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Simplesmente Aconteceu - 1ª Temporada por Cris Lane

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Palavras: 5151
Acessos: 4717   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 19

Adriana estava ha uma semana para começar o curso, estava muito frio ainda, é final de inverno nos Estados Unidos, ela só saia do alojamento para ir até o departamento médico fazer as sessões de fisioterapia para a sua recuperação, e para fazer as refeições. Viviane já conhecia a universidade inteira de tanto que rodava o dia todo, já fizera amizade com outros brasileiros que também estudavam por lá. E já tinha ido a pelo menos três festas chegando completamente bêbada no quarto.

 

Adriana já percebeu que seria complicada a convivência com a companheira de quarto, ela estava ali para estudar, e Viviane não, ela foi apenas para tirar férias dos pais.

 

Duas situações tão diferentes, Adriana estava louca para se reaproximar de seus pais e a colega fazendo o contrário, realmente a vida nos prega várias peças.

 

Uma tarde, Adriana voltava da fisioterapia e encontrou com Viviane no corredor, ela estava indo para um pub assistir a um jogo de futebol com alguns brasileiros que já conheciam o local.

 

-- Amiga, que bom que eu te encontrei, nós estamos indo a um pub aqui perto da Universidade, não quer vir conosco? Você não saiu desse quarto desde que chegamos aqui.

 

-- Eu não sei, minha perna sempre dói muito quando eu saio nesse frio.

 

-- Nós só vamos sentir frio no caminho. Lá é aquecido também.

 

-- Vem conosco, você vai gostar do lugar.

 

Falava um dos colegas de Vivi. O rapaz estava mesmo de olho em Adriana.

 

-- Tem como esperar eu trocar de roupas então?

 

-- Claro, vamos lá, eu vou com você. Galera espere lá embaixo, daqui a pouco nós desceremos.

 

-- Tudo bem. 

 

As duas foram para o quarto, Adriana reforçou o curativo de sua perna operada, colocou uma calça e a bota ortopédica por cima, duas camisas, um casaco e um sobre tudo, ela odiava sentir frio.

 

-- Nossa, se vier esse frio todo que você está esperando, eu vou virar pinguim.

 

-- Cara, eu estou me sentindo uma banca de roupas em uma loja de departamentos.

 

-- Para que tanta roupa?

 

-- Eu odeio sentir frio, esse curso poderia ser em alguma universidade na Flórida, lá tem praia e um pouco de calor.

 

-- Relaxa, mais alguns meses e o verão chega por aqui.

 

-- O verão deles é o nosso inverno, eu acho que eu estou me arrependendo de ter vindo para cá.

 

Viviane riu do desânimo da amiga, estendeu-lhe as muletas e a arrastou para o pub com os amigos.

 

Lá Viviane começou a beber como sempre vinha acontecendo, e Adriana preferiu um refrigerante pois ainda tomava remédios por conta da cirurgia, todos assistiam a um jogo de futebol americano, tipo de esporte que Adriana não gosta muito, então ela estava ali apenas para se distrair mesmo, fez algumas amizades e conversou com alguns alunos que estavam ali para o mesmo curso de especialização.

 

Dispensou alguns carinhas que se aproximavam e tentavam alguma coisa mais intima, ela não estava mesmo com vontade de se envolver.

 

Já era noite quando Adriana convenceu Viviane de voltar para a universidade, a menina já estava completamente bêbada, um dos meninos se prontificou a levar as duas para o prédio, já que Drica não podia amparar Vivi que estava completamente alcoolizada.

 

Chegando ao quarto, Adriana agradeceu ao rapaz que foi muito prestativo e abriu a porta do quarto com alguma dificuldade, tinha as duas muletas e ainda amparava Viviane.

Adriana já estava irritada com a irresponsabilidade da garota, ela não se comportava desse jeito, e ainda ter que cuidar de alguém nesse estado com dificuldades por causa de sua recuperação não foi o que ela esperava para essa viagem.

