Acordou no outro dia com o seu celular tocando.

--Oi Ricky?

--Como você está? Te acordei? Quer alguma coisa?

--Nossa calma acabei de acordar não estou processando ainda qual foi a primeira pergunta mesmo?

--Ai Lu deixa de ser chata, como você está parceira?

--Cansada, e com uma tristeza enorme, mas tudo vai se acertar é que a ficha ainda não caiu sabe, eu passei os últimos 13 anos sempre tendo ele ao meu lado dai de um dia para noite acabou ele se foi. - Ela começou a chorar.

--Ei calma eu estou saindo do DP agora, vou passar ai, a ruiva preguntou por você o que eu digo?

--Eu não quero falar com ela, não quero proximidade com ela não agora.

--Tudo bem, ela começou a querer se explicar comigo eu não deixei, disse que teria que falar com você e não comigo.

--Eu não quero ouvir a explicação dela Ricky, ela não me deve nada agora deixa eu voltar a dormir que o efeito do remédio que tomei não passou ainda.

--Não fica tomando esses remédios Lu, vai dormir mais tarde eu chego ai beijos se cuida.

--Xau.- Mal desligou e pegou no sono novamente, acordou quando escutou uma zoada na porta, prontamente pegou uma pistola que escondia em baixo da sua cama e continuou deitada com ela escondida debaixo do lençol, quando escutou a o invasor abrir a porta colocou o dedo no gatilho, e aguardou.

--Lú você estar ai? - Ela respira aliviada e se descobre

--Ficou maluco entrar na surdina? Ela fala travando a pistola.

--Nossa que violência, falei antes de abrir a porta e fiquei preocupado que você desligou o celular e o residencial não chama. - Falou ele sentando na cama

--Que horas são? Nossa você ainda tem aquelas chaves?

--Claro querida andam juntos com a da minha casa, e outra levanta dessa cama e vem comer comigo que odeio comer sozinho.

--Ai Ricky estou sem fome, você trouxe comida?

--Trouxe e se você não levantar vou ligar para tia Maria e dizer que você não quer comer então ela vai vim para cá e tenho certeza que vai ser pior.

--Nem pense nisso, amo minha mãe, mas ela não sabe lidar com perdas e vive achando que estou magra ou desnutrida.

-- Vamos para mesa então?

--Fazer o que não é ? - Eles saíram do quarto e ao chegar na sala a Lucy para diante de um mural de foto feito por Antony.

--Ele sempre gostou de fazer essas coisas de arte.

--Ele era um bom artesão, são essas memorias que devemos guarda dele Lu ele era um homem bom e como você mesma sempre falou que sempre o admirou pelo seu caráter e lealdade.

--Ele me fez prometer que eu iria me cuidar se acontecesse algo com ele. - Ela falou abaixando a cabeça.

--Então ficar sem comer não é uma boa forma de se cuidar não é, vem vamos comer depois vemos o que faremos.

- É, você tem razão isso não vai fazer ele voltar então vamos lá ver a porcaria que você trouxe para nós

--Ei respeite meus fast foods, mas eu trouxe aquela sopa sem gosto que você gosta credo que coisa mais sem gosto- Falou todo afetado

--Mas é muito fresco mesmo, segura a franga para não pular do armário.

--Olha quem fala, a racha mais enrustida que conheço, agora para de falar e come estou de olho, meu dedo esta coçando para ligar para tia Maria. - Ela deu língua para ele e começou a comer depois eles foram para o quarto e começaram a conversar amenidades o Ricky fez de tudo para distrair a amiga eles dormiram na mesma cama, o final de semana passou e o seu amigo não saiu do seu lado, e já na segunda feira eles acordaram com o despertador do rapaz tocando.

--Nossa não tinha um toque melhor para acordar de manhã? - Lucy acordou com o som de Bad romance lady Gaga

--Olhe o respeito quando falar da diva das divas

-- Ta certo Lady  Gaga, levanta e vamos trabalhar.

