Olivia—ainda da tempo de voltar e alcançar-las se já tiverem partido.

 

Anna—não...--a jovem abraçou sua tutora pela cintura e acomodou-se mais ao calor de seu corpo que diferente daqueles frios lençóis da cama estava quente o suficiente para acalmar-la.

--eu quase me deixei levar pela minha raiva..por isso aqui dentro de mim!

 

Olivia—(rs) depois de uma garfada e uma facada??ela já estaria morta para mim.

 

Anna—(rs)..ela era tão diferente no começo quando conversamos..e no fim nem minhas palavras surtiram efeito..não tanto quanto o sorriso de Ares a ela.

 

Olivia—você fez o certo.resistiu ate onde podia e retirou-se quando devia.a Anna que conhecia a um tempo atrás teria se deixado levar pelo impulso e um novo descontrole te domaria.

 

Anna—era o meu maior medo.pensar em te machucar,ferir elas..prefiro estar longe do que isso.

 

Olivia—agradeço..--com um beijo Olivia agraciou a bochecha de Anna enquanto a apertava em seus braços.

--quero você focada nos assuntos pendentes daqui.um deles é William..

 

Anna—eu sei..mas quero que me faça alguns exames..o lithium tem sido eficaz em minha recuperação e digo que eficaz ate demais..lembro que William perdeu um braço nessa brincadeira e pouco tempo depois tinha um novinho em folha..será que...

 

Olivia—não!faço os exames mas não me peça para testar ate onde seu corpo iria.é loucura tentar..

 

Anna—tudo bem..(rs) mas por enquanto podemos ficar só aqui??

 

Olivia—é tudo que mais quero.

 

De um beijo simples as duas começaram a intensificar o momento.

Suas línguas roçavam cada vez mais e demoravam apreciando o encontro que tinham aumentando o desejo que sentiam.

Sentando-se no colo de Olivia Anna retirou a blusa que vestia.

 

Anna—adivinha quem vai ser a ativa desta vez..--em meio a sua brincadeira Anna notou o olhar desafiado de Olivia que abrindo seu sorriso derrubou Anna de costas a cama domando a garota.

 

Olivia—jura que vou deixar.(rs)--beijando a jovem Olivia desceu lentamente sua mão para dentro do jeans de Anna ouvindo o contido gemido da jovem escapar de seu beijo porém um vulto chamou sua atenção ao lado da cama.

Assim que virou seu olhar Anna fez o mesmo deparando-se com Calli e sua mania de observar-las.

--de novo não.

 

Anna—você tem algum problema Calli??

 

Calli—não nenhum ah é mesmo..porque não esta na Grécia??!

 

Anna—se não percebeu eu to prestes a trans*r!!dá pra sair?!!

 

Calli—me obrigue!enquanto você brinca aqui no cio com sua namorada, Lívia precisa ir ate Eli e descobrir sua verdadeira vocação.

 

Olivia—ela vai matar Eli se isto acontecer.

 

Calli—eu enviei vocês ate lá para que isto não ocorresse...não pelas mãos dela.

 

Anna—se não se lembra meus descontroles ainda podem fazer um belo estrago.sei que controlo mas Lívia é um porre e suas possessões em tentar me ajudar a cada descuido meu nunca foram uteis por assim dizer..

 

Calli—ok!!eu entendi a indireta!nunca fui boa nisso porque o fundo de sua alma é uma confusão!raiva,ódio e medo e todas sabemos que isso não combina mais comigo..enfim,ainda tenho esperanças por você e essa não é a questão que temos que discutir..Lívia não vai mudar se continuar mentindo do jeito que esta!!pode surgir uma emoção ou outra mas ela não vai levar a sério os ensinamentos de Xena.

 

Anna—e não vai!--erguendo-se da cama Anna retrucou.

--não se estivermos lá..ela pode enganar Xena com aquele teatro mas não a si mesma.ela precisa esta sozinha com elas para entender de verdade o que sente..o que está negando sentir.sem falar que tem Ares também..não posso lutar pra valer contra ele.

 

Calli—desta vez..você ganhou. mas faremos assim,se algo acontecer com Eve,algo que não esteja nos planos eu vou jogar você na sua piscina,ok?

 

Anna—(rs) beleza. agora some do meu quarto antes que eu me esqueça que somos amigas e corte suas asinhas.--fazendo Calli recuar seus passos em direção a porta tudo que Anna queria era ela fora dali o mais rápido possível.

 

Calli—sabe..a castidade ainda é um caminho que você pode seguir.

