A poderosa!
Capítulo 3. Márcia
A major Márcia Mantovanni era também morena, tinha 45 anos e logo chegaria a tenente coronel. Dona de uma beleza tanto por fora como por dentro, tinha os cabelos claros quase grisalhos e olhos azuis acinzentados. Era a terceira filha de uma família de oito irmãos do casal Giuseppe e Carlota.
Entrara na Academia do Barro Branco depois de três anos como soldado. Foi lá que conheceu o grande amor de sua vida Celina Vaz Amorim filha do coronel Vaz Amorim.
Quando terminaram a academia, já estavam noivas e decidiram se casar logo após a formatura. Casaram-se fora do Brasil, pois o casamento por aqui ainda não era permitido para pessoas do mesmo sex*.
Depois voltaram e deram a notícia a todos. O coronel Amorim no começo não gostou nem um pouco da ideia, mas como conhecia Márcia há muito tempo, apoiou a decisão.
Com o tempo amadureceram a ideia de terem um filho, pois, Celina era louca para ser mãe e Márcia sabendo disso apoiou a esposa em tudo o que foi possível. Mesmo quando brigavam tudo se resolvia porque o amor, o carinho e o respeito falavam mais alto.
Foram anos de muito amor, carinho e cumplicidade até que, o destino decidiu por escolha própria separar suas vidas. Numa tarde de outono com muita chuva e frio tudo aconteceu.
A tenente Celina fazia parte da Força Tática e ao fazerem patrulhamento pela região do parque do Ibirapuera, sua guarnição deparou com um assalto a banco. Márcia nessa época já era subcomandante da cavalaria. Ambas haviam combinado de viajarem para Campos do Jordão na mesma noite. Tudo estava preparado para aquele feriado de Páscoa.
Ao tentar impedir o assalto ao banco, começou o tiroteio, os bandidos estavam fortemente armados com armas de grosso calibre e balas de alto poder destrutivo. Foi infelizmente uma dessas que atingiu mortalmente a tenente Celina.
Foram chamados reforços, inclusive uma guarnição da ROTA chegou ao local, pois estava próxima e atendeu ao chamado. O resultado foi de três bandidos mortos e dois policiais gravemente feridos.
A notícia correu em todas as viaturas que estavam em sintonia com o Copom até chegar ao regimento.
O sargento Prado na época era ainda cabo recebeu a notícia do acontecimento. Ficou sem saber o que fazer quando foi informado que um dos policiais feridos era a tenente Celina. Pensou logo na capitã Márcia por quem já tinha grande consideração e estima.
Ligou então imediatamente para o coronel Vaz Amorim e para o comandante do regimento na época, o tenente coronel Giuseppe Mantovanni. Ambos ficaram muito abalados com a notícia.
Giuseppe pensou na filha com carinho, pois de acordo com as informações recebidas, sabia que a nora não sobreviveria. Já tinha visto muito isso em seus anos como policial de rua. Foi então que resolveu ir ao batalhão juntamente com o coronel Vaz Amorim que era pai da tenente.
Fim do capítulo
Que venha Andressa!
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