gente....fiz um bocado de capitulo..só que pensei....são todos de uma unica pespectiva, então começei a fazer outros capitulos NA PERCEPÇÃO de ALICE.
Capítulo 12
Alice
Acordei com minha mãe abrindo a porta do meu quarto bruscamente gritando:
- acorde Alice, você não vai faltar aula entendeu?
- mas mãe, eu estou com cólica. ( reclamei)
- não quero saber, você já está atrasada, não me faça voltar aqui.
Levantei-me com dor, mas a dor não era nada comparada a ameaça de minha mãe. Mesmo com meus 18 anos recém-completados, eu não era considerada uma pessoa de atitudes, não me protegia dos abusos constante de minha mãe, acreditam que ela me obrigou a namorar com Kevin, um garoto que ela considerava um bom partido, ele era rico e vinha de uma família conservadora igual a minha, e eu ? eu não fiz nada, por que? Por medo de minha mãe.
Toda a minha vida foi assim, minha mãe puxava as cordinhas e eu obedecia sem reclamar como todo fantoche. Até que conheci a mulher da minha vida, É isso aí, MULHER.
Tomei café da manhã em um clima hostil e fui direto ao meu colégio.
Cheguei atrasadíssima, fui correndo do estacionamento até o meu bloco, isso me deixou descabelada e toda suada, parei e pensei.
já estou atrasada mesmo!!
Então comecei a andar normalmente. Foi quando sentir meu corpo tremer ao me aproxima da sala, ignorei e prossegui até adentrar a sala pedi desculpas pelo atraso foi quando me viro e meu mundo triste cria vida.
Meus olhos percorreram seu rosto angelical, parecia um anjo de porcelana, foi quando me deparei com um azul que lembrava-me o céu límpido. Meu corpo caminhou em sua direção, não consegui párar, algo me puxava em sua direção. Seu cabelo era de um tom de loiro que eu nunca havia visto, sua pele era branca igual a neve e seus lábios estavam marcados com um batom vermelho, corei ao imaginar aqueles lábios aos meus.
Inclinei-me em sua direção, consegui ouvir a sua respiração entrecortada, sentir seu halito que parecia hortelã e pude sentir um odor que nunca sentir antes, mas era maravilhoso, observei seus olhos se fecharem a espera de algo, um beijo? Não, olha para mim! não sou nada comparado aquela deusa.
- desculpe, mas você está sentada na minha cadeira. ( disse sorridente, mesmo sabendo que essa não era minha carteira)
Seu rosto tomou um rubor que me fez estremecer.
- perdoe-me, não irá mais acontecer ( disse ela em um tom doce e suave e um sorriso que me fez desfalecer )
Ela levantou-se graciosamente e sentou-se a cadeira ao lado.
Durante toda a aula ela me encarava, seu olhar era compenetrante e suave. Isso fazia-me esquivar de seus olhares ousado.
O tempo voou, e o intervalo chegou, saí em disparada da sala e nem sabia o porque.
Fui até a biblioteca e foi lá que refletir.
Meu deus! O que eu estou fazendo? Porque estou sentindo isso? e por que uma mulher? Minha mãe vai me deserda se souber! E o que os outros iriam pensar? Iria ser a vergonha da família!
E foi com esses pensamentos que fui em direção ao banheiro, olhei-me no espelho e constatei o obvio. Eu estava um horror, meus cabelos estavam um fuá, meus olhos constatavam olheiras enormes e para piorar tinha essas sardas que faziam-me parecer que estava com uma catapora eterna. Sentir um tremor percorrer todo o meu ser, mas ignorei e continuei a me olhar ao espelho. Estava tão absorta em meus pensamentos que espantei-me com as vozes de algumas garotas entrando no banheiro, virei-me para a saída e a vi, me olhando com aqueles olhos que me roubavam a alma. Fui em sua direção, não conseguia pára, parecíamos dois polos diferentes que quando estavam próximo se atrariam, ou melhor, me atraria.
