Olá cara leitoras
chegamos ao fim da história de Patrícia e Kathy. Espero que tenham gostado da história e em breve postarei nova história.
Abraços
Capítulo 10
Para o Dr. Morais, pai de Patrícia, aquilo se tornou um caso pessoal. Detestava quando advogados e homens encarregados de fazer cumprir as leis invertiam os procedimentos, burlando-as, transformando a força do argumento no argumento da força. Ao longo de sua carreira enfrentara homens como Eduardo Magno e jamais fora vencido. Isso porque sabia usar as armas que a lei lhe proporcionava e, quando um caso exigia medidas drásticas, sabia também aproveitar as brechas na lei.
Passou todo o sábado analisando os contratos de compra e venda da casa e o do financiamento. Ambos eram contratos padronizados. O de compra e venda não era o problema. A compra da casa fora anulada por causa do contrato de financiamento, que o banco cancelara sem motivo. Com toda certeza, alguém tomara uma decisão arbitrária, a pedido de Eduardo Magno. Não havia outra explicação. Após analisar tudo cuidadosamente, concluiu que havia como reverter a situação, bastando tomar algumas providências.
Consultou o relógio. A primeira delas poderia ser tomada naquele mesmo momento. Foi até seu computador e procurou um nome na agenda. Após localizá-lo, teclou o número.
- Andrade, meu amigo! Há quanto tempo! – cumprimentou efusivamente, após identificar-se.
- Morais, sua velha raposa! Por onde tem andado?
- Divertindo-me, aproveitando a minha aposentadoria. E você?
- Continuo tentando administrar um banco neste país de incertezas. Não está fácil, mas acredito que o pior já passou. Quem tinha competência permaneceu. Os outros tiveram de retirar-se. Mas o que posso fazer por você? Sei que me liga sempre que precisa de alguma coisa, não é mesmo, seu picareta? – brincou o outro.
- Faço como você!
- E por falar nisso, obrigado por ter resolvido aquele problema da minha sobrinha. – disse o banqueiro, referindo-se a um caso em que livrara uma garota de problemas com sua carteira de motorista. – Quando pedi sua ajuda, sabia que só você poderia resolver o problema.
- Não foi nada complicado...
- Mas poderia ser desastroso para ela. Diga lá, o que posso fazer pelo meu velho amigo?
- Estou com um problema nas mãos... Aliás, com um problema que pode comprometer seu banco. É o caso de um financiamento habitacional que foi anulado sem motivo aparente. Acho que alguém convenceu um de seus diretores a tomar uma medida extremamente antipática. A pessoa prejudicada me pediu ajuda para solucionar isso, mas não vejo outra forma de fazê-lo sem prejudicar seu banco.
- Você tem o documento consigo?
- Sim, está aqui, em minhas mãos.
- Qual é a agência e o nome do diretor ou gerente que assinou o contrato?
Dr. Morais passou-lhe a informação.
- Meu amigo, espere até segunda-feira. Vão ligar para corrigir esse mal entendido. Está bem assim?
- Não esperava outra coisa de você, meu velho. Um grande abraço e disponha sempre. – finalizou, desligando.
Sorriu, satisfeito. Era-lhe importante preservar a felicidade da filha. Se em momento algum interferira na decisão dela, jamais permitiria também que alguém o fizesse, principalmente usando subterfúgios ignóbeis como aqueles utilizados por Eduardo.
Voltou a consultar a agenda em seu computador. Teclou em seguida o número encontrado.
- Medeiros, é o Dr. Morais. Preciso de um favor seu, velho camarada. Anote o nome e o número de registro que vou lhe dar. Preciso que verifique quem tentou prejudicar essa corretora e por que motivo fez isso.
- Tudo bem, Dr. Morais. Pode dizer que eu verifico isso na segunda-feira pela manhã.
O velho advogado passou as informações solicitadas, agradeceu e desligou. Por enquanto era aquilo que poderia fazer no final de semana para adiantar o expediente. O restante das ações ficava para a segunda-feira.
Sorriu, satisfeito com os resultados conseguidos. Acendeu um charuto, depois foi apanhar uma dose de seu melhor conhaque. Sentia-se leve, feliz, atuante, como nos velhos tempos, quando sentia comichões no corpo, sempre que se deparava com algum caso de injustiça que poderia ser solucionado com suas habilidades e com seus conhecimentos.
- Kathy, relaxe! Você está muito tensa. – observou Patrícia, quando voltaram para casa, naquela noite.
- Não posso deixar de me preocupar com tudo que está acontecendo.
- Confie em meu pai. Foi um dos melhores advogados do país, não apenas de São Paulo.
- Acredito em você, querida, mas não posso deixar de pensar que aquele sujeito está tentando nos prejudicar. E da pior forma possível.
