Capítulo 12 - Meu mundo pela sua boca...
No dia seguinte Luciana levantou cedinho, na verdade mal dormiu, não entendeu o que aquele beijo significou melhor esquecer, mas não o pode. Sabia que Amanda e o pai partiriam para Principado às dez da manhã e o melhor era não encontrar aquela garota. Mas ao chegar à cozinha deparou-se com Otávio.
Luciana recuperando-se do susto que tomou ao vê-lo: Otávio? Nossa que surpresa, já de pé tão cedo...
Otávio responde: Acordei cedo para dar uma caminhada aqui em frente, essa praça é muito bonita, sabe Luciana me dei conta que realmente devo me aposentar e vir morar em uma cidade assim como Porto Novo.
Luciana Gentil como sempre: Porto Novo teria um imenso prazer em recebê-lo pode ter certeza...
Otávio fala risonho: Não fale isso que eu acredito e acabo vindo mesmo (Ambos riem, mas mesmo assim Luciana permanecia tensa, sabia que devia encarar aquele beijo como um acidente, algo que ignoraria, mas mesmo assim era melhor evitar Amanda.)
Otávio percebendo sua angustia: Desculpa Luciana pela minha intromissão, pode ser exagero, afinal te conheço a pouco, mas algo te aflige, ou é só impressão?
Luciana diz: Não Otávio (Quis disfarçar ao perceber quão perspicaz o homem era). Na verdade, deve ser ainda a tensão pela amostra ontem, eu passei esses dias muito agitada e ainda devo estar sentido a energia...
Otávio fala compreensivo: Entendo (Acabou acreditando na desculpa)
Luciana fala procurando as palavras: Otávio, eu ia amar ficar com vocês até a hora que vocês vão a Principado, mas infelizmente alguns imprevistos na ONG exigem minha presença, espero que entenda e me desculpe...
Otávio fala compreensivo: Claro, Luciana te entendo. Tudo bem, sem problemas...
Luciana: Quero dizer que foi um prazer recebê-lo e claro a sua filha também, (Ficou nervosa ao lembrar-se dela, lembrou daquele beijo, daquela língua que percorreu cada canto de sua boca, daquela vontade, aquele desejo que sentiu imergir da garota, e se condenou de imediato, tentou abstrair e prosseguir) voltem sempre que quiserem que as portas desta casa estarão sempre abertas pra vocês. De verdade gostei muito, e lamento por não ficarem mais.
Otávio fala agradecido e feliz pelas palavras da mulher: Oh Luciana, eu que te agradeço pela hospitalidade e amabilidade que teve conosco até aqui, e nos aguarde, a qualquer momento prometo que volto. Aliás vou ficar no pé da Amanda pra que venha sempre... (Luciana tremeu na base, procurou disfarçar dando um sorriso, ambos se abraçaram e Luciana saiu. Preferiu não ir de carro, ia fazer o caminho a pé e aproveitava pra respirar ar puro e pensar - Acho que a Lorena tem razão, eu devo mesmo é arrumar um namorado, sei lá, trans*r que seja! - Deu um suspiro e riu sem gosto de si própria. Luciana sempre havia sido mulher de um homem só. O único a quem conseguiu se entregar foi ao marido. E depois do fim do casamento se quer pensava em namoros, mas percebeu que seu corpo estava com uma necessidade de sex*, no fundo devia ser isso, sex*! Se bem que nunca foi dada a esses rompantes sexuais, vai ver eram coisas da meia idade, será? Seguiu o pequeno percurso de 10 minutos até a ONG submergida em seus pensamentos)
Amanda chegava a cozinha da casa, lá encontrou seu pai.
Otávio surpreende-se ao vê-la: Amanda? Caiu da cama filha? (Riu e recebeu um beijo na testa)
Amanda pensou - Se quer dormi pai - Mas apenas disse: Ah pai, deixa de onda. (Sentou). Pelo visto somos os únicos a acordar cedo né? (Falou aquilo, mas quem interessava mesmo era Luciana)
Otávio responde: Parece que sim, mas também vamos sair as 10, é bom que nos preparamos melhor. Ah, mas a Luciana já foi para ONG, deixou um beijo e disse que não poderá estar aqui quando saírmos. (Tomou um gole do café)
Amanda fala surpresa e decepcionada: Mas já? Sem se despedir de mim? (Frustrou-se, que diabos era aquilo, foi só um beijo, e como um beijo podia abala-la tanto, talvez fosse os dias sem sex* e desejou muito aquela mulher, mas porque aquela sensação esquisita de que só sex* não resolveria.)