 

Anna—(rs) castidade?!eu quero é trans*r!sai!--com Calli fora do quarto Anna fechou a porta deixando-a sem saber o que dizer.

 

Calli—que mundo perdido.

 

***

 

Depois de mostrar toda capacidade de sua tropa de soldados romanos Lívia levou Xena para dentro de uma das tendas do acampamento onde encontrou-se com um de seus melhores homens.

 

Lívia—Xena este é meu comandante Tadeus.foi ele quem me ensinou a usar uma espada e tudo que sei em combate.

 

Tadeus—princesa guerreira.é um prazer conhecer-la.

 

Xena—..digo o mesmo.--ela apertou a mão de Tadeus e lembrava das palavra de Anna sobre a infância de Eve.

Lembrou bem do homem que a treinava e com violência a forçava dá o ultimo de suas forças em cada treinamento.

Controlou-se ao máximo para não acabar com aquele sorriso que ele mantinha em seu rosto.

 

Tadeus—ultimamente você é o assunto de Roma..e suas histórias devo admitir que me intrigam.(rs) enfrentar os deuses e ainda estarem vivas é uma vitória que só é conquistada por um verdadeiro guerreiro..no caso guerreira.agora entendo bem o fogo que arde nos olhos de Lívia...ela puxou a mãe.

 

Xena—isso é algo que...ainda estou checando.(rs)

 

Com o fim de uma longa conversa entediante com Tadeus Xena despediu-se dele e junto a Lívia voltavam para Amphipolis.

A estrada de terra era longa e direta mas iam devagar sobre seus cavalos.

 

Lívia—você esta tão calada..

 

Xena—como pode tratar alguém que te fez tão mal daquela forma??

 

Lívia—do que esta falando?(rs) Tadeus foi como um pai para mim!

 

Xena—pai??será que ele pensava assim quando te treinava quando criança??quando te espancava para te tornar um mero soldado de Roma?!!--irritada Xena perguntou e muda Lívia a fitou com os olhos cheios sem derramar.

 

Lívia—eu não sei da onde tirou isso..mas não é verdade!

 

Xena—Anna não mentiria para mim quando sei que em seus olhos é esta a verdade que vejo...assim como vejo nos seus.

 

Enraivecida,Lívia puxou as rédeas de seu cavalo e com uma batida de suas botas o fez correr pela estrada forçando Xena a seguir-la em velocidade com Argo.

 

Com Xena um pouco atrás dela,Lívia limpava seu rosto das lagrimas que caiam a molhar-lo quando um fantasma de Ares surgiu a sua frente na estrada.

Um susto inesperado que quase a derrubou do cavalo.

 

Ares—pare de sentir e foque sua mente no que deve ser feito.Eli deve morrer.

 

Com aquelas palavras Lívia preferiu parar e com Ares sumir como poeira ao vento ela desmontou e correu para dentro da mata sumindo aos olhos de Xena.

 

Fazendo o mesmo Xena pulou praticamente de Argo e adentrou a correr atrás de Lívia para desespero da moça que escondeu-se recostada a uma arvore.

 

Xena—porque esta fugindo Eve??é porque esta é a verdade?!!..não fuja dela...ela é importante também pra mim.

 

Com a mão tampando-lhe a boca Lívia escorregou suas costas na arvore que a escondia,sentando-se ela contia as lagrimas para não chorar.

Socou a terra diversas vezes ate ser encontrada por Xena.

 

Lívia—quem te ensinou a arte do guerreiro?

 

Xena—meus irmãos..

 

Lívia—e você gostava??

 

Xena—..eu me divertia.

 

Lívia---eu me lembro de quando conheci Tadeus..(rs) eu costumava correr pela cidade e aquilo era tão bom..ate o dia em que ele entrou na casa de Octávio..acho que foi uns dias depois do meu encontro com Anna.ele era um soldado forte e muito maior do que eu.Tadeus dizia:derrube-me e poderá brincar a hora que quiser...(rs) quem dera eu ter conseguido na primeira vez mas não.eu tentava e tentava e nada e toda vez que caia ouvia suas cobranças disto e aquilo tentando me controlar em cada movimento meu. faça isto e não isto!!eram regras estupidas e rígidas que eu aceitei ouvir..no final daquele dia eu estava tão cheia de ódio que eu fui com tudo para cima dele.ele sabia do que eu era capaz por isso puxou um dos guardas da casa a sua frente para proteger-lo e..eu matei aquele guarda.assim foram todos os dias da minha infância depois da chegada dele em minha casa.todos temiam treinar comigo porque sabiam que daquele dia não passariam.sabe quantas pessoas já matei??

