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If I should fall, perpetual run por JennyB

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Palavras: 4673
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Capítulo 24. Três é de mais

            Na manhã seguinte Emily foi acordada logo cedo por uma ligação inesperada de Alice.

-- Eu espero que você esteja morrendo para ter me ligado a essa hora da madrugada. -- Eram cinco da manhã e Emily não havia tido uma das suas melhores noites de sono, ela acabou sendo um pouco rude, mas Alice nem se importou, a jovem estava tão desesperada e cuspia as palavras tão rapidamente que Emily não conseguiu entender nada. -- Calma Alice, respira. O que houve? -- Emily sentiu o desespero da jovem e se sentou na cama, esperando ouvir uma longa história. Seus olhos lutavam para se manter abertos.

-- Emily, eu acordei em um apartamento estranho, na casa de uma mulher estranha. -- Alice andava de um lado para o outro dentro do banheiro da tal mulher, ela sussurrava para não acordá-la. -- Eu não sei como isso aconteceu, você sabe que eu não sou de fazer isso. -- Emily a interrompeu.

-- A noite foi boa para uma de nós pelo menos. -- Ela não conseguiu controlar o riso. Mas logo foi silenciada por Alice, que retrucou.

-- Eu não sei Emily. -- Ela gesticulava como se alguém pudesse vê-la.

-- Como assim você não sabe mulher?! -- Nesta altura da conversa Emily já havia perdido completamente o sono.

-- Eu não lembro de nada. A minha memória, bom, ela sumiu, desapareceu, foi para a puta que pariu. -- Alice estava inquieta, ela não podia acreditar que havia dormido com uma mulher que provavelmente tinha conhecido na noite anterior. -- Me ajuda Emily, eu preciso sair daqui. -- Emily segurou o riso, sabia que sua amiga estava tendo algum tipo de crise existencial e que provavelmente já estaria fazendo um buraco no chão, de tanto andar de um lado para o outro.

-- Apenas saia Alice. -- Emily foi direta. -- Volte para aquele quarto, pegue tudo que é teu e vai.

-- Simples assim? Pegar e sair? -- Ela pensou na proposta da amiga. -- Como eu não pensei nisso antes?! -- Alice se deu um tapa na testa, em negação a falta de lógica e raciocínio rápido que deveria ter tido antes de dar todos os fatos para que Emily implicasse com ela pelo resto do ano. -- Você não ouviu nada disso, okay?! Foi apenas um sonho. -- Alice tentou.

-- Claro que foi. -- Emily riu e desligou o celular.

            Alice respirou fundo antes de voltar até o quarto daquela mulher misteriosa. Ela tinha levantando tão rapidamente que sequer havia olhado para o rosto dela. Seus passos leves e inaudíveis levaram-na até o quarto. Alice estava enrolada em um lençol, cobrindo seu corpo coberto apenas pelas suas peças intimas e olhava por todo o perímetro, buscando pelas peças de sua roupa. Tudo que conseguiu achar foram seus sapatos e sua bolsa.

-- Droga, onde está?! -- Resmungou.

-- Onde está o quê? -- A voz suave daquela mulher fez Alice tremer. Ela esfregou os olhos logo em seguida.

-- É... -- Alice travou. Seu coração pulou de nervosismo, deixando sua boca seca. O plano era simples, pegar e sair, não tinha como dar errado. Quer dizer, não deveria ter como. Alice pressionou os lábios e pensou no que dizer, mas nada além da verdade lhe vinha a cabeça. -- Eu estava pensando aonde poderia estar a minha roupa. -- Alice se sentiu uma idiota por dizer isso.

            Assim que a mulher virou-se para ela, Alice sentiu seu rosto corar. Ela sentia-se envergonhada por querer ir embora daquele jeito, mas Alice não pôde deixar de notar a beleza da mulher com quem havia acabado de passar a noite. Os cabelos castanhos claros e compridos lhe caiam sobre os ombros. Os olhos de quase mesmo tom claro, semelhante a cor de folha seca. Os lábios eram delicados e bem demarcados o que combinava perfeitamente com todo resto do seu rosto e corpo. Essa mulher, seja lá quem fosse, era absolutamente linda.

