Luciana perguntou um pouco surpresa: Amanda? Já voltaram? Tá precisando de alguma coisa? (Amanda permaneceu calada, sem conseguir responder as perguntas de Luciana, se perguntava por que aquilo, ela era sempre tão desenrolada, situação nenhuma a colocava em desalinho, isso se devia exclusivamente a Luciana.) Amanda? Oi você tá ai? (Acenou com a mão próxima ao rosto dela).

Amanda enfim voltando a realidade, respondeu constrangida: Desculpa Luciana, por ter invadido o seu espaço, nossa (Ficou envergonhada e Luciana aproximou-se um pouco mais)

Luciana sorriu e diz: Ei calma menina, tá tudo bem, você não invadiu nada tá! A festa estava ruim? Voltaram cedo...

Amanda responde com outra pergunta, ainda confusa: Voltaram? Não, só eu que vim, perdeu a graça

Luciana pergunta sem entender: Perdeu a graça?

Amanda pensa: - Perdeu a graça quando você foi embora - mas somente fala: Eu não estava no clima...

Luciana diz: Achei que tivesse entendido você dizer que estava afim de um agito.

Amanda olha intensamente para a boca de Luciana: E como estou (A voz saiu mais rouca do que gostaria, culpa de Luciana, não conseguia resistir àquela mulher, mas não podia, ora, ela era a mãe da sua melhor amiga).

Luciana sentiu um arrepio na nuca, estava louca ou aquela garota falou mirando sua boca? Não claro que não, precisava era dormir, estava tão cansada que começava a ver as coisas, perguntou: Você está precisando de alguma coisa? Eu posso te ajudar?

Amanda se aproximou ainda mais, Luciana estava com uma camisola de seda, acima dos joelhos, tinha alças finas, um singelo decote, aquilo aumentou ainda mais o desejo de Amanda, não entendia o porquê daquilo: Posso te dar um abraço?

Luciana estranhou o pedido, mas assentiu: Claro! (Amanda abraçou Luciana com carinho, mas forte, e sentiu um cheiro que a inebriava, deliciosa, a queria, não tinha mais dúvidas, queria aquela mulher, precisava senti-la, quis deitá-la naquela cama e amá-la. amá-la? Mas como, nunca havia amado ninguém, mas definitivamente tudo que queria com Luciana era diferente, era um desejo diferente, um sentimento diferente, muito forte, muito bom! Quis tantas coisas enquanto se aninhava naqueles braços, ainda por cima se perguntava o que era que Luciana Iria imaginar se soubesse que ela era lésbica. Mais uma questão, Luciana não era qualquer tipo de hétero, ela era a mãe de sua amiga. Enquanto sentia aquele abraço apertado de Amanda, Luciana percebia o quanto a garota trazia o corpo para junto do seu, sentia as mãos dela apertarem sua cintura mais que o necessário, sentiu a respiração forte dela em seu pescoço, parecia que ela aspirava seu perfume, quis, mas não conseguiu se soltar, não saberia explicar, mas estava gostando daquelas sensações, daquele abraço.)

Amanda fala sentindo-se inebriada pelo cheiro da mulher mais velha e tomada pelo desejo: Passaria a noite inteira assim com você, passaria o resto da vida Luciana...

Luciana perguntou: Sentindo falta da sua mãe? (Arrependeu-se no mesmo instante, Amanda saiu de seu abraço, e a olhava triste, decepcionada).

Amanda fala ressentida: Como eu sou boba às vezes! Era perfeita de mais pra ser verdade. (Sussurrou e saiu do quarto sem dizer mais nada, Luciana ficou preocupada, ficou nervosa, não entendeu a reação dela, não entendeu o porquê daquelas palavras seguidas daquela saída intempestiva. Não gostou, não entendeu porque se importou tanto, conhecia aquela menina de quando? De um dia apenas, não sabia nada, o que havia falado errado, afinal? Claro, não ia conseguir dormir com aquilo. Seguiu até o quarto de Amanda e percebeu que ela não estava lá, preocupou-se, andou em todos os cômodos da casa e percebeu que ela não estava em lugar nenhum, saiu até o jardim e percebeu que estava apenas com a camisola e sentia frio, viu a menina sentada na grama próximo a umas roseiras, se aproximou).

Luciana estava abraçada ao próprio corpo com o frio: Amanda! Nossa tá muito frio aqui, você sem nenhum casaco, com essa roupinha de dormir, entra, melhor você ir dormir! (Pediu calma e gentil. Amanda permaneceu calada, mas a olhava intensamente). Eu não sei o que eu fiz, ou falei de errado, que você não gostou que te incomodou, me desculpa de verdade, o que eu menos quero é que uma amiga da minha filha se sinta (Foi interrompida, Amanda estava a poucos centímetros do corpo dela, com o dedo indicador encostado aos seus lábios, tremiam pelo frio ambas, mas sentiam-se queimar por dentro)

Amanda responde: Você vem sendo ótima! Desculpa pela maneira como eu sai... Não sinto saudades da minha mãe e nem quero que você haja como se fosse a minha mãe, é só isso, entendeu? Você com certeza é uma mãe maravilhosa Luciana, mas não quero você pra mim como mãe.

Luciana entende o que ela quer falar: Tudo bem, se era só isso, eu prometo que não falo mais nisso, nem me coloco como se fosse sua mãe... É que por ser amiga da minha filha a gente acaba dividindo o carinho...

