Depois desse dia, ela terminou com o Kevin, mas não explicou o motivo e me fez um pedido.

- querida, não podemos nós assumir no momento ( disse ela cautelosa)

- tudo bem ( respondi)

- isso não te incomoda ? ( perguntou ela surpresa)

-não

- por que ? ( perguntou curiosa)

- porque eu te amo. ( Disse verdadeira)

Ela me olhou com os olhos marejados me beijou.

- é a primeira vez que você me diz isso. ( disse ela emocionada)

Enxuguei com beijos as suas lagrimas de alegria.

-  você é a primeira e ultima pessoa que irei amar. ( disse em tom suave)

Ela se aninhou em meus braços e disse.

- meus pais são bastante religiosos e homofóbicos, dizem que isso é uma doença que deve ser tratada.

Fiquei com raiva dos pais do meu amor, pois vê Alice triste me partia o coração, então respondi.

- amor, seus pais não sabem  de nada!

- seus pais são incríveis meu anjo, ainda lembro do seu pai dizendo para você

Amor é amor.

Isso me fez ver que seus pais te amam de verdade e sentem muito orgulho de você. ( disse Alice sorridente )

Orgulho?

Se ela soubesse.

Os dias foram passando e eu e a Al estávamos cada vez mais próximas. Então um dia seus amigos e a Jú marcaram um role no parque de diversão. Al ficou muito animada  e eu não pude recursar , mas confesso que queria  ir, pela sua  companhia. Ela disse que ia me buscar as 17:00h para podermos cumprir o horário combinado de chega no parque que era  17:30h.

- anjo? Perguntou Al.

-diga amo.

- a ju vai? Disse cautelosa enquanto dirigia.

 - sim. Por que? Fingir não saber.

- como  assim por que? ela vive te rondando igual a um gavião!

-kkkkkkk.... não exagera amor.

- não estou exagerando! Pensa que não vejo os homens e mulheres babando por você quando você passa!

Ela estava certa. Eu causava esse efeito  nas pessoas.

Aproximei-me de seu ouvido e sussurrei

- para que tanto ciúmes? Se tu sabes que já me conquistou.

E mordi o lóbulo de sua orelha e logo em seguida escutei o carro freiar e uma Alice dizer com uma voz rouca que me fez delirar.

- ahhhhhhhh.....não faz assim.  Disse ela com os  olhos fechados.

- desculpe. Consegui dizer.

Então voltamos ao percurso para o parque, mas é claro que a Al teve que me dá um sermão pelo incidente.

Chegamos ao parque e a galera já estavam presentes e nós olharam com uma cara de ´caralh* que demora`.

- boa tarde. Dissemos juntas.

- boa. Disseram eles em coro.

- vamos lá ? disse Troi animado.

- eu quero ir na montanha russa. Disse uma entusiasmada  Alice.

- eu quero ir no  bate bate. Disse o Frank.

- eu quero ir na roda gigante. Disse a Ju.

- e você ? disse a minha Alice.

- qualquer um. Disse delicadamente.

Então compramos vários ingressos e fomos a todos os brinquedos daquele  parque, e fomos varias vezes nos mais legais. Adorava ouvi sua risada, amava seus olhos verdes brilhando a cada medo vencido. Ela me abraçava forte nos brinquedos mais radicais e enterrava seu rosto em meu pescoço fazendo meu coração oscilar entre  pára e acelerar. Ela ficava  com  uma  cara emburrada quando a Ju vinha conversa comigo, eu comecei a criar uma amizade com a Julia e a considerava uma amiga de verdade, ela adorava a cara da minha Al e sempre gargalhava  dos seus olhares assassinos.

Foi quando  o Frank olha um tiro alvo, então os garotos queriam ir  atirar. Foi quando o Troi disse para mim com a pistola de cano longo de ar comprimido.

- o que você  quer?

- nada. Respondi rápido, pois vi Alice olha-lo com cara de ´ vou te matar`

- e você docinho? Perguntou Frank para a MINHA Alice com um sorriso sedutor.

