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  • Simplesmente Aconteceu - 1ª Temporada
  • Capítulo 34

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Simplesmente Aconteceu - 1ª Temporada por Cris Lane

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Palavras: 6318
Acessos: 4942   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 34

Chegou o dia da partida de Adriana. A morena estava esperançosa com essa viagem. Acreditava que precisaria desse tempo para reconstruir o seu coração que foi tão maltratado por pessoas que ela aprendeu a confiar e no final viu lhe virarem as costas.

 

Estava no quarto na casa de Paula terminando de arrumar a última mala. Sozinha com os seus pensamentos. Lembrava-se de tudo o que passou até aquele momento, pegaria o voo onze horas da noite. Olhou para um porta retrato que estava na mesinha ao lado da cama, pegou o objeto e sentou –se, na foto estavam as quatro amigas, uma angústia se fez em seu peito, deixaria novamente sua zona de conforto para fugir do mesmo amor. E o que a esperava em Boston para essa segunda viagem? Na primeira ela conheceu Viviane, riu ao lembrar-se da primeira vez que viu a ruiva espevitada puxando assunto na van.

 

Lembrou-se do tombo no banheiro, que levou ao primeiro beijo. Os momentos difíceis que a amiga passou quando foi violentada. E o crescimento pessoal da amiga depois do trauma, Viviane estava mudada, e ela sentia orgulho disso. 

 

Deixaria Paula e Alessandra para trás mais uma vez, duas mulheres também se recompondo, a traição de Alessandra ainda pairava os pensamentos de Paula e Drica sabia disso, entendia que a contadora estava em processo de reconquista de sua confiança, não queria se afastar mas era inevitável.

 

Voltou a pensar em Ana Paula, todo sofrimento que carregou no peito, pensou no dia que fizeram a trilha, e logo depois o acidente, uma lágrima escorreu de seus olhos. Doía só de pensar em todos os dias que passou longe da advogada, e que a partir dali seria definitivo. 

 

-- Oi.

 

Adriana olhou na direção da porta e avistou Viviane encostada no portal. A ruiva trazia um enorme sorriso no rosto e dois copos de refrigerante. Caminhou lentamente até a amiga e sentou ao seu lado. Esticou a mão e Adriana pegou o copo, tomou um longo gole, o dia estava quente. Pousou o porta retratos novamente na mesinha.

 

-- Você está chorando por que? – tomou um gole do refrigerante –

 

-- Ah, eu já estou indo querendo ficar, eu vou para outro ano de isolamento, para me afastar de alguém, a mesma pessoa por sinal. E com uma dor ainda maior, minha esperança foi pelo ralo quando ela me disse que não me ama.

 

-- Minha linda, não se preocupe, você vai ficar bem, nós estamos ao seu lado, para o que você precisar.

 

-- Vocês vão estar há milhas de distância.  – uma pausa e um gole no refrigerante – Vivi, você vai ficar bem aqui?

 

-- Sim, eu vou ficar bem, por que?

 

-- Eu me preocupo com você, eu quero que você seja feliz. – olhou para a amiga e novas lágrimas rolaram – 

 

-- Vivi secou o rosto de Adriana com as mãos – Eu vou ser feliz Drica, do mesmo jeito que você será, esse tempo vai ser bom para você. 

 

-- Você e Isadora? – sorriu amarelo–

 

-- Ela me ligou ontem, nós marcamos de nos encontrar amanhã, vamos sair para jantar.

 

-- Que chique! Eu espero que ela te faça feliz, senão eu pego ela de porr*da. – levantou os punhos e fez cara de mal –-- Viviane ria –

 

-- Eu imagino a briga que vai ser. Mas pode abaixar os punhos, pois você não precisará deles.

 

-- Eu espero que sim. Falando sério Vivi, qualquer coisa que acontecer aqui você vai me contar não é?

 

-- Claro amiga. Pode contar com isso. E você pode viajar tranquila, que vai ficar tudo bem aqui.

 

-- Cuida das meninas para mim. 

 

-- Eu cuido.

 

Abraçou Adriana e a embalou com carinho. As duas choraram a partida de Adriana. Seria apenas um ano, mas estava difícil deixar tudo para trás novamente. Elas se soltaram com muito custo e Viviane pegou os copos para levar para a cozinha e Adriana ficou sozinha com os seus pensamentos novamente.

 

 

****************************

 

 

Ana Paula estava no escritório pensando no que fazer, Adriana não a queria mais e Lívia estava muito magoada com ela, estava pensando em ligar para a professora e pedir desculpas. O celular tocou e ela viu o nome de Isadora no visor.

 

 

-- Oi Isa.

 

-- Oi Aninha, tudo bem?

 

-- Tudo certo, e você?

 

-- Eu estou ótima! – dizia com entusiasmo –

 

-- Dá para perceber a quilômetros de distância. Já encontrou a ruiva depois que nós voltamos de Cabo Frio? – falava com desdém --

 

-- Não, eu ainda não encontrei a Vivi, você está com ciúmes dela?

 

-- Quem está com ciúmes?

 

-- Você, e não se faça de boba. Eu não deveria ter te contato do caso que ela teve com Drica lá em Harvard.