- Relaxe e deixe-me ajudá-la a esquecer tudo isso. – pediu ela, as mãos deslizando pelo peito de Kathy, fazendo uma carícia nos bicos dos seios, deixando-os intumescidos de tesão, continuando a deslizar até abaixo de sua cintura e ali tecendo algumas carícias maliciosas.
Deitaram-se, Kathy a fez se debruçar sobre ela e mordiscou provocantemente o queixo da esposa, enquanto suas mãos penetravam por baixo da blusa dela, tocando a pele ardente. Beijou-a com desejo e ternura, enquanto suas mãos avançavam em carícias sensuais, buscando as delicadas e tentadoras elevações do corpo macio, sensual e perfumado junto ao seu.
Patrícia usava apenas a blusa sobre o tronco. Kathy empurrou-a para cima, livrando-se da peça rapidamente. Ela contemplou extasiada a beleza agressiva e perfeita daqueles seios levemente arredondados e empinados.
Abraçou-a pela cintura, com frenesi, beijando e sugando aqueles seios maravilhosos. Despiu-a em segundos. Patrícia, nua à frente dela, exibia sua pele clara e suas formas bem talhadas.
- Como eu amo você! – murmurou ela, beijando-a ardentemente.
- Eu adoro você! – murmurou Patrícia, num sussurro sensual e rouco.
Kathy baixou os braços, mal dominando o tremor emocionado de seu corpo. As mãos finas de Patrícia trabalharam os botões da camisa dela, que permitiu que ela tomasse a iniciativa. Seu tronco, uma vez nu, foi acariciado e beijado pela garota. Patrícia sugou os seios de Kathy com uma volúpia e uma fome. As unhas dela escorregaram com excitação até a linha da cintura de Kathy. Depois, as mãos espalmadas subiram, possessivas e frenéticas, sentindo o calor da pele. Depois desceram novamente, até tocar o sex* de Kathy por cima da calça e sentir que a mesma já estava totalmente encharcado de tanto tesão.
Ela a beijou no pescoço e nos ombros, enquanto suas mãos a despiam lenta e provocantemente. Kathy sentiu a respiração quente e irregular da garota passar por seus joelhos, arrepiar suas coxas e transtornar seus sentidos ao percorrer seu ponto mais sensível. Ela não pôde se conter, agarrando-se a ela com desejo. Seus corpos rolaram sobre a cama, num abraço sensual. – Amo você, Patrícia. – disse ela, seu corpo cobrindo o dela.
Kathy apertou a boca contra os seios de Patrícia, passando a mordiscá-los levemente, fazendo-a se remexer toda. Pôs a mão direita sobre seu sex* e passou a alisá-lo com movimentos circulares e aumentando a velocidade progressivamente.
- Amo você, Kathy!
Trocaram um beijo prolongado e sensual. Depois, a respiração de Patrícia se acelerou, à medida que os lábios de Kathy percorriam seu corpo, nas carícias mais íntimas e ousadas.
Emoções desconcertantes percorreram-lhe o corpo. Quase com loucura ela procurou retribuir as carícias que a alucinavam. Kathy esmerava-se naquelas carícias, certa de que amá-la era a coisa mais importante a fazer naquele momento. Tudo o mais poderia esperar, poderia ficar de fora.
A casa, o financiamento, seu registro, a vingança de Eduardo Magno, nada importava naquele momento. Por isso, buscou proporcionar a ela as emoções e sensações mais inéditas, com as carícias mais intensas, valendo-se de toda a sua experiência de amante.
Patrícia vibrou como nunca, extasiada com aquela sensação interminável de sensualidade e excitação. Seu corpo ardeu no fogo intenso da paixão. Parecia-lhe que amar e ser amada por Kathy era algo que se mostrava inédito e imprevisível a cada nova relação. Nada era igual à vez anterior. Havia sempre uma sensação nova, uma descoberta inédita, uma emoção nunca provada.
Kathy, vendo bastante molhada e excitada e perto do gozo, desceu a boca até alcançar seu ponto de prazer. Ch*pou o seu clit*ris e a penetrou com dois dedos. Patrícia gem*u mais alto. Kathy começou o movimento de vai-e-vem lentamente e foi aumento o ritmo até sentir que Patrícia estava prestes a goz*r então tirou os dedos e abocanhou seu sex* e sugou com mais força e sentiu os espasmos de prazer de Patrícia e sugou todo o mel que sua amada lhe dava. Kathy concluiu que nada mais no mundo importava, desde que pudesse ficar junto daquela mulher para sempre.