--Mas você já vai voltar ao trabalho Lu? não está muito cedo?

--Sei lá, só não aguento ficar parada, e só vou meio expediente, vou resolver algumas papeladas, mas em casa não vou ficar de forma alguma.

--Então vamos Oh-oh-oh-oh-oooh-oh-oh-oh-oooh-oh-oh-oh   - Levantou cantando a musica da sua Diva.

--Bom dia Henrique você poderia... Lucy já de volta? - A delegada pergunta ao perceber a presença de Lucy na sua mesa.

--Sim senhora hoje apenas até as treze horas.

--Mas sabe que pode passar mais tempo em casa se quiser, e gostaria muito de falar com você assim que estiver disponível.

--Sim senhora, agora queria que a senhora desse uma olhadinha aqui nessa lista-  Falou totalmente profissional com ela isso fez a ruiva perceber o quanto Lucy estava magoada e achou melhor não comentar nada. --Esses são os nomes de todos os que deram ou dão aulas de filosofia e ética, a maioria deles já interrogamos menos esses quatros eles não dão aulas nos cursos dos alunos, mais tem esse aqui ele é professor substituto então possivelmente pode ter dado aula no lugar de algum faltoso da cadeira, e uma coisa que notei foi o nome dele João Morramedes.

--Islâmico, é isso Lucy eles são totalmente contra a homossexualidade e ele pode ser um extremista ou algo assim, quero a ficha dele, e também um perfil de tudo dele, não vá atrás dele ainda, vamos primeiro sonda-lo Ricky marque com a Alfa.

--Para quando doutora?

--Quando Lucy puder agora deixa eu ir que vou estourar uma casa de trafico com os rapazes xauzinho. - Saiu da sala, mas antes lançou um olhar para Lucy que fez questão de desviar seus olhos.

--Vá com Deus e cuidado. - Lucy falou baixinho vendo ela se afastar.

--Você quer mesmo se afastar dela?

--Não questão de querer parceiro é questão de ser obrigada ela fez a escolha dela não posso fazer nada, agora vamos voltar ao trabalho me liga com o Cleiton passa o nome desse professor e pedi para ele o que Patrícia quer, eu vendo outras coisas, ficaram ali investigando o homem até conseguirem uma foto dele enviada por Cleiton.

--Lu da uma olhada no que Cleiton nos enviou. - Ele falou admirado.

--É aquele amigo do Tony, o João, nossa que coincidência.

--Realmente nós tínhamos ele em nossas mãos e não sabíamos.

--Mas vamos com calma que é apenas uma suposição.

-- Eu sei mas meu sexto sentido me diz que nós não estamos errados.

--Tomara temos que prender esse assassino. - Ficaram ali até a tarde chegar e a Lucy teve que sair, ela foi resolver algumas burocracias e já no final da tarde quando iria voltar para casa seu celular toca.

--Oi Ricky, achou algo?

--Lú onde você estar?

--Estou indo para casa por que?

--Então te encontro lá.- A sua voz estava estranha ela conhecia o seu amigo e sabia que estava acontecendo algo, foi para casa tomou um banho e foi preparar algo para comer.

--Lú onde você estar? - Falou entrando na casa.

--Estou aqui na cozinha Ricky.

--Oi como você está? - Ele estava com uma cara estranha.

-- Ricky fala logo o que aconteceu?

--Foi a Pati ela foi atingida na batida, mas ela está bem não se preocupe. - Aquilo fez com que o Coração dela acelerasse suas mãos ficaram frias, e apenas conseguiu perguntar.

--Onde ela está?

--No hospital, a levaram porem disseram que ela estava consciente e ela... - Não esperou o amigo acabar de falar já foi pegando sua bolsa jogando a pistola dentro,  pegou a chave do carro.

--Ei você não vai dirigir desse jeito vem eu vou com você. 