 

Enquanto ela se livrava da armadura que colocara para sair no frio das ruas de Boston, Viviane se desmanchava no banheiro de tanto vomitar, Adriana com pena foi ao banheiro tentar ajudar a companheira de quarto.

 

-- Viviane, você está bem?

 

-- Não muito.

 

A garota quase não conseguia falar, estava sentada ao lado do vaso sanitário com cara de fantasma, completamente pálida.

 

-- Levanta daí, vai tomar um banho.

 

-- Se eu conseguisse eu faria isso, mas o chão está rodando mais que um peão embaixo dos meus pés.

 

-- Ai, Eu não acredito nisso, você veio para cá só para fazer besteiras? Eu não disse que você tem cara de quem só faz merd*? Vem, levanta comigo.

 

Com certa dificuldade, Adriana conseguiu levantar Viviane, ajudou a ruiva a se despir, aquela aproximação estava deixando Adriana nervosa, há meses ela não fazia sex*, seu corpo estava reclamando dessa ausência. O toque na pele quente de Viviane a deixou arrepiada, o que fez com que a morena recuasse em alguns momentos, o perfume de Vivi entrava pelo nariz de Drica a deixando completamente desconcertada.

 

Ao deixar a ruiva desnuda percebeu um corpo bonito, não é malhado, mas com tudo no lugar, os seios médios e um bumbum arrebitado, chamaram a atenção da morena, que tentava desviar o olhar e os pensamentos daquela cena enquanto colocava a colega no chuveiro.

 

Vivi estava tonta e quando pisou no box escorregou e ao tentar se apoiar só conseguiu se agarrar no pescoço de Drica que amparou a outra junto ao seu corpo, com o peso de Vivi e a falta de apoio com o pé operado Drica não conseguiu segurar todo o peso e caiu para trás junto com Viviane.

 

As duas estavam deitadas no banheiro pequeno Vivi nua sobre o corpo de Adriana, ela conseguia sentir a respiração da outra em seu pescoço, Drica estava quase cedendo à tentação de tocar aquele corpo de um modo sexual.

 

Viviane bêbada e agora envergonhada levantou a cabeça para se desculpar com Adriana, e ao encontrar o olhar firme da morena exalando desejo ficou desconcertada, os olhos castanhos da contadora penetravam nas duas esmeraldas de Viviane, que ficou por segundos encarando Drica.

 

Sem pensar nas consequências de seus atos, Viviane venceu o espaço entre as bocas e beijou Adriana, de uma maneira desordenada, Adriana que estava carente e saudosa de sentir novamente os lábios de uma mulher deixou o beijo acontecer e em seu instinto, soltou as muletas no chão e passou a explorar o corpo de Viviane que estava completamente nu sobre ela.

 

Os cabelos vermelhos de Vivi caíam sobre o rosto de Drica, e elas não cessaram o beijo, suas mãos percorriam as costas de Viviane descendo até sua bunda e apertava sua carne, aquele contato era lascivo, carnal, passional, era o corpo controlando a razão. 

 

Ambas descobriam um mundo de possibilidades, Adriana percebeu que seu envolvimento com Ana Paula não foi somente por ser Ana Paula, ela estava sim, atraída por outra mulher, e estava sentindo prazer com isso, Viviane desbravou sua sexualidade e deixou que seus instintos mais curiosos fossem explorados, sua curiosidade veio a tona com a grande ajuda do seu estado alterado pela bebida.

 

No auge do desejo, Adriana colocava sua mão entre as pernas de Viviane para explorar o seu sex* sentindo o mel que escorria por entre suas pernas, quando a garota saiu de cima da morena subitamente e voltou para o vaso para uma nova seção de conversa com o utensilio, o que acabou com o tesão de Adriana é lógico. Ainda deitada no chão ela não acreditava que isso estava acontecendo com ela.

