Deixa eu me apresentar, meu nome é Isabelle Black, não sou nada sentimental, nem legal, nem solidaria, nem humilde, e definitivamente não sou misericordiosa. Então vocês já devem ter percebido que não sou lá essas coisas. Mas sou uma pessoa de honra, que ama sua família e que não mede esforços para ter o que quer. Antes que eu me esqueça, eu tenho um amor, que sempre esteve comigo em todos os momentos, nunca me deu as costas, nunca me julgou, sempre esteve ao meu lado na escuridão. Eu carrego esse amor no peito e uma frase na cabeça.

Meu amor é a vingança.

Bom, isso era verdade, até um dia.

Quando meus olhos pousaram no seu olhar.

Abri os olhos para Mais um dia nessa cidadezinha pacata, onde eu e minha família acabamos de nos mudar. Os vizinhos são muito, como posso descrever sem que arremete a alvos fácies, há já sei, alienados, essa é a palavra. Eu poderia entrar em sua mente e desvendar seus segredos mais obscuros, pera lá, eu já fiz isso. O despertador toca mais uma vez para voltar a mais um dia enfadonho, era segunda feira e eu precisava ir para a nova escola, me arrumei com o uniforme escolar, e em frente ao espelho me deparei com uma adolescente de 17 anos, de olhos azuis que mudam de cor de acordo meu humor, com um espetáculo de corpo (resultado de vários esportes de luta que eu pratico desde que me entendo por gente, pois meus pais eram ex-miltares então aprendi varias coisas com eles, tanto física como mental ) com um cabelo longo quase até a cintura e com uma cor de ouro velho, e um belo sorriso. Tudo em mim era perfeito, mais quem olhava para mim, não via o monstro que eu era, era melhor assim, pois meu pai sempre dizia:

para sobreviver, temos que nos misturar, mas nunca esquecer quem nos somos

Depois de colocar um baton vermelho em meus lábios carnudos, eu desci as escadas e me deparei com meu pai fazendo o café da manhã e minha mãe lendo um jornal. Cena esquisita né, mas era sempre assim, meus pais não eram iguais aos casais normais, eles se amavam e não se importavam com rótulos, faziam o que gostavam e não o que esperavam que eles fizessem, eles sabiam que eu não era flor que se cheire, mas mesmo assim eles me amavam, e era um amor incondicional, e pode se dizer que era um sentimento recíproco.

Meu pai me tirou dos meus devaneios e me deu uma xícara de café e pão de queijo que eu adorava.

- bom dia filhona. Dormiu bem?

- bom dia papi. Bom dia mamis. Dormi feito uma pedra. ( eles sabiam que era mentira, pois eu sempre estou alerta, mesmo dormindo.)

Ambos riram da minha fraca tentativa de mentir para as pessoas que me geraram.

 Comi rápido, pois estava atrasada.

-tchau mãe, tchau pai  ( os  beijei na bochecha como sempre fazia e fui de bike para a escola )

Ainda bem que mês que vem eu ia completa 18 anos e já poderia dirigir a minha moto. Se bem que eu sabia dirigir de tudo, de carro a tanque de bike a moto, de helicóptero a avião, de navio a submarino. Como eu ia dizendo eu não era uma adolescente comum.

Quando cheguei na escola, era grande, aquelas que agente vê em filmes estrangeiros. Eu tinha a planta daquele lugar, sabia todos os segredos daquele lugar e sabia também sobre seus funcionários e seus segredos sujos que  poderiam vir a calha em tempos desnecessidades.

Como eu já conhecia aquela escola como a palma da minha mão eu não tive problemas em encontra a minha sala eu era do 3ª ano e minha sala era no bloco D, sala 22. Bom, os corredores estavam vazios, olhei no relógio de pulso ( foi presente da minha mãe, quando eu tinha 12 anos, por consegui escala uma montanha sem ajuda de ninguém e com suprimentos escasos) e já marcavam 7:40, estava 10 minutos propositalmente atrasada. Entrei na sala sorrateiramente e olhei e analisei todos, mas ninguém me viu, estavam todos distraídos, inclusive o professor que estava de costa e falavasobre a teoria da relatividade, era aula de física, eu era fera em todas as matérias, não tinha memória fotográfica, mas devido á convivência com meus pais que me ensinaram desde pequena sobre tudo um pouco e o resto eu pesquisava para saciar a minha curiosidade.

Bati na porta de leve para anuncia a minha chegada. O professor me olhou da cabeça aos pés e vi seu olhar de cobiça, os meninos da sala tiveram a mesma reação. Dei um sorriso que eu sabia que ia deixa-los babando por mim e fui em direção do professor, que logo se recuperou e me apresentou a turma.

- bom dia. Me chamos marcos e sou professor de física. E a senhorita...?

- bom dia professor...( ele me interropeu)

- pode me chama de Marcos e nada de senhor viu.   ( disse com um sorriso, o encarei com outro sorriso e disse)

 - como você preferir, me chamo Isabelle Black e fui transferida para o Green.

Ele olhou para a turma e fez a minha apresentação e me mandou sentar em uma cadeira.

Só tinha duas cadeiras vazias que estavam uma do lado da outra, então me sentei na da direita.

O professor continuou sua aula e todos os meninos voltaram sua atenção para ele e não mais para mim. Eu não me importava com os assédios dos garotos, pois eu nunca iria retribuir, eu não sou capaz de amar uma pessoas desse jeito, não me vejo com um amor igual ao dos meus pais, pois sou um monstro e monstro não são amados e sim desejados.

Foi quando ouso passos na escada, e meu coração começa a disparar os passos começam a fica mais próximos e meu coração disparava cada vez mais rápido, minha respiração ficou descompassada e eu só conseguia pensa em porque que eu estou preste a ter um ataque cardíaco só porque um ser humano está se aproximando?  Acho que eu deveria pára de come tanto chocolate, pois o negócio tá esquisito tá.

Foi quando a vi, a brindo a porta as presas e pedindo desculpa ao professor, com os cabelos todo embaraçado e rosto com algumas gotas de suor, foi quando eu olhei em seus olhos me perdi e me encontrei no mesmo, que olhos meu deus, que olhos verdes, pareciam dois rubis cintilantes. Antes parecia que eu iria ter um ataque cardíaco, agora meu coração não apresentava batida alguma, ele simplesmente parou. E em minha mente só tinha uma unica palavra capaz de descrever a situação:

FUDEU

Fim do capítulo