- oi ( disse com uma segurança, que me surpreendeu)
- o.....oi (disse gaguejando)
Como ficava fofa ela envergonhada.
O que eu estou pensando?
Olhe para mim!
Mesmo que fosse possível uma relação entre nós.
Porque uma beldade dessas iria querer algo comigo?
-bom tenho que voltar para aula. ( disse ela fria)
-posso ir com você? ( perguntei como se não conseguisse conter as palavras)
-não ( disse seca)
Essa rejeição sem motivo me irritou profundamente. E pela primeira vez não abaixei a cabeça e não escondi minha irritação.
- por que?
- porque eu não quero. ( disse com desdém e sai antes que eu pudesse retrucar )
Fiquei a observando se afastar.
Entrei na sala de aula e estava vazia, eu estranhei mas mesmo assim sentei na minha carteira e fiquei a divagar.
Era 7:30h de uma manhã de domingo, que era passada fielmente em nossa igreja, onde o padre celebrava a missa costumeira, até que a atenção que antes era do padre, agora era de um casal gay que adentrou o recinto.
- o que essas COISAS vieram fazer aqui na casa do senhor? Não basta eles desrespeitar o senhor na rua, agora vem em sua casa esfregar isso na cara dele. ( disse minha mãe com desprezo).
Encolhi-me na cadeira, estava me sentindo a pessoa pior do mundo, eu já sabia da minha preferência por mulheres, pois sempre as admirava em segredo. Mas nunca tentei nada, tinha medo da reação de meus pais, se soubessem a verdade. Fiquei ouvindo as palavras de ódio de minha mãe pelo resto do dia, e a cada palavra proferida eu definava lentamente.
Passou-se alguns meses depois dessa aparição, e eu estava em uma depressão profunda, mas isso não era permitido pela minha mãe, que me internou em uma clinica onde me drogaram e tive um acompanhamento psicológico. Após minha melhora retornei a minha casa e tive que meti dizendo que eu tinha passado 4 meses visitando meus avos. Mesmo assim e ainda tinha minhas crises no meio da noite, então tive que retorna as pílulas que me faziam ter um sono sem sonhos.
Fim do flash back
Droga, hoje é segunda, tenho aula de educação física. Como eu pude esquecer?
Sai correndo pelos corredores mais que atrasada e em um passe de mágica já estava vestida com uma camiseta e um short colado que deixava minhas pernas. Ao me aproximar do ginásio, sentir meu corpo extremecer novamente, e já sabia que essa era a reação que meu corpo tinha quando estava próximo daquela garota arrogante.
Foi quando a vi, ela estava linda com aquele uniforme, cabelo impecável e um sorriso triunfal no rosto, meu corpo foi atraído em sua direção enquanto nossos olhos estavam em outro mundo, um mundo só deles onde o azul vivia em uma sintonia espantosa com o verde. Foi quando o vi, levantando um pedaço de madeira, me apavorei só consegui pensar e um grito expeliu de minha garganta.
Ela não.
-nãooooooooooooooooooooooooo.
E a vi cai ao chão, o professor foi contido por um dos alunos e eu estava aos pés da loira que tinha uma expressão angelical, estava chorando compulsivamente, não poderia perde-la, não poderia, uma dor aguda tinha se assolado no meu peito. O Troi a segurou no colo e correu em direção a enfermaria.
-Não posso ficar ( disse ele a contra gosto, isso me irritou mas logo passou )
- eu fico ( disse controlando o choro)
- está bem.
Helena estava a examinando e disse.
- você não quer ir se acalma?
- Não, quero que ela acorde.
- calma querida, ela sofreu um baque e tanto, já sei, porque você não pega as coisas dela para quando ela acorda não precise ir buscar.
Dei meia volta a contra gosto e fui em disparada para o ginásio peguei suas coisas e divaguei.
Droga, e se ela tiver tido um dano no cérebro, e se ela não acorda mais? gelei com esses pensamentos e resolvi ligar para ambulância.
Quando eu ia sair do ginásio, encontro o treinador Norman encostado na porta com um olhar longinco. Meu sangue ferveu e meu único pensamento foi.