 

-- Ai, o que eu estou fazendo? – cobria o rosto com as mãos --

 

Adriana levantou-se com dificuldade dentro do banheiro pequeno, e tentou ajudar a amiga novamente, conseguiu colocar Viviane no chuveiro e deixou a garota tomando uma ducha fria para melhorar o porre. Saiu do banheiro e sentou na cama sentia algumas dores pelo tombo que levara com Viviane no banheiro. Sentada na cama, ela se lembrou das sensações que sentiu ao tocar o a pele quente de Vivi e logo se arrepiou, seu sex* estava pulsando ainda, se jogou no colchão e tapou a cabeça com o travesseiro, pensava em Ana Paula era ela quem a morena queria mas a distancia e sua situação indefinida estavam empurrando Drica para viver novas experiências.

 

Ao sair do banheiro enrolada na toalha, Vivi estava visivelmente sem graça, e bem melhor do porre do que quando chegou, ela viu Adriana naquela posição e achou que a morena tinha ficado brava com o beijo que lhe dera.

 

Adriana ouviu os passos dela pelo quarto, e levantou.

 

-- Você está melhor?

 

-- Sim. – os cabelos molhados caíam pelo seu rosto--

 

-- Você é bem pesada hein! – passava as mãos nas costas -- 

 

Viviane acabou rindo da cara que Adriana fez. Ela falava um pouco embolado por conta da embriaguez.

 

-- Adriana, me desculpe, você não pode pegar peso, e eu hoje passei dos limites com você, eu não tive a intenção de te beijar. Eu acho que foi a cerveja quente.

 

-- Olha, relaxa, eu só estou com um pouco de dor nas costas, não machucou o meu pé. E quanto ao beijo, tudo bem, eu estava mesmo precisando disso.

 

Viviane olhou assustada em sua direção. Adriana nem se deu conta que deixara escapar essa constatação. 

 

-- Você é lésbica?

 

-- O que?

 

-- Você é Lésbica?

 

-- Eu? Não, quer dizer, eu não sei, ai, talvez.

 

-- Nossa, e depois eu que estou bêbada. – colocava a mão na cabeça --

 

-- Vivi se veste e vai dormir, amanhã você vai acordar melhor.

 

-- Eu duvido, eu vou é acordar com uma puta ressaca.

 

Viviane nem se deu ao trabalho de se vestir, deitou de toalha mesmo, e já caiu roncando, dormiu no mesmo instante que encostou a cabeça no travesseiro. Adriana ainda levantou para retirar a toalha molhada e cobrir a menina para que ela não sentisse frio.

 

Ligou o notebook e rezava para encontrar alguma amiga on line. Na verdade sua vontade era encontrar Ana Paula. Mas não havia ninguém, enviou um e-mail para o irmão, e outro para as amigas, e resolveu tentar dormir.

 

Olhou a amiga na cama ao lado e sorriu moleca ao lembrar-se da cena do banheiro, mais pela comédia pastelão do que do beijo que aconteceu, mas ela não pôde esquecer esse fato, afinal seu corpo se manifestou intensamente com o toque de Vivi.

 

No dia seguinte ao acordar percebeu que Viviane ainda dormia pesado, com certeza ela acordaria com uma baita dor de cabeça. Drica levantou com dificuldade para apoiar o pé no chão, pegou suas muletas e foi para o banheiro, depois de um bom banho para acordar ela resolveu sair para tomar café, quando voltou para o quarto, Viviane ainda estava em sono profundo, Adriana trouxe um copo de café forte e um sanduiche para a amiga, e para completar o combo anti ressaca um analgésico para a dor de cabeça.

 

Com o barulho da porta Viviane acabou acordando, mal conseguia abrir os olhos com tamanha dor de cabeça.

 

-- Vivi. –Drica chamou a colega de quarto-

 

-- Oi. – Vivi respondeu manhosa sem abrir os olhos-

 

-- Eu trouxe um café para você. 

 

-- Eu não sei se eu consigo beber, minha cabeça está doendo e minha boca parece que está cheia de moedas.

