Capítulo 1 - Reconhecendo
Toc toc
- Pode entrar!
- Com licença Doutor Paulo, estão na sala de espera o senhor Heitor com sua esposa e a filha Melanie.
- Mande entrar, por favor! – disse o promotor.
Entraram no pequeno gabinete do Doutor Paulo, aqueles que foram anunciados pela sua estagiária, estava refletindo sobre qual seria a melhor saída pra aquela situação e estava contente por ter achado uma solução justa.
- Doutor Paulo, licença – disse Sra Beatriz – Estou tão envergonhada Doutor, que nem sei com que cara olhar para o Senhor, em primeiro lugar quero pedir desculpas pela minha filha.
- Sem formalidades, Beatriz. Eu consegui contornar a situação por muito tempo, a sua família é muito especial pra mim, tenho como grandes amigos. Mas, serei sincero, não vou deixar a notícia correr e nem ter espaço para uma situação mais abrangente. Devo seguir a lei, mas encontrei uma solução que será boa para todos.
- Pode prosseguir Doutor. – disse Heitor de maneira rígida.
- Usarei do benefício da trans*ção penal, ela não precisará responder pelo ato infracional cometido, desde que, cumpra serviço comunitário, posso propor legalmente durante 4 meses uma hora diária, de segunda a sexta, esse tempo e horário são obrigatórios, mas eu aconselho, que como pais, façam com que ela fique 4 horas por dia, de segunda a sexta, trabalhando na APAE. Vai fazê-la ter uma noção melhor de vida.
- Você está doido? Eu me recuso. – disse a garota rebelde em tom espantado.
Heitor dá um tapa com força na cabeça da filha.
- Fica quieta menina! O Promotor já decidiu! Doutor, pode ter certeza que eu mesmo deixarei ela todos os dias lá, iremos fazer questão de seguir com o seu conselho, os papéis necessários ela preenche como uma hora diária, mas de fato ficará lá quatro, acho essencial, não atrapalhará os estudos. Eu e a Beatriz vamos controlar essa delinquente. – disse pesaroso.
- Entenda, Melanie. Quando você colocou sabão na fonte da praça da cidade e fez aquela lambança toda e te pegaram, eu não fiz nada, disse apenas para você se comportar, sem dizer as 3 vezes que foi parar na delegacia por briga de rua, as bombas de álcool na escola, as bebidas alcoólicas e os cigarros, que o conselho tutelar já te pegou. Sem dúvidas você já foi autora de outras pichações pela cidade, mas escola pública e ser pega no ato? Eu tentei contornar até hoje, mas estou na minha cota, o próprio delegado me telefonou hoje pedindo uma atitude mais coibidora. Moramos em uma cidade pequena, qualquer ato seu, todos ficam sabendo e não podemos deixar a população sentir que não existe segurança. A trans*ção penal se encaixa, você não responderá pelo o que fez, porém não poderá aprontar nada nos próximos 5 anos, se não, além de você não ter o benefício a seu favor, irá direto pra UNEI. Estamos entendidos?
- Sim, senhor! – disse uma Melanie cabisbaixa.
- Doutor, muito obrigada por tudo! Sei que o senhor não poderá e não deve mesmo fazer vistas grossas, iremos ser mais rígidos com a Melanie. – disse Heitor sério.
- Tenho certeza disso, ela é uma menina muito inteligente, até esse “atos infracionais” que ela cometeu foram engenhosos, mas terá que focar melhor essa inteligência e energia toda.
- Sem dúvidas, Doutor! Muito obrigada, até mais. – disse Beatriz sem graça com todos os acontecimentos.
Os três se dirigiram para o carro sem trocar uma palavra, no caminho, passaram em frente à casa do Léo, foi quando Melanie se manifestou:
- Pai! Para! Pode me deixar aqui, depois eu vou pra casa – disse a menina apontando para a casa do Léo, onde tinham alguns jovens na frente bebendo cerveja e jogando baralho.
- Você está maluca? Não tem o menor juízo né, garota? Você está de castigo! Eu não posso ficar 24 hs com você, mas enquanto estiver por perto você estará nos eixos, entendeu? Acabamos de sair do MP e você já está querendo cometer outra contravenção? Esqueceu que tem apenas 15 anos? Não pode beber! – disse Heitor completamente fora de si.
- Você nunca está em casa, não vem com essa agora pra cima de mim! Vou cumprir minha palavra com o Doutor Paulo, sei que ele foi camarada, mas vamos parar de hipocrisia. – disse uma Melanie com sentimento de tristeza e amargura.