--Agora ver se vai rápido, senão eu te tiro do volante a força.

--Ai que violência. -Eles saíram em direção ao hospital e assim que chegaram  Lucy pegou as informações onde ela estava, saiu andando tão rápido que quase o seu parceiro não a acompanhava.

--É nesse quarto. - Respirou fundo deu duas batidas e entrou, viu a Paula sua irmã e a sua Ex de jaleco alisando seus cabelos.

--Boa tarde er..  viemos saber como ela estar?

--Ola Lucy entra ela está dormindo, e meus pêsames, fiquei sabendo do que houve. - Paula Falou a abraçando.

--Como ela está? – Sussurrou no ouvido de Paula

-- Foi apenas um tiro de raspão, mas por causa da sua diabetes, ela tem que ser tratada rapidamente por causa da baixa imunidade, qualquer coisa que possa infecionar pode ser fatal - Falou Claudia com um tom de superioridade.

--Que bom que ela está bem, estávamos preocupados.- Ricky falou

--Meu nome é Doutora Claudia vocês são? - A cada palavra a Lucy ficava mais chateada com ela.

--Lucy e Henrique trabalhamos com ela, bem muito obrigada agora que sei que ela está bem vou indo, boa noite , manda um beijo para Clarinha.

--Mando sim, pode deixar que digo a ela que vocês vieram, Lucy a escute ao menos um pouco.

--Tudo bem, até mais - E saiu, mas sua vontade era ficar ali com ela não a deixar, mas não podia, ela tinha ficar com a esposa e isso a inquietava de uma forma que ela não esperava.

--Lú fala comigo vai coloca para fora isso que você está sentindo.

--Não consigo externar tudo isso Ricky é uma dor tão grande gostaria de ter um botãozinho para desligar todo sentimento de angústia e medo que estou sentindo agora, primeiro eu descubro que a mulher que amo voltou para ex no outro dia o único homem que pude dizer que amei na minha vida morre e três dias depois o meu amor leva um tiro e eu não posso ficar com ela, sei lá o que mais de ruim pode acontecer? - Ela falava e lágrimas escorria por todo seu rosto.

--Chora amiga talvez diminua essa dor, vem aqui. -Ele encostou o carro e a abraçou, e assim continuaram ate ela parar de chora ele a soltou e foram para casa de Lucy.

--Ricky estava pensando vou me mudar, alugar essa casa e morar em um apartamento menor agora que sou só eu não preciso de uma casa tão grande e sei lá estou me sentindo tão desconfortável aqui.

--Então vamos procurar um apartamento para você enquanto isso não gostaria de ir lá para casa?

--Não quero dar trabalho, já estou esses dias te atrapalhando demais.

--Ah Lú deixa disso não fiz mais que minha obrigação de amigo, e você não vai atrapalhar em nada.

--Tudo bem, você está com sono?

--Não por que?

--Me ajuda a arrumar as coisas do Antony? Já falei com o padre da capela aqui do bairro ele vai distribuir para as famílias carentes e também os livros dele vai fazer um grande volume na biblioteca da igreja que tem pouquíssimos livros com aquela quantidade toda eles vão ficar bem felizes.

--Vão sim, então mão na massa.- Eles pegaram as caixas que a Lucy já tinha providenciado para esse fim e começaram a encaixotarem os livros roupas e alguns objetos. 

--Caramba Lú como ele tinha coisas.

--Ele guardava tudo, as vezes eu ficava brava com ele e quando eu jogava fora qualquer coisa ele ficava revoltado. -Falou deixando as lágrimas escorrerem.

--Lú vocês eram amigos desde da escola ele nunca percebeu que você tem essa queda por mulheres não? 

--Não sei, as vezes nem eu percebia, sempre me escondi sabe, quando jovem ia muito a igreja, e tudo mais meus pais muito conservadores, e se realmente eu vim a contar que me relaciono com mulheres não faço a menor ideia de como eles reagiram, meu pai é super homofóbico acho que nunca vou me assumir para ele.

