--Nossa! Nunca pensei que fosse viver pra ver isso. Doutora Nathalia Albuquerque, a toda poderosa, abrindo a porta do carro alguém.

--Boa tarde pra você também Doutora Maria Eduarda Boaventura.

--Boa tarde minha fada! Não vai me apresentar sua amiguinha?

--Primeiro lugar não sou sua fada, segundo ela não é minha amiguinha e sim minha namorada e o nome dela é Tatiana. Se nos der licença precisamos ir que estamos atrasadas.

--Eu imagino, a mãe dela deve brigar se ela chegar tarde em casa.

--Não seja ridícula e grosseira Eduarda.

--Tem uma semana que você veio pra cá e já ta namorando, duvido que tenha me esquecido tão rápido.

--Eu não te esqueci tão rápido, eu fui te esquecendo quando ainda estava com você, e quando te esqueci terminei tudo. Lembra? Já faz dois anos isso.

--Ai, Nathalia será que você não percebe que uma relação de anos como a nossa não acaba assim. Quando eu recebi essa proposta de trabalho, resolvi aceitar porque tudo no Rio me lembrava você. Então resolvi tentar recomeçar minha vida em outro lugar. Quando vi você aqui, vi que não adianta tentar fugir e que foi o destino que me trouxe pra te encontrar.

--Muito lindo tudo isso que falou, diria até poético, se eu não conhecesse você e soubesse de tudo que é capaz. Entenda de uma vez por todas que acabou e não tem volta. Me deixe em paz.

Nathalia entrou no carro e acelerou, ja tinham saido da rua do hospital e Tati permanecia calada. Nath passou a mão em seu rosto e falou:

--Está tudo bem princesa. Ela não vai ficar entre a gente.

--Não foi o que ela acabou de dizer Nath.

--Confia em mim, uma hora ela cansa.

Nath levou a levou até o Pré, ficou feliz por seu vidro ser escuro, assim  pode dar uns amassos em sua namorada. Estava louca de saudade.

--Eu te pego as dez.

--Vou estar aqui te esperando. -Tati deu aquele sorriso que iluminava a vida de Nathalia e saiu em direção ao prédio do curso.

Nath foi direto pra casa, precisava tomar um banho e relaxar. Assim que entrou foi logo ligar o som, a musica sempre a acalmava, entrou no boxe abriu o chuveiro e deixou a água cair sobre sua cabeça para afastar a lembrança da pequena discussão com Duda. Aquelas brigas desnecessárias deixavam Nath esgotada.

Colocou um vestido soltinho e uma rasteirinha, fez um coque frouxo no cabelo deitou no sofá e ficou pensando em Tati. Como estava sendo lindo desde que se conhecerem, que estava apaixonada, isso ela já sabia. Mas sentia que era mais que isso, que era amor o que estava sentindo. Nunca havia sentido nada parecido por ninguém, não era só tesão ou bem querer, era vontade de cuidar, proteger, amar como se não houvesse mais nada no mundo.

Nunca se sentiu assim em relação a ninguém, sentia falta dela em cada minuto que passavam separadas.

Quando Nath começou exercer a medicina, muitas residentes davam em cima de dela mas nunca ficou com nenhuma por serem mais novas. A bem da verdade Eduarda tinha sido a mulher mais nova que ela tinha ficado.

Agora estava encantada com uma menina de 25 anos, namorando feito adolescente e feliz da vida com isso.

A hora passou voando, Nathalia saiu de casa as 9:45, assim entrou no carro seu celular tocou e ela não pode deixar de atender.

--Oi meu amor, que saudade de ouvir sua voz. -Nath falou toda derretida.

--Tenho visto o quanto sente… desde que foi pra essa cidade não me liga mais, não manda uma mensagem, nada. se eu não ligo fico sem falar com você. -Bia falou bem brava.

--Minha princesa, o trabalho é novo e você está cansada de saber como é vida de médica, prometo que assim que tiver uma folguinha vou no Rio e a gente passa o tempo todo juntinhas.

--Promessas e promessas, não aguento mais isso. Fazer o que? Eu espero você vir até aqui.

--Bia eu preciso ir mesmo, tenho um compromisso de trabalho agora as dez e estava no carro quando me ligou. Eu te amo meu amor.

--Eu também te amo muito doutora Nathalia. -Bia falou pra irritar a Nath

--Você sabe que não gosto que me chame assim, beijos e juízo. -desligou o telefone sem que bia tivesse chance de retrucar

Quando chegou em frente ao Pré Tati já estava na porta esperando, parou o carro para que ela entrasse, se beijaram demoradamente até que uma buzina as tirou do tão gostoso beijo.