- Eu sou o seu pai, não venha querer culpar minha falta de tempo com suas anarquias, o que você faz é coisa de marginal, isso sim! Enquanto eu ralo todos os dias pra dar pra você e seu irmão do bom e do melhor, em vez de seguir o exemplo dele, você só quer saber de festas, bebidas e bagunças, quando vai tomar juízo nisso que você chama de cara? – agora Heitor estava descontrolado.
- CHEGA! Sem mais um piu vocês dois, não aguento mais essas discussões, Melanie cumpra com sua palavra, Heitor, passe mais tempo com sua filha, e os dois quietos que estou morrendo de dor de cabeça!
Os dois se calaram, tinham todas suas diferenças, única coisa em comum era o amor incondicional por Beatriz, quando ela falava os dois acatavam, pelo menos tentavam.
Ao chegar em casa, foram recebidos pelo olhar preocupado de Marcelo, o filho mais velho, estava no 3º ano, tudo o que fazia era estudar e malhar. Seu objetivo era ser Delegado Federal, por isso, queria entrar em uma boa faculdade de Direito. Era o “senhor certinho” como diria sua irmã, sempre fazia as coisas da maneira correta. Tinha a aparência muito atraente, herdara os olhos azuis da mãe, rosto fino, queixo quadrado, cabelo preto, corpo atlético e diferente da irmã, era muito branco, qualquer sol já o deixava com marcas avermelhadas.
Apesar da diferença de personalidades dos irmãos, eram muito amigos e compartilhavam do dilema tácito entre irmãos “sob hipótese alguma, contar aos pais”, por isso ele sabia das “rebeldias” da irmã, porém fazia vistas grossa, não queria prejudica-la. No seu interior, desejava ardentemente que a irmã se encontrasse, quisesse algo da vida, mas não adiantava só ele querer.
- O que aconteceu dessa vez? – perguntou Marcelo, aflito.
- Pergunte pra sua irmã, essa delinquente, marginal que eu criei. – disse Heitor, antes de subir para seu quarto.
- Ai irmão, sabe como é né?! Levei mó dura do Doutor Paulo, por causa daquela pichação da escola, sabe?! Vou ter que cumprir serviço comunitário na APAE, um saco! Affz, não se pode nem expressar a opinião hoje em dia! – disse uma Melanie, ainda achando que sua pior atitude fora ter sido pega no ato.
- Irmã, poxa vida! Já te falei tantas vezes, para com isso! Você deveria se ocupar mais, poderíamos fazer grupos de estudo e você focar mais em entrar em uma boa universidade! – Marcelo tentava achar solução pra tudo.
- Irmão, eu não vou entrar pra faculdade! Sei lá, única coisa que quero pra minha vida é lutar muay thai, festar e ser feliz! Essa vida é muito curta para perder tempo com bobagens! – disse a caçula saltitando pela casa.
- Sua irmã não tem jeito meu filho! Obrigada por tentar, eu acredito que seja só uma fase! – disse Beatriz, triste, porém rindo das idiotices da filha. Era impossível não rir, como ela achava que a vida fosse fácil, muitas vezes queria mostrar o lado sério, mas sabia que em partes ela tinha razão, a vida era curta e precisava ser aproveitada, porém com responsabilidade.
- Não vai caminhar hoje, mãe? – perguntou Marcelo, dando um beijo na mãe.
- Vou, já são 6 horas? – perguntou.
- Sim!
- Nessa confusão toda perdi a hora, a Ju e a Fer devem estar passando aqui, vou me trocar, cuida dessa desmiolada meu filho? – perguntou a mãe já indo em direção ao quarto.
- Pode deixar, mãe!
Beatriz era uma mulher sensível e muito carinhosa, era diretora da única escola estadual da cidade, por mais que não precisasse trabalhar, pois Heitor sempre deixou claro que quando ela quisesse, teria a opção de ficar apenas em casa. Mas, acostumada desde adolescente a trabalhar, não se deixou levar pela ascensão social e financeira. Adorava conhecer pessoas diferentes, estar em contato com os jovens e fazer diferença na vida deles. Era muito simpática e educada, difícil alguém que não gostasse dela.
No dia seguinte, logo após almoçarem, Heitor pronunciou:
- Vai escovar seus dentes que vou te deixar na APAE, Melanie!
- O que? Achei que fosse começar na segunda, não se preocupa, pai, vou tirar um cochilo e depois vou de bicicleta! – disse a garota levando tudo na brincadeira.
