Segunda feira chegou e com ela uma tremenda dor de cabeça para Carrie, o que fazer com as suas sócias. Foi para o escritório junto com seu advogado para falar sobre a saída da sociedade.

No carro durante o trajeto, ele fala das possibilidades.

- Senhora Miller! No contrato de vocês, elas têm porcentagem no escritório. Para elas saírem, basta você comprar a parte delas.

- Tudo bem, elas só entraram na sociedade porque foi uma insistência delas. Ainda bem que dinheiro não é problema. Tem algum item que fala sobre se elas não quiserem vender?

- Bom, elas podem não querer vender. Aí entramos com o garçom que filmou tudo. 

- Sim, Oferece para ele uma recompensa pela honestidade. 

- Sim senhora. Mas tem só um problema, senhora. ele demonstrou preocupação. - Ela tem direito sobre o contrato da Costa Rica

- Verdade! Fui eu quem mandei ela fechar o contrato. - sua reação demonstrava insatisfação e uma quase revolta. - O que me aconselha?

- Elas não sabem que foram descobertas, se fosse eu, aguentaria esses 3 meses que faltam para terminar esse projeto. Ficaria calado; e cada novo possível contrato, faria pessoalmente. 

- Como vou conseguir olhar na cara delas e sorrir, fingindo que não sei de nada.

- Você me pediu um conselho. Não disse que era um bom conselho. 

- Então porque está indo comigo agora porr*? - esbravejou.

- Senhora! Você não tinha pedido todas as informações.

- Desculpe! Não foi minha intenção.

Resolveu por fim não tomar decisão nenhuma, precisa pensar melhor. Antes de entrar, ligou para Cameron.

- Bom dia! Como está sua mãe?

- Bom dia amor. - Carrie percebeu o silêncio.

- Cameron? O que houve?

- Ela não está bem. Mas está escondendo a dor de mim. - Carrie ouviu o choro. Mas hoje vou para o escritório terminar o projeto, amanhã já não sei.

- Não precisa! Fica com ela. Daremos um jeito. 

- Ela não quer. É teimosa como uma mula- riu baixo. Hoje Liz vai ficar lá. Vou precisar me afastar do trabalho.

- Cameron vou falar como sua patroa e não namorada: Por favor, fica tranquila, seu emprego estará garantido. Você é boa no que faz! 

- Não queria abusar. Mas não vou largar minha mãe nesse momento.

- Amo você! Queria estar mais perto e te ajudar. Olha! Preciso te preparar.

- Para o que?

- Susan e Jhennifer encomendaram o vídeo. O intuito era 

manchar sua reputação. Mas não poderei tirá-las do escritório agora, e precisaremos lidar com elas.

- Tinha certeza! Tudo porque não aceitei sair com a Susan! Não acredito que te colocaram nessa. Me desculpe.

- Não sei como elas te tratarão daqui para frente.

- Tudo bem! Você não é responsável pelas coisas que já fiz. 

- As pessoas são muito baixas. Vamos passar por isso. Estou entrando no escritório, vim mais cedo para resolver algumas coisas. Até já amor.

- Até!

Miller respirou fundo antes de entrar no elevador, já Cameron terminava de se arrumar, pensando em seu passado e em como iria enfrentar esse novo desafio.

Antes disso foi pedir à sua mãe novamente sobre não ir trabalhar. Deitou-se ao seu lado. 

- Que perfume gostoso minha filha! 

- Lembro da vez que vi a senhora se arrumando para sair com o papai. Você se perfumou toda. Eu devia ter uns 13 anos. Gostava tanto daquele seu perfume. Você saiu e eu entrei no seu quarto, roubei ele. Levei para meu quarto e fui passar em mim. Derrubei e o quebrei. Tentei esconder, joguei vinagre no quarto todo. 

- Meu Deus! Você deixou a casa fedendo por 1 semana. Eu queria te matar. Sua danada. Gabriela Sabatini. Eu amava esse perfume.

- Vou comprar um. - elas se mantinham carinhosamente abraçadas.

- Imagina minha filha. Temos de pagar a hipoteca da casa.

- Mãe! Não vou trabalhar hoje, vou ficar com você. - foi abrindo o botão da blusa.

- Não vai faltar no trabalho. Senão irão dizer que está se aproveitando da Carrie. Ainda mais depois daquela reportagem.

- Como você descobriu? Eu ia te contar, mas quis te poupar.

- Cameron Dias! Não preciso ser poupada de nada. Ouvi pelo rádio.

- Me desculpa mama.

- Você sabia que isso poderia acontecer, lide com isso de cabeça erguida. Carrie também está sendo massacrada por conta disso.  Ela precisa de você tanto quanto você precisa dela. Por ela ter defendido, já estão desconfiando do relacionamento de vocês. Ela é uma mulher de negócio forte, mas tem o coração carregado de inseguranças por conta da mãe. Para ela também não deve ser fácil.

- Quando virou tão fã dela? - Cameron já estava de pé de frente para a cômoda, fechando sua camisa.

- Não estarei aqui por muito tempo, preciso saber que está em boas mãos. Ela te ama de verdade! Dá para ver pela forma que te olha. - Cameron sorriu fraco e voltou para abraçá-la.

- Amo você minha mãe! 

- Também mi amor!. 

Enxugando lágrimas ela foi terminar de se arrumar na cozinha, junto com Liz que havia entrado pelos fundos.

