34 por Luciane Ribeiro
A festa
-Não precisa ficar tão tensa...Não vou lhe dar uma bronca. Sente se aqui.Me fale sobre o Instituto. É mesmo o melhor lugar para minha neta se desenvolver ?É seguro?
-O Instituto é um lugar muito seguro, temos seguranças patrulhando por todo o campus! Quanto se é o melhor lugar ! Tenho certeza que sim! Recebemos estudantes com aptidão científica a 27 anos. Muitos deles receberam grandes prêmios e desenvolveram coisas que melhoram nossa saúde mental e física e também tecnológica.
-Já sei de tudo isso ,mas o que realmente quero saber. É se é um ambiente saudável para se aprender. Tem lugares que forçam muito os estudantes e eles acabam surtando! Dandara parece muito destemida e esperta, mas no fundo ela é insegura e se cobra demais. Suas mães fazem o que podem para que ela não se sinta amada e apoiada. No entanto, constantemente fica frustrada .
-Nossos horários são realmente puxados, porém dispomos de espaços de jogos e outras coisas para impedir o estresse! E também temos psicólogos para cuidar da saúde mental dos alunos e mentores.
-Está vendo? Você já está menos tensa! Conversar é importante para não enlouquecermos sozinhos. Notei que você parecia um pouco desconfortável no meio de todos esses casais de mulheres!
-Um pouco...
-Já conheci muitas pessoas homofóbicas. Você não me parece ser uma delas.
-Houve um tempo que eu estava me desviando do caminho e me deixando levar por pensamentos e desejos errados por garotas, mas minha família me fez entender que é errado.
-Não! Eles te forçaram a seguir os desejos e as idéias do que eles acreditavam ser o certo. O ideal aos olhos da sociedade.
-Imani e eu fomos obrigadas a nos casar com homens que não amávamos! Hoje somos livres ,podemos não apenas andar de mãos dadas. Como também tenho o prazer de dizer a todos que ela é legalmente minha esposa! Todas as vezes que ela olha para mim,eu tenho a mais absoluta certeza que não é um erro. Muito menos pecado.
-Sinceramente.Exite uma parte bem escondida em mim que às vezes tenta sair e jogar tudo que me foi ensinado no lixo.
-Me diga Helena! Você já se apaixonou?
-Sim...
-E como se sentiu?
-Como se eu pudesse voar livre! Sem ter medo de cair ou me perder. Ela faz meu coração se acelerar sem precisar dizer uma palavra. Bagunça meus pensamentos e me deixa sem rumo ,sem fôlego...
-Você está falando no presente. Quer dizer que essa pessoa ainda está presente no seu coração.
-Tentei de todas as formas esquece la,mas ela sempre acha um jeito de voltar para mim...
-Minha esposa e eu também somos de famílias religiosas. Sabemos como é estar em conflito entre o que somos e o que sempre acreditamos.
-É verdade !Não é fácil nos aceitar quando tudo que aprendemos, torna errado o que sentimos.
-Como eu poderia ser de outro jeito, se todas as vezes que penso nela, ouço o som do cinto e da voz de minha avó e dos meus pais dizendo que sou um demônio promíscuo, que merece queimar no inferno.
-Que horror! Você teve uma vida bem difícil, minha filha! Lamento muito ouvir isso.
Sem que eu percebesse e tentasse impedi las, lágrimas começaram a descer pelo meu rosto. A mulher que se chamava Anaya colocou sua cadeira ao meu lado , pegou e ficou segurando a minha mão de um jeito terno. Aquele carinho me fez sentir estranha ,com sensação de calor no peito. Não sabia dizer direito o que estava sentindo, mas era bom.
-Você não é uma aberração, Helena. Não tem nada de errado com você! Errados estão eles por te fazerem acreditar nesses absurdos. Você pode até continuar seguindo essa doutrina que te cega!Te aprisiona!Te isola.E que te fazer negar a si mesma. Mas eu garanto! Um dia você vai olhar para trás e vai perceber que deixou de ser feliz por pessoas egoístas e preconceituosas que só se importavam com eles mesmos.
-Tenho tantas dúvidas...tenho medo de me desviar e ser castigada!
