Capítulo 12
Maria Luiza seguiu para o quarto deixando os três na sala.
-- O que você quer falar comigo?
--Não quero ficar brigado com você, a gente tem uma amizade de anos, não vamos acabar por bobagens.
--Você me disse coisas absurdas, e agora quer que fique tudo bem?
--Me perdoe pelo jeito que falei, mas vamos combinar que não disse nenhuma mentira, eu só quero me responda e seja verdadeira, com ela é diferente?
Fernanda nem precisava pensar pra responder-completamente!
-- Se você fizer a minha amiga sofrer, eu juro que vou arrancar esses fios negros do seu cabelo um a um, entendeu? - Cicília falou seria.
--O que ela fez no hospital?
--Desculpa mas isso só ela pode te contar, o que eu posso te dizer é que ela está em uma fase da vida que precisa de alguém pra estar junto a ela, e se você não é esse alguém, o tempo certo pra ir embora é esse.
Fernanda não queria continuar aquela conversa, estava cansada de tantas charadas, foi direto para o quarto, queria falar com Luiza antes dela dormir.
--Malu! você está bem?
--Estou sim, deita um pouquinho comigo. Fernanda se deitou e Luiza se aconchegou em seus braços.
-- Eu vou viajar e só volto em um mês.
-- Quando você vai? - Luiza encheu os olhos de lagrimas.
-- Na terça feira.
-- Está bem,- a voz de Luiza quase não saia.
Fernanda deu um beijo na cabeça de Luiza e a apertou em seus braços ela não queria ir, mas sabia das suas obrigações com a empresa, e além do mais tinha que pensar no que estava sentindo em relação a Luiza, tudo era novo, e ela não sabia definir aquele sentimento.
Segundo Gabriel aquele era o momento certo para ela ir embora, o que ele queria dizer com isso? O que estava acontecendo com Luiza? Ela não queria ir embora, estava viajando a negócios, não fugindo, não dessa vez.
As duas se uniram em um beijo cheio de delicadeza e sentimentos, era como se estivessem se declarando, ou se despedindo, não sabiam diferenciar. Após um tempo Acabaram dormindo juntas, como todo casal apaixonado, de conchinha abraçadas.
Assim que o dia clareou Fernanda acordou, deu um beijo em Malu e foi embora, ela tinha que passar em casa pra tomar um banho e seguir para a construtora, teria muito trabalho durante o dia.
O dia foi corrido, quando parou para comer já era quase três da tarde, mal conseguiu comer, e já teve que voltar ao trabalho, passou o dia inteiro sem tempo pra falar com Luiza, e só tinha mandado algumas poucas mensagens durante o dia, já estava morrendo de saudades da sua morena, agradecia ter tanto trabalho, assim o tempo passava rápido e quando ela percebeu já estava quase no fim do expediente.
Saiu e foi direto pra casa arrumar suas malas e tomar um banho pra ir se despedir de Luiza, deixando quase tudo organizado seguiu para a casa da moça.
Quem a recebeu na porta foi a própria que se jogou nos braços da empresaria assim que a abriu. Ficaram ali se beijando por alguns minutos, demonstrando toda saudades que tinham sentido durante o dia.
-- Que cheiro bom.
--Eu fiz um cozido baiano pra você.
--Achei que a senhorita estivesse de repouso, e até onde eu sei isso significa ficar na cama ou sentadinha, não fazendo comida.
--Eu estou entediada, Cecilia foi dormir na casa do Gabriel, eu não aguentava mais ficar olhando para as paredes.
--E você ficou sozinha?
--Eu falei que você vinha, e eu estou de repouso não doente. Vem vamos comer.
Fernanda percebeu que tinha ganhado um vote de confiança do casal.
A mesa estava posta com dois lugares, a comida tinha um cheiro e um sabor delicioso, elas se deliciaram com a comida e com o papo. Depois de um tempo foram para o quarto, Luiza foi até o banheiro encheu a banheira com agua bem quente, usou alguns sais de banho e colocou algumas velas.
--Vem tomar um banho comigo- Luiza falava de um jeito doce, que encantava Fernanda.
As duas entraram na banheira, elas se beijavam o tempo inteiro, mas os beijos eram carinhosos e não sexuais, elas queria eternizar aquele momento, estavam tão entregues uma a outra. Luiza não se sentiu assim antes com nenhuma mulher, nem com a Rafaela.
--Espera,- tirou seus lábios dos lábios da empresaria, interrompendo um beijo, saiu da banheira e voltou com o seu celular na mão.
--Quero que você lembre de me lá,- Luiza a beijou e enquanto fazia isso tirou uma foto. - pronto agora vai se lembrar - ela dizia enviando a imagem para Nanda.
-- E tem como esquecer? Você não sai da minha cabeça desde que te vi no aeroporto, se eu acreditasse nessas coisas de destino teria certeza que você estava predestinada a mim
--Vai ver estava mesmo, dia no aeroporto?
