Quem vai levantar a lebre?
Capítulo 20. Problemas no regimento.
Na manhã seguinte assim que chegaram, cada uma foi até a sua sala, mas, não sem antes darem um longo beijo as escondidas, pois, não ficaria bem que os soldados vissem a tórrida cena de amor da subcomandante e da comandante do regimento.
-- Almoçaremos juntamente com os soldados amor? Perguntou Andressa.
-- Se você quiser querida, almoçaremos sim. A não ser, que queira ir a outro lugar.
-- Faremos o seguinte, almoçamos com eles e jantamos a sós naquele restaurante que eu adoro.
-- Qual amor, o Livorno? Márcia perguntou.
-- Sim major, aquele mesmo.
-- Ok capitã, faremos assim como deseja.
Andressa sabia que a major Mantovanni não gostava de almoçar com os oficiais. Ela não tinha saco e nem paciência para aguentar aquelas conversas de patentes, como gostava de chamar. Para ela, era tudo um bando de bajuladores e isso ela não aceitava.
Já eram por volta de onze horas quando a capitã veio até a sua sala.
-- Com licença major!
-- Licença permitida capitã. Mas o que há trás aqui, já é hora do almoço?
-- Não major, ainda não. Nem do almoço e nem da sobremesa, disse provocando Márcia.
-- O almoço tudo bem, mas a sobremesa eu como em casa, respondeu também a provocando.
-- Bom, vamos deixar as brincadeiras de lado porque temos um assunto muito sério para tratar aqui.
-- O que está acontecendo capitã?
-- Eu encontrei esses papéis embaixo da porta da minha sala, li e não gostei.
-- Do que se trata, deixe-me ver, pediu.
-- Mas o que é isso capitã? Só me faltava essa, eu tenho uma milícia embaixo do meu nariz e não percebo? Diga-me, como isso pode acontecer?
-- Eu sabia que a senhora major não iria gostar!
A major chamou o sargento Prado e este assim que chegou ela perguntou:
-- O senhor tem alguma explicação para isso sargento?
Assim que pegou os papéis que estavam em cima da mesa da major e leu, ficou abismado com o que ali estava escrito e respondeu:
-- Não faço a mínima ideia major, isso nunca passou pela minha cabeça. Eu sinceramente achava que isso só houvesse em outras unidades, mas não aqui!
-- E o que faremos agora, algum de vocês tem alguma sugestão a fazer?
-- Vamos fazer o seguinte major, em primeira etapa teremos que observar o comportamento dos nossos homens, infelizmente. E depois, poderíamos começar a checar as escalas de serviço. Pode ser que ali encontremos o começo do novelo. Inclusive temos caras novas aqui no regimento.
-- Muito bom capitã, bem observado. O que o senhor acha sargento?
-- Concordo com a capitã, na realidade de momento, só temos esses papéis e também major, não podemos deixar alguém saber que estamos cientes de tal situação.
-- Pois bem, isso ficará somente entre nós três, certo sargento?
-- Sim major, e a senhora capitã também concorda com a major?
-- Concordo sargento e creio melhor deixar para começar amanhã com essas investigações, pode dar muito na cara se fizermos hoje.
-- Pois então, fica assim, começaremos amanhã. Eu vou ter um imenso prazer de arrancar as patentes uma por uma desses vagabundos em frente de toda a tropa. Aqui na cavalaria esse tipo de erva não sobrevive.
-- Bom resolvido isso, vamos almoçar major?
-- Sim capitã, vamos. E o senhor sargento vem com a gente?
-- Se não for incomodo major eu vou.
-- Então vamos, que o dia ainda nem pensou em terminar.
Ao saírem da sala da major, havia um soldado próximo à sala desta, porém, nem ela e nem os demais perceberam. Ali estava um dos problemas que a major teria que sanar dentro da sua própria casa.
Fim do capítulo
A major está desconfiada que nesse mato tem coelho e na tuba tem gato. Qual será o desfecho dessa desconfiança
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