 

Xena—isso não quer dizer que gostava de matar-los!

 

Livia—gostava!!tive que gostar!!eu estava em Roma sozinha e nada podia fazer!!quantas vezes eu pensei em fugir..quantas vezes eu pensei em não me importar com meu corpo ferido e minha mente perturbada??..eu não posso continuar me enganando Xena..essa minha pose militar não é o que sou!!eu me tornei o pior pesadelo de todos..--tentando erguer-se e voltar a correr Lívia foi segurada por sua mãe ganhando sua atenção.

 

Xena—hey!!todos os dias podemos modificar a nós mesmos contanto que tudo de ruim que fizemos fique no passado,no ontem..eu não me importo com o que você já fez e sim com o que faz agora.apenas diga..o que posso fazer por você...e farei.

 

Colocando Tadeus de joelhos na frente de Lívia Xena colocou para fora toda sua raiva.

 

Xena—acho que tem algo a dizer ela Tadeus..

 

Tadeus—o que??do que esta falando??!!

 

Lívia—roubou minha infância.

 

Tadeus—(rs) eu não sei o que ela disse a você Xena mas eu nunca forcei ela a nada.

 

Sem paciência Xena aplicou o golpe no pescoço de Tadeus e ele arregalou os olhos parecendo saber bem o que era aquilo que fazia seu corpo entrar em ebulição.

 

Xena—tens trinta segundos para fazer o que digo..ou a morte é o que te espera.

 

Parada admirando o temor de Tadeus aos seus pés Lívia continha o sorriso em seu rosto mostrando a Xena que realmente dizia a verdade em gostar de ver todos assim e para Xena, inconformismo pela birra de Anna no fim esta certa.

 

Nos fins dos trinta Tadeus cedeu e curvou-se pedindo perdão a Lívia e de imediato Xena cortou seu efeito mas desmaiado Tadeus caiu ao chão.

 

Livia—obrigada Xena.ele nunca teria cedido de bom grato.

 

Saindo da tenda Xena foi pega de surpresa com as inúmeras espadas apontadas para ela em um circulo fechado a lhe prender.

Parecia que todos já havia descoberto o destino do comandante Tadeus.

Neste momento ela olhou Lívia despreocupada caminhar mais a frente e parar ao seu chamado.

 

De costas a Xena Lívia via o momento perfeito para se livrar daquela guerreira mas algo a fizera pensar e para ela ate demais.

Foram longos segundos que fizeram Xena duvidar da vontade e interesse de Lívia em ajudar-la,tendo a opção então de por sua mão sobre seu chakram,pronta para qualquer ataque.

para Lívia ali seria o fim de seus problemas então porque relutava diante esta ideia?perguntava-se ela em seu conflito interno.

Só precisava ficar calada ate tudo isso acabar mas não.

 

Lívia—parem!!!--aquela palavra quase arrancou-lhe o coração.era uma angústia incompreendida por Lívia.

--Xena é minha mãe e ninguém tocará nela!!entenderam??ninguém!!--irritada ela voltou e todos a obedeceram de imediata prontidão.

--Tadeus recebeu o que merecia..nada mais do que isto.agora voltem para suas atividades!!--com um sorriso sem jeito no rosto Lívia realmente não sabia o que estava fazendo.

 

****

 

Gabrielle—tudo que pedi a você foi estar aqui presente quando Anna partir!!

 

Xena—sinto muito Gabrielle eu e Lívia estávamos no acampamento e pensei que pudesse voltar antes da partida dela..só que nos atrasamos.

 

Lívia—Xena fez bem colocando Tadeus em seu lugar.(rs)...--notando o olhar irritado de Gabrielle a ela Lívia calou-se e virou seu olhar a Xena que parecia repreender-la com aqueles olhos quase cerrados.

Na hora entendeu bem o porque Xena esta tão quieta naquela discussão.

--opa.desculpa.--avançando seus passos Lívia entrou na taverna de Cyrene e Gabrielle pode fazer o escândalo que queria.

 

Gabrielle—quem é Tadeus??e porque estou achando isto algo tão errado de sua parte??

 

Xena—o cara era um babaca!..eu só usei o golpe para assustar-lo.

 

Gabrielle—(rs) que ótimo!vai usar o golpe em todos os babacas que encontrarmos se Lívia não gostar deles??.