 

-- Agora que contou não adianta se arrepender, ah o que essa ruiva sem graça tem que enfeitiçou você e a Adriana?

 

-- Ai Ana, deixa a Vivi em paz tudo bem? Adriana nunca te esqueceu, você melou seu relacionamento com ela, agora não vem botar água no meu chope.

 

-- Tudo bem deixa para lá. Não precisa brigar desse jeito. Diz aí, você me ligou, o que você tem em mente?

 

-- Você sabe que a Drica viaja hoje?

 

-- Não, eu pensei que ela iria no fim de semana. – Ana ficou triste –

 

-- Não, é hoje onze da noite.

 

Um silêncio incômodo se fez na ligação.

 

-- Ana, você ainda está ai?

 

-- Estou.

 

-- Você quer sair? Ir para algum lugar depois do trabalho?

 

-- Pode ser. Eu não vou lá dessa vez, vou deixa-la em paz.

 

-- Vai para o meu apartamento então, eu te encontro lá.

 

-- Pode deixar. Beijos.

 

-- Beijos.

 

Ana desligou o celular e o jogou sobre a mesa. Ficou pensativa, tinha vontade de rever Adriana antes da viagem, mas preferiu manter a distancia. A morena não queria mais encontra-la e ela resolveu respeitar essa vontade.

 

************

 

No apartamento de Paula, Adriana estava deitada em sua cama, Viviane saiu para comprar algo para o jantar, a morena estava sozinha. Seu celular tocou ao seu lado e ela viu no visor o nome de Mariana. Abriu um sorriso sincero, a arquiteta se mostrava atenciosa e dedicada, diferente da experiência que teve com Ana Paula.

 

-- Oi Mari. – abriu um sorriso sincero –

 

-- Oi minha linda. Tudo bem?

 

-- Sim, está tudo bem, como foi o restante do carnaval em Búzios?

 

-- Foi bom, eu consegui descansar para recomeçar com todo gás.

 

-- Que bom.

 

-- Então, é hoje o seu voo não é?

 

-- Sim, você lembrou.

 

-- Claro que eu lembrei. Eu queria muito te ver antes que você viaje.

 

-- Você está onde?

 

-- No escritório.

 

Adriana lembrou que ela a encontrara ali em Copacabana algumas vezes e ela comentara que o escritório era ali perto.

 

-- O seu escritório é aqui em Copa não é?

 

-- Sim, você está aqui?

 

-- Eu estou no apartamento da Paulinha. Quer fazer um lanche?

 

-- Claro! Aonde você quer ir?

 

-- Que tal na Eclipse? É aqui pertinho. 

 

-- Sim, eu conheço a Eclipse, ótima escolha, eu chego lá em meia hora pode ser?

 

-- Sim, para mim está ótimo.

 

-- Até mais Drica.

 

-- Até mais.

 

Desligaram, Adriana se animou, levantou da inércia que se encontrava e foi para o banheiro tomar uma ducha para ir até a lanchonete encontrar com Mariana. Saiu rapidamente do banho e colocou uma roupa leve, short jeans com uma regata branca, sandália rasteira nos pés, os cabelos molhados caiam soltos pelos seus ombros e costas, colocou um perfume e quando ia saindo, encontrou Viviane chegando.

 

-- Ué, vai aonde assim toda perfumada?

 

-- Eu vou na Eclipse encontrar com a Mariana.  

 

-- Hum, sei, a arquiteta. – disse com desdém –

 

-- Sim Vivi, não fique assim, nós vamos conversar. Só isso.

 

-- Tudo bem Dri, vai lá. Eu vou adiantar o jantar para não atrasar quando as meninas chegarem para levar você no aeroporto.

 

-- Eu não vou demorar, ela está no horário de trabalho, daqui a pouco eu volto para te ajudar.

 

Beijou o rosto da ruiva e saiu deixando o seu perfume pela casa, Viviane fechou os olhos para sentir o cheiro forte do perfume masculino que Drica gosta de usar. Balançou a cabeça como se fosse para desfazer os pensamentos que voaram para a época que aquele corpo era seu.

 

*********

 

Adriana caminhava pela calçada, a lanchonete que ela sugeriu ficava a dois quarteirões do prédio de Paula, estava ansiosa, sentia um frio na barriga, iria encontrar-se com Mariana novamente. Chegou ao local e deu uma olhada dentro da Eclipse, o estilo moderno com cadeiras e mesas de metal, o ambiente amplo e bem decorado davam um charme ao estabelecimento. A noite funcionava como bar, atraindo muitos amantes da boa gastronomia com petiscos e drinks elaborados.

 

Não viu Mariana dentro do local, e resolveu esperar na porta para entrarem juntas, pegou o celular para mandar uma mensagem avisando que já estava a esperando quando duas mãos macias e perfumadas envolveram seu rosto, tapavam os seus olhos e ela sorriu ao perceber que não precisaria esperar por muito tempo.

 

Mariana a segurou firme e encostou o seu corpo atrás de Adriana aproveitando o momento de descontração, ela estava se sentindo completamente atraída pela contadora e ainda segurando os olhos fechados dela em suas mãos sussurrou baixinho em seu ouvido.