--Oi princesa, como foi a aula? -Nath ria feito criança da travessura das duas, sabia nao podia estacionar ali mas nao resistiu a sua amada.

--Foi boa e acho que vou precisar da minha professora particular.

--Hum, não precisa pedir duas vezes vou adorar estudar com você.

--Nath eu to com fome, com toda aquela confusão na saída do hospital, não consegui comer antes da aula, até sai mais cedo, só que preferi te esperar.

--Claro princesa, vamos na pastelaria, adorei aquele pastel.

--Andou conhecendo a cidade sem mim dona Nathalia.

--Na sexta feira passei em frente e a Cris me chamou, acabei comendo lá com ela. Não ia ter tempo de fazer nada em casa. Estava muito ocupada preparando uma surpresa.

--Sei, você e a Cris vivem se encontrando sem querer.

--E você fica ainda mais linda quando está com ciúmes.

Foram na pastelaria pediram os pastéis pra viagem e uma coca cola. Aquela noite dormiriam no apartamento de Nath. Comeram entre beijos e carinhos, mas tinham que estudar e foram pra sala de video. Nath se sentou no sofá Tati sentou entre suas pernas. Ela estava com dificuldade em entender função, Nath explicou como fazia e logo ela estava terminando os deveres.

Tati foi tomar banho e para surpresa de Nath ela a convidou pra ir junto. Não pensou duas vezes quase entrou de roupa no boxe.

Tati começou a beija-la, o beijo foi ficando quente, ela gemia na boca de Nath a deixando louca. Esfregava seu corpo no dela, Nath já sentia suas pernas úmidas de seu liquido que escorria de tão molhada que estava.

Tati a empurrou contra a parede mordendo sua orelha e ch*pando seu pescoço, o corpo de Nath já começava a tremer de tanto tesão. Quando se deu conta do que estava acontecendo se afastou dela num impulso fazendo com que Tati se assustasse.

--O que foi Nath? Fiz alguma coisa errada? Não estava gostando?

--Estava gostando e muito. -sua voz ainda saía com certa dificuldade.

--Então por que parou.

--Minha linda, eu quero muito você, como nunca quis ninguém na minha vida. Sei que ainda não está segura pra dar esse passo e quero que quando aconteça seja o dia mais lindo da sua vida, das nossas vidas.

--Eu fui uma boba né? Estou insegura com a sua ex te rondando e achei que fazendo isso você não iria sentir falta e acabar correndo para os braços dela.

--Tati presta atenção, eu não sinto mais nada pela Duda, eu estou completamente apaixonada por você, te desejo muito. Só que sex* não é tudo e outra coisa, eu sei me virar sozinha. Não preciso de outra pra acalmar meu desejo por você.

--Desculpa Nath, eu sei de tudo isso, e acabei agindo dessa forma sem pensar, acabei te provocando e deixando você nesse estado.

--Quanto a isso não se preocupe, me espera na cama, pois realmente preciso resolver isso, também não sou de ferro.

Tati deu um beijo em Nath e saiu. O corpo se ascendeu de novo só com aquele beijo, Saber que ela estava na sua cama e aquele amasso que Tati tinha dado ajudaram a chegar lá bem rápido.
                                                                                                            Quando entrou no quarto sua amada já estava dormindo, deitou bem devagar para não acordar sua princesa, a abraçou e adormeceu em seguida.



***



A semana no hospital, foi bem corrida. Entre um paciente e outro Tati sempre ia dar um beijinho em Nath. Quarta feira teve reunião da galera no estupidamente gelada e elas preferiram não ir pois com certeza a Cris estaria lá e Eduarda também.

Sempre era colocado no quadro de avisos, o dia e a hora do encontro de funcionários. Por incrível que pareça a administração apoiava essa reunião. Depois que elas passaram a acontecer, o desempenho e o humor de muitos funcionários melhorou muito. O entrosamento fora do hospital refletia no dia a dia dentro do hospital.

Na quinta feira pela manhã Tati disse que aquele era o fim de semana que ela sempre ia pra campos. Nath tentou deixar não transparecer mas ficou triste na hora. Sabia que esse dia chegaria, mas só em pensar de ficar 3 dias sem ver sua loirinha seu coração já apertava.

--Que carinha é essa meu amor? -o sorriso de Nath abriu de orelha a orelha.

--Você me chamou de amor Tati?

--Chamei, você é meu amor Nathalia.

--Ganhei meu dia, você é linda sabia?

--Não sabia e você ainda não me respondeu.

