Márcia chegou ao prédio onde Andressa morava e perguntou ao porteiro se ela estava em casa. O rapaz respondera que não havia visto a capitã chegar e que provavelmente ela deveria estar trabalhando.  A major ficou preocupada e resolveu ligar para o celular de Andressa, e esse somente dava caixa postal.

-- Não sei por que tem essa merd* de celular. Só dá caixa postal, reclamou com a major Monteiro.

-- Calma Márcia vai ver que ela está em algum lugar em que o sinal não funciona.

-- Me diz uma coisa Cláudia, porque esse maldito está sempre atrapalhando a minha vida? Ele já me tirou a Celina e agora vai tirar a Andressa e isso eu não vou permitir em hipótese alguma!

-- Você tem o número do telefone da casa da sua sogra?

-- Sim, tenho, respondeu.

-- Então liga para lá sua pamonha, ou quer que eu ligue e fale com ela?

Márcia pegou o telefone e ligou para a casa da sogra. Ela mesma atendeu.

-- Alô quem fala? Perguntou a mãe de Andressa.

-- Bom dia dona Severina, sou eu a major Mantovanni, a Andressa está?

-- Sim Márcia, ela está. Mas o que aconteceu? Ela chegou toda chorosa aqui em casa e se trancou no quarto.

-- Eu sei o que aconteceu dona Severina e eu preciso falar com ela, posso ir até ai?

-- Sim Márcia, venha e converse com ela. Na realidade ela me contou o que aconteceu e depois se trancou no quarto.

-- Eu estou indo minha sogra, não deixe que ela saia daí. A Andressa precisa entender que a minha diferença é com o major e não com vocês. Ajude-me dona Severina.

-- Tenha calma minha filha, ela te ouvirá. Mas antes eu conversarei com ela.

Depois de conversar com a sogra Márcia e Cláudia se dirigiram até a casa da mãe de Andressa. Chegando lá dona Severina às recebeu e pediu que Márcia aguardasse um pouco que ela já iria descer.

Quando a major viu Andressa, um sorriso carinhoso surgiu em seus lábios. Márcia caminhou em direção a ela e a abraçou fortemente e disse:

-- Minha querida, porque você saiu daquele jeito?

-- Ai amor eu não pude acreditar que aquele crápula fez aquilo com a Celina.

-- Nem eu minha linda, nem eu. Mas precisamos conversar e tem de ser agora.

-- Sim Márcia, vamos até a biblioteca, disse apontando o caminho.

Ao chegarem Márcia começou a conversa.

-- Andressa minha linda e adorável subcomandante da cavalaria, eu quero deixar claro de uma vez por todas que a minha diferença é com o seu pai. Você não tem culpa e muito menos a sua mãe e o seu irmão de terem aquele traste como pai e no caso da sua mãe como marido. Eu amo você Andressa e isso é verdadeiro e nada nesse mundo vai me separar de você. O seu pai me tirou a Celina, mas não vai te tirar de mim, então pare de achar que eu vou descontar o meu ódio em vocês. E eu vim aqui te buscar para irmos embora para a minha casa, isso é, se você quiser.

-- Amor é tudo o que eu mais quero é estar ao seu lado e ajudá-la a lutar contra meu pai.

-- Então querida, você vem comigo para a minha casa?

-- Sim Márcia meu amor eu vou, aguarde só um minuto.

Logo depois Andressa voltou na sala e a major estava conversando com a sogra e com a major Monteiro. Foi quando a capitã disse:

-- Amor estou pronta, vamos?

-- Sim minha linda, vamos que a noite nos espera.

Despediram-se de dona Severina e de André Jr que já estava em casa e saíram em direção à casa da major. Márcia deixou Cláudia e foi para a sua juntamente com Andressa. Ao chegarem, a major telefonou para o regimento e disse que só retornaria na manhã seguinte. Depois de resolver alguns assuntos, Márcia disse:

-- Andressa obrigada por voltar comigo, eu estava preocupada que você não voltasse. Cheguei até pensar que você havia ido ver o seu pai e fiquei com medo de algo te acontecer.

-- Eu sei amor, mas, fique tranquila, eu jamais iria ao covil daquele traste sozinha. Não se preocupe.

Após obter essa resposta, a major tomou Andressa nos braços e com um beijo longo e apaixonado, Márcia e Andressa se amaram até chegarem à exaustão total. O desejo era tão intenso que uma parecia competir com a outra em matéria de dar e receber prazer. Dormiram abraçadas até o dia amanhecer.

Fim do capítulo