 

-- Adivinha quem é?

 

-- Deixa eu pensar. Seria uma certa arquiteta que está aceitando reconstruir um coração despedaçado?

 

-- Ela mesma.

 

Adriana podia sentir a respiração quente da outra em seu pescoço, as mãos leves que habitavam em seu rosto, o perfume invadia seus sentidos, estava embriagada em tanta sedução, a voz aveludada e sensual que Mariana fazia, minha nossa, será que ela é sempre assim? O desejo sempre à flor da pele?

 

Mariana soltou a contadora e esta virou-se nos calcanhares para encontrar com o rosto iluminado da índia que estava começando a habitar os seus pensamentos, olhos negros e castanhos travavam uma batalha silenciosa até as duas selarem esse encontro com um abraço carinhoso.

 

Adriana não deixou de reparar no quanto Mariana estava bonita, sempre muito bem arrumada, vestia uma calça capri bege, uma blusa frente única verde musgo com estampa floral, nos pés uma sandália com salto médio, os cabelos soltos caíam pelos seus ombros, especialmente linda.

 

-- Oi Adriana.

 

Mariana estava enfeitiçada com a morena que havia conquistado o seu coração, pensava em como facilitar as coisas, ela não queria deixar Drica partir, mas sabia que isso era necessário, ao abraçar a contadora, sentiu o perfume forte de Malbec que emanava de seus poros, os cabelos ainda molhados roçavam em seu nariz, enterrou-se no pescoço da mulher dos seus sonhos e se deixou embalar por aquele momento.

 

-- Oi Mari. Que bom que você me ligou.

 

-- Eu queria muito te ver antes de você partir.

 

-- Vem, vamos entrar. – estendeu a mão –

 

Mariana segurou em sua mão e entraram juntas na lanchonete, sentaram em uma das mesas que ficam no canto da parede, ao lado de uma janela, fazia muito calor e o ar condicionado central amenizava o clima dentro da lanchonete. De frente uma para a outra o sentimento de ambas era que queriam mais tempo para conviver.

 

-- Mas me conta, como foi o restante do carnaval? Depois que eu vim embora e deixei você curtir finalmente. – ria –

 

-- Ah foi mais para descansar mesmo. Eu só curti um pouco a praia, mas você não me deu trabalho nenhum, pode parar de bobeira.

 

Um atendente encostou-se na mesa e ofereceu o cardápio. As duas receberam e o rapaz se afastou novamente.

 

-- Hoje você quem escolhe Adriana. – sorria –

 

-- Pode me chamar de Drica. – piscou para a arquiteta –

 

Mariana apenas a olhava, admirando aquela mulher linda que estava sentada em sua frente.

 

-- Mari, eu gosto muito do sanduiche de peito de peru com queijo branco, vem com um molho maravilhoso, e é bem leve.

 

-- Perfeito, pode pedir esse mesmo.

 

Adriana chamou o atendente e fez os pedidos.

 

-- Serão dois sanduíches de peito de peru com queijo branco, um mate gelado, e – olhou para Mariana –

 

-- Um suco de maracujá por favor.

 

O rapaz anotou os pedidos e se retirou novamente. As duas mulheres se encaravam, os pensamentos voavam em direções opostas se encontrando em um mesmo destino.

 

-- Então, nervosa para voltar para Harvard? – dizia procurando assunto –

 

-- Um pouco, eu vou novamente para outro país, mais um ano congelando naquele lugar – revirou os olhos – Eu odeio sentir frio.

 

Mariana riu da cara da morena. E parou para olhar novamente para ela.

 

-- O que foi Mari? – estava ficando sem graça com o olhar em si –

 

O atendente trouxe os lanches. E acomodou os pratos e os copos na mesa. Se afastou deixando as duas sozinhas novamente.

 

-- Eu estou aqui pensando no que fazer para ocupar o meu tempo por um ano inteiro, até você voltar.

 

-- Mari, eu já te pedi para não se prender a mim, não é justo com você.  – bebeu um gole do mate –

 

-- Eu sei, mas eu quero estar presa a você Drica, eu espero por isso desde que nos conhecemos ano passado. – mordeu o sanduiche –

 

Adriana ficou sem graça, não respondeu nada, e voltou a comer o seu lanche.

 

-- Nossa, isso aqui é muito bom mesmo. – Mariana dizia com entusiasmo –

 

Adriana se tranquilizou com a mudança de assunto.

 

-- Eu não falei? – sorriu –

 

-- Você mora onde lá em Boston?

 

-- Na Universidade mesmo, em um alojamento. 

 

-- Entendi. Por que você não aluga um apartamento próximo? Você não fica sem privacidade?

 

-- Não, geralmente eles colocam alunos estrangeiros juntos, ou que estão fazendo o mesmo curso. Foi assim que eu conheci Viviane.

 

-- Entendi. – mordeu mais um pedaço do sanduiche --

 

-- E também o custo é mais baixo, eu vou sozinha, pelo menos tenho alguém para conversar. 

 

-- Esse é um ponto que pesa mesmo.—limpou a boca com um guardanapo –

 

Mais um tempo em silêncio.

 

-- Adriana, você está bem? – seu olhar era carinhoso --

 

-- Eu estou sim, por que?