 

Xena—ok!!Anna estava certa!ela não mudou mas está tentando.

 

Gabrielle—(rs) agora é tarde!Anna não voltará tão cedo para ver este milagre acontecer.

 

Xena—que seja.suas coisas já estão prontas??

 

Gabrielle—sim.há muito tempo.(rs) estou louca para encontrar o resto do pessoal.o que terá acontecido a eles??podemos começar com Joxer??

 

Xena—claro.já estava começando a sentir a falta das bobagens dele.

 

*****

 

Cyrene—eu vou sentir tanto a falta de vocês.

 

Xena—certo mãe,agora dá pra me soltar?--presa nos braços de Cyrene Xena não conseguia soltar-se dos braços da senhora deixando Gabrielle e Lívia contendo seu risos diante tal cena.

 

Cyrene—tentem lembrar de mim antes de sumirem vinte e cinco anos ok?

 

Xena—pode deixar mãe.

 

Montando em Argo Xena observava Gabrielle acariciando Dante temerosa em montar sobre o alazão.

 

Xena—tem certeza que quer fazer isto?

 

Gabrielle—claro!Anna me encarregou de cuidar dessa peça rara. eu tenho capacidade para isso Xena.

 

Xena—ok.eu sei disto mas não quero que se machuque.--vendo Gabrielle montar em Dante a guerreira se fez surpresa pela boa vontade do cavalo arredio não derrubar-la.

 

Gabrielle—viu só?!(rs)somos amigos!--ainda em dúvidas disto Gabrielle segurou firme as rédeas do cavalo não percebendo a aproximação de Lívia.

 

Lívia—então este é o cavalo de Anna...--assim que terminou de falar Lívia fitou fundo os olhos escuros daquele cavalo pensando no presente que poderia deixar para Anna caso ela voltasse mas no mesmo instante Dante ergueu suas patas dianteiras repelindo-a,forçando a moça recuar e Gabrielle segurar-se para não cair.

 

Dante aos olhos da barda estava tão nervoso em sua respiração tão inquieto que Gabrielle entendeu bem o porque daquele comportamento.

Lívia tinha um incomum jeito de agir.sempre parecia pensar antes de mais nada como se calculasse cada palavra que sairia de sua boca e suas reações.

 

Lívia—esse cavalo é perturbado!!igual a dona..--montando em um alazão castanho Lívia mantinha seus olhos atentos a beleza do cavalo de Anna.

 

Xena—Dante é um cavalo orgulhoso.são poucos aqueles que montam nele.Gabrielle pelo visto é a terceira da lista.apenas os mais ligados a Anna conseguem tal feito.

 

Avançando estrada a fora o trio de cavalos percorreu horas afastando-se de Amphipolis em direção oeste da Grécia e por todo o caminho Lívia perguntava sobre Eli e Gabrielle nunca pensou que poderia se cansar de tanto ouvir o nome de seu amigo.

 

Xena—Eli é um homem de fortes palavras..um homem que não levantaria uma espada sequer contra seu inimigo não importa o de tão horrível tenha feito em sua vida.por isso tente não matar-lo quando se encontrar com ele.

 

Lívia—vou tentar.

 

Com o vento a soprar seu rosto Lívia avistou ao seu lado Ares a caminhar pela estrada junto a seu cavalo.

 

Ares—(rs) deve gostar mesmo das coisas difíceis..igualzinha sua mãe.--observando Xena mais a frente sentir sua presença Ares preferiu aparecer apenas para Lívia mas esta em silêncio permanecia e muito menos olhava para ele.

--vê como ela sente minha presença??(rs) nada pode apagar nosso passado..por isso ela ainda se arrepia ao me sentir...tudo que tinha que fazer era deixar-la ir.seus homens tinham feito o resto!não me diga.. que finalmente Lívia se tornará Eve e viverá em paz e harmonia fazendo tudo que a de bom para o bem maior?!(rs)--recebendo o olhar frio de Lívia Ares sabia que não por isso soltou seu riso debochado.

--ufa!!quase me fez acreditar mesmo nisto.

 

Com aquelas palavras Lívia sentia-se traída por ela própria.seu coração pesava com toda aquela pressão imposta por Ares,e sua busca agora estava cheia de incertezas.

Porque mataria um homem santo????qual a necessidade daquilo??o que aquilo mudaria em seu mundo??

eram tantas perguntas..e todas sem respostas.respostas que não viriam de Ares mas talvez pudesse as encontrar quando estivesse frente a frente com Eli.

