Isabella

                 O almoço foi simplesmente maravilhoso. Porém, minha cabeça martelava como seria dormir hoje sem ela. Estava na dúvida se deveria ou não convida-la para dormir na minha casa hoje, no fim acabei perguntando, fiquei imensamente feliz quando ela disse que queria dormi todas as noites ao meu lado. Estávamos namorando dentro do carro, até que percebi que não poderíamos fazer isso ali.

                 Eu precisava conversar com Siqueira sobre a nota de esclarecimento, ainda não havia falado com ele sobre isso. Bati na porta de sua sala, já que a secretária não se encontrava.

- Pode entrar. Olá Dra. sente-se. – ele parecia nervoso.

- Dr. a visita é rápida queria apenas saber se leu o e-mail que lhe mandei.

- Claro, realmente essa Maísa tem o dom da palavra, não mudaria nada do que ela escreveu ali.

- Ela é realmente competente, bom era apenas isso.

- Isabella, espere, queria explicar o que você viu na noite passada. – falou constrangido.

- Siqueira você não precisa explicar nada, fico feliz por você e também pela Suse. Não precisa se preocupar com nada.

- Obrigada, também torço muito por você e Larissa.

                 O homem apertou minha mão, fui para minha sala. Recebi uma mensagem estranha de um número desconhecido.

Sua vadia, você e aquele velho irão pagar caro.

                 Nem dei importância, afinal não era a primeira vez que Siqueira e eu recebíamos ameaças. Bloqueei o número e voltei ao trabalho. Já era quase noite quando Benjamim bateu na minha porta.

- Nossa, pensei que tinha sumido de vez, pessoa ingrata, a gente ajuda a preparar o pedido e ele nem para contar como foi. – disse me fingindo de magoada.

- Minha amiga, desculpe esse seu amigo negligente. Passei o dia inteiro preso numa reforma de uma casa, a velha é uma perua. Só me encheu o saco, em relação a dizer como foi o pedido sei muito bem que Maísa já contou tudo.

- Verdade, fico muito feliz por vocês. – disse abraçando-o.

- Bom, vim para te levar para casa, Maísa disse que você dormiu na casa de uma certa loira.

- Eu aceito a carona, e sim dormi com ela e hoje dormirei de novo.

- “É o amor, que meche com a minha cabeça e me deixa assim...”- cantarolou divertido. – Bom arruma suas coisas aí que te espero lá embaixo.

           Saiu logo em seguida, recebi mensagem de Lari. Expliquei que iria de carona com meus amigos e que estaria esperando-a mais tarde. Alguns minutos depois já estávamos seguindo para minha casa. Benjamim e Maísa falavam animados do casamento.

- Isa, quero que você seja minha madrinha de casamento. – Má disse feliz.

- Claro que sim, pensei que não iria me perguntar. – sorri satisfeita.

- Olha só não vale despedida de solteiro, já combinamos isso. – meu amigo disse sério. – Isa você acha que Larissa aceitaria ser a minha? Afinal ela me ajudou tanto em toda a preparação. Gosto muito daquela galega.

- É obvio que sim.

              Depois de tanto conversarmos sobre casamento chegamos em minha casa. Fiquei feliz com o convite dos dois, ainda mais sabendo que Lari, Milena e Isac também seriam padrinhos. Má e Ben não quiseram subir foram para casa. Nikki como sempre, mal me deixava entrar em casa e já se enroscava em minhas pernas querendo colo. Limpei a bagunça que ela fez, brinquei um pouco. Não estava afim de ir para academia.

              Tomei um banho para relaxar, estava deitada no sofá assistindo algo que não prendeu minha atenção, já tinha comido uma macarronada deliciosa. Meu celular tocou, olhei a hora era mais de oito da noite. Era Siqueira estranhei:

- Oi Siqueira tudo bem?

- Desculpa incomodar essa hora, só queria perguntar se você recebeu alguma mensagem de número desconhecido hoje à tarde.

- Sim, recebi. Confesso que nem dei importância, afinal não é a primeira vez que isso acontece. Apenas bloqueei o número.

- Eu sei, também fiz o mesmo, porem agora a pouco recebi outra e dessa vez tinha uma foto minha saindo do carro, no estacionamento da empresa.

- Nossa Siqueira, quem será que está por trás dessas ameaças?

- Tenho um suspeito, Otávio. Não tenho certeza se o mandato de prisão já foi expedido, mas só pode ser ele.

- Será que ele ficou ainda mais furioso por nos termos o denunciado? E a nota divulgada na imprensa.

- É só juntar os pontos, precisamos nos informar amanhã se a denúncia já está em aberto.

- Claro, amanhã iremos ao fórum ver isso. Obrigada por me avisar Siqueira.

- Imagina Isabella, não tem o que agradecer. Até amanhã então.