-- E onde mais poderia estar?! -- Ela levantou-se com dificuldade,sem se preocupar com o fato de cobrir o corpo seminu. A mulher, assim como Alice, usava apenas calcinha e sutiã. Seu corpo ainda lutava contra o fato de ter que se levantar.

            Alice não entendeu o que ela queria dizer, mas seguiu-a pelo apartamento, até que chegaram na área de serviço do apartamento.

-- Eu acho que já deve estar seco. -- Ela caminhou até a secadora e retirou a roupa de lá, confirmando suas suspeitas. A roupa estava seca. -- Aqui está Alice. -- Ela se aproximou e entregou as roupas na mão da jovem. Seus olhos se encontraram e um sorriso surgiu, da parte da mulher.

-- Agora será que poderíamos voltar a dormir? -- Ela resmungou. -- Ainda é cedo.

-- Eu não posso. -- Alice forçou sua mente, mas não conseguiu lembrar do nome daquela mulher tentadora que estava na sua frente. -- Eu preciso ir.

            A mulher insistiu mais um pouco.

-- Não quer tomar um café da manhã, pelo menos? Você deve estar faminta. -- Ela olhava-a com atenção.

-- Desculpa, eu não posso. -- Alice sentiu-se mal por estar fugindo daquela forma. Mas como ela poderia passar a manhã com uma mulher com quem provavelmente havia dormido sem conseguir nem ao menos lembrar do teu nome.

            A morena pressionou os lábios, pensando se deveria ou não insistir mais uma vez, mas acabou cedendo ao desejo de Alice.

-- Tudo bem. Como quiser. -- Ela caminhou até a bancada da cozinha e anotou alguma coisa em um pedaço de guardanapo, entregando-o para Alice logo em seguida. -- Se você por acaso tiver esquecido de alguma coisa, aqui está o meu número.

-- Esquecido de alguma coisa?! -- Alice pensou que ela referia-se a noite anterior. -- Não, com certeza eu não me esqueci de nada. -- Ela sorriu e respondeu rápido para que a morena não desconfiasse de que ela não se lembrava de nada.

-- Então eu devo fingir que você vai sair por aquela porta -- Ela apontou. -- Sem estar sentindo uma ressaca terrível e provavelmente esquecendo-se de algo aqui, que você provavelmente só lembrará o que é horas mais tarde?! -- A morena riu. -- Tá bom Alice.

            Alice olhou para o papel e avistou um número de celular, seu rosto corou. Ela estava envergonhada o suficiente para apenas ler o papel, agradecer e sair logo em seguida. Saber que a morena tinha tanta convicção de que ela não se lembrava da noite anterior a deixou constrangida.

-- Eu definitivamente preciso parar de beber. -- Alice falou sozinha dentro do elevador.

--------------------------------------  Meia hora depois   -----------------------------------------

-- Não! Não pode ser. -- Emily arrastou a cadeira para trás ao se levantar tão de pressa da escrivaninha onde seu notebook estava apoiado. Estava incrédula com o que havia acabado de ler. -- Mãe? MÃE?!-- Emily desceu as escadas correndo, encontrando-se com sua mãe logo em seguida, que também corria em direção a filha, assustada com a gritaria da menina.

-- Emily do céu! O que houve? Você está bem?-- Katrien olhava-a com aflição, pensava que Emily pudesse estar se sentindo mal ou algo do tipo, mas a expressão facial da jovem estava estranhamente exuberante e repleta de felicidade. Katrien colocou a mão no rosto da filha, tentando sentir sua temperatura.

            Emily tocou as mãos da mãe e as tirou do seu rosto.

-- Mãe, para. Está tudo bem. -- Ela falava rápido, quase engolindo as palavras. -- Você não vai acreditar no que aconteceu. AHHHHHH. -- Emily deu alguns gritos e saltos de alegria, fazendo com que Katrien a olhasse com certa desconfiança, erguendo uma das sobrancelhas.

-- Querida, conta logo. Senão sua pobre mãe vai ter uma crise de ansiedade pior do que a sua. -- Ela sorriu.

