro, me ajeitei no carona. Ela deu a volta se sentando no banco do motorista. Expliquei onde morava e não demorou muito para chegarmos.

-- Bem, obrigada mais uma vez por me trazer e fazer companhia no hospital. – falei sorrindo pra ela.

-- Que nada foi um prazer, qualquer coisa me telefona. – disse ela tirando um cartão da bolsa e me entregando. Sorri e dei um beijo no seu rosto e sai do carro. Acenei e subi para meu apartamento tomar um banho e avisar pra meu amigo que não consegui ir à festa em sua casa. Custei a subir as escadas do apartamento, já́ que não podia firmar meu pé́ quebrado.

Cheguei ao meu quarto tirei a roupa e fui direto para o banheiro tomar banho tirar a inhaca de hospital. Assim que sai do banho, peguei meu telefone e disquei para meu amigo.

-- Cadê̂ você̂ que até agora não chegou aqui no churrasco? – já́ veio logo perguntando sem me deixar falar que estava toda arrebentada.

-- Bom dia pra você̂ também Carlos, eu estou péssima e eu espero que você̂ esteja bem. – falei com meu sarcasmo habitual. – Olha não dá pra ir ao churrasco, não estou muito bem.

-- Qual é sempre e a mesma desculpa. O que aconteceu agora? – perguntou já́ com a voz um pouco alterada.

-- Estava no hospital, sofri um acidente ontem e agora tenho que ficar de repouso, esse mês. Nem vou poder trabalhar, agora vou dormi um pouco porque o remédio pra dor já́ está fazendo efeito.

-- Mais tarde dou um pulo aí então, beijo, melhora mana. – desliguei e coloquei o aparelho no criado mudo ao lado da cama, deitei e fiquei pensando em Gabrielle, no sorriso dela, nos olhos, na risada, quando percebi tinha adormeci pensando nela.

Fim do capítulo