Capítulo 26
Os Anjos Vestem Branco - Capítulo 26
Na Barra da Tijuca.
-- Você é uma irresponsável Vic. Sair assim sem avisar - Thiago reclamava da atitude da gaúcha - Devia estar tão bom que nem lembrou desse imprestável aqui, né?
-- O tempo foi passando e o clima estava tão bom que confesso, me esqueci de ligar - Victória saiu do banho enrolada na toalha e como estava passando o jornal, sentou no sofá para assistir.
-- Esquecemos mesmo - Bruna vinha da cozinha com um pote de sorvete na mão - Ligar para você seria a última coisa que passaria pelas nossas cabeças.
-- Não fica emburrado, Thiago. Eu até que lembrei, mas depois dormimos e já era.
-- É verdade amor. Eu lembro de você fazendo aaaiiiii, uiiiiiii, liga para o Thiago amor, mais, mais, liga vai, liga -- fazia gestos como se estivesse se masturbando.
-- Que pouca vergonha - sentou no sofá menor.
-- Não faz assim bebê. Senta aqui com a Vic -- Bateu a mão no sofá ao seu lado - Não provoca o Thiago.
-- Papa sorvete. Vou jogar uma praga em você, fazer um despacho você vai ficar gorda que nem uma baleia.
-- Vic. Está escutando né? Ele está vuduzando a minha pessoa - olhou para Vic.
-- Está fazendo birra? Se joga no chão - o rapaz levantou do sofá e pegou o controle de cima da mesa.
-- Thiago chega. Vai mandar watsapp para o Ric vai - levantou e foi para o quarto se vestir.
-- "Thiago vai mandar watsapp para o Ric vai" - Thiago falou baixinho, imitando Victória.
-- VIC O THIAGO TE IMITOU - Bruna berrou da sala.
-- Espera Thiago. Já estou indo - Victória falou do quarto.
-- Você é uma peste Bruna - Jogou-se novamente no sofá e mudou de canal, colocando no futebol - Só a Vic para pensar que você é um anjinho - riu debochado.
-- Meu vô também acha.
-- Ele deve ser um velho gagá - trocou de canal.
-- Deixa lá Thiago. Quero secar o Flamengo.
-- Não gosto de futebol e a tv é minha - colocou na novela.
-- Thiago que coisa mais feia - Victória sentou ao lado de Bruna no sofá - Deixa meu amor, vou comprar uma de 52 polegadas e colocar lá no quarto - deu um beijo na boca da loirinha.
Thiago deu de ombros, como se não tivesse nem aí.
-- Aonde que mora esse seu avô gagá, Bruna?
-- Avô? Você não me contou nada do seu avô Brú - pensou um pouco - Péraí. Por acaso ele não é o doutor Sontag o esposo da falecida doutora Helena?
-- Ele mesmo. Depois que vovó morreu, ele foi embora para a Alemanha. Há uma semana atrás decidiu que sairia viajando pelo mundo. E nesse momento nem sabemos em que parte do mundo ele pode estar - colocou o pote de sorvete vazio sobre a mesa.
-- Que velhinho porreta - Thiago falou com um sorriso no rosto.
-- Depois da morte da vovó, ele ficou um bom tempo deprimido.
-- Eu conheci o seu avô Brú. Ele era um amor com todos os funcionários. Sem contar que era apaixonado pela sua avó. Não me admira ter ficado tão deprimido.
-- Posso contar uma piada de velhinho?
-- Não - Thiago respondeu rápido.
-- Pode sim amor. Não liga para o Thiago.
-- Um velhinho chega na farmácia e, enquanto esperava para ser atendido, ouviu uma moça dizer:
- Por favor, me dê um mamex!
O velhinho ficou intrigado e perguntou:
- O que é mamex?
O farmacêutico respondeu:
- É um remédio para endurecer os seios.
E o velhinho sussurra:
- Ah! Então o senhor me dê um pintex, por favor!
Todos os três riram da piada.
Victória levantou do sofá e com um sorriso de canto a canto convidou:
-- Vamos tomar um café?
A noite no Leblon.
-- Até que enfim lembrou que tem família branquela - Sabrina estava sentada no sofá com Priscila.