 

De repente da mata surgiu um cervo a estrada.

tranquilo ele virou seu olhar a elas mas antes que sorrisos alegres abrissem em seus rostos uma flecha disparada da mata o atingiu, derrubando o pobre animal.

Com passos firmes contra o chão um par de botas revelava-se dos altos arbustos saindo dali um arqueiro com um pano a cobrir parte de seu rosto.

Ele assim que percebeu a companhia fitou o grupo com olhos estáticos a elas.

Puxando o pano de seu rosto ele revelou seu semblante pasmo.

Curiosamente,Lívia o examinou das botas a cabeça e deveras era um rapaz muito bonito.

Cabelos castanhos e bem penteados,corpo forte do tipo que sempre apreciou.

talvez teria quase sua idade ou um pouco mais mas era o tipo de coisa que gostava de encontrar pela estrada.

 

--você..eu conheço você!.--disse ele a Xena que seguia em frente e devagar guiando a dupla logo atrás.

 

Xena—é mesmo?

 

--sim!!meu pai contava suas historias quando eu era criança.--disse ele ganhando a atenção e espanto de Xena e Gabrielle.

 

***

 

Seguindo o jovem por uma estrada alternativa floresta adentro,Xena,Gabrielle e Lívia o observavam seus passos a frente,arrastando o cervo que acabara de matar.uma atitude que fizera Lívia acordar de seu encanto.

 

Livia—tem certeza que seguir esse cara não é uma enrascada?por que ele tá mais para um maluco do que filho de um amigo seu.

 

Xena—(rs) pois se quiser ficar com a gente deve se acostumar.

 

Gabrielle—nossos amigos nunca foram muito...normais.(rs)

 

Encontrando uma cabana no fim da trilha Xena e Gabrielle tiveram uma grande surpresa.

Havia um homem sentado na varanda a se balançar em uma cadeira de balanço de madeira que ao ver as visitas que acompanhavam seu filho pulou libertou-se daquela monotonia e caminhou ate a frente da sua casa esperançoso pelos conhecidos rosto.

 

Ao desmontar de seus cavalos Xena e Gabrielle não demoraram para notar que por detrás daquele rosto envelhecido um velho amigo se fazia presente.

Era Joxer que assim como elas avançaram seus passos para um abraço.

 

Joxer—eu procurei tanto vocês..(rs) bobo fui ao pensar que não escapariam da ultima aventura.

 

Gabrielle—(rs) olha só você..velhinho.--de mãos dadas a Joxer Gabrielle e Xena repararam bem na cruz riscada em um de seus pulsos mas depois de um olhar rápido entre elas decidiram não falar nada.

 

Joxer—pára..sei que ainda tenho forças para erguer uma espada.

 

Xena—um filho??(rs) então quem foi a garota de sorte que te conquistou?--cruzando os braços Xena sarcástica perguntou.

 

Joxer—Meg!--com sua resposta Joxer viu o sorriso maroto de Xena sumir pelo inesperado.

--ela me deu um belo presente divino..Virgil.--apresentando Virgil Joxer reparou na jovem logo atrás delas.

--não me digam que...não..Eve??

 

Xena—isso mesmo.

 

Joxer—como ela cresceu!!--com um riso meio que forçado Joxer olhava inquieto para a jovem nada interessada a conversa do trio.

--sei que estou velho mas vocês duas sabem que esta é Lívia não é??Roma nunca foi a mesma desde seu surgimento..--com uma voz cuidosa ele falou temendo que os ouvidos da moça o escutassem.

 

Gabrielle—conhece ela??

 

Joxer—todos conhecem ela Gabrielle!

 

Xena—não se preocupe Joxer..estamos tentando passar desta fase.

 

Joxer—hm..que tal um lanche rápido?assim podemos colocar tudo em dia.(rs)

 

Gabrielle—porque não?(rs)

 

Xena—Eve..venha vamos entrar.

 

Lívia—não..eu prefiro ficar.--notando os olhar desinteressado de sua filha ao pedido Xena aceitou sua opção mas sabia bem o motivo de sua persistência em ficar ali fora.

Virgil a fitava imóvel pois via que recebia o mesmo de Lívia.

Eram olhares raivosos e incomodados mas que no fundo Xena sentia uma boa combinação.

 

Xena--...como quiser.--entrando Xena seguiu Gabrielle e Joxer ao interior da cabana deixando Lívia e Virgil com sua cisma.

 

Lívia—o que é?!