Ele a machucou
Quando dei por mim, minha mão estava cerrada em um punho que deferi em seu peito, ele pareceu nem sentir e minha raiva só aumentou.
Preciso protegê-la.
Ela parece tão frágil.
- se você ousar tocar em um fio de cabelo dela. Eu acabo com você. ( disse com um ódio que eu nunca senti antes.)
Voltei correndo, precisava vê-la, toca-la, protegê-la. Foi quando uma dor em minha mão me despertou de meus devaneios, resolvi ignorar e adentrei a sala rapidamente e as palavras foram saindo de mim sem controle.
- como ela esta? Já chamei uma ambulância. Ela já deve chegar. Ela vai fica bem? Porque ela ainda não acordou?
Fui em sua direção e me ajoelhei em sua frente.
Precisava toca-la.
Contornei seu rosto com a ponta de meus dedos sentindo sua pele macia e me embriagando com seu perfume. Ouvi ela suspirar e me deparei com um azul límpido. E mais uma vez, nos teleportamos para o mundo onde só o verde e o azul existiam.
-hum, eu preciso fazer o curativo da senhorita Black. ( ouvi a voz de helena dizer)
Recuei e ela continuou.
- Alice, querida, acho que não será necessário uma ambulância, só precisamos convocar alguém que acompanhe a senhorita Black até sua residência, pois ela já está liberada. Caso ela esteja de acordo.
Uma alegria me invadiu, com a possibilidade de acompanha-la.
Seu sobre nome é Black ?
Droga, nem sei seu nome.
- a ambulância eu dispenso, e a companhia também. (disse ela direcionando as ultimas palavras olhando para mim, com uma voz dura)
Ingrata
- tudo bem, só que você e seus responsáveis teram que se apresentar a diretoria amanhã, pois querem conversa sobre a discussão com o treinador Norman.( disse helena após terminar o meu curativo)
- não tem problema ( disse ela dando de ombros, levantando da maca e indo em minha direção)
Como pode ser tão arrogante e tão linda ao mesmo tempo?
- poderia me entrega a minha mochila? ( disse ela com a Mão estendida e um sorriso caloroso nos lábios fazendo meu corpo desfalecer com a proximidade)
Eu não há entendo.
- cla....claro (disse gaguejando estendendo a mochila e um sorriso surgiu em meus lábios)
- obrigado ( disse ela caminhando rumo a saída)
Meu corpo estava estático e meus pelos arrepiados.
- você não vai atrás dela? ( perguntou helena)
- você a ouviu, ela não quer minha companhia, ( disse triste ao lembrar de suas palavras)
- olhe para mim,(a olhei no fundo dos seus olhos) algumas pessoas passam a vida toda a procura de sua alma gêmea, e você a encontrou tão no....
- quem disse que ela é minha alma gêmea? ( disse apavorada)
- não é preciso dizer, só precisam olhar para vocês, até aqueles que lhe veem lendo jornal na fila do pão sabem que encontraram o amor.
Descolori nesse momento. Enquanto ela só sorria.
- não desista da Isabelle Black.
Isabelle? Então esse é seu nome.
Lindo que nem ela.
Bebel, minha bebel.
Não ouvi mais nada, sai correndo em busca da minha ´alma gêmea` que não me queria por perto.
- esperaaaaaaa ( disse quando a avistei)
Parou de caminhar e esperou.
- o que você quer? (disse ela em um tom sarcástico)
- você. ( disse segura )
O que eu to fazendo?
- vo....você não pode ir embora sozinha, deixa que eu te levo. (Disse insegura)
-não, não precisa, eu to de bike e posso ir sozinha. ( disse com um sorriso de canto, e com uma voz suave que me fez meu coração disparar)
- você deixa a sua bike no ginásio, e você vem comigo no meu carro. ( disse com uma voz segura e irredutível).
Fomos ao ginásio e depois fomos pega meu carro.