Amanda volta a abraçá-la, Luciana sentiu um forte incomodo, na verdade ela não soube ou preferiu não admitir que aquela pressão em seu baixo ventre demonstrasse desejo, Amanda disse: Eu quero o seu carinho, mas não o de mãe... (Ambas tinham praticamente a mesma altura, o que facilitava aquele encaixe, também estavam com roupas que facilitavam o contato ainda maior dos corpos. Acabaram voltando ao quarto de Luciana e juntas admiravam a lua do lounge, elas conversavam e cada palavra dita por Luciana fazia Amanda encantar-se ainda mais. Luciana falou dos projetos da ONG com uma satisfação, um brilho no olhar que Amanda jamais viu, era tão bom ouvi-la, passaria a vida inteira e mais um pouco. Ia embora no dia seguinte ainda pela manhã e já estava com saudades de Luciana, queria permanecer no abraço de Luciana. Queria contemplar aquele sorriso, queria sentir o gosto daqueles lábios, e se a beijasse, qual seria a reação? Precisava sentir aqueles lábios, ia embora no dia seguinte, mas não sem provar daqueles lábios, sabia que colocava muita coisa em jogo, mas a necessidade era muito maior)

Amanda pergunta, depois de permanecer incontáveis minutos olhando-a: Luciana?

Luciana responde: Hum...

Amanda pergunta: E se eu te beijasse?

{...}

Aproximou-se de Luciana a ponto de sentir o calor de sua respiração, pouquíssimos centímetros afastavam suas bocas...

Luciana disse vacilante: Amanda... (Não pode dizer mais nada, teve os lábios capturados pelos da mulher mais jovem, recebeu um beijo calmo, mas quente, ávido, Amanda apertou o corpo de Luciana contra o seu. Ela não correspondia a seu beijo de início, estava assustada com a atitude da menina, mas acabou sentindo-se vencida por aquele abraço e aquela língua que percorria cada recanto de sua boca. Nunca havia antes beijado, ou sido beijada por uma mulher, não conseguia explicar a sensação que a invadia, mas se era bom? Era maravilhoso, intenso, arrebatador, sentia que deixava de pertencer a sua boca e que seu ar estava nos lábios que a beijavam, mas não podia. Era uma mulher, não, era uma menina, era a amiga da própria filha, podia ser sua filha inclusive, parou de corresponder ao beijo afastando-se de Amanda e dando-lhe as costas, a deixando um pouco atordoada, estava em chamas pelo beijo, ao mesmo tempo que a outra sentia-se nas nuvens pelo o melhor beijo de sua vida, o que Luciana tinha afinal que a encantou tanto?)

Amanda fala: Luciana, eu...

Luciana permanece de costas: Depois Amanda, eu preciso descansar um pouco agora.

Amanda tenta de novo: Mas Luciana...

Luciana insiste: Depois, por favor! (Amanda preferiu não insistir, imaginou que Luciana estivesse confusa tentando entender, depois falariam.)

Já estava saindo quando fechou a porta e voltou: E o que merece quem fez a Lady pinico passar aquele vexame?

Luciana a olhou incrédula: Foi você? (Sorriu, sem acreditar) Foi você Amanda? Mas como? Por quê?

Amanda responde: Não ia deixar aquela fulana falar tudo aquilo para você e depois posar de gostosa, ela só teve o que mereceu... (Luciana sorriu, e assim permaneceu, na verdade até quis dar uma gargalhada, mas se conteve) Mas você ainda não disse o que eu mereço...

Luciana fala a olhando, tímida, não teria coragem de repetir aquele beijo, seria pedir de mais, mas queria, e como queria: Obrigada! (Foi tudo que conseguiu dizer, no entanto Amanda avançou em seus lábios e a beijou com loucura, não era um beijo terno, era um beijo de fogo, quente, Luciana pensou que a boca da garota fosse invadi-la, pararam para tomar ar, depois disso Amanda saiu. Sozinha Luciana foi às lágrimas, levou a mão aos lábios, fazia tanto tempo que não recebia um beijo, fazia tanto tempo que não se sentia vibrar, que não sentia vontade, desejo, mas o que estava pensando, não podia, era uma mulher, ou melhor, uma menina, era amiga de sua filha, tinha metade da sua idade, jamais poderia se permitir algo daquele modo, mas havia sido tão bom. Apesar de ter ficado preocupada por Luciana, Amanda estava sentindo-se nas nuvens e perguntando-se como era possível um beijo levava aquilo, foi o melhor de sua vida, mas era só um beijo e a deixou completamente inebriada, queria mais, queria Luciana, queria pra sempre! Sempre? Sim! Pra sempre).

Lady Dayane estava possessa, em seu quarto com Carlos Fernando que estava deitado...

Lady Daayne falava irritada: Ai que ódio, que ódio, que ódio Carlos Fernando, se eu pego o infeliz que fez aquilo com minhas fotos eu trucido, mato, arr (Os olhos estavam vermelhos, qualquer um          que vice, pensaria que ela estava prestes a fumaçar)

Carlos Fernando fala tentando conter a irritação da mulher: Calma meu amor, isso foi algum errinho bobo que você deve ter cometido na edição, não é pra tanto...

Lady diz revoltada: Não é pra tanto? Não é para tanto Carlos Fernando, eu fui posta ao ridículo diante de toda a cidade, mas se eu pego quem fez eu... Que ódio! Que ódio dessa Luciana! (Ainda permaneceu enchendo os ouvidos de Carlos Fernando por muito tempo até que o próprio dormiu e ela seguiu resmungando sozinha, naquela noite ela definitivamente não conseguiria dormir)

Fim do capítulo