 

Virgil--...nada.

 

Lívia—foi o que pensei.--com sua resposta Lívia fez Virgil voltar ao seu trabalho com o cervo que havia capturado.

Ele parecia bem desapontado com seu jeito antipático enquanto arrastava o pobre animal morto para os fundos da cabana,dando a volta nesta.

 

Joxer—depois do sumiço de vocês duas tudo mudou tão drasticamente que...(rs) mal vi o tempo passar.logo estava casado e depois Virgil nasceu...e eu esperei..paciente mas esperei (RS) ver vocês duas novamente..

 

Gabrielle—e quanto aos outros??nossos amigos,família..

 

Joxer—quem procuram primeiro?

 

Xena—Eli.

 

Joxer—Eli?desde do desaparecimento de vocês ele tem rodado a Grécia com seus ensinamentos.soube que ele estabeleceu com seus seguidores em Delfos,a cidade do deus único.

 

Xena—com a morte de Apollo Eli encontrou em Delfos o local que perfeito para não confrontar os deuses gregos..

 

Joxer—exatamente.Delfos se tornou um local neutro.

 

Xena—Joxer...a velhice lhe fez bem.

 

Joxer—obrigado!(rs)..espera..

 

*****

 

Lívia—sabe Dante minha vida tem estado muito confusa ultimamente..já que não tenho meu saco de pancadas humano aqui,sua dona foi muito medrosa fugindo de mim.então..acho que seremos só eu e você.--com sua faca em mãos Lívia rodeava Dante sem perceber que Gabrielle aproximava-se cada vez mais de sua conversa.

 

Gabrielle—o que pensa que esta fazendo??!--desviando dela Gabrielle pegou as rédeas de Dante o retirando de perto de Lívia.

 

Lívia—nada..só tendo uma conversinha com Dante...Anna me faz tanta falta.--escondendo a faca Lívia encarou Gabrielle e a barda não precisou pensar muito para achar aquele comportamento mais do que estranho.

 

*****

 

Acordando Anna encontrou um bilhete posto sobre a escrivaninha do lado de sua cama.

 

´´eu volto logo.não ouse sair desta cama.`` – estava escrito com a letra mais linda que Anna já viu.

Seria fofo se ela não soubesse onde ela se encontrava.

 

Anna—porque fui me apaixonar por uma mulher tão certinha que só pensa em trabalhar??(rs)..--erguendo-se da cama ela desviou seus passos de suas peças de roupas ao chão e seguiu ao banheiro.

 

No banho Anna aliviava suas costas arranhadas com a agua quente deslizando pelo seu corpo nu.

Gostava mesmo do sex* com Olivia mas as vezes ela passava dos limites e não podia dizer que não adorava, já que seu corpo em questão de segundos curava-se,ela nunca precisou se preocupar com a gana que Olivia tinha em lhe ter na cama.

 

Por incrível que parecesse uma enorme vontade de rever Cath surgiu em sua mente enquanto se vestia, e já que estava livre não perdeu tempo.

vestiu seu jeans colado em suas pernas,calçou suas botas e colocou uma de suas blusas acompanhada de mais uma de suas jaquetas.

Seu cabelo solto e sua pele nunca estiveram tão bem como agora.era como se o sex* que tivera a tivesse deixado de bom humor.

O que podia fazer?mal lembrara da ultima vez que fizera.

Seria possível ter estado tão ocupada no passado para mal saber quantas vezes tinha a oportunidade de estar com Olivia pra valer?

 

Anna—que deprimente.

 

Descendo as escadarias Anna passou pela sala de estar encontrando Calli em seu sofá assistindo algo que não muito prestara atenção.

 

Anna—..por que não volta para o que vocês chamam de paraíso??--sarcástica Anna perguntou ganhando o sorriso de Calli ao se virar.

 

Calli—sabe o que é ser meio termo lá encima??é um porre!

 

Anna—wow.não é bom para uma anjinha como você usar esse palavreado.deixe isso comigo.

 

Calli—diferente de você eu sei como é.(rs)--retrucando, Calli apenas observou a garota balançar sua cabeça a negar.

--hey já que vai sair será que pode me trazer algumas cervejas??

 

Anna—você não presta mesmo.

 

Calli—isso é um não?

 

Anna—preciso responder?(rs) eu não sou a única por aqui que precisa se controlar..

 

Calli—como você é chata..

 

Anna—eu vou buscar Cath na academia de Ciências.não faça nada estupido na minha casa.

