Luciana estava sentada em frente ao altar da igreja que estava completamente vazia naquele fim de tarde, o padre Miguel saia da sacristia para verificar como estava o som e afinar os microfones para a celebração que aconteceria a noite e percebeu a presença de Luciana.

Pe. Miguel se aproxima e fala: Luciana, que prazer em vê-la.

Luciana, só então percebeu a presença do sacerdote, estava muito concentrada: Oh padre. Desculpe-me não o vi. Como está? A benção (Beijou a mão do sacerdote)

Pe. Miguel responde: Muito bem filha, Deus te abençoe. Quem não me parece nada bem é você, o que te aflige?

Luciana tenta manter o equilíbrio: Tanta coisa padre Miguel. (A lagrima rolou solta de sua face)

Pe. Miguel pergunta preocupado: Quer desabafar Luciana. É muito bom vir à casa de Deus buscar consolo, se quiser falar comigo.

Luciana responde: Nem sei como irá reagir, prefiro me confessar, o senhor tem tempo para me ouvir?

Pe. Miguel responde solicito: Claro Luciana, vamos a meu escritório, acho que nesse caso vai ser melhor que no confessionário, me parece que você precisa conversar. (Ambos seguem em direção à casa paroquial e adentram ao escritório do padre, após uma breve oração disse). Pode falar Luciana.

Luciana respira, e após um breve silencio fala: Pe. Eu estou passando por uma fase muito difícil desde a separação com o Carlos Fernando, o senhor sabe, o que vem me aliviando é o apoio dos meus filhos e o trabalho na ONG. Estive com o Carlos Fernando hoje e me dei conta que não o amo mais.

Pe. Miguel responde: Estiveram juntos hoje então. O que houve nesse encontro que te fez perceber isso? (Perguntou)

Luciana responde: Mais uma decepção esse encontro, ele me fez uma proposta absurda pra ONG, mas ele insinuou que meu serviço lá tem cunho político, que vislumbro um futuro na política. Que ódio sinto às vezes de mim padre, que raiva sinto por ter me enganado por tantos anos.

Pe. Miguel pergunta objetivo: Por que falou que já não o ama, o que te fez ter certeza?

Luciana: Isso já não lhe parece suficiente? (Calou-se, respirou fundo tomando coragem e por fim falou) Padre, eu fiz uma loucura e foi tão bom (Derramou algumas lágrimas, ao mesmo tempo em que seus olhos faiscaram pela boa lembrança). Eu sei que é errado, mas foi bom... Eu simplesmente não consigo esquecer!

Pe. pergunta: O que você fez Luciana?

Miguel responde: Eu... Não sei se quer como falar disso. (Realmente não sabia como contar, após uma breve pausa prosseguiu) Minha filha chegou da capital com uma amiga, uma garota linda, da idade dela, eu não sei como, não sei por que, foi algo que eu não imaginava que eu não esperava acontecer... Nós nos beijamos padre. Foi mais que um simples beijo, foi intenso de mais, foi forte demais, eu sentia todo meu corpo responder de uma forma que eu jamais esperava... (Falava nervosa, aflita e ao mesmo tempo emocionada)

Padre Miguel, após refletir as palavras de Luciana: Você já tinha tido essa experiência antes? (Ela nega com um manear de cabeça). Foi seduzida, ou forçada por algum artificio?

Luciana: Não! Foi muito natural o primeiro, depois antes de ir embora ela me procurou e eu também quis... Eu cheguei a querer mais do que beijos, mas não consegui ir além.

Pe. Miguel Responde: é uma questão difícil, você sabe que é condenável ante os olhos da igreja Luciana, mas eu não te julgo, o próprio papa disse que não temos essa autoridade. Mas o que a igreja condena mesmo é a promiscuidade que é praticada através do sex*, não importa se com heterossexuais ou homossexuais. Te aconselho a refletir sobre teus sentimentos, eu não sou a melhor pessoa para isso talvez, mas lembre-se que acima de tudo o amor do Pai por nós está além de tudo. Mas te aconselho a não enveredar por caminhos que vão de encontro ao que você acredita. Não se permita entregar-se ao descaminho, seja feliz desde que isso não te seja motivo de vergonha, tudo que envolve amor, não envergonha, mas o que é feito pelo simples fato de atingir o prazer tem um preço caro, nos massacra e deixa um vazio sem precedentes. (O padre ouviu todo relato de Luciana como aconteceu todo envolvimento com Amanda e depois das palavras do padre, que era um ser iluminado, Luciana saiu de lá mais leve).

Juliana e Vanessa estavam terminando de organizar a cozinha.

Juliana fala: Você não precisava ter me ajudado Vanessa, já fez muito em organizar nosso almoço.

Vanessa fala inocente: Para você ver que não sou tão criança quanto pareço.

Juliana fala rindo: Não, é uma mocinha né? (Vanessa atirou o pano de prato nela, que continuava rindo)

Vanessa fala: Ah... Sou muito esforçada viu! Não costumo desistir das coisas.

Juliana fica séria e fala: Acho melhor você desistir dessa vez. Não dar pra gente Vanessa, você e eu é algo inconcebível, entenda isso. Na teoria é lindo, mas na prática a realidade é bem diferente, aceite.

Vanessa responde: Não posso aceitar e menos ainda entender. O único que me importa é saber que gosto de você e que a gente devia tentar Ju. (Queria tanto pode mostrar aquela mulher que o mais importante era estar com ela, mas iam muitas questões na cabeça de Juliana)

Juliana tenta convence-la: Desista disso Vanessa. Você vai acabar me complicando, entenda que não dar.  Der tempo ao tempo, você vai ver que isso passa, você vai gostar de outra garota, que combine mais com seu perfil e que vai poder te fazer feliz, eu não sou essa pessoa, você vai ter que entender isso. Agora é melhor você ir, seus pais devem estar preocupados, já tá anoitecendo, você ficou tempo de mais aqui.