 

Adriana riu da amiga, sabia muito bem como era essa sensação.

 

-- Eu sei, por isso eu trouxe um analgésico também, eu sabia que você ia acordar mal.

 

-- Nossa, você é perfeita mesmo hein!

 

Mais uma vez Adriana ouvia esse elogio, Ana também costumava dizer isso da morena, e ela foi logo transportada para aquele universo paralelo onde Ana hoje é apenas uma lembrança de momentos bons.

 

-- Eu não sou perfeita não e levanta daí para tomar um banho que isso vai levantar a sua moral e depois tomar esse café que eu trouxe, está bem forte.

 

Viviane enfim abriu os olhos, Adriana fechou a persiana para deixar o quarto mais escuro e a ruiva levantou indo em direção ao banheiro, foi quando percebeu que ela estava nua.

 

 

-- Onde estão minhas roupas? – tapava os seios com uma das mãos, e a outra tapava o sex*--

 

-- Você dormiu assim. – Adriana tentava evitar o contato visual --

 

Viviane tentava catar alguma coisa para cobrir o corpo desnudo, não sabia se cobria os seios ou seu sex* e Drica não deixou de notar mais uma vez as curvas da colega, ela ria da cara de ontem que Viviane fazia, até que a ruiva puxou um lençol da cama e se enrolou nele.

 

-- Eu dormi assim? Eu não acredito nisso.

 

-- Pode acreditar. Foi um sacrifício para te colocar no banheiro.

 

-- Minha nossa, eu ainda estou bêbada. – sentou na cama --

 

-- Você quis beber o bar inteiro, eu fiquei preocupada de você passar muito mal e eu não conseguir te socorrer.

 

-- Amiga desculpe, eu não posso fazer isso com você, eu te levei para a maior roubada não é?

 

-- Comigo você não fez nada, tirando o nosso tombo no banheiro que ainda dói minha costela, o resto foi só você mesmo que passou mal.

 

-- Nós caímos no banheiro?

 

-- Caímos. Você não se lembra?

 

-- Não, eu tenho alguns flashes, mas parece que eu sonhei.

 

Adriana então constatou que Viviane não se lembraria do beijo, o que acabou aliviando a morena, ela estava pensando como lidar com aquele momento que Viviane a questionaria sobre o beijo.

 

-- Desculpe, você se machucou? Machucou o seu pé?

 

-- Não, só as costas, quando bati no chão.

 

-- Ai minha nossa, bêbado só faz merd*. 

 

-- Na hora eu fiquei nervosa, e chateada, mas já passou, pelo menos você não vomitou em cima de mim, conseguiu sair a tempo.

 

-- Eu caí em cima de você? Espera um pouco, eu me lembro disso. Eu achei que eu tinha sonhado.

 

Viviane de repente fez uma cara de espanto, arregalou os olhos e olhou na direção de Adriana, esta percebeu que a ruiva se lembrou do beijo e já começou a ficar vermelha. Com os olhos arregalados a menina olhou para Adriana e constatou que pelo semblante sem graça da morena sua memória não pregou uma peça, o beijo realmente aconteceu.

 

-- Eu vou tomar um banho.

 

Viviane saiu tropeçando no lençol, quase caiu na porta do banheiro enquanto Adriana permaneceu no quarto, e sentou-se na cama enquanto Viviane tomava o seu banho. A ruiva finalmente voltou ao quarto com os cabelos molhados, vestindo um short e uma camiseta.

Adriana estava lendo seus e-mails, e quando Viviane sentou na cama ela a lembrou do café.

 

-- Vivi, o seu café já deve estar frio, bebe e toma o remédio.

 

Viviane sem amaciar a carne já foi direto ao ponto.

 

-- Adriana eu te beijei ontem.

 

O coração de Drica saltou do peito, ela ficou logo vermelha denunciando o fato.

 

 

-- Vivi, você se lembra do que aconteceu?