- NEM PENSSAR! 5 MINUTOS, ou eu te arrasto garota! – disse um pai completamente furioso. Mas, não assustava a menina, o que a fez levantar foi o olhar suplicante da mãe.
- Ta, pai! Eu vou, to indo.
Demorou 10 minutos, mas desceu pronta.
- Filha, eu falei com a Ju, minha amiga, não sei se você lembra mas ela trabalha lá, ela irá ser sua responsável, vai te falar o que tem que fazer e irá assinar os termos que toda semana será encaminhado para o Doutor Paulo, ela é um amor, tenho certeza que você vai se dar bem com ela. – disse Beatriz.
- Certo! Beijinho beijinho, tchau tchau – e saiu andando atrás do pai, sem trocar uma palavra desde o surto dele.
- Chegamos! Filha, é muito pedir pra você se comportar? Você só precisa tomar um pouco de juízo, eu realmente não tenho muito tempo disponível, mas vou tentar traze-la e leva-la todos os dias, vou me esforçar ao máximo, okay?
- Ta, pai! Obrigada!
Desceu do carro, com os pensamentos sendo levados para diversos lugares, não via a hora de acabar logo isso, que nem tinha começado. Tudo que queria era dormir, foi acordada de seus pensamentos por uma garota de uns 20 anos no máximo.
- Melanie Correia? A Ju pediu para você ir direto pra sala dela quando chegasse, que ela irá te dar todas as informações necessárias, aliás, prazer eu sou a Victória, sou a secretária e faz tudo por aqui. – disse a garota um pouco efusiva demais.
- Ta, prazer! – disse no seu mau humor pós almoço, seguindo a garota que levava a uma pequena sala.
Ao adentrar se deparou com Ju, a amiga de sua mãe, era uma morena, quase negra, de cabelos curtos na altura do ombro cacheados, tinha 32 anos e uma aparência muito bonita, estava vestindo uma calça jeans justa, e uma camisa social branca. Melanie não entendeu porque estava olhando pra mulher com cara de boba, admirando-a, sempre a via junto com sua mãe, mas era a primeira vez que a tinha de fato enxergado.
A mulher lhe dirigiu um sorriso calmo antes de dizer:
- Bem vinda, Melanie. Sei que serão apenas 4 meses, mas seus serviços vieram em boa hora – disse animada. – sou a coordenadora aqui e também professora de matemática, esses alunos são especiais, você terá que ter muita paciência com eles, falei com o Doutor Paulo, e ele me orientou, me encaminhou um termo de comparecimento, eu terei que assinar todos os dias, então, quando você chegar gostaria que viesse direto a minha sala e ao sair, também tem um espaço para eu fazer anotações, espero que sejam todas positivas. Sei da sua fama de rebelde, mas pouco me importa como você é lá fora, aqui dentro só quero que você cumpra com suas tarefas e horários, por mais que você deve estar achando tudo muito chato, logo, você irá estar adorando esse lugar, tenho certeza!
- Ok! O que devo fazer? – perguntou a garota impaciente.
- O que você sabe fazer?
- Como assim?
- Você é boa em dar aulas? Lavar louça? Limpar chão? Conversar com as pessoas? Toca algum instrumento? Qual sua matéria preferida?
- Ah não, fala sério!!! Lavar louça e limpar chão? Você só pode estar de sacanagem comigo!
- Estou te dando opções, qualquer coisa que fizer aqui não vai chegar aos pés do inferno que seria sua vida na UNEI, tente pensar por esse lado. – disse em um tom levemente ameaçador.
-Affz, sei pintar, quem não sabe? cozinho mais ou menos, odeio dar aulas, gosto de história, matemática e educação física, não sei tocar nenhum instrumento, ok, não tenho talento pra nada. Só queria estar dormindo. – falou desanimada, sentando na cadeira a sua frente e colocando os pés em cima da mesa.
- Hey!!! MODOS! Aqui não é a sua casa, eu sou muito paciente porém posso ser muito brava, e você não vai querer que a pessoa que assina seus termos de comparecimento e faz relatos do seu dia a dia brava, ou vai?
- Ta, fala logo o que eu tenho que fazer, que saco! – disse impaciente tirando os pés da mesa.