- Preciso entregar esse projeto hoje. 

- Porque não faz home office?

- Porque se precisar de ajustes, tenho de olhar junto para saber o que fazer. Vou trabalhar de casa essa semana. Será bom até as coisas esfriarem lá em Nova Iorque.

- Que história hein amiga! Que cobras que vocês trabalham.

- Susan! Como eu não quis sair com ela, quis ou melhor parece que quer acabar com minha reputação.

- Mas o vídeo foca mais na Carrie,  não em você!

- Não estou entendendo.

- Cameron! E se elas acham que vocês duas estão saindo? E armaram aquilo descobrir.

- Jennifer é amiga do mala que fez aquilo comigo. Se levaram ele para provocar ciúme nela. Realmente foi de caso pensado. Carrie e não eu ficou no olho do furacão.  Elas querem acabar com ela e não comigo. 

Se olharam com olhos espantados, andando de um lado para o outro, as duas tentavam pensar no que fazer.

- Conta logo para ela. 

- Hoje Carrie me disse que teremos que conviver com elas. Deve ser algo de contrato. Não vou contar! Vou investigar por minha conta, qual o objetivo delas. Mas agora não consigo pensar nisso. Qualquer coisa me liga. Sei que ela não está bem. 

- Claro! Qualquer mudança te aviso.

- Obrigada Liz. Deixa eu ir, senão perco a balsa.

Cameron partiu apressada, com o coração apertado, cabeça confusa, pensando no que fazer a partir de agora. Quais passos seguir. Orou durante o caminho, pedindo por sua mãe. Em sua casa Liz e Glória conversavam.

- Liz! - gritou com dor.

- Dona Glória! - ela entra apressada vendo a mulher colocando a cabeça para fora da cama, quase vomitando. 

Vendo isso, Liz corre para pegar o balde no banheiro.

- Dona Glória! Não estou de acordo com a senhora mentindo e me fazendo mentir para sua filha. Glória vomitava, apresentava dor e fraqueza.

- É preciso. Ela tem de estar bem firme com a namorada, com o emprego. Quando eu partir, precisa ser forte. Me dá injeção de morfina.

- O médico falou que se exagerar nas doses pode ter uma parada cardíaca. Quero ver amanhã que ela vai ficar em casa. Como vai fazer?

- Não temos dinheiro para ir a um hospital. Não tem o que fazer.  - Liz aplicava uma dose na enferma senhora.

- Cameron daria um jeito de arrumar dinheiro.

- Como? Fazendo stripper novamente? Ou pedindo emprestado para a namorada para todos dizerem que era interesse. - seus olhos refletiam a dor que sentia por dentro. - Quero morrer em casa com as minhas coisas.

- Isso não está certo! Amanhã quando sentir dor vai fazer o quê?

- Amanhã é outro dia! 

Assim que subiu pelo elevador, Carrie foi direto para sua sala, queria evitar encontrar com qualquer uma das duas. Era cedo, quase ninguém havia chegado ainda. Pensou em se trancar, mas daria bandeira em relação às sócias. Nem bem deu 8 horas e as duas cobras se apressam em entrar pela sala de Carrie.

- Carrie! Que bagunça foi aquela? Você sabia que ela era stripper? - Jhennifer se apressou. Carrie as olhou por cima dos óculos.

- Bom dia para vocês também. - respondeu sem muita vontade.

- Quem será que filmou? Aquele restaurante é super discreto? - Susan fingiu. Vai mandar ela embora? - Carrie as encarou, pensou em soltar tudo, mas fingiu um sorriso, foi em direção à janela para não ter de olhá-las de frente.

- Não sabia do passado dela. Não vou mandá-la embora, ela trabalha bem, e na verdade quem terá de lidar com essa exposição é ela. 

- Mas você sempre foi firme em relação à isso por causa da reputação do escritório? 

- Como eu disse, ela é boa funcionária, todos merecem uma segunda chance. E sobre quem filmou; já estou investigando.

- Carrie! Podemos perder contratos se souberem disso - argumentou Susan.

- Não perderemos contratos, e se perder, buscaremos outros. Não podemos julgar as pessoas. Cada pessoa tem uma razão. 

- Mas Carrie? - tentou Jennifer novamente.

- Não quero mais uma palavra sobre isso. Preservaremos a privacidade de nossos funcionários. Ela é uma boa funcionária. Agora  podem me dar licença que preciso terminar umas coisas. - apontou a porta à elas.

Saíram apressadas, com Susan pisando fundo e Jennifer tentando contê-la.

- Vamos para minha sala agora. entraram e Susan não entendia a atitude da sócia.

- Não acredito que ela não vai mandar Cameron embora.

- Não estou te entendendo? Carrie tanto sábado quanto hoje nos provou que está tendo um caso com a garota. Vamos acabar de uma vez com a reputação da nossa sócia querida. - Jennifer sorria forte, com ar de superioridade.

- Mas como vamos fazer isso?

- O primeiro passo já foi dado: O bar. Agora temos de arrumar um jeito de pegar essas duas juntas. Depois vamos sair daqui com todos os contratos dessa firma. 

- Não vou suportar ver essas duas juntas. - Susan se jogou fazendo torcendo a cara.

- Supera! Pensa que assim que tivermos os contratos, principalmente o da Costa Rica, estaremos mais ricas do que já pensamos.

Fim do capítulo