 

-- Eu lembrei, nós caímos no banheiro, eu caí em cima de você e eu te beijei. E você me beijou.

 

-- Desculpe Vivi, é que eu vi você ali sobre mim, e você me beijou, eu estou tão carente e há meses que eu não saio com ninguém, eu cedi aos meus instintos. Eu esperava que você não fosse se lembrar.

 

-- Tudo bem, eu que fui culpada, eu não deveria ter bebido daquele jeito. Eu não sei o que deu em mim.

 

-- Você não está chateada comigo?

 

-- Por que eu deveria estar? Você que deve estar me odiando eu te levei para um bar para assistir futebol americano, eu fiquei bêbada, eu fiz você passar vergonha, caí em cima de você e ainda beijei você na boca. Não tinha mais nada de ruim para eu fazer.

 

-- Você se esqueceu de mencionar que quase vomitou em mim enquanto me beijava.

 

-- Eu esqueci esse pequeno detalhe. Desculpe, eu também ando tão sozinha, eu não fiquei com ninguém ontem, eu me excedi com a proximidade e o álcool que corria nas minhas veias.

 

-- Você se sentiu sozinha porque não ficou com ninguém ontem? – ria – 

 

-- Foi, eu sou muito beijoqueira, não admito terminar uma noite sem beijar na boca. – gesticulava enquanto pegava o remédio para tomar --

 

-- Você já tinha beijado uma mulher antes?

 

-- Não. – bebeu o remédio e um gole do café – Mas isso está quente ainda. Ai.

 

-- O que achou?

 

-- Do café? Está quente.

 

-- Não, do beijo. – balançava a cabeça – 

 

-- Eu não sei dizer, eu só lembro a cena, mas eu estava muito bêbada para lembrar-me da sensação, desculpe.

 

-- Tudo bem deixa para lá.

 

O assunto foi encerrado, Viviane visivelmente envergonhada, mas no fundo ela gostaria de lembrar-se das sensações que aquele beijo lhe ofereceu, e Adriana por sua vez, lembrava muito bem e se surpreendeu ao perceber que queria sentir novamente o toque daqueles lábios quentes que a tomaram com tanta voracidade naquele banheiro. O que Adriana já estava prevendo era a dificuldade que seria dividir o quarto com tamanha tentação na cama ao lado e não poder saciar o desejo que se instalara dentro de si. 

 

*************

 

No Brasil, Ana Paula seguia com a sua luta para definir sua vida com Gisele e manter o escritório, com tantas interrupções da loira durante o dia no seu trabalho. Ana Paula se preparava para ir ao fórum participar de uma audiência quando recebeu um sms de Gisele. Ela retornou para a namorada para saber se o conteúdo da mensagem era correto.

 

-- Alo.

 

-- Gisele, você vai vir para Niterói?

 

-- Sim, eu já estou saindo de casa.

 

-- Tudo bem, eu estou indo para o fórum, eu tenho uma audiência agora à tarde, de lá eu vou para casa, vai direto e me espera lá em casa.

 

-- Tudo bem então. Beijos meu amor.

 

-- Beijos.

 

Com a ausência de Adriana, Ana estava deixando o relacionamento com Gisele acontecer, ela estava carente e Gisele mais uma vez utilizou seu poder de manipulação para reconquistar a namorada, ela estava passando mais tempo com a advogada, estava mais carinhosa, parou de fazer ameaças, mas ainda não fazia movimentação para a separação com o Bruno.

 

Gisele foi direto para a casa de Ana Paula e chegando lá, encontrou Camila saindo para a Faculdade, a irmã de Ana não gostava nem um pouco da relação das duas, mas engolia Gisele, mal cumprimentou a loira e a deixou em casa sozinha, Gisele deu de ombros, sabia que a garota não a suportava, mas ela não estava ligando para isso. 