- Garota, a vida vai te ensinar muito ainda! Enfim, como você vem só no período da tarde, não tem como ajudar a cozinhar, pra você conhecer todo mundo daqui e ter contato com todos os alunos vou te dar diversas funções. Escolha dois dias da semana em que poderá sair mais tarde daqui, logo, poderá chegar mais tarde também, irá acompanhar o Seu Ramirez na entrega das crianças, a maioria não tem condições financeiras, e temos uma Kombi a disposição para busca-las e leva-las, buscamos as 6 horas e devolvemos as 18 horas, mas provavelmente você chegará em sua casa quase 20 horas, porque algumas moram em fazendas próximas. Escolha. – disse esperando a resposta da garota que a fitava com os olhos arregalados.
- Putz, fala sério! Sem dúvidas não será na sexta, pode ser segunda e terça, já me livro disso logo no começo da semana e aproveito pra dormir após o almoço. – respondeu sem ânimo.
- Ótimo, Ás 16 horas é servido o lanche da tarde, quero que essa semana as 15 horas você esteja na cozinha ajudando a Dona Jerônima, esses serão os seus compromissos fixos, cada dia te direi o que fazer, agora você poderá me ajudar, vou dar aula de matemática pra uma turma, irei passar alguns exercícios e você ajuda a corrigir e orienta-los, tudo bem?
- Sim, Senhora! – disse fazendo continência, fazendo a coordenadora revirar os olhos.
- Me acompanhe.
Melanie estava um pouco espantada, não era todo dia que via pessoas deficientes, uns babando, outros tinham alguma deficiência física e outros simplesmente mental, estranhou aquilo tudo, porém era uma pessoa boa, sentiu pena e mais que isso vontade de ajuda-los.
Conforme Ju tinha lhe passado, ela explicou e logo depois começou a ajuda-los com os exercícios e para seu espanto as crianças eram boas, ficou pensando que muitos dos colegas de sala não eram tão ágeis com matemática como aquelas crianças.
Quando o sino tocou e anunciou 15 hs, sabia que começaria outra aula, porém seu objetivo era a cozinha, dirigiu-se para tal, onde encontrou uma senhora gordinha e sorridente falando sem parar com alguns funcionários e dando gargalhadas.
- Com licença, Dona Jerônima, sou a Melanie, a Ju pediu pra eu te ajudar com o lanche. – disse timidamente adentrando na cozinha.
- Menina Melanie, te conheço desde que você era desse tamanhozinho aqui – disse indicando mais ou menos um metro de altura – conheço sua mãe de outros carnavais, desde que ela era solteira, nem me olhe com essa cara, eu sei que você não lembra de mim e não tem problema, última vez que te vi já tem uns bons anos, venha aqui! – se aproximou abraçando a garota.
Por mais que achasse a mulher um tanto quanto exagerada, se sentiu muito feliz com tanta demonstração de carinho, realmente sua mãe era uma mulher maravilhosa, muitas vezes prestava serviço comunitário para a APAE e também ajuda financeira. Depois de um quase esmagamento pela mulher, ela a soltou.
- Sim, fico feliz, minha mãe realmente é muito gente boa, mas me fala como te ajudo por aqui? – disse a garota tentando ser objetiva.
- Você pode desfiar esse frango aqui, vamos fazer sanduiche de frango, atum e queijo para nossos meninos, e se você terminar antes de mim pode ralar aquelas cenouras também.
- Sem problemas! – disse a garota já colocando a touca e as luvas que encontrara.
Um par de olhos negros observava aquela cena de longe, não sabia porque tinha ficado tão fascinada com a menina, sempre vira ela junto com a mãe, mas nunca dirigiu mais do que um educado “oi” e agora estava observando a garota magrela. Já tinha ficado com algumas mulheres, mas desde que retornou pra pequena cidade de Nova Mutum – MT não se relacionou com nenhuma, era muito discreta e não queria deixar abertura para falarem a seu respeito. Geralmente gostava de mulher da sua idade, maduras e com corpo bem definido, realmente a menina Melanie era baixinha, 1,60 no máximo, magrela, apesar de ter um bunda bem arrebitada, não tinha seios grandes, usava aparelho e algumas marcas de espinha pelo rosto, “ela só tem 15 anos”, era o que pensava para tentar desviar o olhar.
Foi tirada de seus devaneios com o toque do celular, Beatriz. Sabia que a amiga ligaria, mas não esperava tão cedo.
- Alô – respondeu uma Ju calma.
- Alô, por favor, amiga, me diga se essa menina já brigou com alguém, quebrou alguma coisa, xingou alguém, estou aflita.
- Calma, Beatriz, a Melanie está bem. Pelo contrário, ajudou no primeiro horário as crianças com matemática, com uma paciência maior que a minha e agora está com a Dona Jerônima na cozinha. Não sei como ela está se saindo por lá, mas eu vi as duas se abraçando.