-Está vendo aquela mulher ali? Conversando com o garoto?
-Sim!
-Ela tem uma história bem parecida com a sua. Vou chamar la:Celinha! Celinha! Pode vir aqui um minuto?
As mulher se aproximou, pegou uma cadeira que estava próxima e se sentou conosco.
-Oi Mama Lu.Em que posso ajudá la?
-Já conhece a doutora Helena?
-Sim! Dada nos apresentou.
-Sei que você não gosta muito de falar sobre o assunto, mas acho que seria muito bom para Helena ouvir sua história. Ela está passou pelo que você passou com seu pai ,no entanto ,ela ainda acredita que é uma aberração que ofende a Deus.
-Entendo...É uma pena ouvir isso. Sei exatamente como se sente. Meu pai era pastor então eu e meu irmão fomos criados seguindo a palavra, sofri muito para aceitar quando me apaixonei por uma garota. Tentei de tudo para mudar, orava, fazia jejum , vigília. Mas nada adiantava. Um dia pedi ajuda a minha mãe, ela ao invés de me ajudar, ficou com raiva e contou ao meu pai. A partir dali sempre que ele achava que eu estava pecando, ele me batia com um chicote em uma das mãos ,enquanto segurava a bíblia no outro. Um dia ele me pegou conversando com uma amiga que não era do nosso mundinho, automaticamente julgou que eu estava pecando.Me bateu até conseguir quebrar minhas costelas ,depois me expulsou de casa. Felizmente minha tia ,irmã da minha mãe me acolheu. Foi ela quem me fez aceitar e não ter medo de ser eu mesma.Me mostrou que Deus me ama do jeito que sou. Hoje vou sempre à igreja ao lado de minha esposa e filhos. Sinto o amor dele todas as vezes que vejo minha família feliz e prosperando...
-Minha avó me dizia que minha fé era fraca ,por isso tinha pensamentos anormais. Repetiu tantas vezes que eu atrairia a ira de Deus ,que todas as vezes que me aproximo de uma mulher ...tenho medo de algo ruim acontecer.
-Helena. Deus jamais aprovaria essa violência. Essa crueldade em nome dele. Ele é amor! Misericórdia! Perdão!Eu espero que cedo ou tarde ,você consiga enxergar e se sentir como me sinto agora. Minha família biológica me virou as costas , mas eu encontrei outra muito melhor. Afinal uma família nada mais é ,do que pessoas que se preocupam, se importam, cuidam e amam umas as outras!
-Imani e eu quando nos casamos , decidimos abrir uma ONG para acolher e dar apoio a todos os jovens que foram expulsos e abandonados pelos pais por serem quem são. Hoje a nossa casa de apoio atende cerca de trinta jovens, lá eles têm apoio psicológico , encaminhamento e orientação profissional. Além de terem um lugar para ficar.
-Isso só foi possível porque temos todas essas mulheres incríveis em nossas vidas. Amamos cada uma delas e todos os seus filhos imensamente. E queremos sempre dar a todos o nosso amor de mãe,que foi negado a algumas delas. Essa é a nossa família.
-Sou muito grata por todo o carinho e atenção que dão para mim e minha família.
-Para nós é um prazer!
Ver todo aquele amor e carinho familiar me fez sentir solitária. Mesmo quando meus pais ainda me tratavam bem.Eu nunca tive realmente carinho.Imani me abraçou e eu percebi o quanto sentia falta de algo que eu não tinha a muito tempo. O carinho e o abraço de mãe. O último abraço que eu tinha recebido daquele jeito, tinha sido de Aretta, mas isso fazia muito tempo.
-Sinto muito que as pessoas que deviam te proteger, te machucaram e te magoaram ao ponto de te fazer ter medo de ser feliz, mas não precisa mais ser assim! Suas asas continuam aí, você só precisa voar rumo a sua liberdade!
-Como...?
-Comece fazendo algo que sempre quis fazer ,mas que a doutrina não permitia. Minha esposa por exemplo quando se libertou ,realizou o sonho de fazer uma tatuagem!
-Sim! Depois eu aprendi a dirigir e pedi o amor da minha vida em casamento.