-- Boa noite para você também Sabrina - foi até o sofá e deu um beijou no rosto dela e de Priscila - Só vim porque amanhã tenho plantão logo cedo no hospital da Barra, e minhas coisas estão todas aqui.
-- Também tenho plantão amanhã. Senta aqui - Sabrina afastou-se um pouco para ela sentar ao seu lado.
-- Fala - sentou desconfiada.
-- Não precisa me olhar com essa cara como se eu fosse pedir algo emprestado.
-- Em poço que tem piranha macaco bebe água de canudinho.
-- Credo Bruninha.
-- Depois dessa do anel de noivado fiquei com medo de você.
-- Acho que eu me passei um pouco, mas que foi um baita de um investimento foi né?
-- Foi. Agora vou ter que adiar a compra do meu apartamento por mais algum tempo.
-- Não chora mana. Se você quiser pode usar a herança que a vovó Helena deixou para nós duas.
-- Não. Esse dinheiro estou guardando para outra coisa.
-- Segredo Bruninha? - Sabrina puxou a loirinha e a abraçou.
-- Segredo absoluto. Principalmente depois de ver que vocês adoram tomar decisões por mim.
-- Nós estávamos somente tratando dos detalhes da festa de noivado de vocês.
-- Sério? E o que resolveram? - Interessou-se pelo assunto.
-- Tudo! -- falou com empolgação e olhos brilhando.
-- Tudo?
-- Exatamente -- sacudiu a cabeça sorrindo, confirmando -- Tudinho.
Bruna olhou para Priscila que só deu de ombros.
-- Não deixaram nada para mim?
-- Nada. Inclusive enviamos até o convite para a noiva -- falou com uma empolgação e com um contentamento enorme, sorrindo de alegria.
Bruna olhou novamente para a irmã.
-- Não olha assim para mim -- abanou a cabeça, sacudiu as mãos, e pôs-se de pé - Eu avisei que era para deixar ao menos a roupa para você escolher.
Bruna arregalou os olhos ao ouvir aquilo, por essa ela não esperava.
-- Ainda bem que guardei o anel no cofre -- apoiou a cabeça no encosto do sofá - Ao menos vou poder colocar o anel no dedo dela.
-- Não vai convidar a mamãe?
-- Vou. Mesmo achando que ela não irá -- após um tempo, ela se virou e o olhou para Sabrina. Cruzou os braços e perguntou irônica: -- E você, Zé Gotinha da Petrobrás, me conta mais sobre os preparativos para a festa.
-- É o seguinte...
No dia seguinte na Barra...
-- Mona entregaram esses dois envelopes lá na portaria. Um está endereçado a mim e o outro a você e a Bruna - entregou o envelope lacrado e endereçado as duas e ficou com o dele na mão - Estranho né?
-- Muito. Deixe-me ver - abriu o requintado envelope com cuidado para não rasgar e leu em voz alta.
ANUNCIAMOS QUE A ERA DE SOLTEIROS ACABOU!
VOCÊ ESTÁ CONVIDADA PARA NOSSO NOIVADO.
SERÁ DIA: 16/05/2015.
ÁS 21:00.
LOCAL: ANGRA DOS REIS. AVENIDA VEREADOR BENEDITO ADELINO 115
PRESENTE: UMA ROSA.
-- Que dó Thiago, olha só, esqueceram de colocar o nome dos noivos - Thiago olhava o seu convite.
-- É verdade, um convite tão lindo com uma falha dessa. Como iremos em uma festa de noivado sem saber quem são os noivos?
-- Simples. Não iremos - Victória jogou o convite sobre a mesa.
-- Talvez a Bruna saiba Vic. Mais tarde perguntamos para ela.
No hospital da Barra.
-- E se ela não quiser ir Brina?
-- Ela vai sim. Sabe porquê? Porque você vai, e se conheço a Vic, ela não vai deixar você ir sozinha - Sabrina andava pela sala com aquele andar de pensador, as mãos cruzadas nas costas - Sem contar que Thiago e Ric também vão.
-- É. Você tem razão. Ela vai - concluiu convencida.
-- Doutora Bruna - a técnica de enfermagem dirigiu-se a loira - Temos uma paciente que a doutora Sandra pediu que encaminhássemos para você.