- Sério? Realmente, ela gosta de matemática, mas cozinha? Nem sabia que ela sabia cozinhar, Dona Jerônima não toma jeito, deve ter agarrado a Melanie – disse uma mãe descontraída, rindo ao imaginar a filha rebelde sendo abraçada esmagadoramente pela Dona Jerônima.
- Sim, está tudo em ordem, ela veio querer impor algumas coisas para mim, mas logo cortei as asinhas, acho que ela só quer chamar a atenção do Heitor, é uma boa menina.
- Eu falo pra ele exatamente isso, mas parecem cão e gato, na verdade, eles são iguaizinhos, por isso não se dão bem, os dois tem o gênio forte, batem de frente o tempo todo, amiga preciso te pedir um favor.
- Pode falar.
- Eu sei que é pedir demais, mas eu queria tanto que você se aproximasse da Mel, sabe, ela precisa de alguém pra se espelhar e aqui em casa ninguém é digno dessa proeza pra ela, se você pudesse falar pra ela a importância de fazer faculdade, me ajudaria tanto. – disse uma mãe esperançosa.
- Pode deixar amiga, vou fazer tudo que estiver ao meu alcance, mas você sabe que não será fácil, né?! – disse a amiga, lembrando das rebeldias da menina.
- Sem dúvidas! Torço tanto pra ser apenas uma fase! Mas, enfim. Vou deixar você trabalhar, vamos caminhar hoje?
- Vamos.
A semana correu tranquila para Melanie, achou mais interessante do que entediante aqueles dias, conheceu mais sobre cada aluno, tendo a paciência que nunca lhe fora qualidade, e se aproximou dos funcionários. Era sexta-feira e estava animada para ir em uma balada com os amigos, ia tocar alguma dupla sertaneja, mas pouco lhe importava, só queria encher a cara e pegar geral.
Estavam todos almoçando quando sua mãe se pronunciou:
- Filha, você está lembrada que hoje farei um jantar aqui em casa e chamarei minhas amigas né?! Vamos comemorar que seu pai abriu mais uma filial!
- Mãe, você só pode estar brincando né?! Hoje é sexta-feira! Estava querendo ir pra balada.
- Filha, é importante pra mim! Você sabe como eu gosto de comemorar nossas vitórias, se não a vida passa em branco, faz esse esforço! Você poderá chamar o Mauricio, ou quem você quiser, e depois vocês vão pra tal da balada.
- Tudo bem, né?! – disse uma Melanie que sempre cedia aos pedidos da mãe. – Vou chamar o Mauricio e o Gustavo, tá?
- Certo!!! Por isso eu te amo tanto!
- Agora é o momento em que você diz que eu sou a melhor filha do mundo! – disse olhando para Marcelo, que apenas jogou o guardanapo na irmã.
- Ah, guri! Eu te pego!! – e saiu com o copo de suco na mão, tentando acertar no irmão que corria pela casa.
- Filha! Você vai sujar a casa toda desse jeito! – disse a mãe controlando para não rir da cena. – vamos logo, Melanie, hoje eu que irei te levar!
Fim do capítulo
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demi_A
Em: 05/12/2015
Adorei esse começo .. kkk
Guriazinha rebelde em?! Kkkkk
Beatriz é um anjo por ter toda essa pasiencia kkk
Cara Nova Mutun, q top, ja fais um tempo que não vou pra lá mas é uma cidadezinha bem legal .. gosto das pequeninas cidades que rodeião Colider, MT em geral é foda ..
Foi um otimo começo, ja tem mais uma fã! *-*
Resposta do autor em 06/12/2015:
Rebelde é pouco...
É mesmo, sabia que alguém iria conhecer!
que legal, adoro lá!
fico feliz que gostou,
depois me conta o que achou do novo capítulo.
beijinhos
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Luh kelly
Em: 05/12/2015
Olááá querida Sofia
Adorei esse começo, caramba que rebelde a Melanie aprontou todas, mas agora terá que entrar na linha. Sua mãe é uma fofa, admiravél e bondosa não tem mesmo como não ama - la. Seu irmão é o tipico certinho. Elas já se viram mas nunca se enxergaram de verdade, viram a beleza de ambas. Essa convivência promete.
Já quero mais epsódios, que bom que será postado todo dia.
Beijão linda e até.
Resposta do autor em 06/12/2015:
Sim, a Melanie eh muito danada e vai aprontar muito mais...
Que bom que gostou,
continue acompanhando ;)
beijinhos
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