-- Eu consegui mãe! Eu consegui o emprego! -- Emily abraçou-a com força.

-- Você conseguiu o... -- Katrien repetia as palavras da filha, tentando assimilar as informações, quando se lembrou que Emily havia chegado ao processo final de uma seleção em uma grande multinacional, e estava a espera de um email para saber se havia ou não conseguido entrar. -- OH MY GOD EMILY. -- Dessa vez foi a mãe da jovem que pulou de alegria, fazendo-a pular junto com ela durante o abraço. -- Querida, que excelente noticia!

-- E não é mãe?! -- O sorriso no rosto de Emily ia de orelha a orelha. Finalmente ela entraria no mercado de trabalho como uma empregada e não como uma estagiaria. -- Eu preciso contar à Alice! -- Emily já pegava o celular em seu bolso quando a mãe se antecipou.

-- Diga para ela que faremos um jantar de comemoração hoje, as oito. -- Sorriu.

            Emily que já digitava o número da amiga no celular parou no instante em que ouviu a mãe. Ela não queria desapontá-la, mas sabia que um jantar em casa conseqüentemente também envolveria Robbert.

-- Mãe.. -- A jovem guardou o celular no bolso, carregando consigo um certo desanimo no olhar. -- Você sabe que se isso realmente acontecer não será uma comemoração para mim. -- Katrien pensou no que a filha falou e acabou concordando, ter a família toda reunida não traria boas lembranças para Emily, e embora ela quisesse que seus filhos se entendessem logo, ela não podia pressionar a jovem.

-- Tudo bem querida. Mas certifique-se de se divertir bastante essa noite, você merece. -- Katrien beijou a testa da filha.

-- Obrigada mãe. -- Emily já não se agüentava mais, queria apenas ligar para Alice e chamá-la para comemorar. -- Eu já volto! -- A jovem pegou o celular em seu bolso novamente e discou o número da amiga com rapidez.

            Não demorou muito para que ela atendesse.

-- Eu já estou sã e salva amiga. -- Alice sorriu ao telefone.

-- Eu já imaginava que sim, mas esse não é o motivo pelo qual eu te liguei. -- A voz de Emily expressava o estado de completa ansiedade que estava. -- Eu preciso te contar uma coisa.

-- Então abre o portão pra mim. -- Alice havia acabado de estacionar o carro na frente da casa de Emily.

-- Como assim?! -- Emily ficou surpresa.

-- Só abre o portão Emily. -- Alice riu.

            A jovem correu até o interfone da casa, acionando o botão que abriu o portão para Alice. Emily se apressou ao destrancar a porta para a amiga.

-- Essa foi rápida. -- Emily sorriu ao ver a amiga se aproximando.

-- Você não é a única que tem coisas para contar. -- Alice se aproximou e abraçou-a.

-- É verdade, a garota da noite passada. -- Emily riu. -- Vem, vamos lá pra cima.

-- Na verdade, será que podíamos tomar café antes? -- Alice passou a mão sobre a barriga. -- Eu sai com tanta pressa que nem sequer pensei em tomar café no caminho até a sua casa.

-- Eu levo para vocês lá em cima. -- Katrien pronunciou-se, assustando ambas.

            Alice olhou em sua direção imediatamente, sentiu suas bochechas corarem ao pensar se ela teria ou não ouvido a parte que se referia a garota com quem Alice havia passado a noite anterior.

-- Olá senhorita Harley. -- Alice sorriu sem graça.

-- Bom dia Alice! -- Katrien sorriu de volta.

            Emily logo percebeu que a amiga estava constrangida com a presença de sua mãe, tão atenta à aquela conversa. Ela segurou na mão da amiga e a puxou pela casa, levando-a até o quarto.

-- Vem, temos muito o que conversar.  -- Assim que chegaram ao quarto, Alice se jogou na cama de Emily, cobrindo seu rosto com o travesseiro que tinha em si um forte cheiro do perfume da amiga.

-- Eu não consigo deixar de gostar desse teu cheiro. -- Alice falou sem pensar. Aquele mesmo perfume que a amiga usava há tantos anos lhe traziam lembranças de quando seu coração reagia a qualquer aproximação de Emily.  Ela respirou fundo, puxando o maior volume de ar que conseguia, sentindo uma nostalgia enorme. Lembrou-se acidentalmente do único dia em que elas estiveram tão próximas a ponto de deixar seu corpo com aquele perfume por horas.