-Não espere estar com a nossa idade para fazer o que deseja. Simplesmente faça! Seja você mesma! Cometa erros! Divirta se ! Viva! Leve uma vida da qual se orgulhe das memórias que fez! Seja feliz!
-Promete para nós que vai pensar em tudo que conversamos!
-Eu prometo! Obrigada.
-Nossa porta está sempre aberta. Pode vir nos visitar quando quiser. Quem sabe na próxima você nos conte ,sobre a mulher que está ocupando seu coração!
-Sim!!E vamos adorar ouvir um pouco mais sobre você também. Gostei de te conhecer Helena. Espero que consiga deixar todo o mau que te fizeram para trás e que comece uma nova página em sua vida.
Um garoto parecido com Anaya se aproximou de nós com um prato cheio de salgadinhos.
-Vovós!A mamãe e o tio Kayin estão chamando vocês!
-Diga que estamos indo Lorenzo! Você sabe onde estão a Sofia e a Rafaela? Não as vi , depois que chegamos.
-Elas estão na sala ,juntamente com o Isach , o Kenan ,o Heitor , Thiago, Sarah e a Ceci!
-E os outros? Os mais novos?
-Estão jogando videogame na sala de jogos.
-A Dandara também está lá?
-Nós dois estávamos na cozinha!Eu comi um monte de docinhos daqueles que a tia Lary faz para Dada...
Uma das gêmeas se aproximou da avó como um gatinho dengoso. Nem preciso dizer que estava me derretendo com aquelas crianças.
-Vovó Any!
-O que foi Amara?
-Faz aquela trança em mim?Eu quero brincar com o Joaquim, mas ele fica puxando meu cabelo.
-A Cintia chegou?
-Se a Cintia em questão sou eu...Eu Cheguei! Oi big mamas! Meus parabéns pelo aniversário!
-Oi Ci ! Obrigada! Como estão todos?
-A Ana estava resfriada esses dias, mas já está melhor.E o Joaquim está crescendo um pouco mais a cada dia. Ele começou a engatinhar.
-Que fofinho!Ah!Estava me esquecendo de te apresentar! Essa é a doutora Helena. Mentora da Dandara no Instituto!
-Oi! Muito prazer!Me chamo Cintia e esses são meus filhos.Ana Gabriela e Joaquim. Fala oi para a moça filha!
A pequena estava tímida e deu um oi baixinho. Cintia e suas crianças se sentaram em nossa mesa. Logo aquele bebê veio parar no meu colo. Ele era tão fofinho, que dava vontade de morder e apertar. Fiquei surpresa do quanto gostei de segurá lo.As duas avós se distraíram na conversa e se esqueceram que estavam sendo aguardadas então precisaram mandar outro neto chamá las de novo, dessa vez veio um rapaz aparentando ter entre 16 e 20 anos.
-Vós!
-Oi Gu!Ainda não tinha visto você!
-Eu cheguei agora, Vó Any!Minha namorada demora a eternidade para se arrumar.
-E onde ela está?
-Ficou na sala. Está fofocando com as meninas! Daqui a pouco ela vem falar com vocês. E ...A tia Aline e o Tikay estão chamando. Disseram que é hora da dança.
-Deixa ele te ouvir chamando ele assim...
-Adoro irritar ele! Vou ver se minhas irmãs não estão denegrindo a minha imagem para minha gata! Até depois.
Ele saiu sorridente. Depois que as duas avós foram finalmente até o homem chamado Kayin.Engatei em uma conversa muito animada com Cintia e as outras. A pequenininha dela veio para o meu colo enquanto o menino ,cada hora estava no colo de uma das tias. Elas contavam histórias de seus filhos e de quando eram pequenas. Minha vontade de ir embora simplesmente desapareceu. Em determinado momento os filhos e netos fizeram uma homenagem a elas. Apresentaram uma música e uma dança tradicional da terra natal delas .Depois entregaram flores , cartas e cartões.Todos escritos à mão. Coisa que me explicaram ser uma tradição familiar.