 

-- Eu fiquei preocupada, você estava tão triste semana passada.

 

-- Não se preocupe, eu já passei por coisas muito piores, eu vou ficar bem. – terminou de comer –

 

-- Eu queria muito ter a oportunidade de te ajudar a esquecer tudo isso e te fazer feliz. – seu olhar era intenso –

 

-- Eu não sei o que dizer.

 

-- Deixa eu entrar na sua vida Drica. Permita, se permita essa chance.

 

-- Eu juro que eu adoraria te receber de braços abertos Mari, mas justamente para te preservar e não te magoar, eu preciso desse tempo sozinha, para recolher os cacos que ficaram, para me colocar inteira novamente e ai sim, poder me entregar em um relacionamento.

 

-- Adriana, eu não me importo em te ajudar a recolher esses cacos, eu estou disposta a correr esse risco.

 

-- Mari, eu já passei por isso recentemente, e eu não me senti nada bem em colocar essa pessoa nessa posição.

 

-- Tudo bem, eu vou respeitar o seu momento. Podemos nos falar nesse tempo, pelo menos.

 

-- Claro que sim, eu não quero mais perder o contato com você.

 

-- Tudo bem então. Eu espero que corra tudo bem no seu mestrado.

 

-- Eu também.

 

-- Eu preciso voltar para o escritório.

 

-- Tudo bem.

 

-- Que horas é o seu embarque? – chamou o atendente e pediu a conta –

 

-- Onze da noite, no Galeão.

 

-- Tarde hein!

 

O atendente trouxe a conta e Adriana pegou o papel, Mariana esticou a mão para ver e a contadora não deixou, Mariana a olhou contrariada fazendo uma careta.

 

-- Não senhora, deixa por minha conta. 

 

-- Claro que não Drica, eu hein! Deixa eu ver quanto deu? – esticava o braço novamente –

 

-- puxava a nota tirando do seu alcance – Nada disso, eu que convidei, eu pago.

 

-- Ai que teimosia. – cruzou os braços –

 

 

Adriana ria, deu uma careta para a arquiteta e entregou o dinheiro ao rapaz que se retirou.

 

-- Vai se acostumando com minha teimosia. – jogou um pedacinho de papel embolado na arquiteta –

 

 

Mariana sorriu ao ouvir o comentário. As duas mulheres se levantaram e caminharam para fora do estabelecimento. Não queriam se despedir, levariam a tarde inteira ali conversando e se descobrindo.

 

Chegando na rua, as duas se olhavam, em uma conversa silenciosa. As pessoas passavam por elas, como se fossem apenas sombras. O tempo passava devagar, a necessidade de estar perto era nítida, mas era hora de se despedir, e seria um ano de separação.

 

-- Boa viagem Drica, aproveite o mestrado e volte logo.

 

-- Obrigada Mari, vai passar rápido, você vai ver. – tinha as mãos nos bolsos e sorria –

 

As duas se abraçaram e novamente Mariana se embriagou no perfume de Adriana, enterrou o nariz em seu pescoço arrepiando a morena, o abraço era forte, intenso, apaixonante, apaixonado, sentimentos guardados prontos para aflorar, um ano passa rápido? Quem espera vê a vida passar devagar, será que as promessas de Mariana se cumprirão? Um ano pode ser muito para esperar alguém. 

 

Se desprenderam e novamente se olharam, o desejo era de tomar a boca delineada de Adriana ali mesmo, mas Mariana preferiu se conter. De mãos dadas ainda, se despediram.

 

-- Mari, se cuida, e mais uma vez eu vou te pedir para não se prender a mim, viva sua vida, quando eu voltar nós conversamos.

 

-- Relaxa, eu vou ficar bem. Eu espero que você se recupere e volte recomposta para essa conversa.

 

Um beijo no rosto demorado e a despedida final.

 

-- Tchau Mari.

 

-- Boa viagem Drica.

 

Mariana começou a caminhar de volta para o escritório e Adriana ficou vigiando os seus passos, a arquiteta olhou para trás e encontrou os olhos castanhos da contadora sobre si. Sorriu e voltou a andar.

 

Adriana sorriu também, sentia o seu coração começando a se recuperar, era como se pudesse ver a reconstrução dentro de seu peito. Mariana lhe fazia muito bem. Se não fosse a viagem, elas certamente terminariam aquele café em uma cama. Adriana desviou esse pensamento e pôs-se a caminhar de volta para casa.

 

Durante o seu caminhar apenas curtia a cidade, o lugar que ela ama estar, o vai e vem das pessoas apressadas com seus horários, resolveu esticar a caminhada até a orla e foi até a areia, segurou as sandálias na mão e sentiu mais uma vez o toque da areia em seus pés, Adriana gostava disso, precisava disso. 

 

Olhava o mar, as ondas indo e vindo e visualizava o seu futuro, se policiava para não pensar mais no passado, seu interesse agora era o seu futuro, suas expectativas, voltar de Harvard com MBA e mestrado, pensava se seria uma boa ideia procurar alguma faculdade para dar aulas quando voltasse, definitivamente desistiu da possibilidade de se instalar em Boston, o frio não é para ela.