------------------------------- --------    “ Flashback”    -------------------------------------------

-- Alice, tem alguém vindo! -- Emily chacoalhou o braço da jovem que também estava em pânico.

            Elas estavam no quarto de Anne, tentando descobrir o porquê de a jovem estar sempre tão ocupada para sair com Emily, que nesta altura do relacionamento começava a desconfiar de uma possibilidade de traição.

-- Droga Alice! Não sei por que eu te deixei me convencer a fazer isso. Anne vai me matar assim que nos ver aqui! -- Emily sussurrava, estava furiosa. -- Eu estou ferrada. Ferrada e solteira. -- Ela não conseguia pensar com toda essa pressão de ser pega no flagra.

-- Entra ai! -- Alice abriu a porta do pequeno closet de Anne, empurrando Emily para dentro, mas isso não conteve as palavras da jovem que estava desesperada.

-- Ela primeiro vai me matar, e depois, quando eu já estiver totalmente sem vida ela vai acabar com você! E isso vai ser tudo culpa sua. -- Os passos se aproximavam do quarto, mas Emily não conseguia conter as palavras. Ela nunca havia mentido para Anne, e ser pega desse jeito com certeza quebraria toda a confiança que a jovem tinha nela.

-- Cala a boca Emily! -- Alice tapou a boca da jovem com uma das mãos e entrou de pressa no closet, fechando a porta atrás dela com a outra mão. O espaço era pequeno, e para que as duas coubessem ali seus corpos tiveram que ficar em completo contato, deixando Alice completamente desconfortável com a situação. Ela podia mentir para qualquer um sobre seus sentimentos por Emily, exceto para ela mesma, e toda aquela proximidade acabou deixando isso ainda mais claro em sua mente. A porta do quarto de Anne se abriu, fazendo com que Alice apertasse ainda mais a sua mão contra a boca de Emily. -- Você precisa ficar quieta. -- Ela sussurrou no ouvido da jovem. -- Anne não pode sequer sonhar que nós estamos aqui. -- Estar tão próxima do pescoço de Emily permitiu-a sentir com mais intensidade o perfume que a jovem usava. Alice respirou fundo enquanto lutava para afastar o seu rosto do de Emily, antes que ela tomasse atitudes que a fariam se arrepender depois. Sua mão deslocava-se da boca de Emily em um movimento lento e sutil, Alice precisava que Emily ficasse calma, então a olhou nos olhos e tentou passar para a amiga alguma confiança.

-- Alice... -- Emily sussurrou, mas suas palavras foram interrompidas pelo beijo da amiga que não conseguiu evitar que aquela aproximação a tirasse do controle. Os lábios de Alice mantinham um contato monótono com os de Emily, ela não tentou agarrá-la, precisou respeitá-la e apenas impedir que fossem descobertas por algum deslize da amiga. Alice queria poder beijá-la com intensidade, queria poder mostrar à Emily que Anne não era a única garota que tinha sentimentos por ela, mas sua mente insistia em lhe dizer que Emily jamais seria feliz sem Anne, e por mais que aquilo lhe doesse, ela preferiu a felicidade da amiga acima da própria. O silêncio no quarto deixou claro para Emily que quem quer que tivesse entrado lá, não estava mais presente. Ela se afastou de Alice e olhou-a com reprovação, não podendo acreditar no que havia acabado de acontecer.

-- Quem você pensa que é para fazer isso? -- Emily sentiu seus olhos enxerem de lágrimas.

-- Emily eu... -- Alice foi interrompida.

-- Eu não quero saber. -- Emily empurrou-a para fora do closet. -- Você estragou tudo. -- Antes que ela pudesse se aproximar da porta para sair, Alice segurou seu braço. -- Emily o que eu fiz foi para impedir que nós fossemos descobertas. Se você ainda não percebeu, você não sabe sussurrar muito bem! -- Alice olhava-a nos olhos.