Na segunda-feira, Dr. Morais levantou-se mais cedo do que de costume e foi para sua biblioteca, onde planejou seu dia. Embora estivesse mais impaciente do que jamais estivera, não tinha pressa e foi tratando dos itens que havia preparado. Como jamais deixava alguma coisa ao acaso, fez algumas pesquisas em seu computador, preparou algumas petições e, pouco antes do almoço, estava preparado para passar à ofensiva.
Recebeu o telefonema do gerente do banco onde Kathy fizera o financiamento. O pobre homem desmanchou-se em desculpas e justificativas, tentando explicar o mal entendido que fora o cancelamento do contrato. Garantiu que o dinheiro seria novamente credito naquele mesmo dia.
- Se fizer isso, é uma saída, mas terá de convencer o vendedor do imóvel a voltar atrás e manter o contrato.
- Sim, eu sei disso. Demorei um pouco mais para ligar porque estava tratando justamente disso. Não haverá problemas. O vendedor concordou em manter o negócio. Tudo volta ao que era antes, com os cumprimentos do presidente do nosso banco. – falou o gerente, demonstrando admiração e respeito com aquele homem que falava direto com o próprio dono do banco.
- Eu agradeço as providências e a atenção de seu presidente. Passarei por aí hoje à tarde para ver se tudo está conforme combinado. – finalizou o velho, desligando.
Enquanto sorria satisfeito, o telefone voltou a tocar. Era Medeiros, com as informações sobre o problema com o registro de Kathy.
- Verifiquei o prontuário dela. Nada consta que justifique o cancelamento do registro. Foi alguma coisa arbitrária. Ela terá que entrar com um requerimento para que...
- Medeiros, não temos tempo para isso. Tenho de resolver isso hoje mesmo. Quem determinou o cancelamento do registro?
- Foi o Dr. Justo?
- Se não me engano, é aquele amigo do Dr. Eduardo Magno, não é mesmo?
- Sim. Aliás, por falar nisso, vi o Dr. Eduardo Magno aqui, na segunda-feira, conversando com o Dr. Justo.
- Então está tudo explicado. Vou fazer uma visita ao Dr. Justo hoje à tarde. Grato por tudo, meu amigo. Se precisar de mim, sabe onde me encontrar. – terminou o velho, certo de que tudo estava sob controle.
Faltava apenas um detalhe em seus planos: como impedir Eduardo Magno de, no futuro, voltar a tentar prejudicar Kathy e Patrícia. Tinha de Pará-lo de uma vez por todas. Pensou por alguns instantes, depois voltou a consultar sua agenda. Assim que encontrou o número que procurava, teclou para lá.
- Cecília, aqui é o Dr. Morais. – disse ele. – Como vai você?
- Dr. Morais, que surpresa! Como vai o senhor? Estamos sentindo sua falta aqui.
- Eu também sinto muita falta de vocês. Acho que hoje à tarde farei uma visita a vocês, mas preciso de um favor todo especial de sua parte.
- O que precisar, doutor.
- Quando você era minha secretária, mantinha um arquivo pessoal e confidencial para mim. Lembra-se disso?
- Sim, o arquivo existe até hoje e só eu tenho as chaves do armário. Ninguém mexe lá, a não ser eu.
- Quero que procure uma pasta com o dossiê do Dr. Eduardo Magno. Lembra-se disso?
- Claro, doutor. Vou apanhar e deixar aqui a sua disposição. Mas venha com calam, para podermos conversar. Todos aqui do escritório vão adorar sua visita.
- Eu irei e levarei pães de queijo para o café da tarde, está bem? Viu como eu não esqueci? – finalizou ele, desligando.
Agora todos os detalhes estavam ultimados. Kathy e Patrícia não seriam importunados, podia garantir isso. Apanhou o telefone e teclou novamente. A secretária atendeu. Pediu para falar com o Dr. Eduardo Magno. Assim que este atendeu, foi incisivo.
- Eduardo, preste atenção, porque só vou lhe dizer uma vez. Deixe Patrícia e a minha nora em paz. Se fez mais alguma coisa contra elas, trate de limpar a sujeira feita. Se insistir em prejudicá-los, vou fazer chegar à imprensa algumas fotos e documentos. Tenho certeza que todos adorarão conhecer sua predileção por garotas menores de idade, como aquela loirinha que você mantém hoje num apartamento no bairro Perdizes. Fui claro? – indagou.
Do outro lado da linha, Eduardo Magno engolia em seco, incapaz de responder.
- Fui claro! – gritou o velho, severamente.
- Sim Doutor! Claro, doutor!
- Então estamos conversados. – terminou, desligando.
Acendeu um charuto e reclinou-se em sua cadeira. A satisfação em ver a justiça sendo feita encheu-o de prazer. Ninguém mais iria atrapalhar a felicidade de Patrícia e Kathy.
