Em uma sala escura, dentro de uma mansão, estava ela... Paola.

Antes:

Era uma noite chuvosa, caminhando pela rua estava uma garota com mais ou menos 15 anos, morava em uma mansão linda, enorme. Parou no portão para pegar o celular quando foi abordada por um carro preto, onde foi jogada com toda a força para dentro, teve seu rosto coberto por um tecido em cor preta.

   Aquela garota se chamava Paola, seu pai o Rodolfo, era muito rico, tinha uma riqueza acumulada e também muitos inimigos. Naquela dia, mais cedo, Rodolfo estava em uma mesa redonda com homens, estava negociando, tudo deu errado, Rodolfo estava nervoso pois sabia que iria ter troco. Ele perdera a cabeça e acabou matando um dos cinco homens, ele só não sabia que o homem era filho de um dos chefões do crime.

   O chefão tinha jurado vingança, e Rodolfo já estava preparando suas malas par partir com a família, sua esposa a Virginia, não entendia nada, só se preocupava com compras e mais compras, porém acatou a ordem do marido.

   Rodolfo estava subindo pelas paredes, sua filha não chegava, estava preocupado, queria fugir logo dali.

Paola gritava mas em vão, ninguém iria ajudar.

-Olha aqui pirralha, se você não fechar o bico, te mato aqui mesmo (Falou o chefão alisando o rosto da garota com a arma). Paola estava presa em uma cadeira, não sabia o que pensar, quando de repente surgi na porta um cara mal encarado, ele tinha um aparelho nas mãos, Paola não soube dizer o que era.

- Eu não vou te matar, pois quero que seu pai sofra aos poucos sua pirralha, ele vai pagar pelo que fez (Paola não estava entendendo nada, sabia que seu pai não era flor que se cheirasse, mas aquilo era demais pra sua cabeça).

   A garota foi colocada em uma mesa, onde prenderam seus braços e pernas. O homem mal encarado se aproximou, Paola só sabia chorar, estava sentindo o fim próximo.

O homem começou a tatuar aquele corpo, era essa a rotina e foi assim durante 4 dias até que Paola acordou sozinha no quarto, onde só havia um espelho.

   Acordou muito dolorida, parecia que tinha levado uma surra das boas.

Só se escutou o grito...

-Não pode ser, não...pode (Gritava Paola, estava em frente ao espelho).

   Tinham feito um estrago no corpo dela, cortaram o cabelo deixando muito curto, tinha tatuagens do nariz, aos dedos dos pés. Paola passou a mão pelas costas e sentiu um molhando, suas costas estavam sangrando, tinha levado varias chicotadas nas costas, caiu chorando, soluçando, sua vida tinha acabado ali.

-Eu vou me vingar, toda e qualquer pessoa bonita, eu vou destruir (Falou com uma mão no peito).

   A vida daquela jovem tinha perdido a cor e o brilho, ali nascia uma pessoa sem coração, ali nascia uma fera.

***

   Paola foi jogada no portão de sua casa, depois de 10 dias.

-Está vendo? – Olhou para o pai – Culpa sua, tenho nojo de você (Falou e saiu em direção a mansão).

Rodolfo não sabia o que fazer, por sua culpa, a filha tinha perdido tudo.

   Depois de alguns meses Rodolfo morreu de desgosto e culpa, enquanto Virginia fez questão de ir embora pra nunca mais voltar, não aguentava ter uma filha tão feia.

Paola aos poucos foi superando, mas seu desejo de vingança aumentava a cada dia, morava agora sozinha, apenas com Maria sua emprega e Armando seu amigo e mordomo. Era uma garota fria, sem maiores sentimentos, tinha perdido naquele quarto escuro.

   Saia apenas a noite com seu casaco e gorro cobrindo todo o corpo. Fazia questão de fazer sofrer pessoas que tinham o mínimo de beleza.

Atual:

   Paola segurava uma foto de quando era jovem e bonita, tinha um rosto lindo (Tocou no próprio rosto), as marcas ainda doíam. Saiu de seu devaneio quando escutou alguém batendo na porta do quarto.

-Entre (Falou seca).

-Senhorita, aqui está o que havia pedido, o detetive que contratou trabalhou muito bem (Falou Armando estendendo um envelope a mulher).

-Pode sair.

   Abriu o envelope e deu um salto na cadeira, começou a ler, e lá estava as informações que necessitava, depois de anos iria ter sua vingança. Estava com 25 anos e iria ser doce e intensa a vingança tão esperada.

Fim do capítulo