 

Gisele foi para o quarto de Ana Paula e se instalou por lá. Viu o lap top da loira sobre a cama e ligou o aparelho para bisbilhotar, começou a olhar os e-mails, entrou no MSN da advogada para ver se tinha alguém, e ao acessar os e-mails da loira ela percebeu que Ana recebera algumas mensagens de Adriana com amenidades e expressando a saudade que a morena sentia, ela não teve dúvidas, pegou o ultimo e-mail enviado pela morena e respondeu como se fosse Ana Paula. Enviou o e-mail e apagou os vestígios do seu feito para que Ana não percebesse essa movimentação. Desligou tudo e ligou a TV para esperar pela namorada.

 

Ana Paula chegou em casa e viu o carro de Gisele parado em frente ao portão. Suspirou fundo e entrou, ao guardar o carro na garagem recebeu uma ligação de Isadora.

 

-- Oi Isa.

 

-- Oi amiga, tudo bem? Você está onde?

 

-- Eu estou chegando em casa, acabei de sair de uma audiência.

 

-- Ah, eu pensei que você poderia estar aqui pelo Centro ainda, eu ia te chamar para beber alguma coisa.

 

-- Ai amiga, hoje não vai dar, Gisele está aqui em casa me esperando.

 

-- Você ainda está com essa mulher? Eu me lembro de te ouvir dizer que terminaria tudo quando Drica partisse.

 

-- Isa, ela está mudada, ela está passando mais tempo aqui comigo, eu acho que agora vai dar tudo certo.

 

-- Eu espero que você não se decepcione novamente, pois é só o que essa maluca faz com você.

 

-- Tudo bem Isa, eu sei me cuidar.

 

-- Você quem sabe. Beijos.

 

Isadora desligou o telefone inconformada, como Ana ainda conseguia ficar com uma mulher que tornou a sua vida um inferno? O amor realmente é muito cego. Mas para Ana Paula o amor é o desconhecido, e Gisele fazia parte disso, era ela quem a fazia suar, quem tirava o seu fôlego e fazia o seu coração bater acelerado quando escutava sua voz. A única pessoa capaz de provocar os mesmos sentimentos nela era Adriana que não estava ali naquele momento.

 

Ao entrar no quarto Ana viu Gisele deitada na cama assistindo TV. 

 

-- Oi meu amor.

 

-- Oi Gi.

 

-- Até que não demorou muito. Você chegou rapidinho.

 

-- O transito está bom.

 

-- Eu não ganho um beijo?

 

Ana Paula abraçou a namorada e beijou sua boca, não tinha mais o entusiasmo de antes mas ainda existia uma chama viva em seu peito, bastava a outra proferir as palavras corretas para acender o fogo de Ana.

 

Depois de algumas tentativas para terminar o namoro, e várias cenas de ciúmes provocadas pela namorada, Ana não resistiu à pressão imposta sobre si, e acabou cedendo ao joguinho feito pela outra. Como ela fazia escândalos, Ana se iludia achando que era amor, a mulher atenta na vida profissional, parecia uma criança ingênua quando o assunto era sua mulher.

 

Gisele estava mais gentil, mais presente, passava mais tempo com a advogada, o que fez com que Ana pensasse que essa historia estava se encaminhando para um desfecho favorável para a sua felicidade.

 

As duas pediram pizza e ficaram em casa assistindo filme, Gisele finalmente dormiu na casa de Ana Paula o que deixou a advogada muito entusiasmada, ela voltou a sorrir e se sentir bem ao lado de Gisele. Era como se a terra girasse e tudo o que Gisele fizera de ruim no passado foi apagado, todas as ameaças, a chantagem e o relacionamento voltara ao inicio quando elas eram felizes.

 

Ana fazia planos, e Gisele os alimentava para ganhar sua confiança novamente, mas como sempre nunca agia, só planejava e nunca colocava os planos em prática.

 

Alguns dias depois:

 

-- Gi eu estava olhando alguns apartamentos para irmos visitar. Eu separei três que eu achei melhores e o preço do aluguel está mais acessível, podemos ver no sábado o que você acha?