         Encerrei a ligação confesso que fiquei receosa em relação a esse maluco. Espero que não passe apenas de ameaças infundadas. Deitei no sofá novamente e acabei dormindo. Nikki latia incansavelmente perto da porta de entrada, peguei o celular para ver as horas. Tomei um susto ao perceber que dormi mais de uma hora. Tinha também mensagens de Lari e duas ligações.

          Me desesperei, será que ela veio e eu não consegui acordar. Me aproximei de Nikki, levei um baita susto quando a companhia tocou, quase derrubei a coitada dos meus braços. Olhei para ver quem era, sorri ao ver aquele rosto familiar.

- Te assustei? – perguntou sorrindo.

- Mais ou menos. – sorri sem jeito. – Entra. Essa moça estava a um tempão latindo aí na porta, acho que já sabia que você estava chegando.

- É mesmo, então vem cá sua bolinha de pelos. – disse pegando-a no colo. – Oi meu amor. – me beijou.

              Nikki ficava toda animada com os carinhos que recebia, também quem não ficaria? Me agradava muito o fato dela não ter problemas com bichos de estimação.

- Que foi? – me perguntou.

- Nada, só acho bonitinho seu jeito com animais.

- Sempre quis ter um cachorro. Mas viajávamos muito, e não queria deixar o coitado sozinho. – confessou.

- Entendo, estou pensando em adotar mais uma, Nikki anda muito solitária e carente, só não sei se quero passar por tudo de novo.

- Como assim? – perguntou, jogando a bolinha para a cachorra apanhar.

- No começo ela era impossível, tive que chamar adestrador. Ela mordia todos os meus sapatos. Fazia xixi em todo o lugar. Era um verdadeiro terror.

- Como pode ser tão pequena e causar tanto estrago?

- Pois é. Você quer comer alguma coisa?

- Não, talvez. – me olhou de forma safada.

- Comida Larissa, me refiro a alimento.

- Eu sei, mas estou sem fome, comemos antes da aula como de costume.

- Por falar em aula, você tem encontrado Bianca?

- Sim, hoje mesmo por exemplo, lanchamos juntas. – falou tranquilamente.

- Como assim dona Larissa? – dei palmadas em seu ombro.

- Ai,ai. – ela segurou minhas mão e sentou em meu colo. – Não é nada disso que você está pensando, não fomos só nos duas, Isac e Milena estava também. Se pegando claro, mais estavam lá.

- Sei bem. Posso até imaginar. – confesso que fiquei enciumada.

- Você fica linda com ciúmes sabia? – perguntou dando pequenos beijos em meu pescoço. – Porém, eu já disse que você não precisa se preocupar. – me olhou intensamente. – Eu-quero-só-você.

               Falou entre beijos, minhas mãos agora já estavam livres. Ela sugava minha língua me levando a loucura, puxava levemente meus cabelos me excitando ainda mais. Sem demora tirei sua blusa, deixando à mostra uma linda lingerie branca. Meus olhos ficaram vidrados naquela pele clara, ela mordeu o lábio de forma sedutora, ao ver senti uma contração na barriga.

                Com as pontas dos dedos fiz uma leve caricia em seu colo. Reparei um leve arrepio percorrer seu corpo, esse era o sinal que eu precisava. Segurei sua cintura, enquanto mina boca beijava seu pescoço inteiro. Ela mantinha a cabeça inclinada para trás, vez ou outra soltava pequenos gemidos. Percebi que ela estava impaciente com minha tortura, afastou-se um pouco e retirou o sutiã.

                Seus seios ficaram na altura da minha boca, ela segurou minha mão colocando-a em sua parte desnuda. Depois voltou a me beijar, ela começa a movimentar-se em cima de mim, aumentando ainda mais o meu desejo de senti-la. Levantei-me com ela presa a minha cintura, deitei-a no sofá retirando sua calça jeans e em seguida a minha.

                Ela passou a mão em meu abdômen, segurei um gemido involuntário, meu corpo reagia a todo e qualquer toque dela. Me posicionei por cima, senti suas mãos passando em minhas costas, nossos beijos foram se tornando mais exigentes a cada minuto.

               Retirei sua calcinha com pressa, passei a ponta dos dedos em sua pele agora nua. Ela soltou um pequeno murmúrio, se movimentava em direção aos meus dedos querendo um contato maior. Sorri pelo sofrimento dela, confesso que isso me enlouquecia.

- Por favor. – me pediu quase em suplica.

               Resolvi não mais tortura-la, deixei meus dedos irem deslizando para sua parte mais intima, que se encontrava completamente molhada. Vi seu corpo ergue-se quando a penetrei. Meu corpo foi para junto do seu, enquanto meus dedos deslizavam com facilidade em sua cavidade.