Otávio responde ignorando o desapontamento que Amanda demonstrou: Filha são as situações da ONG, acontece né?
Amanda olha para o relógio no pulso do pai: Não são nem 8 horas ainda. Pessoal começa cedo aqui hein...
Otávio fala: Vida em cidade pequena meu amor. Sabe o que eu falei com a Luciana que pretendo me mudar para uma cidade assim interiorana quando me aposentar, sei que você não gosta muito, mas podíamos tentar né? O que você acha?
Amanda reponde aérea: Quem sabe pai. Nós saímos as 10 horas né? Eu preciso ir...
Otávio pergunta estranhando aquele comportamento: Como assim Amanda? Pra onde você vai?
Amanda diz tentando parecer natural: Ah pai só dar uma volta, eu vou estar aqui antes das 10 pode ficar tranquilo. (Beijou a testa do pai e voltou a sair. Andou apressada pelas ruas sentindo-se atordoada por um sentimento que não conhecia, perguntou a alguém onde se localizava a ONG e foi facílimo encontrar. Ao entrar na ONG Amanda ficou maravilhada com a estrutura que viu, admirou ainda mais aquela mulher que a havia encantado, precisava ao menos ter uma conversa com ela, sobre o que? Nem sabia o beijo o que teria significado pra ela? Talvez nada, ela sequer era entendida, era mãe de sua melhor amiga, tinha o dobro da sua idade, mas ela estava se lixando pra aquilo, mas e a outra? Eram muitos preconceitos de uma só vez e a grande verdade é que muito poucas pessoas enxergam além deles.)
Foi retirada de seus pensamentos pela voz de Júlio: Olá! Bom dia... Posso ajudar?
Amanda responde: Oh sim, bom dia. Eu gostaria de fala com a Luciana.
Júlio responde: Hum (Lembrou-se que Luciana os havia apresentado, Amanda não lembrou) será que você poderia vir mais tarde, dona Luciana está repousando na sala dela chegou com um desconforto na cabeça...
Amanda responde grossa: Eu não tenho esse tempo, onde é a sala dela?
Júlio fala: Sinto muito, mas não é assim.
Amanda tenta se controlar: Eu conheço a Luciana (Procura ler o nome dele no crachá de identificação que usava). Eu a conheço Júlio, eu tô indo embora de Porto Novo daqui a pouco e preciso muito falar com ela, por favor, por favor, eu prometo que serei breve você sabe que eu tô hospedada lá na casa dela né? Ela saiu muito cedo... (Júlio acabou cedendo e permitindo que ela entrasse)
Lorena acordava mais uma noite na cama de Suzana... Com aquela preguiça boa, estava cada vez mais envolvida com aquela mulher, ainda sorriu ao constatar que era uma mulher, mas isso não a importava.
Suzana reclama ao vê-la levantando: Hum... Ah não minha gata, não sai, tá cedo ainda.
Lorena a sentiu mordiscar suas costas: Ah não faz assim que eu não saiu mesmo hein...
Suzana diz dengosa: Tá cedo ainda amor, fica!
Lorena sorri: O que eu ganho se ficar?
Suzana fala de forma sensual: Muitas coisas... (Se aproxima, morde, suga o pescoço dela, baixa pelos ombros o colo). Fala o que você quer, eu obedeço.
Lorena gem* arfando: Ah... Nossaa! Se continuar assim eu não vou mesmo viu (Gem*u ao sentir a língua e os dentes de Suzana circulando seus seios). Posso pedir o que eu quiser é?
Suzana fala: Tudo que você quiser, manda! (Lorena ainda estava se acostumando aquela nova forma de fazer sex*, havia coisas que tinha curiosidade, mas ainda não havia trocado nada com a parceira e queria que fosse mesmo aos poucos. Percebeu o silencio dela, e perguntou de novo). Minha delicia, fala, sem medos, eu quero o que você quiser!
Lorena fala ao sentir aquela língua a engolindo, tomando-a, que fome Suzana sentia daquela mulher, Lorena enfim diz: Querooo... Ahh Su, oohh!!
Suzana pergunta ainda concentrada nos seios da outra: Quer??
Lorena continua: Querooo.... Quero sentar... No seu rosto, eu vi uma vez Ahhh... Num filme! Humm... queroo (Suzana não se deu ao trabalho de responder, jogou-se na cama trazendo Lorena consigo a deixando por cima. Levada pelo desejo, pela curiosidade, vontade de sentir tudo, Lorena ergueu-se e sentou no rosto da outra fazendo movimentos que ajudavam na cadencia da língua da outra, que fazia um "trabalho" maravilhoso, com certeza que Lorena não esqueceria, estava sentindo-se em outra galáxia e não foi difícil chegar o ápice daquele momento.)