 

Calli—eu sou um anjo.(rs) a propósito se eu fosse você,eu iria correndo.--misteriosa Calli falou dando as costas a jovem voltando sua atenção a tv.

 

Não entendia bem o porquê daquele conselho mas pegou seu carro e partiu pensativa.

O transito não estava tão mal então não levou muito tempo para chegar ate a local.

Ao estacionar ela esperou e esperou e quando poucos eram o que restavam indo embora Anna não podia esconder mais sua preocupação.

Avançando ao prédio principal ela encontrou no caminho com Léo,um dos garotos do qual quase quebrou todos os seus dentes apenas por mexer com sua amiga.

 

Ele ao avistar-la não pode negar não reconhecer-la já que era em sua direção que ela caminhava.

Deu as costas rapidamente a ela na tentativa de fugir e Anna foi rápida o suficiente para segurar-lo pelo capuz e o impedir de correr.

 

Anna—onde ela esta?--direta Anna não hesitou perguntar pois sabia que daquele lugar Léo era o único a importunar Cath.

 

Léo—por que acha que sei ou me importo?!!--respondeu ele arrogante a soltar-se.

 

Anna—eu vou perguntar mais uma vez.onde..ela..esta?--sendo didática com o rapaz Anna controlou-se para não surrar-lo ate entregar a bendita resposta mas ele continuou a fitar-la em sua raiva.

 

Léo—eu não sei onde ela esta!!sua namoradinha saiu uma hora mais cedo, mal deixando me despedir direito dela.--com as palavras de Léo Anna lembrou bem o tipo de despedida que aquele garoto fazia com Cath.

 

Anna—vejo que seus dentes estão mais brancos agora não é?--levando a mão ao queixo do garoto Anna o segurou enquanto o examinava.nada alem de seu jogo psicológico.

--(rs) depois do estrago que devo ter feito a eles da ultima vez você deve ter começado a prezar por eles agora.

 

Léo—eu deveria te processar!!

 

Anna—entra na fila meu querido mas não esquece,você pode cansar de tanto esperar.por isso eu te aviso..quebro suas duas pernas se voltar a mexer com Cath e se eu souber que fez algo com ela hoje garoto pode começar a usar fraldas porque o que eu vou fazer com você vai te deixar todo sujo.

 

Pegando seu carro Anna voltou a estrada tentando encontrar pelo caminho sua amiga mas Los Angeles era uma cidade muito grande para uma busca de vista.

Retirando seu celular do bolso Anna ligou para ela mas apenas ouvia o aviso da operadora dizendo-lhe desligado ou fora do sinal.

Agora aquele aviso de Calli realmente estava mexendo com sua cabeça e de tão nervosa ligou para Charlie.

 

Anna—Charlie,quero que rastreei o celular de Cath e me dê a localização de onde essa garota possa ter se metido.

 

Charlie—sim Anna.a senhorita Kirk esta em perigo?

 

Anna—eu não sei..eu espero que não.

 

Charlie—ela esta em Mount Lee,Hollywood.

 

Anna—o letreiro??

 

Charlie—sim....deve ser um lindo por do sol.

 

Anna—..sei onde fica.valeu Charlie.

 

Charlie—de nada Anna.

 

Desligando o aparelho Anna acelerou seu carro apenas se perguntando o porque de toda sua preocupação.

Cath era uma garota esperta.não faria nada contra ela como pular de uma ponte ou se cortar e sangrar ate a morte.ela não era assim..esperava Anna por isso.

 

Seguindo de carro ate onde deu Anna avançou a pé a subir o morro e com o fim do entardecer algumas pessoas já desciam e nenhuma delas era Cath.

Chegando finalmente ao letreiro Anna a encontrou.

Seus olhos fitavam o horizonte e de braços cruzados ela já sentia o frio vento a convidando para um passeio.

Embora o alaranjado do por do sol sobre a cidade de Los Angeles prendia sua atenção a sua beleza, Cath também deslumbrava a altura do lugar de onde estava.

O letreiro permanecia bem abaixo mas parecia que ela não ligava muito para isto.

Seus pés ansiavam pela adrenalina de estar na ponta da estrada de terra em que estava ou era somente uma ação involuntária causada pela visão que tinha?

Anna não perdeu tempo pensando e foi ate ela.

Sem deixar-la lhe ver, Anna a abraçou por trás a presenteando com um beijo no pescoço que a trouxe de volta a realidade.

 

Cath—Anna..

 

Anna—se você pular daqui não vai morrer mas vai quebrar alguns ossos..