-- Conta outra Alice. -- Emily puxou seu braço, tirando-o do contato.

-- Emily, eu juro. -- Falou com convicção. -- Eu não sinto nada por você. Por que diabos eu te beijaria?! -- Alice mentiu mais para si mesma do que para Emily.

-- Você jura? -- Emily engoliu seco, ela queria e precisava acreditar em Alice para não pensar naquilo como uma traição.

-- Eu juro. -- Alice sentiu um aperto no coração, mas precisava continuar com essa mentira. Ela sabia o quanto Emily era sistemática e certinha, e se ela desconfiasse só um pouquinho que havia sentimento envolvido naquele beijo, ela acabaria contando para Anne, e a culpa pelo provável término e concreto sofrimento de Emily seria completamente sua. -- Eu juro Emily. -- Alice segurou as mãos da amiga. -- Agora vamos sair daqui antes que ela volte.

---------------------------------   “Fim do Flashback”  ----------------------------------------

-- Obrigada, eu sei que meu cheiro é fantástico. -- Emily brincou, sendo acertada pelo travesseiro que antes cobria o rosto de Alice logo em seguida. -- Ai. -- Resmungou.

-- Você se acha muito não é?! -- Alice sentou-se e olhou-a, estampando um sorriso brincalhão nos lábios.

-- Infelizmente você sabe que não. -- Emily se aproximou e sentou-se ao lado da amiga.

-- Então, quem fala primeiro? -- Elas trocaram olhares, tentando ler os pensamentos uma da outra.

-- Que tal você?! -- Emily sorriu. -- Afinal, você não me contou o quão linda é a mulher com quem passou a noite.

-- Emily! -- Alice corou e deu um leve tapa no braço da amiga.

-- Oh não. -- Emily dramatizou. -- Ela não era uma super gata, é isso? -- Continuou com a implicância.

-- Na verdade, ela era sim. -- Alice sorriu, entrando na brincadeira da amiga. -- Só é uma pena não lembrar de nada do que aconteceu. -- Lamentou-se.

-- Você ainda não teve nenhum flash da noite anterior? Nada?! -- Emily olhava-a preocupada. -- Estava tão bêbada a esse ponto?

-- Bom, levando em conta que Lívia estava com o meu primo na mesma festa que eu, e ficava se esfregando com ele na minha frente, eu não estava tão bêbada quanto precisava, porque essa imagem não sai da minha cabeça de jeito nenhum. -- Alice ficou cabisbaixa ao lembrar-se.

-- Eu sinto muito amiga. -- Emily tocou a mão da jovem, acariciando-a com o polegar. -- Podemos não falar sobre esse fato terrível da noite passada então?

-- Por favor. -- Alice forçou um sorriso.

-- Como ela era? -- Emily perguntou, curiosa.

-- Ela quem?

-- Como quem Alice?! A garota da noite passada. -- Emily gesticulou.

-- Linda. -- Alice se restringiu a apenas essa informação. Lembrou-se daqueles olhos castanhos hipnotizadores e acabou deixando um riso escapar. -- Não acredito que sai daquela forma.

-- Nem eu. -- Emily balançava a cabeça, reprovando a atitude da amiga.

-- Mas foi você quem disse para eu sair daquele jeito!! -- Alice não acreditou no que a amiga havia acabado de falar.

-- Você perguntou o que fazer para sair de lá, e não o que eu faria no seu lugar. -- Emily riu da amiga. -- Eu definitivamente não deixaria uma mulher bonita desse jeito.

-- Emily, primeiramente falando, você nem sequer estaria no quarto de uma mulher que acabou de conhecer. -- Alice olhava-a insatisfeita.

-- Isso seria uma verdade, há algumas semanas atrás. -- Emily sorriu sem graça.

-- Emily Harley, o que está querendo dizer com isso? -- Alice ergueu uma das sobrancelhas, incrédula.

-- A verdade é, que naquela noite em que nós iríamos nos encontrar na pixy, eu meio que fui até lá. -- Emily falava sem jeito.

-- Continue. -- Alice a olhava atenta a cada palavra.

-- Então eu acabei conhecendo essa mulher incrível que me chamou para sair de lá, e eu acabei indo.

