Capitulo 68
Ana caminhava distraída pelo corredor, os pensamentos girando em torno dos bilhetinhos que queria deixar na sala de Mariana, quando, de repente, deu de cara com a professora.
— Ah… não… — murmurou, recuando instintivamente. — Melhor eu… tenho um compromisso… aula!
Mas Mariana foi rápida. Com um movimento firme, agarrou o braço de Ana, segurando-a com força suficiente para que não houvesse chance de escapar.
— Nada de escapar, Ana. — A voz de Mariana era firme, carregada de autoridade, com uma intensidade quase elétrica que fez o corpo de Ana arrepiar. — Vamos conversar. Agora.
— Conversar? — Ana sorriu, fazendo aquele bico provocativo que sempre deixava Mariana irritada e, ao mesmo tempo, desconcertada. — Você quer brigar comigo… cadê aquele papo de professora? Não acho isso muito profissional, professora.
— Profissional? Você quer falar de profissionalismo? — Mariana puxou Ana pelo braço, conduzindo-a para o laboratório vazio e trancando a porta atrás delas. Respirou fundo, como quem tentava invocar paciência. — Você é absurda.
— Absurdamente irresistível, quer dizer. — Ana inclinou a cabeça, esperando aplausos. — Pode falar, professora, hoje eu tô aceitando elogios.
Mariana suspirou e a empurrou contra a bancada.
— Você me tira do sério.
— Do sério, da rota, do fôlego… — Ana sussurrou, chegando mais perto. — Sou praticamente um acidente de trânsito ambulante. Sexy, diga-se de passagem.
O beijo veio logo depois: intenso, elétrico. Mas mesmo entre suspiros, Ana não resistiu:
— Se alguém entrar agora, eu só vou dizer que tô… aprendendo química na prática.
Mariana apertou mais sua cintura, mordendo o lábio com desejo.
— Cala a boca, Ana.
— Ok… — Ana sorriu antes de puxá-la de volta. — Mas só porque beijos são mais didáticos que palavras.
Cada toque era eletricidade pura. Mariana sentia a boca de Ana explorando, sugando e provocando, despertando sensações que ela nem sabia que tinha. Seus pensamentos se embaralhavam: “Não é só desejo… é tudo… ela me deixa sem ar… me faz sentir… viva…”
Ela finalmente se entregou por completo, envolvendo Ana com os braços. O beijo se intensificou — voraz, sensual, completo. Dedos entrelaçavam-se nos cabelos, mãos percorriam costas e cintura; cada suspiro era fogo, cada arrepio, puro desejo. O ar escasso só aumentava a intensidade.
Ana mordeu de leve o lábio inferior de Mariana, provocando um arrepio que percorreu seu corpo até o coração. Mariana respondeu com força, segurando a cintura de Ana e pressionando-a contra a bancada. O corpo queimava de desejo e fascínio; cada toque lembrava que Ana tinha poder sobre ela, que não havia como escapar.
Quando finalmente se separaram, ainda coladas uma à outra, ofegantes, olhos brilhando, Ana soltou um riso baixo, tonta de prazer:
— Uau… você não brinca em serviço, né? Se eu desmaiar, você põe no relatório que foi excesso de estímulos, tá? Parece que eu vou voar de tanto fogo que tá subindo!
— Ana… — Mariana limpou a testa úmida de suor, mantendo os olhos fixos nela. — Só cala a boquinha.
Ana, ainda respirando com dificuldade, deslizou a mão pelo peito da professora.
— Isso… eu gostei demais. Mas, professora… da próxima vez, cuidado. Você pode se apaixonar de verdade.
Mariana respirou fundo, coração disparado, corpo em chamas, mas não conteve um pequeno sorriso.
— E se eu já tiver me apaixonando? — murmurou, num sussurro carregado de desejo e desafio.
Fim do capítulo
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