 

Cath--..sei disto.--triste ela retrucou mas Anna não a deixou assim por muito tempo.

 

Repetindo seus beijos Anna arrancou um sorriso de Cath e um corpo arrepiado.

 

Cath—pára com isso.(rs)

 

Anna—o que foi??não gosta mais dos meus beijos?

 

Cath—não..é que as vezes gosto de ficar sozinha.

 

Anna—ate demais..

 

Cath—diz pra mim..Léo e os outros são uns idiotas não é?

 

Anna—sim eles são.. e você é mais forte do que isso Cath.

 

Cath—com o mundo caçando meu pai, Ethan me pressionando para ajudar-lo..sinto que estou cada vez mais longe disto.não me deixa sozinha esta noite Anna..por favor!--virando-se a Anna Cath segurou forte seus braços parecia que seu mundo acabaria se Anna não aceitasse.

 

Anna—claro..eu fico hoje com você.--a levando dali Anna agora entendia bem as palavras de Calli e pelo visto ela não só a protegia como a todas elas.

--então hoje foi um daqueles dias não é?--entrelaçando seus dedos aos de Cath Anna segurava firme sua mão enquanto caminhavam descendo o morro.

 

Cath—é..as vezes sinto vontade de matar o Léo.

 

Anna—não, deixa isso comigo.

 

Cath—(rs) e como foi o seu dia??

 

Anna—Olivia me fodeu..mas já que ela não consegue ficar um dia fora daquela empresa eu vim te ver.

 

Cath—(rs) me poupe dos detalhes Anna.

 

****

 

Com passos apressados Eros,filho de Afrodite esperava por sua mãe terminar de arrumar suas coisas para partir e mesmo assim nada o acalmava nem mesmo olhar seu belo reflexo na frente do espelho.

 

Eros—vamos logo minha mãe!O Olimpo não é mais seguro para nós.

 

Afrodite—tenha paciência Eros!o mundo não foi criado em um dia e nem meu guarda roupas.quero levar tudo que irei precisar..--juntando seus vestidos Afrodite andava de um lado a outro deixando seu filho recorrer a uma cadeira diante sua demora.

 

Como a casa de Vênus sempre tinham suas portas abertas Athena em sua caminhada pelos corredores do palácio acabou avistando o jovem Eros e seu semblante impaciente.

 

Athena—o que esta fazendo aqui Eros?

 

Eros—Athena?..mãe!!--nervoso ele clamou por Afrodite sem conseguir tirar seus olhos de Athena curiosa para aquela atitude vinda dele.

 

Afrodite—tudo bem Eros..ela está com a gente.

 

Athena—estou??

 

Afrodite—bem..não vejo você mais atrás de matar Eve..Lívia..que seja.contra nós é que não esta.

 

Athena—para onde vão??

 

Eros—levarei minha mãe para Roma.ela ficará em um dos meus templos,longe dessa maluquice e bagunça que o Olimpo se tornou.

 

Athena—do que estão falando?Zeus está sabendo disto??

 

Afrodite—ele não precisa Athena.somos grandinhas o suficiente para morar fora da casa do papai.você devia fazer o mesmo.peça suas armas a Anna de uma vez e livre-se da guerra que esta por vir.

 

Athena—não vou me rebaixar para uma mortal como Anna!!

 

Afrodite—que seja!fique sem suas preciosas armas!!quem sabe Hefesto não faça outras a você..

 

Athena—ele nunca mais vai falar comigo novamente...não depois do que fiz com ele.

 

Afrodite—é..tem isso.papai pegou pesado com ele.

 

Eros—pesado?vocês já viram a cara dele??Hefesto virou um monstro horrível.aquela queda do monte desfigurou o coitado...

 

Afrodite—Eros..--repreendendo o jovem deus do amor Afrodite o cortou.

 

Eros—desculpa..

 

Afrodite—precisa recuperar suas armas Athena. O Olimpo não é mais seguro nem mesmo para nós e não estou falando isto por causa de Xena ou dos anjos mas sim porque papai esta pirando!ele olha para nós como um louco!

 

Eros—ele acha que todos conspiram contra ele e de certo modo é bem isto que esta acontecendo..

 

Athena—estão sabendo de algo que não sei??

 

Afrodite—pensei que fosse o braço direito dele?

 

Athena—é sério Afrodite!!

 

Afrodite—Zeus esta preparando-se para uma possessão.

 

Athena—possessão??e de quem??

 

 

 

Fim do capítulo