 

-- Pode ser sim, eu venho para cá na sexta- feira e vamos cedo ver o que você escolheu.

 

-- Perfeito, tem um aqui em Piratininga, e dois em Santa Rosa.

 

-- São todos aqui em Niterói? Não podemos ir morar no Rio?

 

-- Gisele, eu trabalho aqui em Niterói e o aluguel aqui é mais barato do que no Rio, por que eu vou morar lá no Rio se minha vida é toda aqui?

 

-- Eu gosto mais de lá.

 

-- Eu gosto mais daqui, e para mim aqui é mais perto, você não precisa se preocupar com isso, não está trabalhando.

 

-- Ana, assim você me ofende, é isso que você pensa não é, que eu não trabalho que eu vou ficar nas suas costas, só por que eu não vou te ajudar por enquanto eu não posso dar minha opinião.

 

Como sempre Gisele já estava manipulando a loira.

 

-- Gisele não distorce as coisas, não foi isso que eu quis dizer.

 

-- Tem certeza, pois para mim pareceu que foi. – cruzou os braços--

 

-- Claro que não, você fica ai se fazendo de vitima, sempre distorce o que eu falo, como você ficará em casa, não faz diferença onde nós vamos morar, mas para mim faz.

 

-- Quer saber, vai olhar o seu apartamento sozinha, eu não vou mais, você só está pensando em você mesmo.

 

-- Ai que drama, faz o seguinte, procura algum apartamento no Rio então e veremos o que é melhor. – jogou o jornal sobre a cama --

 

-- Jura?

 

-- Sim, tenta encontrar algum dentro do preço que eu te falei. Fora isso eu não tenho condições de arcar.

 

-- Tudo bem eu vou olhar.

 

-- E o seu divorcio? Já entrou com o processo? 

 

-- Ai Ana, lá vem você de novo com essa historia de divorcio, eu estou providenciando tudo, daqui a pouco dou entrada.

 

--Gisele você está providenciando isso ha quase um ano, não é possível que ainda falte algum documento.

 

-- As coisas não são simples como você pensa.

 

-- Gisele eu sou advogada, esqueceu? Eu sei que não são simples mas também não é nenhum monstro do lago Ness. Eu poderia dar entrada nesse processo para você, traz os documentos para eu olhar e eu te digo o que fazer.

 

-- Eu vou ver o que eu vou fazer. Agora esquece esse papo de burocracia besta e vem aqui.

 

Gisele puxou Ana Paula pela mão fazendo com que ela deitasse ao seu lado, beijou a advogada, com desejo, e foi demonstrando suas intenções ao deslizar suas mãos pelo corpo de Ana, ela aceitou as investidas de Gisele e retribuiu as carícias da namorada, um calor incontrolável subiu pelo seu corpo.

 

Suas mãos tomavam conta do corpo da amada, passeando pela sua pele quente, o beijo passou a ser feroz, com uma urgência sem igual. As peças de roupas começaram a ir parar no chão, sentaram na cama e Ana encaixada entre as pernas de Gisele passava as mãos pelos seus ombros e descia até a cintura da namorada e quando subia novamente passava pelos seios deixando a loira louca. Ambas falavam obscenidades ao ouvido da outra Gisele arranhava as costas da advogada e nesse vai e vem continuo as duas chegaram ao orgasmo juntas.

 

Ana forçou o corpo sobre Gisele fazendo com que as duas caíssem na cama e ela deitou ao lado da namorada. Ainda ofegantes, as duas trocavam carícias e beijos enquanto se recuperavam. Ana já estava se preparando para recomeçar o ato quando Gisele levantou e começou a se vestir, Ana a observava, e teve que questionar.

 

-- Gi, por que você está se vestindo? 

 

-- Ué, porque não posso ficar pelada na sua casa.

 

-- E você vai aonde? 

 

-- A lugar nenhum.

 

-- Eu vou perguntar de novo, por que você se vestiu? – cruzou os braços contrariada --

 

-- Tem que ter motivo?