Luciana estava sentada confortavelmente na poltrona de sua sala, quando viu a porta se abrir e ser fechada muito rápido, quando viu Amanda a sua frente sua surpresa foi ainda maior.
Luciana disse: Amanda!
Amanda fala: Eu tinha entendido que nós íamos conversar hoje, mas aí você fugiu...
Luciana responde: Eu não fugi (Fica confusa). Apenas... Apenas precisei vir a ONG para
Amanda não permite que ela termine: Só me responde uma coisa: Foi ruim? (Luciana fica estática a encarando). Tão ruim assim que eu não mereço nem uma conversa? (Amanda lembrou-se das inúmeras vezes que foi as forras com tantas mulheres e simplesmente as ignorou no dia seguinte, ela agora que era a vítima daquilo, não chegou tão longe com Luciana, mas aquilo não diminuía sua dor). Responde! Ou nem isso eu mereço?
Luciana tentava encontrar as melhores palavras: Amanda... Amanda eu não sei, de verdade eu não sei o que falar. (Calou-se). Foi um momento, algo que não significou
Amanda sabia que seria assim, mas ouvir doeu muito mais do que imaginava: Não significou nada, é isso que você ia dizer?
Luciana ver a decepção, tristeza nos olhos da garota: Eu nunca estive numa situação dessas Amanda. Nunca! Por Deus, você é só uma criança... (Desesperava-se por não conseguir explicar, ou conter suas emoções, dúvidas e angustias).
Amanda sorri sarcástica: Criança? Se tem uma coisa que eu não sou é criança Luciana!
Luciana fala: Eu sou muito mais velha que você, além do mais você é amiga da minha filha, você é mulher e eu nunca estive com uma.
Amanda volta insistir: Foi ruim? Responde-me? Foi ruim? (Luciana não consegue responder, se virou dando as costas a Amanda, que se aproximou sem, no entanto, tocá-la). Foi loucura minha, ou te senti vibrar em meus braços? (Não resistiu e cheirou os cabelos dela, afastou-os um pouco do pescoço e aspirou o perfume da mulher, Luciana sentiu seus pelos eriçarem, e Amanda quis sentir o gosto, passou a língua no pescoço dela)
Luciana acaba suspirando: Ahh.. (Se afasta percebendo que não era capaz de resistir àquelas ondas de calor que aqueciam todo seu corpo). Não... Não Amanda, por favor! Não pode ser assim. Esquece isso, por favor, eu te peço.
Amanda diz decidida: Só saio quando você me responder...
Luciana fala: Não faz isso comigo Aman (Amanda tomou os lábios de Luciana, que sentia que jamais conseguiria responder o que Amanda queria com palavras, ela não sabia dizer o que sentia, a única forma que encontrou de demonstrar o que sentiu foi correspondendo aquele beijo, aproximando seu corpo do da garota mais jovem e envolvendo-a também com seus braços se deixando conduzir pela menina que parecia tão mulher, tão experiente. Era um beijo quente, sensual, Amanda apertava Luciana que se deixava levar e repetia os movimentos, pareciam que iam se tornar uma de tão grudadas que estavam. Era um beijo urgente, mas ao mesmo tempo intenso, o beijo anterior havia sido o melhor da vida das duas, mas aquele parecia superar. E naquele momento mesmo tomada por dúvidas Luciana só queria sentir e estava nos melhores braços).
Fim do capítulo
Mais um capítulo moças!
Aguardo os comentários..
Bjs e até o próximo!
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Miss_Belle
Em: 12/11/2015
aiiiin que lindo....a Amanda da se descubrindo apaixonadaa!! Muita linda a história!! Amando
Resposta do autor:
Que bom que gostou e está curtindo a estória :) Amanda está realmente se apaixonando!
Bjs!! Até o próximo
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perolams
Em: 12/11/2015
Amanda da sentindo na pele um pouco do que fez com tantas garotas... Luciana bem que tentou resistir, mas pra felicidade das duas Amanda é persistente.
Resposta do autor:
É olhar para trás e ver que não foi nada legal com tantas garotas e se ver tomada por um sentimento maior e temendo a rejeição... Sorte dela que Luciana também gostou, quis!
Vamos ver o que acontece nos próximo capítulos.
Até lá! Bjs
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