--Por isso que vivo no meu armário prefiro ser a Alice que viver nesse mundo preconceituoso.

--Eu respeito seu modo de ver, mas acho que tem duas vertentes, você compartilhar com seus familiares o seu modo de viver também é legal, afinal são as pessoas que você ama, mesmo sendo muito difícil e você corre o risco de ser excluída do meio dos seus ainda acho que seria valido.

--E é disso que você tem medo?

--Também, sempre pensei que era erado que Deus iria me castigar e meus pais não iriam me amar e hoje vejo as coisas de forma mais madura, penso que se eles realmente me amarem eles me aceitarão - ficaram conversando ate acabarem de encaixotar todas as coisas, dormiram como sempre na mesma cama.

--Ricky será que a Pati vai vim trabalhar hoje? -Ela perguntou sentando em sua mesa

--Não sei parceira ,você quer que eu ligue para saber como ela está? 

--Liga estou morrendo de vontade de vê-la mas a miss loira do Paraguai não deixa ela em paz.- Falou fazendo uma careta.

--Adorei você com recalque sabia? -O amigo falou rindo, discando o número da delegada.

--Isso não é recalque e sim ciúmes da minha Anjinha do cabelo de fogo. -Ela falou com uma cara fofa e percebeu a cara de quem estava aprontando que o seu amigo fez, logo ela pressupôs o que aconteceu. --Ricky ela já atendeu e escutou o que falei não foi?

--Olá doutora como estais? -Falou segurando o sorriso.

--Fala Ricky mesmo se não estivesse bem agora ficaria melhor só em escutar o que escutei agora.

--Imagino, ontem fomos te visitar e a sua esposa disse que você está bem, só liguei para aquietar o nosso coração.

--É não foi nada serio apenas precauções mesmo e a Claudia não é minha esposa, e eu preciso dizer isso a sua amiga turrona.

--Isso aí já é com vocês agora deixa eu ir trabalhar que minha chefinha é um pouco brava mesmo sem ela está, ainda marca encima.-  Lucy ficou observando o que eles falavam.

--Tudo bem amanhã já estarei ai manda um beijo pra Lú para mim por favor? 

--Só se for na bochecha que de língua nem sob pena de morte. - Riu e despediram-se

--O que ela disse? Como ela está? Quando ela volta?

--Ai quanta pergunta, ela está bem, vai voltar amanhã e disse que a loira não é a esposa dela. -Falou encarando Lucy para ver sua reação.

--Será? Mas o que eu vi naquele dia foi claramente que elas estavam... e eu atrapalhei elas... – Não concluiu a fala. -- Ai deixa para lá, vamos voltar ao trabalho que nós ainda vamos procurar um flat para mim, quanto menor melhor.

--Vai dormir lá em casa hoje não é gata?

--Vou sim, agora vamos juntar as peças o que já conseguimos do tal João?

--Ele é nascido no Brasil mas criado no Iraque, ele voltou ao Brasil já adolescente e aos vinte cinco anos foi morar na Síria mas nesse período não conseguir nenhuma informação de onde ou o que ele fez lá.

--Muito suspeito, vou falar com ele amanhã vou na universidade dou um jeito de encontrar com ele..- Eles ainda conseguiram algumas informações sobre o João.

--Lú já são cinco da tarde vamos ver os flats, o meu amigo corretor já está nos e esperando. -Eles saíram Lucy sempre prática ficou com o segundo que olhou pois era próximo ao centro, e também a alguns metros do apartamento de Ricky.

--Ricky eu preciso ir lá em casa antes de ir com você, tenho que pegar roupas e também vou acabar de encaixotar umas coisas do Tony.

--Tudo bem eu vou com você. – Eles saíram rumo a casa da detetive.

