Capítulo 17 - Manipulação ?
Júlia estava preocupada com o estado que Laísa andava nos últimos dias, se drogando e bebendo descontroladamente.
Naquela noite Júlia resolveu aproveitar que Laísa estava ainda em seu estado normal para conversar.
-- Laísa. - Disse entrando no escritório onde a esposa digitava algo no notebook.
-- Oi minha linda, o que está acontecendo?
-- Sua situação, precisamos conversar. - Júlia sentou à sua frente.
-- Já disse que tenho tudo sob controle Júlia, não quero mais falar disso.
-- Laísa não há nada sob controle e sim sem controle. Não consegue ver isso?
-- O que consigo ver é que anda me enchendo a paciência e não gosto disso. -Laísa alterou o tom de voz.
-- Laísa, por favor, olhe para si mesma. Está mais magra, abatida, cheia de olheiras.
-- Ando cansada, o processo contra sua ex tem me tirado a paz.
-- Então deixa isso de lado, tem gente cuidando disso. Vamos voltar para São Paulo. Quero falar com meus médicos, fazer novas avaliações e ver se já posso voltar a treinar profissionalmente.
-- Ainda não. Agora chega vou sair um pouco, não demoro. - Laísa disse alevantando-se e pegando as chaves de seu carro.
-- Aonde vai? Vai subir o morro para comprar drogas?
-- Sai da minha frente! - Laísa disse entre os dentes.
Júlia decepcionada deixou Laísa passar e logo depois pegou outro carro e foi para o apartamento de Veridiana.
Ao chegar lá Veridiana estava no banho e não a viu entrar, pois Júlia ainda tinha as chaves e por isso não precisou tocar a campainha.
Sem fazer barulhos Júlia entrou no quarto se despiu e entrou no banheiro.
-- Júlia? - Veridiana se assustou ao vê-la entrar o banheiro totalmente nua.
-- Quer que lhe esfregue as costas? - Perguntou Júlia cheia de sensualidade entrando no Box junto de Veridiana que a recebeu com um beijo de tirar o fôlego.
-- Que surpresa boa. - Veridiana disse entre os beijos quentes. - Como entrou?
--- Ainda tinha as chaves e você não mudou as fechaduras. - Júlia empurrou Veridiana contra a parede colocando sua perna entre as dela. - Dá pra mim Veri. - Ela pediu colocando sua mão no sex* de Veridiana que se contraiu toda de desejo.
-- Eu sou sua, sempre fui sua. - Veridiana abriu as pernas para facilitar o trabalho de Júlia que a penetrou com dois dedos, deixando o dedo polegar sobre o clit*ris dela e massageando gostosamente.
-- Eu te quero assim entregue a mim sempre. - Júlia beijava o pescoço de Veridiana e descia lentamente, beijando seu colo, seus seios, onde se demorou um pouco os ch*pando lentamente, descendo por sua barriga e parando sobre seu sex* onde beijou e passou a língua sensualmente e provocantemente.
-- Ah Júlia não me tortura mais. - Pedia Veridiana se contorcendo com as caricias recebidas.
Mas Júlia continuava a ch*pa-la e penetra-la ao mesmo tempo.
-- Vira-se. - Julia pediu a Veridiana que ficou de rosto colado na parede, enquanto sua amada com carinho a penetrava por trás e pela frente, enquanto beijava sua nuca e seu pescoço.
-- Júlia eu não vou aguentar muito tempo. - Veridiana sentia o ápice chegando.
-- Goz* para mim meu amor, goz*! - Júlia pediu e Veridiana muito obediente entregou-se ao prazer.
-- Aaaah! - Veridiana gritou firmando-se na parede.
Júlia a virou para si a abraçando fortemente.
-- Vem vamos para a cama. - Júlia levou Veridiana para a cama. - Me ama vai, quero ser sua agora.
-- Seu pedido é uma ordem. - Veridiana sorriu e deitou-se por cima de Júlia a amando enlouquecidamente.
E por horas elas se amaram e trocaram juras de amor. Já ia a noite alta quando o celular de Júlia tocou.
-- Não atende não. - Pediu Veridiana a abraçando.
-- Preciso atender pode ser algo com a Laísa e eu não quero me sentir culpada se algo acontecer a ela. - Júlia estendeu-se sobre Veridiana e pegou seu celular sobre o criado mudo. - Alô!
-- Júlia preciso de você.
-- Lígia? Oque aconteceu? - Júlia sentou-se na cama preocupada.
Veridiana ao ouvir o nome da ex namorada também se sentou na cama.
-- A Laísa está no hospital. - Disse Lígia com voz chorosa.
-- Laísa? No hospital? - Júlia estava ficando nervosa.
-- Ela bateu o carro em um poste em uma avenida da cidade, estava droga e alcoolizada. - Informou Lígia. - Preciso que venha logo para o hospital, ela chama muito por você.
-- Claro, já estou indo, me dê o endereço do hospital. - Júlia anotou o endereço do hospital e foi se vestir para ir ver a esposa.
-- Quer que eu vá contigo? - Veridiana perguntou enquanto Júlia se vestia rapidamente.
-- É melhor não, a Lígia está lá e se Laísa te ver pode ficar ainda mais fora de controle.
-- Tem razão, mas me deixa informada do que acontecer, ok?
-- Claro, mas agora tenho de ir. - Júlia deu um beijo em Veridiana e saiu apressada a caminho do hospital.
*********
No hospital ela encontrou Lígia que a levou ao quarto onde Laísa estava internada.