Eu observava o transito exageradamente, para evitar olha-la, pois já bastava tê-la perto que fazia meu corpo vibra, e seu cheiro invadia as minhas narinas me fazendo perde o sentido. Já que não queria atropelar ninguém, pois matar é algo que eu nunca seque cogitaria em fazer, nem sei se teria coragem para tal ato. Então resolvi foca no transito inexistente.
- serio que você vai para o colégio de bike? ( disse espantada pelo quanto é longe sua casa da escola, deve ser exaltante.
- sim, por que ? ( disse ela incomodada)
Será que ela pensa que irei julga-la pelo seu poder aquisitivo?
- você mora muito longe para ir de bike. Parece que você percorrer um percurso e tanto em. Ao menos você emagrece. ( disse com um sorriso para desmanchar o mal entendido)
Emagrecer? Não fala besteira Alice! Ela parece uma escultura que foi esculpida por Michalangelo com intuito de expressar beleza.
-chegamos ! ( exclamou ela)
Olhei os imensos portões de sua casa, se ela tem dinheiro, porque não vai de carro a escola ?
Adentrei a propriedade e vi que parecia que tinha uma mansão no meio da floresta. Adentrei até chegar ao fim e saímos do carro. Chegando a portão, ficamos nos encarando até que percebo sua expressão de dor que rapidamente se recompõem.
- você está bem mesmo? ( perguntei preocupada)
- sim estou bem ( disse ela seca)
Deve está mesmo, pois já começou a me dá patada.
- você não vai me pedi desculpa? ( disse tentando faze-la percebe que isso me magoava)
- pelo que? ( disse ela sarcástica)
Além de fria e grosseira ainda é cara de paú?
Eu mereço!! Só pode ser castigo.
Olha que nem lembro de te jogado pedra na cruz.
-por ter sido uma grossa e insensível hoje mais cedo. ( respondi irritada)
- eu não fui grossa, eu fui fria. E respondendo a sua pergunta. NÃO, eu não irei me desculpar. ( disse ela debochada)
- por que? ( disse vermelha de raiva)
Ela se aproximou tão próximo que pude sentir seu halito de hortelã, meu corpo vibrou com sua aproximação. Quando ia cerrar os olhos para receber seu beijo ela diz.
- porque eu não quero.
E entrou em sua casa.
Fiquei irada por ela ter me torturado. Fiquei irada pela sua insensibilidade e principalmente por não ter me beijado.
Então automaticamente cuspi entre destes
- FILHA DA PUTA. ( que gerou uma crise de risos naquela....naquela...há)
E saí batendo a porta do carro para fora daquele lugar. Quando estava distante fui refletir sobre meus atos. Eu nunca, nunca, nunca mesmo, tinha se que cogitado falar um palavrão em toda minha vida, e só foi a bebel chegar que eu falei meu primeiro palavrão.
Cheguei em casa e fui almocei com minha família.
- como foi o seu dia ? ( disse mamãe ríspida )
- normal ( disse com um sorriso forçado).
E foi o fim do nosso dialogo. Eu e minha mãe não éramos próximas, desde pequena só me julga e me aponta os defeitos, se um dia eu tiver um filho, eu nunca farei o que minha mãe fez comigo.
Depois fui fazer minhas lições , pois tinha que passa no vestibular para medicina, sempre amei medicina, cuidar das pessoas e salvar vidas.
Quando dei por mim, estava tarde e fui deitar.
Minha mente começou a divagar sobre o dia de hoje e cheguei a uma conclusão.
Ela desperta o pior de mim.
E adormeci.
OBS DA AUTORA : O TRECHO EM QUE HELENA DIZ ´até aqueles que lhe veem lendo jornal na fila do pão sabem que encontraram o amor.` É UMA MUSICA DA BANDA:
BANDA: LOS HERMANOS
MUSICA: ÚLTIMO ROMANCE.
Fim do capítulo
espero que gostem....e se a visão da alice estiver muito parecido com a da isa.
me falem, que eu dou um jeito nos proximos capitulos.
bjs
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]