--Ricky ver isso aqui – Ela estava sentada com vários papeis na mão

--O que é isso?

--Deve ser um artigo, tese ou algo do gênero, é de um aluno do Tony, creio que ele estava corrigindo.

--Do que ele trata? – Ricky sentou ao seu lado

--Da expansão do Islamismo e religiões derivadas no Brasil, olha ele mapeia onde estão as concentração dos praticantes, e fala também sobre terrorismo.

--Será que esse aluno poderia nos ajudar em algo?

--Não sei, olha o nome dele, amanhã vemos como chegar nele.

--Qual curso ele faz?

--É aluno da pós-graduação, amanhã vamos ter mais informações, agora vamos acabar com isso. – Eles acabaram de encaixotar os livros e as roupas do falecido, ela pegou sua roupa e seguiram para a casa de Ricky, lá após comerem besteiras eles dormiram.

--Porr* Ricky, como você consegui manter sua sanidade acordando com esse barulho todas as manhãs – Ela disse novamente reclamando do toque usado para acordar.

--Lu deixa de reclamar e vai fazer um cafezinho para seu amigo, você sabe que eu adoro seu café – Fez uma voz manhosa.

--Mas é muito folgado mesmo, vai tomar banho que tenho certeza que você não ajeitou o chuveiro do outro banheiro e banho frio eu não tomo em hipótese nenhuma.

--Vai lá amor da minha vida – Ele disse entrando no banheiro, Lucy foi para a cozinha fazer o café, pouco tempo depois a campainha tocou, ela foi atender, não abriu pois não conhecia o homem que estava fora, foi no sofá pegou sua arma colocou nas costas e passou a corrente na porta, para não abrir totalmente.

--Ola o Henrique está?

--Está tomando banho quem deseja?- Ela ainda não tinha aberto a porta.

--Quem é Lu? – Tony aparece apenas de toalha

--Sou eu Henrique o Márcio. – Henrique fez cara feia para ela e pediu para ela abrir.

--Oi Marcio, o que você quer? – Ele perguntou indo para o lado de Lucy

--É que estava precisando falar com você – Ele disse sem tirar os olhos de Lucy.

--Tudo bem, mas antes deixa eu te apresenta, essa aqui é minha noiva Lucy – Olhou para Lucy, que prontamente o abraçou.

--Olá Marcio você é amigo do meu fofuxo? – Abraçou ele.

--Noiva? Mas como assim noiva? – O rapaz ficou sem saber o que falar.

--Noiva noiva horas, sim amorzinho olha a hora para não se atrasar. – Olhou para o rapaz deu um selinho em Ricky.

--É mesmo meu docinho então Marcio o que você quer falar?

--Er... Falar? Eu, sabe de uma coisa deixa para lá – o rapaz deu as costas e saiu pisando firme.

--Coitado Ricky, ele ficou desnorteado. – Lucy disse guardando a sua arma na bolsa.

--Não sei por que esses bonitinhos são tão grudentos credo, e credo vou lavar minha boca com agua sanitária já volto – Ele disse rindo.

--Só você mesmo, agora vamos agir senão nos atrasamos. – Eles tomaram café da manhã e partiram para a delegacia.

--Oh fofuxo, vou pesquisar sobre o rapaz – Lucy disse apertando as bochechas do amigo que a mostrou a língua.

--Olha quem chegou – Ricky disse chamando a atenção de Lucy.

--Será que ela está bem Ricky? Sei lá ela está tão abatida. – Lucy não tirava o olhar dela.

--Vai lá falar com ela, não seria um boa hora de vocês conversarem?

--Não temos o que conversar, eu quero me concentrar nessa investigação- Eles fizeram uma rápida pesquisa sobre o aluno de Antony e assim que obtiveram alguns dados resolveram sair.

--Ele é professor da rede municipal, o que você acha de dá um jeito de puxar assunto informalmente?

--Ótima ideia vamos. – Eles saíram ao encontro do rapaz.