Laísa havia quebrado a perna esquerda e tinha escoriações no rosto. E ainda estava muito perturbada psicologicamente por causa dos medicamentos para cortar os efeitos das drogas.
-- Minha linda. - Disse Laísa ao ver a esposa entrar no quarto.
-- Laísa o que eu te falei logo mais cedo? Você está perdendo o controle da situação. - Júlia falou aproximando-se da cama da esposa.
-- Eu vi uns anãozinhos na estrada minha linda, por isso eu desviei e acabei batendo o carro. - Laísa estava em pleno delírio.
-- É melhor você descansar, depois conversamos. - Júlia viu que não adiantava conversar com Laísa naquele estado.
Lígia entrou no quarto quando Laísa já dormia sob efeito das medicações.
-- Júlia a minha irmã está tendo um surto psicológico e ele está mais intenso por causa do uso de drogas. Eu preciso que junto comigo autorize a internação dela o quanto antes em uma clínica psiquiátrica, ou eu não sei o que vai ser dela. - Disse Lígia à cunhada.
-- Não tem nada que possamos fazer sem ter de internar ela? - Júlia não achava que internações resolvessem estes casos.
-- Não Júlia, não há como controla-la, como medica-la, se ela sai e vai atrás de drogas. - Lígia falava com certeza. - Eu sou psiquiatra sei o que estou dizendo. Você acha que quero ver minha irmã internada? Eu não quero isso, mas não outra solução.
-- Lígia, me de uns dias eu vou leva-la de volta para São Paulo, e vou tentar resolver isso do meu jeito.
-- Júlia!
-- Por favor, só uns dias senão der certo eu a interno, prometo! - Júlia olhou a cunhada com olhos cheios d'agua, implorando por uma chance.
-- Ok, mais te dou dez dias se não notar melhora a gente interna ela.
Júlia sorriu concordando e pediu licença para fazer uma ligação. No lado de fora do quarto ela ligou para Veridiana.
-- Então meu amor como ela está?
-- Quebrou uma perna e teve umas escoriações, mas nada grave perto do problema emocional que ela está passando.
-- Como assim? - Veridiana sentiu um aperto no peito, sentia que algo não estava indo para um caminho bom.
-- Ela está enfraquecida pelas drogas, e confusa mentalmente, pode tentar algo mais sério contra si própria, eu... -Júlia parou de falar por alguns instantes, precisava ter coragem para dizer algo que magoaria muito Veridiana. - Eu preciso ficar ao lado dela neste momento, ela precisa de mim, sou a única que pode salva-la.
-- O que está dizendo? - Veridiana Não conseguia acreditar no que Júlia acabara de lhe dizer.
-- Sei que é o pior momento para lhe dizer isso, afinal estávamos nos acertando, fazendo planos, mas ela é minha esposa, ficou do meu lado durante todo aquele sofrimento que passei quando fiquei doente, não posso abandona-la agora.
-- Ela que ficou do seu lado? - Veridiana riu. - Ela é sua esposa, ela precisa de você não é mesmo? Pois então faça o que for preciso.
-- Veri.
-- Nada de Veri, ela está te manipulando você não vê isso Júlia?
-- Como manipulando Veridiana? Ela bateu o carro, ela está com uma perna quebrada, como ela poderia estar me manipulando se ela mal consegue se controlar? Pare de falar besteira! A Laísa pode ser o que for mais ela me ama e provou isso quando tive insuficiência renal.
-- Lamento por você, mas logo verá que tenho razão no que estou dizendo. Agora se era isso que queria me dizer, está dito, preciso ir para o restaurante.
-- Mas a estás horas? - Júlia estranhou.
-- Você não tem nada a ver com minha vida, então boa sorte Júlia. - Verdiana desligou o telefone arrasada. Mais uma vez abandonada por seu grande amor.
Sabia que Laísa estava manipulando Júlia, afinal ela não contara que ela fora sua doadora de rim, e agora se fazia de frágil para comover Júlia, e a tonta estava caindo na cilada como um pato.
*********
De volta ao quarto onde Laísa estava Júlia encontrou Lígia velando o sono da irmã.
-- Fale com os médicos e veja se tem como transferi-la para São Paulo o quanto antes. - Pediu Júlia a cunhada. - Se possível queria leva-la ainda sob sedação.
-- Porque isso? - Lígia olhou a cunhada desconfiada.
-- Ela não quer ir embora antes de pôr a Verdiana atrás das grades, então somente sedada para conseguir levar ela para São Paulo.
-- Sendo assim, vou providenciar a transferência. - Lígia deixou o quarto para ir procurar o médico responsável por sua irmã.
Júlia sentou-se no sofá próximo a cama onde estava Laísa. Ficou observando a sua esposa dormindo e pensando no que Veridiana falara.
Seria possível mesmo que Laísa estivesse consumindo drogas propositalmente? Será que Laísa sabia dela e de Veridiana?
Não ela não faria algo assim, Laísa a amava e dera provas disso durante o pior episódio de sua vida.
Cuidaria de Laísa até ela ficar boa, depois se separaria e procuraria Veridiana para se acertar de vez e viver seu amor em toda sua intensidade.
Viu o notebook de Lígia sobre a mesa de refeições do quarto e resolveu mandar um e-mail para Veridiana. Queria lhe explicar o que sentia e o porquê de estar por algum tempo abrindo mão do amor dela.
Pegou o notebook e começou a escrever o e-mail. Abriria seu coração, declararia seu amor a Veridiana
Fim do capítulo
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