               Ela rebol*va deliciosamente em meus dedos, me incentivando ainda mais. Vi seu corpo dá os primeiros sinais de prazer, intensifiquei as estocadas até que senti seu liquido escorrer pelos meus dedos. Sem demora sai da posição em que estava e levei minha boca até sua virilha, bebendo todo seu mel.

- Isso foi... – tentou falar.

- Maravilhoso? Gostoso? Intenso? Satisfatório? – falei deitando ao seu lado.

- Com certeza bem mais que satisfatório. Eu diria incrível. Você é incrível minha Bella. – segurou meu rosto com cuidado e beijou minha testa.

- Te amo Lari.

- Sabe, estava pensando se sempre que você ficar com ciúmes fizer tudo isso vou te deixar com ciúmes mais vezes. – falou rindo.

- Absurdo, não se atreva.

- Por falar em ciúmes, tem visto sua ex? – perguntou enquanto seus dedos entrelaçavam os meus.

- Vi umas duas vezes apenas, desde então não mais.

- Hum. Tudo bem. Espero que ela não tenha te importunado.

- Isso importa? Ela não significa nada para mim.

- Eu sei, só não gosto dela perto de você. Mas vamos deixar de falar em coisa ruim porque atrai né?

            Concordei com o que ela falou, logo depois já estávamos fazendo amor mais uma vez. Quando fomos dormi já era madrugada, acabamos ficando no sofá mesmo, ainda bem que ele era grande ou teríamos dores no dia seguinte.

             Dormi nos braços dela me deixa completamente em paz, abri os olhos e ver seu rosto lindo me faz imensamente feliz. Observei seu corpo que estava quase todo descoberto pelo lençol. Me levantei com cuidado para não a acorda-la, ela resmungou alguma coisa virando para o outro lado, deixando seu bumbum completamente amostra. Sorri, cobrindo-a, segui para o banho. Alguns minutos depois fui prepara um delicioso café da manhã.

             Tudo já estava pronto, quando eu ia tentar acordar Lari, ela já estava na cozinha. Tinha os cabelos bagunçados e passava a mão no olho enquanto a outra segura o lençol ao corpo.

- Bom dia. – falei admirando-a.

- Bom dia, senti um cheirinho de comida e acabei acordando. – disse sem graça.

- Que bom, então vai tomar um banho que eu vou arrumar a mesa para tomarmos café juntas.

- Tudo bem. Já volto.

              Caminhou em direção a sala, mas logo depois voltou. Sorriu sem jeito e perguntou confusa.

- Você sabe onde coloquei minha mochila?

- No quarto, eu levei para lá.

- Ok.

            Foi para o quarto. Preparei a mesa para nosso café, alguns minutos depois Larissa apareceu já pronta para o trabalho. Sorriu abertamente ao ver a mesa pronta.

- Tudo isso para mim Doutora? – falou segurando minha cintura.

- Sim meu amor, tudo isso para nós. – me beijou.

- Olha que assim eu caso. – disse sentando-se a mesa.

- Olha que assim eu aceito. – sorrimos em cumplicidade.

            Tomamos nosso café em meio a risadas. Meu celular indicou o recebimento de uma nova mensagem, ao abrir o conteúdo era de outro número desconhecido.

Pensa que vai se livrar de mim fácil, vadia. Ainda vou me vingar de vc.

             Foi impossível não sentir um calafrio na espinha. Larissa percebeu meu medo, perguntou preocupada. Estendi o celular para que ela lesse a mensagem.

- Por que você está recebendo ameaça? – perguntou assustada.

-Começou ontem, não sou só eu. Siqueira também recebeu, estamos desconfiados que seja o Otavio, o ex funcionário da empresa.

- Porque você não me disse isso antes?

- Siqueira e eu vamos ao fórum hoje saber se ele está com o pedido de prisão, meu amor essa não é a primeira vez que sou ameaçada.

- Isabella isso é sério, não acredito que você leva isso com essa calma toda. Vou ligar para o Montanha meu segurança, ele vai ficar acompanhando você. Vou pedir que ele coloque outro com o Siqueira, não permitirei que algo aconteça com vocês. – falou nervosa.

- Meu amor não é para tanto, não precisa de segurança nenhuma. Se tudo der certo, hoje mesmo esse homem está atrás das grades. Prometo que se isso não acontecer deixou você colocar o Montanha para me seguir por aí. – tentei tranquiliza-la.

- Tudo bem, mas assim que você ficar sabendo se ele foi preso você me avisa ok?

- Juro de mindinho.

                Trocamos um demorado beijo, enquanto eu fui me arrumar ela ficou me esperando, alguns minutos depois já seguíamos para a empresa. Não sei se eu estava ficando paranoica mais podia jurar que tinha um carro nos seguindo. Deixei ela na empresa e fui encontrar Siqueira no fórum. 

Fim do capítulo