************

--Alô?

--Pati já chegou na delegacia?

--Oi Paulinha, já cheguei sim

--E ai conseguiu conversar com a morena?

--Ela parece está fugindo de mim, eu não compreendo, ela não me deixa ao menos explicar o que ela presenciou naquele dia.

--Ai Pati desculpa falar, mas como você inventa de enfiar a sua ex dentro de sua casa assim?

--Ela só veio conversar e ela me pediu para ficar lá em casa naquela noite, fiquei sem jeito de negar.

--Quando ela foi dormir com a enfermeira gostosona na sua cama ela também não podia negar não é mesmo?

--Ai Paulinha não fala assim, ela já me pediu perdão e disse que queria ao menos ser minha amiga não vejo nada demais nisso.

--Eu não vou falar mais nada, você sabe o que faz, agora vai trabalhar e ver se não movimenta muito esse braço.

--Tudo bem, não se preocupe antes de dormir vou ai para você fazer o curativo.

--Venha mesmo, e também queria te pedir um favor, tem como você levar a Clarinha para noite de autografo daquele livro de bruxa que ela ler?

--Posso sim, quando será?

--Amanhã no final da tarde, tenho uma paciente agendada e não poderei lava-la

--Posso sim, as quatro da tarde chego ai para pega-la.

--Otimo ate a noite, e toma cuidado com esse braço e não esquece de almoçar.

--Não esquecerei, te amo mana beijos – Desligou e não conseguiu segurar a louca vontade que estava de ver Lucy foi ate a sala dela, porem estava vazia, seguiu seu dia com tranquilidade e muito serviço.

--Boa noite delegada gostaria de te mostra uns dados novos. – Ricky disse com a cabeça na porta dela

--Entre, sente-se ai

--Como está o braço?

--Foi só de raspão, estou ótima e a Lucy onde está?

--Já foi está acabando de arrumar suas coisas para se mudar no final de semana.

--Ela vai se mudar? Não sabia – Patricia disse meio entristecia pois gostaria de estar presente na vida da morena

--É ela disse que não precisa de uma casa tão grande para ela sozinha e também tem a questão das lembranças ainda são muito fortes.

--É imagino o quanto deve está sendo difícil para ela – Disse e deu um suspiro

--E você gostaria de está com ela nesse momento estou correto?

--Está sim, gostaria tanto de está ao lado dela nesse momento tão doloroso, mas ela não deixou eu me aproximar, lá no hospital pediu que eu a deixasse sozinha, por isso ainda não a procurei estou respeitando esse espaço que ela me pediu.

--Ela ficou muito magoada em te ver novamente com a sua ex.

--Mas foi tudo um mal entendido, eu não voltei com a Claudia.

--Não foi o que deu a entender, desculpa Pati mas se eu chegasse na casa de meu boy e quem me atendesse fosse o ex dele seminu eu não pensaria diferente dela.

--Eu sei Ricky, eu compreendo, mas ela não deixou em ao menos explicar já saiu correndo, droga eu só fui gentil com a Claudia e depois aconteceu tudo isso, agora fico sem saber como agir.

--Não sei mesmo o que você deve fazer, mas vai com calma que ela realmente está confiante que você está com a loira e muito machucada.

--Droga, não aconteceu nada entre nós duas não conseguiria ter mais nada com a Claudia, e eu deixei isso bem claro para ela. – Disse passando as mãos nos cabelos.

--Vamos deixar para ver isso depois, olha conseguimos conversar com um rapaz que era aluno do Antony, ele está fazendo uma pesquisa sobre o islamismo Brasil, conseguimos conversar com ele, que nos falou varias coisas interessantes uma delas é que aqui no nordeste tem um grupo que são desgarrado do Islamismo, eles parecem que querem formar uma nova religião com os mesmo embasamento dos islâmicos porem com algumas concepções diferentes, como ele pesava que nos somos apenas curiosos sobre a religião ele disse que já foi a duas reuniões desse grupo, e nos convidou para irmos, a Lucy disse que o sexto sentido dela diz que estamos chegando perto e como sempre esse sexto sentido dela está certo nós vamos nessa reunião.