 

-- Isso está parecendo papo de bêbado. Gisele, só porque nós goz*mos uma vez não significa que temos que encerrar a trans*, você está parecendo aquele cara que goz* e vira para o lado para dormir.

 

-- Daqui a pouco nós voltamos, eu preciso de um tempo para me recompor.

 

Ana não acreditava naquilo, Gisele sempre tinha alguma particularidade, Ana estava completamente excitada pronta para uma nova sessão de amor e a outra jogou um balde de água fria na loira.

 

Ana permaneceu deitada em sua espaçosa cama de casal, se enrolou no lençol e ligou a TV, enquanto via Gisele ligando o lap top. Ao que o celular da namorada tocou, era o Bruno e ela atendeu como uma coisa normal.

 

-- Oi Bruno.

 

...

 

-- Não meu amor, eu estou na casa de Ana Paula.

 

 

-- Meu amor? – Ana se perguntava indignada --

 

 

-- Você comeu? Eu deixei tudo pronto era só esquentar.

 

...

 

-- Ah sim, estava gostoso? Que bom que você gostou. Sua farda está engomada no closet.

 

...

 

-- Mas o que é isso? – Ana não acreditava naquele diálogo –

 

 

-- Ah você vai ter que viajar amanhã? Entendi. Poxa, eu não queria pegar transito a noite. Eu ia dormir por aqui.

 

...

 

-- Tudo bem então até mais tarde.

 

 

Ana Paula não acreditava no que via. A forma como Gisele tratava o marido, como ela queria se separar se ela ainda cuidava dele como uma criança, mais uma vez ela se sentiu enganada pela namorada.

 

 

-- Ana eu tenho que ir para casa. – levantou e começou a guardar suas coisas --

 

-- Gisele você não vai ficar comigo?

 

-- Bruno vai viajar amanhã eu vou para casa ficar com ele. – trocava de blusa --

 

-- É assim que você está se separando? – cruzou os braços --Cuidando dele como uma criança.

 

-- Lá vem você de novo com essa história, o modo como eu falo com ele é problema meu. – pegava a bolsa-- 

 

-- Eu sou uma otária mesmo Gisele, vai correndo para Bruno, vai embora de uma vez.

 

-- Eu te ligo quando chegar em casa.

 

Ana não respondeu, levantou e foi para o banheiro, colocou um short e uma camiseta e ficou lá dentro sentada na tampa do vaso até ouvir Gisele sair do quarto, nem se deu ao trabalho de leva-la até o portão.

 

Ana levantou e chorou encostada na pia, tentava imaginar por que ela sempre se envolve nas teias de Gisele, por mais que a loira melhore por um tempo, sempre acontece alguma coisa para atormentá-la. Ana saiu do banheiro e ao chegar ao quarto olhou o computador ligado e lembrou que recebera um e-mail de Adriana, sentiu saudades da morena e sentou para olhar o texto, estranhou, pois não encontrou mais o e-mail na caixa de entrada, pensou até que havia se confundido. Resolveu deitar e esquecer o amargo que ficou na garganta com mais uma que Gisele aprontara.

 

O amor realmente é muito imprevisível, não escolhemos a pessoa amada, apenas a encontramos, algumas pessoas manipulam esse sentimento de uma forma que entendemos que na verdade ele nunca existiu para elas, causando um efeito colateral em quem se apaixonou por esse amor bandido: solidão e infelicidade.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 19 - Capítulo 19:
Lea
Lea

Em: 25/01/2023

Vamos aos fatos: a Gisele está grávida, só acho. Pela atitude dela de não ficar nua dia te da Ana Paula,depois do sexo.

Esse casamento nunca que vai acabar.

Tenho dó da Ana Paula,por saber exatamente como é viver assim.

Só espero que a Ana Paula não se afunde,porque a Gisele só quer saber de luxo. Nem o Bruno ela deve amar!

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