--Nada demais, só que vou sentir sua falta. To acostumada a te ver todos os dias.

--E quem disse que não vai me ver.

--Tati, Campos fica a 3 horas daqui. Não vou poder ir te ver todos os dias.

--Você pode ir comigo, e assim me vê todos os dias. -ela falou com aquele sorriso sapeca.

--Como assim? E sua família?

--Já avisei a mamãe que minha namorada vai comigo, ela está doida pra conhecer a nora dela e já até armou um passeio.

--E eu sou a última a saber de tudo isso. -falou fingindo estar magoada.

--Era surpresa, mamãe só conseguiu fazer as reservas ontem a noite e me avisou agora de manhã.

--Então está perdoada.

--Eu sei um jeito de fazer você me perdoar. -Ela avançou em Nath fazendo cosquinhas, ela implorava pra Tati parar, isso só aconteceu quando caíram deitadas na cama cansadas daquela farra.



***

                                                                                                          Nathalia cancelou sua agenda de sexta feira e Tati pediu folga. Aproveitaram pra arrumar as coisas e ir mais cedo pra Campos.

--Você não me disse pra onde vamos e nem o que devo levar.

--Roupas leves e bem a vontade, biquine e chinelos. -ela falou rindo da cara de Nath pois sabia que levaria um pra cada roupa.

--Muito engraçadinha, não precisa de nenhuma roupa mais formal?

--Não. A noite tem música ao vivo, boate e as vezes show na concha acústica, mas não precisa de super produção.

--To gostando desse lugar, posso saber onde é?

--Claro que pode meu amor, amanhã bem cedinho vamos para o SESC de grussaí, fica em São João da Barra, lá é maravilhoso tem uns chalés lindos. Você vai adorar!

--Já estou adorando. -Nath falou beijando e jogando ela em cima da cama.

Ficaram namorando a manhã quase toda, decidiram sair meio dia porque o transito na parte da manhã era ruim.

Passaram na casa de Tati pra pegar a mala dela e seguiram pra Campos. Pararam no primeiro restaurante da estrada e almoçaram, tinham ficado namorando e esqueceram da vida, quando se deram conta não dava mais tempo de preparar nada.

Chegaram em Campos quase quatro horas da tarde. Tati indicou o caminho, não era difícil de achar, ao entrar na rua indicada Nath se surpreendeu com as casas que ia vendo.

Não chegavam a ser mansões, mas eram casas grandes e luxuosas. Todas de dois andares estilo colonial e com piscina.

Tati explicou que a maioria das casas eram de veraneio, que os donos frequentavam nos feriados e férias.

--É aquela azul com branca, Tati falou apontando pra casa que ficava no fim da rua.

--Que linda Tati! Como conseguiu trocar esse paraíso?

--Como pode ver meus pais sempre tiveram boas condições, porém sempre quis ser independente. Por eles eu não trabalharia, continuaria morando aqui e estaria cursando engenharia como os dois fizeram. Assim assumiria a empresa da família.

--Porque você nunca me falou nada disso Tati?

--Sempre fui julgada e tratada como filhinha de papai e quando te conheci tinha esse lance de eu ser mais nova, eu quis que me conhecesse primeiro.

--Eu posso imaginar o que sente quando alguém diz que não precisa fazer nada.

--É horrível, esse foi um dos motivos que me fizeram mudar de cidade. Claro que meus pais me ajudam, pagam o aluguel da minha casa, mesmo contra minha vontade e me mandam uma quantia todo mês que eu nunca mexi.

--Estou surpresa com tudo isso, mas estou muito orgulhosa por ver todos os dias o seu esforço em trabalhar e estudar, por ter conquistado a chefia da recepção por seus próprios méritos.

--Eu tenho um sonho Nath, nunca contei pra ninguém. Quero abrir uma clínica particular, porém popular.

--Que lindo Tati! Você gosta mesmo de hospital né? -falou rindo.

--Gosto muito, pena que não tenha sangue frio pra ser medica ou enfermeira. Quando chega alguém machucado ou passando mal, eu começo a tremer. -ela falou rindo

--Você ficaria linda de jaleco.

--Isso eu posso resolver, um dia me visto de médica pra você, agora vamos entrar antes que alguém chame a policia. Um carro estranho parado esse tempo todo no fim da rua já deve estar deixando todo mundo apavorado. -ela disse debochando.

--Sim senhora, você é quem manda.

Tati desceu do carro parou em frente ao portão e interfonou, não demorou pra ele ser aberto.

Nath entrou com o carro e estacionou perto de outros três que estavam parados. Desceram e logo sua sogrinha se aproximou.