Meu sangue ferveu, quem aquele moleque pensa que é para chamar MINHA mulher de docinho?

- nada, obrigada. Disse Alice ríspida.

Os meninos ficaram emburrados e atiraram e erraram pra caraio. Como eles  não conseguiam acerta um alvo parado? Tá, eu sei que a pistola tinha aquelas miras de revolves, mas mesmo assim! Enquanto eles erravam os alvos, eu perguntei para Alice  o que ela queria, ela ficou com receio de me dizer mais acabei a convencendo. Acredite ou  não, ela queria o ursinho mais estranho de lá. Ele tinha olhos vermelhos, pelos arrepiados, uma camisa pequena escrito ´´ I'm destruction `` e uma cor branca. O urso parecia um  drogado. Mas já que ela queria, eu iria da-lo.

- essa mira  é escrota. Disse o Frank.

- é você que é um  escroto  e não a mira. Disse debochada.

Ele  e os outros ficaram meio surpresos pela minha resposta.

- há é? Então faz melhor. disse ele estendendo a pistola com um sorriso debochado.

Peguei a pistola e perguntei para o moço que vendia a munição.

- o que devo fazer para consegui aquele ursinho. Perguntei apontando para o urso macabro.

-você tem que acerta 10 alvos de 10 tentativas. Disse ele descrente de que eu ia conseguir atirar.

Peguei a munição e carreguei. Então apontei, mirei e atirei acertando o primeiro alvo, deixando minha plateia surpresa, depois fiz o mesmo com o resto, até chegar no ultimo, o peso da arma, o cheiro da pólvora, a mira, o dedo no gatilho e os meus olhos fitando o alvo, me eram familiar, então puxei o gatilho e o barulho da bala batendo contra o alvo me fez me transportar de vez ao passado.

Eram 5:00h da manhã de uma sexta feira, eu tinha 8 anos, e era o meu primeiro dia de treinamento pratico com uma arma de fogo. Meu pai chegou do meu  lado e me  deu uma pistola e disse.

- você já aprendeu a manejar as armas brancas, já sabe lutar vários tipos de artes marciais, só falta aprender a comandar as armas de fogo. Está pronta?

- sim. Disse determinada e fria.

Eu já sabia a teoria sobre as armas, mas a pratica eu nunca tive. Então quando dei o meu primeiro disparo, erro. O segunda também, e assim sucessivamente. Quando eu estava quase chegando no meu centésimo pente, ouso meu pai se pronunciar.

- filha. Deixe-se ser guiada pelo seus instintos. Sinta o peso, sinta o metal, sinta o cheiro de pólvora, sinta a arma, sinta seu  alvo, sinta! Feche os olhos e deixe-se ser guiada por você e não só pela mira. A mira é um auxilio para acerta o alvo, e não a sua garantia que irá acerta o alvo. Se permita sentir e  aceite o que sentir.

Então fechei os olhos e deixei os meus instintos guiarem-me. Senti meu coração batendo descompassado, senti  o suor da minha mão se misturar com o metal, sentir  o odor de pólvora se impregnar em meu ser, sentir o pulsar do gatilho em meu indicador, sentir o alvo e atirei. Abro os olhos e vejo  que acertei o alvo. Depois desse dia comecei a treinar com armas de fogos e  fui evoluindo até bombas e detonadores.

Fim do flash back

Despertei com Alice  vindo me abraçar por trás e sussurrar em meu ouvido.

- você  fica sexy bancando  a Tomb Raider.

Ruborizei na mesma hora. Ela olhou-me com orgulho e meu coração transbordou de felicidade. Olhei em direção a plateia que me olhava boquiaberta e o  vendedor estava estático, não acreditando  no  que estava vendo.

- meu premio. Disse estendendo a mão, ele pareceu desperta e me deu o ursinho possuído.

- tá ai amor. Disse baixinho estendendo o ursinho pertubado.

- obrigada, my life. Disse ela com um sorriso que ofuscava o brilho do sol  e roubava a beleza das estrelas.

Fim do capítulo