-- Não acredito! -- O tom de voz de Alice aumentou. -- Você dormiu com uma estranha? -- Ela estava boquiaberta com a confissão de Emily. -- E pior, mentiu para mim no dia seguinte?! -- Alice cerrou os olhos para a amiga, mas antes que continuasse a questionar Emily, ela foi interrompida.

-- Essa é a melhor parte Alice. Eu não dormi com ela. Na verdade, nem ela queria dormir comigo. -- Os olhos de Emily brilharam e um sorriso escapou ao lembrar-se da noite maravilhosa que havia passado com Mila. -- Ela me levou para esse lugar e... -- Emily sentiu sua respiração falhar ao se perder nas lembranças que tinha daquela noite, quando foi interrompida pelas palavras ousadas de Alice.

-- O.M.G -- Alice olhava-a espantada. -- Você está apaixonada por ela.

-- O QUÊ? -- Emily despertou do transe assim que a ouviu. -- Você está louca Alice?! -- Ela não quis sequer permitir-se pensar nessa possibilidade. -- Você está louca, completamente e inteiramente ainda alcoolizada. -- Emily estava em negação, uma única noite jamais a faria se apaixonar por alguém, talvez, no máximo ficar encantada, mas nada mais que isso.

-- Emily, olhe para você mesma! Você está falando dessa mulher de uma forma que até hoje só falou da Anne.

-- Não me lembre desse nome, vai sugar a minha alegria desse jeito. -- Resmungou.

-- Está vendo, ela até te fez não querer falar mais na Anne. -- Agora era Alice que implicava com a jovem.

-- Antes fosse por causadela. -- Emily lembrou-se do beijo que Anne havia lhe dado e decidiu contar todas as coisas que haviam acontecido desde a ultima vez que tinham se falado.

            Emily passou o dia contando a Alice tudo sobre a noite que havia tido com Mila, não esquecendo-se de contar o estranho sentimento que sentiu quando a viu com seu parceiro de dança. Acabou contando também sobre a decisão que havia tomado de dar uma trégua para Anne, conseqüentemente falando sobre o resultado final daquela conversa: o beijo. Deixando a amiga completamente incrédula com todas as coisas pelas quais Emily havia passado em algumas semanas.

-- E por fim, para salvar esse mês quase que desastroso, eu recebi uma ótima noticia essa manhã. Que no caso, era a que eu queria lhe contar quando te liguei.

-- Então conta logo, porque depois do que você me disse, até eu preciso de uma boa noticia para conseguir digerir. -- Alice andava de um lado para o outro, acompanhada por Emily, ambas inquietas com toda a situação.

-- Eu consegui um emprego em uma grande multinacional, eu começo na segunda feira! -- Emily olhou-a, esperando alguma reação.

            Os olhos de Alice fixaram-se na amiga, ela estava boquiaberta com a noticia, uma vez que nem tinha o conhecimento de que Emily procurava por um emprego.

-- Emily, isso é maravilhoso! -- Alice sorriu, e correu para abraçar a amiga, expressando toda a felicidade que sentia ao saber da nova conquista de Emily.

-- Sabe aquela noite de balada que eu estava te devendo? -- Emily afastou-se um pouco e a olhou sorridente.

-- Eu estou dentro. -- Alice sorriu, já sabendo o que a amiga queria. -- Vamos sair para comemorar! O que acha de finalmente irmos na pixy juntas? -- Sugeriu.

            Emily lembrou-se de Mila instantaneamente e sabendo que não podia deixar-se enganar pelos seus sentimentos de novo, preferiu sugerir outro lugar. Ela não queria correr o risco de encontrar com aquela linda bartender novamente.

-- Podemos ir em outra? -- Emily tentou não parecer suspeita, e acabou convencendo Alice.

-- Tudo bem. Passa lá em casa as dez?

-- Dez e meia, para garantir que você já esteja pronta. -- Emily riu.

-- Engraçadinha. -- Alice sorriu para a amiga. -- Eu já vou indo então. -- Ela aproximou-se de Emily e beijou sua bochecha. -- Até daqui a pouco, engenheira.