-- Você sabe porquê?
-- Ela foi estuprada. A doutora Sandra não quer que ela seja atendida por nenhum dos outros médicos.
Bruna levantou.
-- Vou lá - suspirou fundo e saiu.
Bruna entrou no consultório calmamente. Não queria assustar a garota. Imediatamente após uma violência sexual, a mulher está precisando desesperadamente de apoio emocional; sua autoestima e seu ego podem ter sido feridos com mais gravidade que qualquer lesão física que possa apresentar. Portanto, ela precisa de uma pessoa que mostre simpatia e compreensão, disposta a escutar com respeito e interesse e preparada para dar apoio emocional.
Bruna puxou uma cadeira e sentou ao lado da mulher.
-- Vilma - a médica a chamou baixinho.
A garota levantou a cabeça mostrando nos olhos toda a sua tristeza.
-- Para que você não tenha que repetir a mesma história a diversas pessoas, fazendo-a reviver a horrível experiência, vou fazer uma descrição detalhada da violência em uma ficha única que será usada por todos os profissionais que te atenderem. Concorda comigo?
A garota somente sacudiu a cabeça concordando.
As vítimas da violência sexual esperam mais que a simples aplicação de protocolos. Esperam receber um atendimento digno, respeitoso e acolhedor e que as protejam. Cabe ao médico e demais profissionais de saúde o reconhecimento de seu importante papel, com um exercício ético e responsável de medidas protetoras de sua saúde e de seus direitos humanos.
-- Vilma você consegue me contar com detalhes tudo o que aconteceu? Não tenha pressa. Posso ficar contigo o tempo que for necessário - sorriu tentando ganhar a confiança dela.
Deu certo. Ela olhou para Bruna e começou a contar:
-- Foi na saída da faculdade. Estava no ponto de ônibus...
Bruna escutou a história e documentou detalhadamente no prontuário. Usou as próprias palavras da vítima e sem atribuir nenhum juízo referente à aparência ou ao comportamento da mulher.
Depois de controlada a crise emocional Bruna pediu o consentimento para o exame físico.
-- Vilma, eu preciso fazer o exame físico. O exame físico tem dois objetivos. O primeiro é de obter as provas de que precisa o sistema judicial, e o segundo é para identificar as lesões que requerem tratamento.
-- Tudo bem doutora. Se é realmente necessário - falou um pouco mais tranquila.
-- É necessário. Vou precisar da presença de outra pessoa. Pode ser uma enfermeira ou uma outra mulher da família que esteja te acompanhando. O que você prefere?
-- Pode ser uma enfermeira doutora. Estou com vergonha até de olhar para a minha mãe.
-- Está certo. Vou chamar uma enfermeira. Já volto.
O exame deve incluir o estado geral e sinais vitais, exame dos membros na procura de traumas, inspeção da face e couro cabeludo, pescoço, tronco e mamas. Com paciente em decúbito dorsal examinar o abdome, pernas, face interna das coxas e as nádegas.
-- Vilma, o próximo passo é realizar o exame ginecológico. Esse exame será feito por um ginecologista.
-- Não quero ser atendida por outro médico doutora - agarrou a mão de Bruna e apertava tão forte que chegava a doer.
-- Olha Vilma, se faz você sentir-se melhor, eu posso te acompanhar. É o máximo que posso fazer.
-- Obrigada doutora - sorriu pela primeira vez.
Primeiro é realizado o exame ginecológico e anal para identificar eventuais traumas nos genitais externos e no ânus. A seguir realiza-se exame ginecológico especular e digital na vagin* e no cérvix. Realizar exame retal somente se indicado, incluindo nesse caso a proctoscopia, se for necessário. Anotar e classificar cuidadosamente todas as lesões traumáticas identificadas. Colher amostras que possam identificar o agressor, tais como pêlos, cabelo, unhas, sangue, sêmen, fragmentos de pele (nas unhas da vítima).
Testes laboratoriais para sífilis, hepatite B e C, HIV, Clamídia, gonorreia, Trichomonas e HPV e para o de diagnóstico de gravidez devem ser feitos na admissão e serem repetidos posteriormente durante o seguimento. Ocasionalmente podem estar indicados exames radiográficos, tomografia ou ultrassonografia.