Por volta de meia noite as crianças foram recolhidas por um dos serviços oferecidos pelo buffet da mãe de Dandara. A creche noturna. A decoração da festa também mudou .Tudo que era vermelho tinha sido retirada, deixando a decoração toda prateada. Quando achei que nada mais me surpreenderia ,um show de iluminação coloriu a festa com as cores do arco íris. Foram distribuídos pulseiras ,óculos e colares nas mesmas cores ,deixando tudo um grande festival colorido.Eu estava me sentindo como uma criança na loja de doces. Era a primeira vez que via uma festa assim. O cardápio agora era de petiscos e muita bebida. Principalmente cerveja. A festança continuo pela madrugada ate que os últimos convidados "de fora" se retiraram.
Na última música que tocou. Todos os casais que ainda estavam de "pé" foram convidados a dançar. Fiquei observando as mães de Dandara, o jeito que se olhavam dava a impressão de que elas estavam completamente apaixonadas e felizes. Entendia agora porque Dandara era tão alegre. Estava sendo criada em um lar saudável onde havia muito amor entre as mães e isso era transmitido as filhas. Aquela cena me deixou com o coração aquecido e com uma vontade enorme de estar fazendo o mesmo.Me imaginei ali dançando com a Eve. Levou alguns minutos para eu perceber que pela primeira vez não tinha sentido culpa por ter imaginado aquilo.
Tentei ir embora quando o dia amanheceu, mas não me deixaram. Disseram que eu tinha que tomar um café antes.Me sentei na enorme mesa que tinha sido montada no gramado. Foi realmente satisfatório estar entre aquelas pessoas. Durante todo o tempo em que estive ali ,a pequena Ana e uma das gêmeas ,a Aisha ,não desgrudaram de mim.Já estavam me chamando de tia Helena. E confesso, eu estava adorando. Isso me fazia sentir parte daquela grande família. Voltei para a Casa Verde no domingo à noite levando como presente uma garrafa de uma bebida Nigeriana. Quando Anaya me entregou ela me deu um forte abraço e disse!
-Isso é pra dar coragem! Abra no momento que decidir derrubar os muros da sua prisão interior. Vou torcer muito para que da próxima vez que nos encontrarmos, essa tristeza que vejo em seus olhos tenha desaparecido.
Exatos vinte dias se passaram depois daquela festa. Nesse período ,nós finalmente conseguimos retirar os aparelhos que ajudavam a Eve a respirar. Foi uma grande felicidade ver seu rosto livre e ela respirando sozinha. Todos os dias eu olhava para a garrafa e tinha certeza que ela jamais seria aberta. Isso mudou na noite que recebi a ligação do meu irmão dizendo que ia ser pai pela segunda vez. Isso me fez lembrar da visita inesperada que fiz ao passado dele e de Leticia. Contei a ele sobre Graziele ,ele ficou alguns minutos em silêncio.
-Heitor!
-Oi...Desculpe !Eu não esperava ouvir esse nome...Como ela está?
-Ela parece bem.Eu é que fiquei surpresa ao ver fotos suas e de Letícia em festas. Não passava pela minha cabeça que vocês saiam ,namoravam e curtiam noitadas.
-Queríamos ser livres. Por isso lutei para conseguir me mudar daquela casa. É uma pena que você ,mesmo podendo ,ainda continua presa a esse mundinho que fomos obrigados a viver. Está perdendo a chance de ser feliz.
-Heitor ...
-Diga!
-Eu quero me libertar ,mas tenho tanto medo.
-Helena a única coisa que te prende é você mesma. Esqueça esse medo! Estarei aqui para te proteger e te levantar do chão, quantas vezes for necessário. Vá encontrar sua felicidade ,minha irmã.
-E se minha felicidade ,estiver ao lado de uma mulher...?
-Nesse caso ,espero que ela seja muito bonita! E que te ame e te trate muito bem.Estamos entendidos?
-Sim!
-.Lena...Você viu o filho da Grazy?Ele está bem?
-Sim! Ele também parece bem.Por que?
-Por nada!Só fiquei curioso. A conversa está boa , mas tenho que colocar o Miguel na cama.
-Dê um grande um grande abraço nele e na Jaque.
-Pode deixar!