--Longa história, um dia te conto! Eu Odiava passar mais de uma semana aqui no Brasil, e agora eu simplesmente não quero ir- Fernanda puxou Luiza mais pra perto, tirou alguns fios de cabelo que estavam sobre o ombro dela e colocou o queixo sobre ele-não quero te deixar.
-- Então não deixa, volta logo pra mim. - ela se virou com um sorriso que quase parou o coração de Nanda, que não se conteve e mais uma vez lhe deu um beijo apaixonado.
--A água já está ficando fria, acho melhor a gente ir pra cama- Nanda estava com um sorriso safado no rosto.
Tocava uma play liste com músicas românticas, a única claridade do quarto vinha das velas que foram levadas do banheiro para uma mesinha no quarto, elas se beijavam e se tocavam com muito carinho.
Nanda sempre tomava as rédeas das suas trans*s, odiava fazer papel de "passiva", era o tipo de mulher que estava satisfeita em saber que a parceira do momento estava tendo orgasmos, raramente deixava alguma lhe tocar, quando estava com muita vontade optava por posições que satisfizesse ambas ao mesmo tempo, e ela nem se lembrava de algum dia ter deixado alguém conduzi-la na cama.
Manu estava por cima, e beijava Fernanda com todo calma que o momento exigia, quando ela desceu e colocou a boca nos seios de Nanda, ouviu ela gem*r e seus mamilos se enrijecerem, ainda com tranquilidade continuou fazendo movimentos com a ponta da língua, até que resolveu descer mais um pouco, foi beijando e acariciando todo o seu corpo, deixando-a completamente arrepiada.
Só se ouvia estalos dos beijos, e gemidos muito baixos, a música rolava e um volume agradável, naquele instante só caberia ali três palavras, na verdade seis já que as duas sentiam a mesma coisa, mas ainda era cedo para elas serem ditas, pensavam ao mesmo tempo que a outra se assustaria com a frase, e optaram pelo silencio.
Como se a cada toque, cada beijo, cada olhar estivessem dizendo que estavam entregues uma a outra, e que mesmo não tendo tanto tempo de relação já se amavam.
Passaram quase a noite inteira se amando, estavam explodindo de tesão e seus corpos já imploravam por um orgasmo, Nanda sabia que nunca tinha ficado tão molhada assim em uma trans*, e nem tinha aguentado tanto tempo em preliminares, na verdade ela estava daquele jeito, porque era primeira vez que ela não trans*va, dessa vez era diferente, ela estava fazendo amor.
Fernanda não aguentava mais, precisava sentir Luiza, quando tentou trocar a posição foi impedida pela morena.
--Eu quero que seja especial para as duas, que seja ao mesmo tempo- deita - Luiza disse com uma voz sexy e dengosa ao mesmo tempo.
Nanda se deixou guiar pela morena, ela se deitou de lado, bem próxima ao corpo dela, elas estavam quase em uma meia conchinha, Luiza pegou uma das mãos de Fernanda e colocou na sua virilha, não colocou diretamente no clit*ris, Nanda teria que descobrir o caminho sozinha, passou o braço por baixo do de Nanda e foi direto ao sex* da empresaria.
Maria Luiza se derreteu mais um pouco quando sentiu quão úmida estava Fernanda. Nanda já estava bem localizada, e com muita sede, começou a movimentar os dedos, seguida por Luiza, elas estavam em uma total sincronia, os movimentos eram ritmados, oscilando entre o rápido e o lento, pouco tempo depois seus corpos precisavam de trégua mesmo seus corações implorando pra permanecerem ali.
Se desmancharam em um orgasmo nunca antes sentido por nenhuma das duas. Luiza se virou e abraçou Fernanda. A noite estava completa, não precisava de vários orgasmos, aquele valeu por toda uma vida.
Luiza estava guardando aquele momento, para sempre se lembrar daquela mulher que a fez tão feliz em tão pouco tempo, sentia que seria a única vez que se entregara tanto a alguém, a algumas horas Fernanda teria ido embora, quando ela voltasse, se ela voltasse, seria tudo diferente.
Fernanda abraçava Luiza, queria dizer tanta coisa mas nada lhe saia da boca, "eu estou aqui, eu não vou te deixar, eu volto, eu volto para os seus braços meu amor, só confia em mim" - era o que seu coração dizia.
Perdida em seus pensamentos Nanda observava Luiza que estava linda dormindo ao seu lado se aconchegou na morena e nos braços uma da outra com seus corpos colados dormiram um sono tranquilo.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Srta Petrova
Em: 17/11/2015
Perfeitinhas essas duas.....adorando.
Beijos.
[Faça o login para poder comentar]
Mille
Em: 17/11/2015
E tão mágico esse encontro delas, espero ansiosa para retornar de onde parou. E autora de fazer nossa morena perder os etezinhos. Para redimir o castigo da Nanda pois ela já criou um laço de amor pelos filhos da morena.
Bjus
Resposta do autor:
Estamos chegando lá! Muita coisa ainda vai acontecer!
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]