Vanessa responde: Você me despreza, mas eu não vou desistir, eu sei que tudo pode ser diferente, é só você querer. (Antes de sair, deu um selinho nos lábios de Juliana, que a deteve quando quis tomar sua boca num beijo mais profundo.)

Juliana a advertiu: E não esqueça o professora e o senhora Vanessa.

Vanessa disse em certo tom de agressividade: Tudo bem, pois só saiu da sua casa depois de um beijo da senhora, professora.

Juliana exclamou indignada: Atrevida! Porque não entende que não posso, que não podemos, é errado isso (Não pôde continuar, pois teve sua boca assaltada por lábios afoitos que a dominaram, Vanessa beijou com todo ardor que pode impor, sugava a língua de Juliana sentindo-se a mais feliz por sentir aquela sensação, Juliana apesar de saber ser errado sentia-se tomada por um desejo que não conseguia controlar, ao fim de alguns minutos afastaram-se sem ar. Juliana ainda respirava apressada, como controlar aquelas ondas de calor que invadiam seu corpo, pediu que Vanessa atendesse a sua ordem antes do beijo, porque se ela pedisse de novo sabia que não conseguiria resistir).

Vanessa disse: Sua boca é a melhor professora e os beijos da senhora são mais gostosos do que qualquer chocolate que eu já provei. (Riu de sua infantilidade e saiu, Juliana após vê-la longe só conseguiu sorrir com as mãos nos lábios e pensar - Os seus também garota – A aflição lhe corroía o peito na mesma medida que aquele sentimento surgia)

As 21hrs em ponto Diego chegou à cobertura de Amanda, após espera-la por alguns minutos, ambos foram em direção à festa na casa dos amigos da faculdade. Jovens inconsequentes como eles, que se aproveitavam da ausência dos pais para beber, se drogar e praticar orgias, sex* e afins. O local estava cheio, passava das 22h30min e muitas já estavam bêbados, ou sob efeito de drogas. Amanda sentia-se fora de lugar, uma sensação de que aquele lugar não era pra ela, pensou em Luciana e jamais a levaria ali, e pensou que preferia mil vezes as formas de diversão que ela lhe oferecesse do que aquilo, simplesmente porque estar na companhia dela bastava. Diego percebia o quanto incomodada Amanda estava.

Diego pergunta: Tá tudo bem gata? Você parece que não tá na vibe (Diego já havia ingerido uma boa dose de bebida alcoólica misturada com substancias entorpecente) Quer que eu chame alguma garota pra uma farrinha? (Pensou em Beatriz na hora e da proposta que lhe fez e também no intuito de animar Amanda, já que ela só trans*va com ele com algum entusiasmo quando havia uma garota no meio, o que ele nunca entendeu é que o entusiasmo nunca foi por ele)

Aquela ideia soou um horror para Amanda, estar com Diego e mais alguém numa cama pareceu-lhe simplesmente horrível, e pensar que isso sempre fora rotina em sua vida, balada, drogas e sex* praticado com vários parceiros e parceiras ao mesmo tempo, as percebeu que só queria uma na cama, só queria Luciana, já havia recusado várias garotas só naquela noite, por mais bonitas e interessantes que fossem não chegavam aos pés de Luciana.

Amanda falou o que queria ter dito desde o começo: Eu quero ir embora Diego. Se quiser fica, eu não tô no clima. (Diego a segurou)

Diego fala tentando convencê-la: Calminha aí amor, espera, vem comigo (A puxou e saíram entre aquelas pessoas, chegaram até um dos quartos da casa e Diego encostou a porta). Sei que você tá meio agitada e tal, mas tenta relaxar, curtir. Não tô te reconhecendo amor. (Amanda gostava de Diego, ele não era como os outros, apesar de não gostar dele como homem considerava muito a amizade, mas se tinha algo que nenhuma de suas campainhas era é ser honesta, a exceção era Ana Júlia) Toma um pouco de água pra dar uma acalmada (Diego "batizou" a agua com uma substancia antes de entregar a Amanda, ela tomou todo conteúdo)

Amanda fala: Diego eu gosto de você, de verdade, tá me ajudado com meu velhinho, nessa de fingir ser meu namorado, mas cara, eu não quero que você pense que eu tô afim, por que na verdade não! Tô sendo “mô” sincera contigo, só quero sua amizade (Ao olhar em direção a ele percebeu que não estava se sentindo bem, quis levantar e quase caiu, Diego a segurou e a colocou na cama)

Diego diz: Calma aí amor, tudo bem, a gente só vai se divertir, um dia de cada vez, vamos curtir essa onda gostosa. (Deitou Amanda na cama, que estava um pouco grogue e sentou em cima dela, retirando a blusa)

Amanda falava: Ei cara que tá fazendo? Nãoo, eu não quero! (Não tinha forças para sair, ou fazer qualquer movimento brusco) Diego, qual é cara? Sai! Me deixa (Lagrimas vertiam molhando seu rosto, aquilo não comovia Diego que também estava sob efeito de drogas. Diego ch*pava os seios de Amanda, logo quando os descobriu. Não se concentrou ali e desceu com a mão para desabotoar o short que ela vestia, passou os dedos afastando a calcinha e percebeu o quanto ela estava "seca", Amanda não queria e implorava para que Diego saísse de cima dela, ele introduziu dois de seus dedos na intimidade dela e já fazia movimentos, arriou um pouco as calças, quando estava prestes a penetra-la a porta do quarto foi aberta)...

Fim do capítulo