Tratamento
Deve incluir o tratamento das lesões físicas que possam estar presentes e a prevenção de gravidez e de doenças de transmissão sexual.
-- Você deve estar exausta de tantos exames, não é mesmo?
-- Estou doutora - estava deitada em uma cama no setor de observação - Pensei em desistir e correr para casa.
-- Acredito. Mas agora falta pouco Vilma - sentou em uma cadeira ao lado do leito - Vou prescrever algumas medicações. O levonorgestrel que é o anticoncepcional de emergência, mais conhecida como pílula do dia seguinte, já foi administrado.
-- Fico mais tranquila. Sabe que essa é a minha maior preocupação.
-- Tem algumas lesões presentes que deverão ser combatidas com antibióticos, analgésicos, soro e vacina contra o tétano.
-- Estou tão envergonhada, humilhada, que não sinto nenhum tipo de dor física.
-- Vilma vou te encaminhar para o ambulatório do seu bairro. Eles vão te oferecer tratamento psicológico pelo tempo que for necessário. A Prefeitura tem disponível um serviço de psicologia para onde encaminhamos os pacientes - entregou a receita e o encaminhamento para Vilma.
-- Obrigada doutora Bruna - pegou na mão de Bruna e levou até a boca - Nunca esquecerei de você.
Bruna levantou e ia caminhando até a porta, quando Vilma a chamou.
-- Bruna -- chamou bem baixinho - Você é um anjo.
-- Porque você está falando isso? - Sorriu.
-- Porque os anjos vestem branco. Você é um anjo nascido sem asas, é o que há de mais bonito, nascer sem asas e fazê-las crescer.
Ela não falou nada apenas gesticulou um tchauzinho com a mão e saiu.
Assim que chegou no conforto médico procurou pelo celular. Haviam umas dez ligações de Victória. Retornou a ligação na hora. Podia ser algo importante. No segundo toque ela atendeu.
-- Oi amor. Desculpe não ter atendido... estive ocupada o dia inteiro... estou saindo agora, assim que chegar em casa te ligo... te amo.
Mais tarde no Leblon.
-- Boa noite família - Bruna falou em voz alta.
O clima não estava nada bom. Depois de vários dias fora de casa Nestor finalmente apareceu. Estavam jantando em silêncio.
-- Demorou mana. Vem jantar com a gente.
-- Estou sem fome mana - beijou a mãe, o pai e a irmã - Vou tomar um banho, mais tarde roubo alguma coisa na cozinha - subiu os degraus correndo. Queria sair dali o mais rápido possível.
Tomou um banho demorado e caiu na cama. Pensou em Vilma e em tantas outras mulheres.
Precisamos olhar o estupro como um crime de cunho social. Não é apenas a violência de um indivíduo contra outro; o contexto social precisa ser melhor avaliado. E os responsáveis pela nossa segurança precisam se preparar melhor para tratar de assunto tão delicado.
Há dois anos, o policial canadense Michael Sanguinetti deu uma super dica para as mulheres se protegerem de estupros: "parem de se vestir como vadias". As mulheres não se calaram; a partir desse comentário absurdo do policial, surgiu a Marcha das Vadias. De Toronto para o resto do mundo.
Dormiu com esse pensamento.
Na Barra.
-- Conseguiu falar com a Bruna Vic?
-- Ela me ligou. Estava terminando o plantão e indo para casa.
-- Comentou sobre o convite que recebemos ontem?
-- Conversamos muito rápido não deu tempo para isso - passava hidratante pelo corpo - Prometeu que ligaria mais tarde.
-- Estou tão curioso - Thiago já havia pensado em todos os amigos possíveis.
A campainha tocou e ele foi atender.
-- Oi amor. Entra - Thiago recebeu Ric com um beijo.
-- Oi - sentou no sofá e olhou para os lados - Aonde está a Vic?
-- Lá dentro.
-- Vocês receberam um envelope contendo um convite de noivado?
-- Aquele convite anônimo? - Buscou o convite e entregou para Ric -- Recebemos.
-- O que você acha? Vamos ou não?
-- Se eu não for morrerei de curiosidade - esfregou as mãos impaciente.
-- A Adriana e a namorada também foram convidadas.