--Tá explicado o porque de você ter roubado o coração da minha filha.

--Mamãe! -Tati chamou a atenção dela.

--Boa tarde! Como vai a senhora?

--Melhor agora com a chegada de vocês, estava morrendo de saudades dessa minha filha desnaturada que só vem uma vez por mês. E sem essa formalidade pode me chamar de você, afinal é minha nora e filha também a partir de agora.

--Mamãe para com esse drama. -Tati falou abraçando e beijando a mãe. --Onde está o papai?

--Trabalhando minha filha, como não vai estar por perto, foi verificar todas as obras em andamento e depois ia na empresa assinar alguns papéis.

--Papai sempre desse jeito, não desliga nunca.

--Vamos entrar minhas filhas, mandei servir um lanche e o seu quarto está pronto pra receber vocês.

--Ta bom mamãe, vamos só deixar as malas e trocar de roupa, a Nath deve ta ansiosa pra começar o desfile de havaianas. -ela falou olhando pra Nathalia e rindo.

--Que desfile? Você é modelo? Achei que você fosse médica.

--Eu sou médica sim, sua filha que anda muito engraçadinha e implica porque tenho um chinelo de cada cor. -ela balançou a cabeça em afirmação entendo a brincadeira de Tati

Subiram e trocaram de roupa rápido. Foram em direção a uma porta lateral dando a volta na casa. Tinha uma mesa em frente a piscina com o lanche servido.

Lancharam animadamente conversando sobre a infância de Tati, da determinação dela em seguir um caminho totalmente diferente do que os pais queriam.

--Mãe, vou subir e tirar um soninho, a senhora sabe que depois que eu como gosto de dormir e hoje almoçamos na estrada e não dormi.

--Que bonito Tatiana vai dormir e deixar a Nathalia sozinha?

--Claro que não mãe, a Nath é tão perfeita que assim como eu dorme após o almoço. -ela falou sorrindo pra Nath.

--Nossa minha filha, nunca te vi assim tão apaixonada e tão feliz.

--Ela me faz muito feliz mamãe.

--Ela também me faz muito feliz dona Helena. -falou olhando pra Tati com cara de boba.

--Então subam e vão descansar, o jantar será servido as oito estejam aqui embaixo, você conhece seu pai minha filha.

--Tá bom mamãe pode deixar. -ela falou dando um beijo na mãe e Nath fez o mesmo subindo em seguida.

Quando entraram no quarto Nathalia foi logo agarrando e beijando Tati. Já estava louca de saudades daqueles beijos.

--Trate de se comportar dona Nathalia ou chamo minha mãe e digo que está abusando de mim. -ela falou morrendo de rir.

--Um dia você ainda vai implorar pra eu não te soltar. -falou fazendo cara de safada

--Não fala assim, meu corpo queima quando me olha desse jeito.-Tati falou com uma certa dificuldade.

--Parei minha princesa, vamos dormir um pouquinho, estou morrendo de sono.

--Só se for bem agarradinha.

Deitar abraçadinha com Tati dava uma paz tão grande a Nathalia, sentir o cheiro dos cabelos dela, o perfume que emanava da pele dela, tudo com ela parecia ser mágico.

Adormeceram bem agarradinhas, acordaram as sete e tínham pouco tempo pra se arrumar.

--Nath, vamos tomar banho juntas pra ser mais rápido. Papai detesta atraso no jantar.

--Então é melhor tomar banho separadas pois não resisto a você, ainda mais toda molhadinha. -falou fazendo aquela cara de safada.

--Você não tem jeito. -Tati falou rindo e entrou no banho.

Tati estava de costas Nathalia entrou no boxe agarrando ela por trás e beijando sua nuca. Tati soltou um gemido que fez Nath estremecer.

--Princesa, se continuar gem*ndo assim eu vou acabar perdendo o pouco juízo que ainda me resta.

--Já estou de saída, aproveita e toma um banho frio pra esfriar essa cabeça. -Tati deu um selinho e saiu a deixando sozinha.

Nath tomou um banho rápido, não queria aborrecer seu sogrinho, com muito sacrifício conseguiu terminar de se arrumar porque Tati a provocou o tempo inteiro.

--Boa noite família. -Tati falou pulando no colo do pai.

--Minha princesa! Que saudade, quase não acreditei quando sua mãe falou que você vinha. -seu Alberto falou

--Não aguentava mais de saudade, parece que esse mês passou se arrastando. -Tati disse ainda pendura no pescoço do pai.

--Você não vai me apresentar essa moça linda? -seu Alberto perguntou a Tati.