 

Depois de contemplar o oceano por alguns minutos, ela resolveu voltar para o apartamento, ela prometera ajudar Viviane com o jantar.

 

 

************

 

 

Em Niteroi, Ana dirigia para o apartamento de Isadora. Era cedo ainda, e a loira resolveu passar em frente ao prédio de Adriana, ao virar a esquina, avistou Lívia chegando do trabalho, ela acelerou o carro e parrou perto da professora, buzinou. Lívia reconheceu o carro e foi ao encontro da loira, abaixou na janela do carona.

 

-- Oi Ana.

 

-- Lívia, tudo bem? – não sabia por onde começar –

 

-- Sim, e você?

 

-- Bem, você quer dar uma volta?

 

-- Ana, eu acho melhor você ir embora.

 

-- Não Lívia, eu quero conversar com você. – seu olhar era de súplica –

 

Lívia pensou um pouco, olhou para o lado, balançou a cabeça negativamente e sorriu. Era como se ela estivesse prevendo o que iria acontecer, ela entraria no carro, conversaria com Ana, ela se renderia ao charme da sua ex aluna, e no final sairia magoada novamente, mas seu coração falou mais alto e mandou que ela esquecesse toda a razão que lhe surgia e embarcasse nessa aventura.

 

-- Vamos dar uma volta.

 

-- Eu sei onde isso vai parar, mas eu vou com você.

 

Lívia entrou no carro e Ana saiu em direção à orla, foram parar em um bar em Charitas, o local ainda estava vazio, sentaram em uma mesa disposta em um varandão e pediram dois chopes.

 

-- Então, Ana o que você quer?

 

-- Eu quero conversar com você.

 

-- Sobre o que? – o garçom entregava as tulipas –

 

-- Sobre nós. – bebeu um longo gole da bebida –

 

-- Ah, agora existe “nós”? – dizia com sarcasmo –

 

-- Lívia não seja cruel, eu quero resolver a nossa situação.

 

-- Ana eu não estou sendo cruel, eu apenas não quero me iludir novamente. Eu não tenho mais idade para isso. – bebeu o chope –

 

-- Quem disse que você é velha?

 

-- Eu não disse velha. – seu olhar era de irritação –

 

-- Lívia, por favor, solte as armas e me deixa conversar com você.

 

-- Tudo bem Ana, me surpreenda. – olhou nos olhos da advogada –

 

Ana Paula respirou fundo e pensou em como seguir com essa conversa, queria uma chance com Lívia, e estava insegura com a aceitação da professora.

 

-- Lívia, eu quero ficar com você, eu fiquei esse tempo sozinha e percebi que quem eu quero é você.

 

Lívia olhou assustada.

 

-- E você chegou a essa conclusão sozinha? – se referia a Adriana –

 

-- Não, eu encontrei com Adriana no carnaval e nós conversamos, ela agora é passado, nós não temos mais nada mal resolvido. – dizia isso ainda com insegurança, mas precisava acreditar nessa verdade --

 

-- Ela não te balançou nesse encontro? – chamou o garçom e pediu mais dois chopes –

 

Ana preferiu não contar sobre o sex* na dispensa, apenas contou os fatos relevantes.

 

-- Dizer que ela não mexeu com o meu desejo eu estaria mentindo, mas não é suficiente para mexer com os meus sentimentos, eu percebi que eu não a amo.  – será que não? -- Eu sempre quis você.

 

As duas se encaravam, os olhos de Lívia eram de dúvida, ela não conseguia comprar essa história, mas seus sentimentos sempre venciam essa batalha.

 

-- Me conta o que aconteceu com esse encontro de vocês.

 

Ana suspirou e começou a narrar a coincidência do carnaval, as duas ficaram ali até a noite cair, conversando sobre suas vidas e decidindo o seu destino, Ana até esqueceu que iria visitar sua amiga Isadora.

 

******************

 

Em Copacabana as amigas fizeram um jantar de despedida para Adriana, Felipe e Luana também estavam presentes. Adriana já estava pronta para ir para o aeroporto. Terminavam de jantar enquanto conversavam amenidades.

 

-- Adriana, você volta quando agora? – Felipe perguntava –

 

-- Eu não sei ao certo Lipe, mas deve ser em janeiro, a carga horária do mestrado é maior que a da pós.

 

-- Poxa, eu vou morrer de saudades de você de novo. – ele tinha lágrimas nos olhos –

 

-- Relaxa meu irmão, vai passar que você não vai nem sentir. – ela sorria –

 

-- Drica, já anunciaram que vão lançar o Iphone 5, compra um pra mim?

 

-- Alessandra eu acabei de te trazer o Iphone 4, você já quer o cinco?

 

-- Oh consumismo! – Paula revirava os olhos –

 

-- Quando você voltar esse aqui já estará obsoleto.

 

-- Igual ao seu cérebro Ale. – Paula levantava da mesa rindo –

 

-- Ei, eu ouvi isso! – Ale brincava –

 

Estavam todos descontraídos, rindo e brincando, até dar a hora de seguir para o aeroporto.

 

-- Bom pessoal, é melhor irmos para eu chegar com uma folga para fazer o check in.