Victória chegou na sala vestindo um roupão branco e de cabelo revolto.
-- Que linda. Esperando a doutora loirinha?
-- Oi Ric. Acho que a doutora loirinha não quer falar comigo hoje - sentou no sofá emburrada - Não atendeu o celular o dia inteiro. Prometeu ligar mais tarde e não ligou.
-- Hí. Será que o anjinho começou a colocar as asinhas de fora? - Thiago provocou.
-- Até parece. A Bruninha é louca por essa gaúcha - Ric tranquilizou a morena.
-- Em todo caso é melhor me garantir - Victória levantou-se, foi até o quarto e voltou com o celular na mão.
-- O que você vai fazer?
-- Vou ligar para ela - já estava discando.
-- Que feio Vic. Ela não disse que ligaria? Não confia nela?
-- Nela eu confio Thiago. Não confio nas amiguinhas dela - o celular chamou uma, duas, três vezes e nada. Caiu na caixa. Victória desistiu.
Andou pela sala com o celular na mão.
-- Credo Vic que neura. A menina deve estar ocupada com algo - Thiago nunca havia visto a amiga assim.
-- Vou até lá - foi para o quarto.
Thiago foi atrás.
-- Há tá. Vai bater na porta e perguntar para a doutora Débora: A Bruninha está sogrinha? - Deu uma gargalhada.
Ricardo apareceu na porta.
-- Ele tem razão Vic. Olha, se te faz sentir-se melhor, eu ligo para a Priscila e pergunto pela Bruninha. Tenho certeza que ela deve estar impossibilitada de atender.
-- Claro que me faz, tchê - falou grossa.
Ricardo pegou o celular e ligou para Priscila.
-- Oi Priscila. Tudo bem? ... preciso falar com a Bruninha. Ela está? ... há, tudo bem então, amanhã eu ligo para ela. Beijo... - desligou.
-- E aí? - Victória quase pulou no pescoço de Ricardo e sacudiu.
-- Ela foi em uma festa com as amigas do hospital - falou com cara de riso.
-- O QUE? - Berrou - REPETE.
-- Calma. Estou brincando. A Priscila falou que ela chegou do hospital e não quis nem jantar. Deve ter deitado e dormido.
-- Viu. Tadinha da menina e você pensando besteiras.
-- Você fala assim porque não é com você. Se o Ric fizesse isso, aposto que faria a mesma coisa, ou pior.
-- Isso é falta de confiança - Ricardo falou olhando para Thiago.
-- Digam o que quiserem. Não é ciúmes nem insegurança, eu só cuido do que e meu - saiu pisando pesado em direção ao quarto.
-- Coitada da Bruninha. Vai apanhar tanto - Thiago abraçou Ricardo e o puxou para o sofá.
De manhã no Leblon...
-- Bom dia mãe! - Bruna sentou para o café.
-- Bom dia filha - dobrou o jornal e colocou sobre a mesa - Acordou cedo hoje.
-- Tenho muitas coisas para fazer - serviu-se de suco e preparou um pão com geleia - Vou até Angra com a Sabrina e a mana.
-- Que programa gostoso. O dia amanheceu lindo, com certeza vão se divertir muito. Que inveja.
-- Na verdade mãe, é sobre isso que preciso falar com a senhora -- estava com receio de contar e ela não entender.
-- Fala filha - incentivou.
Bruna respirou fundo e despejou:
-- Eu vou pedir a Victória em noivado -- falou rápida e ficou encarando a mãe, esperando a reação dela com imensa preocupação e curiosidade.
http://www.scielo.br
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
Fim do capítulo
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mickah
Em: 15/10/2015
Puxa a Bruna é mesmo corajosa de falar pra mãe sobre o pedido, ma sinceramente acho que a dona Débora não ira ser um problema pra bruna atéarrico em dizer que ela pode até se alegrar pela feliidade da filha, mesmo que a felicidade de sua filha se chame Victória. Agora sem duvidas quem não gostar nenhum um pouco e saber é o pai dela o Dr Nestor. o que será que ele fara quando souber da intenção de sua filha em relação ao noivado? espero que nada. bom agora só nos resta aguardar o próximo cap. QUE ALIAS ESTOU AMANDO KKK BJS
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