--Claro que sim, desculpe a minha falta de educação Nath. Pai essa é a Nathalia minha namorada. -ela falou e Nath engasgou na hora, “pai é sempre mais brabo”

--Muito prazer minha filha, seja bem vinda e cuida bem da minha princesa.

--O prazer é meu seu Alberto, o senhor pode ficar tranquilo que ela também é minha princesa.

--Muito bom, porque a Tatiana é meu tesouro. Agora vamos deixar esse seu pra lá, me chame de você minha filha.

--Pode deixar seu… quer dizer Alberto. -falou ainda se recuperando da situação.

--O jantar está servido. -dona Helena entrou na sala avisando

Jantaram em total harmonia, parecia que já se conheciam há anos. Terminaram o jantar e foram pra sala, o vinho estava uma delicia e partiram pra segunda garrafa.

Tati começou a bocejar, demonstrando o cansaço da viagem, Nath terminou sua taça de vinho e Tati logo se manifestou.

--Amor vamos dormir amanhã vamos acordar cedo.

--Vamos sim princesa. -falou baixinho totalmente sem graça com o jeito que Tati a tratava na frente de seus pais.

--Mamãe, papai estou indo dormir, até amanhã. - ela disse dando um beijo em cada um.

--Boa noite, pra vocês. -Nath falou acompanhando Tati.

Chegaram no quarto e Tati foi logo imprensando Nath na parede e a beijando.

--Perdeu o sono Tatiana? -perguntou sem entender.

--Perdi foi o juízo vendo você com essa blusa transparente a noite toda sem poder te tocar.

--Acho bom a senhorita trocar de roupa deitar e dormir se não eu que vou pedir socorro a minha sogra. -falou debochando da cara dela.

--OK, isso é golpe baixo, você venceu, vamos dormir. -ela falou levantando os braços e se rendendo.

Dormiram feito pedra, estavam realmente cansadas. Nath acordou com a mãe da Tati tentando acordar a filha e ficou morta de vergonha, Tati tava enroscada nela.

--Filha acorda já são seis horas. -ela falou mexendo nos cabelos de Tati.

Nathalia se mexeu da cama e ela se afastou. Resolveu tomar a iniciativa de falar e tirar a sogra daquela saia justa.

--Bom dia dona Helena!

--Bom dia minha filha, desculpe te acordar. E que conheço minha filha e pra tirar ela da cama é um sacrifício.

Tati se mexeu na cama e agarrou Nathalia mais ainda, não satisfeita deu um beijo e depois falou:

--Bom dia meu amor!

Foi dona Helena que respondeu:

--Bom dia minha filha, eu estou aqui. -falou fingindo estar zangada.

--Mãe, o que a senhora ta fazendo aqui?

--Vim te acordar, já está na hora.

--Ta bem mamãe já estou levantando.

Dona Helena saiu do quarto rindo e Tati já foi batendo em Nathalia.

--Por que você não me avisou que minha mãe estava aqui?

--Você não me deu tempo, foi me beijando sem nem abrir o olho.

--E você nem gostou né?

--Dessa vez não, sua mãe estava olhando pra mim quando você me beijou e não sabia onde enfiar a minha cara. Da mesma forma que não sei como vou encara-la o resto do dia.

--Amor, para de bobeira. Ela sabe que somos namoradas e tenho certeza que ela não acha que ficamos brincando de bonecas e vendo televisão no quarto.

--Ei garota, devolve a minha namora, minha princesa não tem essa mente pervertida.

--Então já que tenho a fama, vem tomar um banho gostoso comigo.

Tati falou e pulou da cama retirando a roupa e jogando em Nathalia, ela estava querendo enlouquecer a ruiva e estava conseguindo. Nath levantou e foi para o banheiro correndo atrás dela. Encostou ela na parede, falou bem próxima ao ouvido dela, puxando ela pra si.

--Tati para de me provocar, eu não sou de ferro.

--Quem disse que eu quero que você seja?

Nath não falou mais nada, foi beijando a nuca de Tati com vontade, suas mãos seguravam o cabelo dela, puxando, foi beijando seus ombros, Tati rebol*va se esfregando nela. Nath foi descendo sua boca pelas costas de Tati, beijou mordeu, Tati gemia e pedia pra ela não parar, até que dona Helena Bateu na porta do banheiro.

--Meninas vocês vão se atrasar, Tati você sabe que o restaurante fecha 9:30 para o café.

--Já estamos saindo mãe. -ela gritou, ainda se esfregando na sua deusa ruiva.

Fim do capítulo