 

-- Então vamos. – Felipe segurou a irmã e a girou no ar –

 

Ele deu um beijo em seu rosto e ela o abraçou forte, ele a colocou novamente no chão, e pegou as malas da morena nas mãos. Viviane segurou a mão da amiga que levava uma mochila com alguns pertences de mão e o notebook. 

 

-- Vivi, você vai ficar bem não vai?

 

-- Se você me perguntar isso de novo eu sou capaz de entrar nesse voo com você só pra garantir. Eu ficarei bem, vai tranquila.  E se cuida por lá.

 

-- Pode deixar. – recebeu um beijo carinhoso da ruiva no rosto –

 

Saíram do apartamento direto para o aeroporto, no caminho Adriana que estava sentada no banco de trás do utilitário de Paula olhava pela janela, via a cidade passar apressada, já estava sentindo saudades daquele calor, lembrou-se de Mariana, a índia linda e maravilhosa que se apresentava para ela, queria ter mais tempo, não tinha certeza que encontraria a arquiteta solteira quando voltasse.

 

Viviane se aproximou da morena e a despertou desses pensamentos. Segurou sua mão sobre o banco e Adriana a olhou.

 

-- Eu vou morrer de saudades Dri.

 

-- Eu também – segurou a mão da ruiva e a beijou – Vivi, fica com o meu carro, as chaves estão na cozinha, penduradas junto com as de Paula, usa enquanto estiver aqui.

 

-- Tem certeza Dri? 

 

-- Claro! Vai ficar aqui sem uso um ano? Ano passado eu deixei com Luana, mas ela já comprou um carro, fica com ele por favor.

 

-- Eu fico sim, eu vou cuidar dele pra você. – sorria –

 

Adriana deitou no ombro da ruiva que a abraçou, fazia um carinho em seu braço, Paula e Alessandra apenas seguiam em silêncio. No rádio do carro Maria Rita cantava a despedida de Adriana.

 

 

https://www.youtube.com/watch?v=tyBvtrjLUrg

 

Encontros e Despedidas (Maria Rita)

 

 

Mande notícias do mundo de lá

diz quem fica

Me dê um abraço, venha me apertar

tô chegando

Coisa que gosto é poder partir

sem ter planos

Melhor ainda é poder voltar

quando quero

 

Todos os dias é um vai e vem

a vida se repete na estação

Tem gente que chega pra ficar

Tem gente que vai pra nunca mais

Tem gente que vem e quer voltar

Tem gente que vai e quer ficar 

Tem gente que veio só olhar

Tem gente a sorrir e a chorar

 

E assim chegar e partir

são só dois lados

da mesma viagem

O trem que chega

é o mesmo trem da partida

A hora do encontro

é também despedida

A plataforma dessa estação

é a vida desse meu lugar

é a vida desse meu lugar

é a vida... 

 

 

 

 

Adriana ainda estava abraçada a Viviane quando Paula entrou no aeroporto, estacionaram o carro e desceram para pegar as malas. Adriana começava a ficar emocionada, colocou a mochila nas costas e Felipe chegou logo atrás e as ajudou com o maior peso.

 

Depois de fazer o check in, os amigos sentaram no saguão para esperar o chamado para o voo. Conversavam animados. Adriana apenas os observava, ria em alguns momentos mas não interagia diretamente com a conversa. 

 

O celular vibrou em seu bolso. Ela viu o visor e era Mariana.

 

-- Oi Mari. Que bom falar com você.

 

-- Oi Drica. Você já está no aeroporto? 

 

-- Sim, eu estou no saguão esperando chamarem o meu voo.

 

-- Qual é o portão?

 

Adriana começou a olhar em volta, será que Mariana estava ali?

 

-- Portão quatro, você está onde? – ainda procurava pela índia –

 

-- Eu já vi você.

 

Adriana olhou para trás e avistou a arquiteta se aproximando, as meninas seguiram o seu olhar e também viram Mariana, Viviane com ciúmes virou os olhos para o outro lado. Adriana não acreditava que ela estava ali com ela para se despedir. Levantou e foi ao encontro da mulher linda que se mostrava tão apaixonada.

 

-- Mari! – sorria para a arquiteta –

 

Mariana veio em sua direção com decisão, os passos firmes encontraram Adriana no meio do caminho. E ela abraçou Drica com muita força, sua vontade não era de largar, Adriana sentiu a intensidade do abraço da morena, e retribuiu também com força.

 

 

-- Eu pensei que você não viria aqui no aeroporto. – dizia ainda abraçada com Mariana—

 

-- Eu não resisti, eu queria te ver mais uma vez antes de você partir.

 

Se olharam, o desejo era evidente, Mariana ardia por dentro, sentia uma vontade insana de beijar a boca de Adriana, desde aquele jantar ela ficou com gostinho de quero mais.

 

-- Paula quem é essa morena? – Felipe perguntava –

 

-- O nome dela é Mariana, é arquiteta.

 

 

-- Adriana está namorando com ela?