-------------------------------------------------------------------------------------------

            Emily cumpriu com o combinado e buscou Alice e Allison em frente ao seu apartamento pontualmente as dez e meia, e de lá elas seguiram para a boate escolhida por Alice. O evento que aconteceria essa noite era do gênero dubstep e eletrônico, dois estilos que ambas gostavam muito de ouvir.

            Chegaram a boate pouco depois das onze, e foram direto para o bar, precisavam de alguns drink’s antes de começarem com a diversão.

-- Três tequilas, por favor. -- Alice encostou-se no balcão e aproximou-se do bartender.

-- Saindo três tequilas. -- O rapaz pegou os copos e serviu-as as doses.

-- A minha é dupla, por favor. -- Emily piscou para o rapaz, que logo completou o copo da jovem.

            As jovens levantaram seus copos, e antes de tomarem, repetiram todas juntas.

-- Arriba, abajo, al centro, adentro! -- Viraram seus copos logo em seguida.

-- Vamos Emily, a pista nos espera. -- Allison pegou na mão da jovem, e a puxou, sendo elas acompanhadas por Alice.

            As horas passaram de pressa dentro daquele lugar, as três dançavam, bebiam e conversavam durante todo o tempo, mas Emily abstraiu-se de toda a conversa no momento em que o DJ anunciou que um grupo de dança se apresentaria durante o lançamento do novo remix do DJ.

-- Eu tenho o prazer de apresentar a vocês TheBWdancers! -- O DJ liberou uma fumaça que invadiu todo o palco. As luzes da boate se apagaram, deixando todas as pessoas elétricas e repletas de ansiedade, todos levantaram as suas mãos e movimentaram seus dedos na espera da apresentação. A música começou e uma seqüência de luzes coloridas começaram a invadir o perímetro do palco ao lado do DJ, permitindo que a multidão tivesse a visão rápida de algumas sombras. A luz branca e forte atingiu o palco no instante em que a dança começou.

Emily não podia acreditar no que estava vendo. Seus olhos foram de encontro à Mila, que liderava a coreografia junto ao seu parceiro de dança. Ela sentiu seu coração pular dentro do peito, dificultando sua respiração. Vê-la naquele palco com certeza mexeu com seus sentimentos, trazendo aquela sensação incomum de que todo o resto do mundo a sua volta havia deixado de existir, todos os sons e pessoas, nada parecia presente para Emily naquele momento. Mila tomava não só o palco com seus movimentos, mas também o fôlego de Emily que não conseguia tirar os olhos dela por nenhum segundo.

-- Emily? -- Alice olhava-a, percebendo o estado de hipnose que a amiga aparentava estar. -- Emily? -- Ela também olhava para o palco, completamente sem palavras com o que estava vendo. Alice tocou o braço da amiga, despertando-a do transe. -- Emily aquela é... -- Ela foi interrompida.

            Emily sentia seu peito arder, momentos antes de ser tocada e desperta por Alice, Mila havia reconhecido o rosto de Emily e olhado em sua direção persistentemente, fazendo-a perceber que ela também tinha visto-a.

-- Eu... -- Emily tentou dizer a Alice que precisava sair dali, mas sua voz falhou no momento em que ela percebeu que Mila estava parada no centro do palco, enquanto toda a sua equipe continuava com a dança.

            Mila desconcentrou-se de toda a coreografia no momento em que seus olhos encontraram-se com os de Emily. Elas trocaram olhares e Mila pôde sentir seu coração acelerar. Esse definitivamente não era o momento em que Mila esperava finalmente reencontrar Emily, mas o fato de ter acontecido a deixou sem chão.

            Corbin, o parceiro de dança de Mila tocou o braço dela com certa descrição durante a dança, fazendo-a olhar para ele por um breve momento, enquanto lhe chamava a atenção.

-- Mila, o que você pensa que está fazendo? Continua com a dança! -- Mila não conseguiu pensar em nada para dizer. Voltou seu olhar na direção em que Emily estava mas só pôde ver o vulto da jovem que já corria para dentro da multidão.

 

-- Emily? -- Mila gritou, mas o alto som não permitiu que ninguém ouvisse.

Fim do capítulo


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