Capítulo 24. Voltando à vida.
-- Amor da minha vida não sei se está me escutando, mas saiba que eu te amo muito. Eu preciso que esteja aqui comigo. Sem você eu não conseguirei seguir em frente. Por favor, volta que eu preciso muito de você, eu te amo. O que te fizeram e por onde andam esses olhos azuis que há dias não vejo? Ah meus Deus, será que você não vai voltar para mim mesmo? Sinto tanto a sua falta até o Zottar II, anda sentindo falta de você e aquele regimento sem a sua presença não tem graça. Algo se perdeu com a sua saída tão repentina de nossas vidas.
Na manhã seguinte, Márcia abriu calmamente os olhos e viu que já respirava sem os aparelhos, ou seja, ela já estava no quarto e o mais importante, fora de perigo. Apesar dos ferimentos terem sido graves, se sentia bem, mas os curativos a incomodavam demais e os locais das lesões estavam doloridos. Olhou para o lado e viu que Andressa dormia sentada na poltrona que havia sido colocada no quarto. Como ela é linda, pensou.
– Andressa, chamou. Mas como a voz estava baixa por causa da secura que sentia na garganta, ela não escutou.
Tentou novamente e desta vez pegou o copo que estava na mesinha ao lado da cama e deixou que ele caísse ao chão. Andressa acordou assustada e olhando em direção à cama, viu que Márcia tinha acordado. Levantou-se e foi até ela e sorrindo falou:
– Que bom meu amor, você voltou! Estávamos preocupados com você, disse sorrindo.
Mas de repente Andressa então se encostou no peito da major e com lágrimas nos olhos, sussurrou em seu ouvido:
– Ai amor, eu tive tanto medo de te perder, medo de que não voltasse, medo de saber que nunca mais iria ver esses olhos azuis acinzentados lindos e essa boca que tem os beijos mais gostosos que uma mulher pode ganhar.
– Então, por que essa princesa chora? Amor eu agora estou bem e ao seu lado ouvindo você. Não precisa ficar assim, disse com certa dificuldade para Andressa.
A capitã então olhou para aqueles olhos azuis acinzentados e sem mais rodeios abraçou e beijou a major com um beijo que quase a deixou sem ar. Que bom sentir esse beijo novamente, o calor do toque dela, a pele macia, o perfume e esse corpo maravilhoso, pensou Márcia.
Andressa vendo que era correspondida ao beijo, continuou. Só depois de muitos beijos é que se lembrou de perguntar como a major estava se sentindo.
– Ai desculpa amor, como você está se sentindo? Ainda dói muito meu bebê? Onde andou? O que te aconteceu? Eram tantas as perguntas que a major ficou olhando para ela sem conseguir responder.
-- Calma princesa agora já passou, e eu estou aqui e não vou te deixar. Que saudade de você Andressa, tive medo de não vê-la nunca mais.
Vendo que Andressa a estava escutando, perguntou:
– Mas o que me aconteceu Andressa? Como, eu vim parar aqui? A única coisa que me lembro vagamente é de estar discutindo com o tenente Gregório na minha sala e depois não me lembro de mais nada. Só sei que de repente tudo escureceu e desmaiei.
-- Depois eu te explico direito o que aconteceu, mas posso te adiantar que em uma parte você está certa. Já a outra você saberá quando estiver recuperada totalmente. E agora minha major, minha vida e meu céu, vamos ao que interessa. Isso agora já não importa amor, já passou e eu só quero recomeçar de onde paramos!
-- Ah sei, e você pensou na minha proposta? Quer mesmo se casar comigo Andressa ou vai desistir?
Andressa olhou bem séria para Márcia e respondeu:
-- Sim amor eu quero me casar com você e ser a mãe dos seus filhos. Quero envelhecer ao seu lado e futuramente ver nossos netos fazendo muita bagunça e traquinagens em casa. Quero vê-los brincar na piscina, levá-los para passear, etc. Mas, preciso da sua participação em relação aos nossos filhos.
-- Que bom Andressa, agora a minha felicidade está quase completa.
– Eu sei amor, tudo o que eu quero é ter a nossa família. Quero ter a felicidade com eles e com você, uma felicidade que meu pai nunca nos deu.
– E você terá essa felicidade Andressa, isso eu te prometo e você, será a mulher mais feliz que haverá nessa vida.
– Obrigada amor por me dar a chance de ter fazer feliz novamente, eu te amo Márcia.
– Eu também te amo Andressa.
Percebendo que Márcia estava cansada, Andressa disse:
– Agora chega de conversa, você precisa descansar e se recuperar logo para irmos embora para a nossa casa.
Andressa começou a fazer carinho em Márcia e ela acabou dormindo. Agora estava feliz, pois, tinha a plena certeza de que amava a capitã e isso só lhe fazia bem. E no mundo espiritual Celina observava a cena juntamente com os avós de Márcia e sorria feliz, pois, ela sabia que logo estaria definitivamente de volta aos Mantovanni, só que agora ela seria Celina Pires Paiva Mantovanni e teria como companhia seu irmão André Roberto Pires Paiva Mantovanni, filhos de Márcia e Andressa.
Fim do capítulo
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