 

-- Não, mas ela quer namorar sua irmã. – dizia rindo –

 

-- Caraca, Drica está melhor do que eu, um monte de mulher correndo atrás dela! Ai! – levou um beliscão de Luana—

 

-- Cala a boca Felipe! – ela ralhava com o namorado –

 

-- Ai amor, isso doeu, eu estava só brincando. – esfregava o braço dolorido –

 

-- Eu também Felipe. Agora imagina quando eu fizer de verdade.

 

O rapaz ficou assustado, Paula e Alessandra riam dos dois, Viviane apenas observava.

 

-- Falta pouco para eu ir embora.

 

-- Eu sei, eu tinha que vir aqui. Eu te trouxe uma coisa.

 

Mariana abriu a bolsa e puxou uma caixinha de veludo azul e estendeu para Adriana. A morena hesitou em pegar o presente, mas Mariana insistiu.

 

-- Mari não precisa disso.

 

-- Eu quero que você aceite. – entregava a caixa para a morena –

 

Adriana abriu a caixa e nela continha um cordão de prata com um pingente com o desenho do infinito, também prata. A morena ficou encantada, ela olhava para o cordão e depois para Mariana.

 

-- Mariana, esse cordão é lindo!

 

-- Eu trouxe para você ter ideia do quanto eu estou interessada em você, é o símbolo do infinito.

 

-- Eu sei, infinitamente lindo. – riu – Obrigada.

 

-- Eu te quero Adriana, e eu quero que você saiba disso, e eu vou esperar por você, o tempo que for necessário.

 

Adriana ficou vermelha com o que a arquiteta disse, ela entendia o tamanho da intensidade dos sentimentos de Mariana, pegou o cordão e estendeu para a índia coloca-lo em seu pescoço. 

 

Mariana pegou o colar da palma da mão de Drica e lentamente envolveu o seu pescoço, com o cordão em punhos, afastou os cabelos negros de Drica e fechou o colar em seu pescoço, o contato lento e gradual fez Adriana tremer.

 

-- Ficou lindo em você. – passou a mão no colo de Adriana que arrepiou-se – 

 

-- Obrigada.—sorria – Vem, as meninas estão ali.

 

Pegou Mariana pela mão e a levou para perto do grupo.

 

-- Oi Mari, que bom te ver aqui. –Paula dizia –

 

-- Mari, esse é o meu irmão e a namorada dele, Luana.

 

-- Prazer.

 

-- O prazer é meu. – Felipe dizia – Ai.  – Levou outro beliscão –

 

Todas olharam para os dois, Luana com cara de paisagem e Felipe vermelho, não sabiam se era de raiva ou de dor.

 

Finalmente o momento chegava, anunciaram o voo de Adriana, estava liberado para embarque. Os abraços foram apertados e já tinham gostinho de saudade, Felipe chorou nos braços da irmã que também tinha lágrimas nos olhos.

 

Ao final de tudo um longo abraço em Viviane e Mariana.

 

-- Eu vou te esperar. – sussurrou em seu ouvido --

 

-- Eu volto logo. – beijou o rosto da arquiteta –

 

Adriana caminhou para a área de embarque e saiu da visão de todos. Seu coração batia acelerado, não tinha certeza se era pelo avião ou se era pela emoção de se sentir amada de verdade.  teria um ano pela frente para recolher os cacos que ficaram depois do romance com Ana Paula, dessa vez ela não veio se despedir, Adriana pensou que ela já tinha ido procurar pela professora, sua ex.

 

Já acomodada no avião, Adriana fechou os olhos para tentar dormir durante a noite e chegar descansada em Boston no dia seguinte.

 

*******************

 

 

Nesse mesmo momento, Ana Paula e Lívia chegavam no apartamento da professora.

 

-- Você quer subir?

 

-- Se não for te incomodar, eu gostaria de terminar nossa conversa.

 

-- Vem.

 

As duas subiram, ao entrar na portaria como sempre o porteiro cumprimentou a loira. Isso incomodava Lívia.

 

No apartamento elas se acomodaram, Lívia foi buscar uma garrafa de vinho e Ana via no celular as ligações de Isadora. Ligou para a amiga para se justificar.

 

-- Oi Isa. – olhava a movimentação de Lívia na cozinha –

 

-- Ana, eu estou te ligando ha horas, onde você se meteu?

 

-- Eu acabei encontrando Lívia e estou no apartamento dela.

 

-- Poxa, custava me avisar?

 

-- Desculpa amiga, eu esqueci completamente. Eu te compenso amanhã.

 

-- Amanhã eu vou sair com Viviane.

 

Ana torceu o nariz, sabia do envolvimento da ruiva com Adriana, mas pensou na sua reação, não poderia deixar que isso a incomodasse mais.

 

-- Tudo bem. Depois nós conversamos então.

 

Desligaram e Lívia estava com o vinho e duas taças nas mãos, sentou no sofá e ofereceu uma à Ana.

 

-- Obrigada Lívia. – Lívia enchia a taça de vinho –

 

-- Ana, nós conversamos a noite inteira, e até agora você não me disse o que você quer.

 

-- Eu quero você de volta.

 

-- Você tem certeza disso? – bebeu um gole de vinho –

 

-- Absoluta. É você que eu quero, eu não deveria ter deixado você partir Lívia, eu me perdi durante esse tempo, e agora eu quero recuperar o que eu perdi. – olhava fixamente nos olhos da professora – 

 

Lívia colocou a taça na mesinha de centro e olhou para Ana Paula. A loira sustentava aquele olhar, na expectativa de recomeçar.