Assim que coloquei a cabeça no travesseiro ,comecei a refletir sobre a relação entre meus pais e Heitor. Ele havia começado a trabalhar aos 14 anos para ser independente , pagava a própria faculdade e quando faltava um ano para se formar ,ele saiu de casa. Muitos pais se orgulhariam de sua independência, mas nossos pais, viam isso como uma afronta ,pois ele já não os ouvia mais. Nas fotos que Graziela me mostrou, tanto ele quanto Leticia pareciam felizes longe da doutrina e dos nossos pais. Aos poucos eu fui enxergando a verdade que eu que eu tinha medo de admitir. A de que nunca fomos felizes e amados em casa.E que talvez esse tivesse sido o motivo de Letícia ter feito o que fez. Ela não aguentava mais ter que mentir e enganar para sair e viver livremente com seus amigos...
Pensar nisso me fez começar a acreditar que eu também não merecia ter sido tratada daquele jeito. Sempre fui uma boa filha, fazia de tudo para agradá los,mas na primeira vez que fiz algo que consideravam errado. Eles me machucaram e me viraram as costas ao invés de sentar e tentar me ajudar. Heitor estava certo. Eles eram pessoas horríveis. O problema nunca tinha sido eu!Eram eles! Eles não me ajudaram, como não ajudaram a Leh. Sempre se preocuparam apenas com as aparências!!!
Comecei a sentir raiva. Uma raiva que não cabia em mim.Sem pensar abri a garrafa da bebida nigeriana e tomei um gole ,direto da garrafa. Era doce ,porém muito forte.Exitei por alguns instantes em continuar ,mas as lembranças das agressões, tanto físicas, como verbais,me impulsionaram a continuar bebendo.Acabei bebendo a bebida quase toda. Pela primeira vez na vida eu fiquei bêbada e gostei disso. Decidi ir ao jardim ,em minha cabeça tomar um ar fresco ia me deixar de novo sóbria. Fui caminhando devagar e um pouco cambaleante. O corredor parecia mais longo do que o normal e tinha a impressão que as paredes estavam se mexendo. A todo momento eu pensava em Eve .Porque eu não fiquei ?Porque não me casei com ela, depois dela ter despertado meu corpo e me levado aos céus naquela cama de hotel.Eu precisava ve la peguei o caminho rumo ao laboratório. Quando cheguei na porta fiquei parada durante alguns instantes só admirando. Naquele momento ,não sei dizer se foi por causa da bebida ,ou das palavras do meu irmão e daquele casal de mulheres que depois de cinquenta anos tiveram coragem de se amar sem pensar nas consequências, mas tomei uma decisão. Se Aretta realmente estava certa e nós estávamos ganhando uma segunda chance.Eu não ia mais fugir. Se Eve acordasse e ainda me quisesse.Eu ia me entregar de corpo e alma, sem restrições ou reservas. Ia viver cada segundo possível amando ela.
Dessa vez eu não coloquei a cabeça para ouvir seu coração como ás vezes fazia, a coragem movida a álcool me incentivou a me deitar ao seu lado na cama. Ficou um pouco apertado e tive que ficar de lado, porém senti uma felicidade que a tempos não sentia. Comecei. a conversar com ela baixinho como se fossemos um casal antes de dormir no final de um longo dia .Contei sobre a festa e sobre Dandara e sobre meu novo sobrinho. Lentamente o sono foi chegando e a última coisa que fiz antes de dormir ,foi dar um beijo em sua testa e dizer.
-Prometo que nunca mais vou te deixar. Por favor Eve.. Acorde...Volte para mim.
Pala manhã senti alguém acariciando meu rosto e falando baixinho.
-Oi...Acorde...
Abri os olhos e me deparei com um lindo par de olhos azuis me encarando ,os cabelos ruivos como o fogo estavam bagunçados e salientes.
-Que bom que você acordou. Onde eu estou?
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
HelOliveira
Em: 07/08/2025
Uau Eve acordou....
Luciane Ribeiro
Em: 09/08/2025
Autora da história
Parece que a promessa de Helena a trouxe de volta ,o que vem a seguir?Obrigada por ler e comentar .Os comentários me incentivam e me animam a escrever.
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