--Ótimo trabalho, quando será essa reunião?

--No sábado, vou falar com o china, pois o rapaz disse que as mulheres tem que usarem burca para entrarem no local sagrado, foi como ele disse.

--Tudo bem, vamos fazer uma operação para isso amanhã uma reunião para reunir todas as informações. – Eles ainda traçaram algumas coisas  e Ricky saiu meio que correndo para contar da conversa que teve com Patricia para a delegada.

--Lu, você não vai adivinhar o que eu descobrir. – Ele disse entrando rápido no quarto dela.

--O Brasil é que não foi, pois Pedro Alvares Cabral já fez essa magnifica proeza – Disse e o amigo fez bico

--Cruzes a pessoa chega todo animado para conta um babado do interesse dela e ela fala de maneira – Fez cara de quem estava magoado

--Deixa de birra e desembucha

--Eu falei com a Pati e ela disse que não está com a loira e nem esteve naquele dia, ela disse que foi apenas um mal entendido e que nunca ficaria com a loira novamente. – Lucy nada respondeu, voltou a colocar as roupas na caixa –Você não vai falar nada?

--Não sei o que falar, vou pensar mais um pouco – Ela voltou a seus afazeres e como o amigo a conhecia muito bem e sabia que não adiantaria insistir resolveu mudar de assunto.

--Pronto as roupas estão todas encaixotadas, e amanha eu levo para o apartamento antes do trabalho.

--E amanhã vamos lá para casa depois do expediente? – Prometo fazer aquelas panquecas

--Infelizmente prometi levar o Rafa para autografar um livro que ele ler, é louco por ele, um livro lá de bruxa e duendes.

--As crianças adoram essas coisas, agora vamos dormir que amanha você vai ter que está com os ouvidos preparados para os gritos de moleques enlouquecidos. – Eles sorriram e foram dormir, porem Lucy não conseguiu dormir pois não parava de pensar em sua ruiva, ela enxergou que não parou ao menos para escutar o que Patrícia tinha a dizer, com isso decidiu que iria conversar com a ruiva e esclarecer todos os pontos ainda em aberto no outro dia foi trabalhar com essa ideia fixa na cabeça.

--Ricky, será que a Patrícia chegou?

--Acho que sim pela hora, decidiu conversar com ela?

--Decidir que iria esclarecer tudo de uma vez. -  Ela levantou e foi ate a sala da delegada, estranhou pois as persianas estavam fechadas e ao bater na porta ela tambem estava trancada, deu duas batida de leves e escutou um já vou da delegada, poucos segundos depois ela abri a porta e dá de cara com Lucy que a olha com um ar desconfiado

--Lucy? Entra – Ela abriu o espaço para ela entrar, Lucy ao entrar viu a loira sentada na cadeira frente a mesa, ela olhou novamente para a ruiva que estava com dois botões da blusa aberta, isso fez a mente de Lucy fervilhar de ideias sobre a cena que viu.

--Er.. desculpa atrapalhar delegada é que eu gostaria de informar que sairei mais cedo, preciso resolver algumas coisas e como ainda deveria está de licença sei que posso sair.

--Tudo bem Lucy, mas antes gostaria de conversar com você – Ela disse tentando buscar os olhos de Lucy, esses que estavam sem brilho.

--Muito obrigada doutora, amanhã assim que chegar no meu expediente eu venho a sua sala, e aproveito trago um relatório das ultimas informações que obtivemos. – Lucy já falou dando as costas a ela e saindo, porem foi impedida de seguir ao sentir a mão de Patricia em seu braço

 

--Você nunca vai me escutar não é mesmo? 

Fim do capítulo