 

-- Tudo bem Ana, eu volto para você, mas se você pisar na bola uma vez não terá mais volta.

 

Ana Paula se aproximou da professora e acariciou o seu rosto, Lívia fechou os olhos e sentiu o toque doce da mão macia da advogada.

 

-- Dessa vez eu vou fazer tudo certo Lívia, você quer namorar comigo?

 

Lívia abriu os olhos. Encarou a mais nova.

 

-- Sim, eu quero.

 

Um beijo selou aquele pedido, Ana finalmente deu o primeiro passo, uma grande evolução para a mulher submissa e insegura que ela se tornara. Abraçadas as duas mulheres experimentavam novamente a estabilidade de um amor tranquilo, um namoro convencional, sem maridos ou ameaças para intimidá-las. 

 

************************

 

Adriana desembarcou em Boston depois de uma nova maratona de aviões e escalas. Cansada e com frio, ela se sentiu desanimada ao pisar no chão gelado dos Estados Unidos. Recolheu suas malas e foi atrás de um taxi para leva-la para Harvard. 

 

Ao se instalar novamente na Universidade, ficou feliz em saber que ficaria sozinha no quarto por mais uma semana, já que sua colega de quarto só chegaria sete dias depois dela. Tomou um banho e se jogou na cama, para descansar e tentar se acostumar com o fuso horário.

 

Não conseguia parar de pensar nos acontecimentos do último ano, em como tudo havia mudado, sua vida mudou e seu conceito de amor também. Descobriu o amor da maneira mais sublime e ao mesmo tempo mais cruel. Amor não correspondido. Segurou o pingente que Mariana lhe dera e na mesma hora o sorriso se fez, sentia-se amada de verdade, segura, confiava nos sentimentos da índia, ao contrário do que lhe passava Ana Paula, e agora o que fazer? Balançou a cabeça e deixou Morpheu embalar seus sonhos por um amor que valha a pena, um amor que simplesmente aconteceu.

 

 

Fim da primeira temporada.


Fim do capítulo

Notas finais:

Meninas,

Essa é aprimeira temporada do conto, amanhã talvez eu poste a segunda.

Espero que gostem da leitura e aproveitem a diversão.

Muito obrigada pelo carinho de sempre.

Beijos

Cris Lane


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Comentários para 34 - Capítulo 34:
Lea
Lea

Em: 27/01/2023

Adorei essa primeira temporada.

As vidas das personagens foram se encaixando,dentre muitos altos e baixos. 

Espero que essa segunda temporada possamos ver,a Adriana amando e sendo amada sem nenhuma barreira!

Responder

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MartaGamaAurelia
MartaGamaAurelia

Em: 29/03/2019

Como tudo o que VC escreve lindo, maravilhoso, envolvente. Parabéns

Responder

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LeticiaSilva
LeticiaSilva

Em: 22/12/2015

Parabéns Cris, adorei a história.

Vou correr para ler a segunda temporada.

bj

Responder

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Em: 18/12/2015

Cris apesar de não feito comentários dos capítulos anteriores , quero te dizer que você esta de parabéns pelo romance. Acredite, não somente pela historia em si, mas por todo contexto, onde os verbos foram usados corretamente dando coerência a cada frase.

Essa interação entre todos os personagens foi magnifica. Parabéns!!

Estarei acompanhando o desfecho lendo a segunda temporada.

Bjs e tenha muito sucesso.

 

Darque


Resposta do autor em 19/12/2015:

Oi Darque

Obrigada, que bom que gostou, eu escrevo por hobby e fiquei muito feliz com o resultado lá no extinto ABCLes e agora aqui também, espero que tenha se divertido muito com as personagens.

Te aguardo na segunda temporada.

Beijos

Cris Lane

Responder

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Sia oliveer
Sia oliveer

Em: 22/11/2015

Oi Cris, adorando a história. Vc irá postar a 2 temporada ? Aguardo ansiosamente. Bjus


Resposta do autor em 29/11/2015:

Oi Sia

Que bom que está gostando.

Eu estou tentando postar, mas está apresentando um erro. Assim que conseguir resolver, colocarei a disposição.

Beijos

Cris Lane

Responder

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Ana Gil
Ana Gil

Em: 16/10/2015

Amei a maneira como acabou essa primeira temporada, ja estou shipando muito a Adriana com a Mariana. Essa Ana Paula não sabe oq quer da vida. Esperando ansiosamente a segunda temporada.


Resposta do autor:

Oi Ana

Primeira vez que você lê?

Espero que esteja gostando.

Vou começar a postar a segunda temporada para acalmar os ânimos, rs.

Bem vinda à leitura.

Beijos

Cris

Responder

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Maggie
Maggie

Em: 15/10/2015

Adorei !!!! Ansiosa já pela próxima temporada !!!!

 

bjos Cris !!!


Resposta do autor:

Oi Maggie

Vou começar a postar a segunda temporada para a alegria de vocês.

Espero que goste.

Beijos

Cris

Responder

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