Naquela tarde, quando Kathy retornou de mais um dia de procura, encontrou Patrícia radiante e eufórica a sua espera. Assim que Kathy entrou, ela a abraçou, cobrindo-a de beijos e mostrando uma porção de papéis de recado em suas mãos.
- Veja querida! Veja! São imobiliárias, umas dez, todas querendo que você vá trabalhar para elas. Olhe, as maiores e melhores de São Paulo.
Aturdida, Kathy examinou os nomes anotados nos papéis, sem entender.
- Tudo bem, querida, mas não tenho mais meu registro. Sem ele não poderei trabalhar. Procurei outros tipos de trabalho hoje, mas está tudo muito difícil...
- Eu sei, querida. Expliquei a quem ligava que seu registro havia sido cassado, mas eles disseram que isso havia sido resolvido. Acredito que foi obra de meu pai. Ele me ligou no meio da tarde. Quer que vamos jantar com ele hoje à noite. Disse que tem notícias excelentes para nós. O que me diz?
- Eu não estou entendendo nada, mas não vou esperar a noite chegar para falar com seu pai. Vamos para lá agora mesmo. – decidiu ela.
Ansiosas, rumaram para a casa do Dr. Morais. Estavam ambas esperançosas, mal acreditando que o velho advogado h avia conseguido, em apenas um dia, reverter todo aquele quadro de injustiça que se pintara na vida delas.
Assim que chegaram, foram ter com o velho na biblioteca. Satisfeito, o velho fumava um charuto e bebericava seu conhaque. Ofereceu uma bebida a sua nora, que esperava angustiada pelas informações.
- Está tudo resolvido para vocês. – disse o velho, fazendo suspense.
- Sim, papai, mas o que foi resolvido? – quis saber Patrícia.
- Então vamos por parte. – disse Dr. Morais. – Para começar, aqui está uma portaria revogando o cancelamento do seu registro de corretora, Kathy. – acrescentou, entregando-lhe o papel, que a moça olhou admirada. – Acho que deve ter recebido algumas propostas de trabalho hoje à tarde. Tomei a liberdade de ligar para alguns amigos meus, donos de imobiliárias. Você só terá que escolher aquela que julgar a melhor. Está bem?
- Mal posso acreditar nisso. – balbuciou a moça.
- Agora, aqui está a escritura definitiva de sua casa. Já tomei todas as providências no banco e no cartório. O financiamento foi efetivado e o vendedor concordou em voltar ao que era antes, sem qualquer problema.
O casal olhava-se admirado.
- E para terminar, aqui têm um dossiê sobre Eduardo Magno, lacrado. Não há necessidade alguma de abri-lo nem de conhecer o conteúdo. Se algum dia Eduardo volta a ameaçá-las, lembrem-no de que tem com vocês um dossiê muito importante contra ele. Garanto que ele jamais os incomodará de novo. Acho que isso resolve tudo, não?
- Sim, você foi fantástico, pai! – parabenizou a jovem, abraçando-o.
- Agora vão, vão ser felizes. – disse o velho, sorrindo feliz.
Naquela noite Kathy e Patrícia se amaram com carinho e com todo o amor que uma sentia pela outra.
Patrícia olhou profundamente nos olhos de Kathy e disse, com a voz rouca de emoção:
- Dani, eu te amo, porque puseste a sua mão pela minha alma e passaste por debaixo de minhas fraquezas e com teu amor fizeste sair à luz toda a beleza que ninguém antes de ti conseguiu encontrar!
Kathy ao escutar essa declaração de amor, sente seus olhos se encherem de lágrimas e toda a felicidade transborda em seu coração, e com a voz embargada pela emoção fala:
- Só por estar junto de você, as batidas do meu coração aceleram, penso em você. Em tudo que vivenciamos até agora, em tudo que ainda nos resta vivenciar. Nos sonhos que sonhamos, nas juras de amor. Amor para mim é isso... Tem que pulsar! Tem a paz que encontro no teu sorrir, o calor exato das suas mãos. Amor é essa calmaria que encontro em você, quando falamos, quando juntas estamos. É ver a noite se tornar madrugada de repente, pelas horas não percebidas, quando estamos nos amando. É ver a mesma noite se arrastar, quando não vem. Amor é ter você, durante e em cada tarefa que concluo. É ver você, não importando muito para onde vai o meu olhar... Porque, geralmente, eles não enxergam o que olham, pois eles sempre enxergam você. É sentir você em cada objeto ou algo que toco, amar você é isso aqui e enquanto eu tiver você em meus braços não quero mais nada dessa vida. Te amo.
É assim elas viveram. O amor que uma sentia pela outra sobreviveria a qualquer provação pois uma sempre estaria do lado da outra.
Assim é o amor, não importar a classe social, a cor, a religião ou o sex*. Ele simplesmente acontece.
Fim do capítulo
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