• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • O Nosso Recomeco - 2a Temporada
  • capitulo vinte e dois: me deixa te amar de novo?

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,495
Palavras: 51,977,381
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entrelinhas da Diferença
    Entrelinhas da Diferença
    Por MalluBlues
  • A CUIDADORA
    A CUIDADORA
    Por Solitudine

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Aeoboc
    Aeoboc
    Por May Poetisa
  • Perdida
    Perdida em Você!
    Por Kivia-ass

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

O Nosso Recomeco - 2a Temporada por nath.rodriguess

Ver comentários: 4

Ver lista de capítulos

Palavras: 3624
Acessos: 1101   |  Postado em: 11/07/2025

capitulo vinte e dois: me deixa te amar de novo?

CAPÍTULO 22. ME DEIXA TE AMAR DE NOVO?

               O segundo beijo veio mais leve, não tinha a urgência do primeiro. Era um beijo de “eu ainda estou aqui”.

            Quando nos afastamos, ela manteve os olhos fechados por alguns segundos. Eu também. Ela colocou a mão no meu rosto e fez um carinho de leve, permaneci com as minhas mãos envolvidas em sua cintura.

            Eu não queria soltá-la.

            Mas eu tinha medo.

            — A gente precisa conversar, né? — ela sussurrou, ainda colada em mim. Também parecia não querer soltar.

            Eu assenti.

            O meu medo era abrir a boca e feri-la, pelo fato de ainda estar ferida também. Medo de abrir a boca e estragar tudo.

            — Vamos entrar? — perguntei e ela disse que sim com a cabeça.

            Voltamos para o sofá onde estávamos há alguns minutos comendo nossa sobremesa. Sentamos frente a frente, com as pernas cruzadas. Ela segurou na minha mão, tensa. Olhou em direção a cama, para se certificar que Cecília estava dormindo.

            — Eu não sei por onde começar.

            Ela falou baixinho, em seguida continuou:

— Mas eu preciso dizer, Anna. Eu preciso dizer antes que isso tudo vire só mais uma lembrança bonita pra eu guardar numa gaveta e fingir que superei. E mesmo se você optar pelo divórcio, eu não vou conseguir te superar nunca, pois você é o amor da minha vida. A mãe da minha filha. A mulher que eu amo. E eu te amo muito, muito mesmo. Você pode duvidar de todas as coisas, menos do amor que eu sinto por você e pela Cecília.

— Então por quê? — perguntei com um fio de voz

Eu encarei suas mãos. Ela suava frio, mesmo estando com as mãos quentes entre as minhas.

— Eu me sentia tão... pequena. Não por você, mas por mim.

Fez uma pausa, respirou.

— Eu olhava pra você: forte e segura, brilhando até quando estava no auge do seu estresse e eu me odiava por não saber ser assim ou se quanto tempo eu demoraria a chegar lá.

O olhar dela vacilou.

— Eu queria te contar, eu juro. Que eu me sentia menos. Que doía parecer dependente. Que me feria ter que esperar você resolver tudo. Mas… eu não queria parecer fraca. Nem diante de você. Nem diante de mim.

Eu engoli em seco. Meu peito era só escombro nesse momento. Quantas vezes eu quis ouvir isso, mas sem saber como perguntar. Quantas vezes eu pensei que tava cuidando… quando, na verdade, a estava sufocando.

— Eu não sabia — respondi com a voz rouca — eu achava que era assim que se ama, eu sempre quis fazer tudo por você, pela Cecília e achava que era assim que se amava: fazendo tudo, pagando tudo, protegendo de tudo, não deixando faltar nada pra vocês...

Suspirei.

— Mas agora eu entendo e me odeio um pouco por não ter visto.

— Não se odeie. — ela tocou minha perna com carinho — A gente se perdeu tentando se proteger. Eu errei em não ter conversado com você, dizendo como me sentia em relação a tudo.

Ela deu um sorriso triste e continuou.

— Eu fui criança demais pra lidar com a mulher foda que eu casei.

Eu não consegui segurar. Me aproximei de novo, só pra encostar minha testa na dela. As lágrimas não eram tristeza. Eram exaustão. Alívio.

— Nós duas somos mulheres fodas, Fê. O quanto eu trabalho não diminui o quanto você trabalha pra isso, embora meu salário seja bem maior que o seu, não diminui a advogada que você é. Você decidiu trilhar o seu próprio caminho e acreditou em si mesma, está indo bem. E eu sei que quer vencer sozinha, mas é um processo que é demorado. Eu preciso que você confie mais em si.

Ela segurou meu rosto com as duas mãos.

— Eu confio. E se eu esquecer disso algum dia, você me lembra? — disse, com os olhos marejados — Me lembra que eu não sou pequena. Que eu não tô atrás. Que eu tô do teu lado.

— Eu te lembro, amor. Todo dia. Até você decorar. — Encosto minha testa na dela de novo.

Ficamos alguns minutos assim, em silêncio. Com as testas coladas e nossos dedos entrelaçados. Ficamos só nos sentindo. Sentindo a presença uma da outra. Matando a saudade.

Só que ainda tínhamos assuntos muito inacabados para resolver entre nós duas.

— Fê...

— Hmm? — ela murmura, agora voltando sua atenção para mim

— Você ficou com a sua cliente?

— Quê? Camila? Não! — ela riu e meneou a cabeça — além de cliente, a Camila é minha amiga. Ela é pra mim como Bruna é pra você. Nosso santo bateu de cara, mas é uma amizade mesmo! Nunca rolou nada, ela nunca deu em cima de mim. Muito pelo contrário, sempre me pedindo conselhos amorosos. Ela ainda é apaixonada pelo ex canalha. — Sorriu

— Então o que saiu sobre vocês...

Ela me interrompeu.

— Fofoca de tablóide. Nunca aconteceu e nunca vai acontecer. Me desculpa também por não ter pensado que nossa noite poderia respingar em você meio que indiretamente. Eu ainda estou me acostumando com Camila, fama, paparazzi o tempo todo. Me perdoa.

Suspirei aliviada, assentindo e segurando a mão dela.

— Anna...

— Eu já sei o que vai perguntar.

Ela me olhou e soltou a minha mão, visivelmente incomodada.

— E sim, Amanda e eu ficamos. Foi um beijo e só. Insignificante, por sinal. Pelo menos, pra mim foi. E antes do beijo acontecer, eu avisei a ela que jamais poderia dar o que ela gostaria, pois meu coração pertencia à outra pessoa.

— Você não me contou sobre isso. Foi o que mais doeu.

— E deu tempo? — retruco

— Não deixa a amizade de vocês estragar por causa disso, por favor. — repreendeu-me

— Eu estava quieta no meu canto. Andressa que saiu do Rio para vir pra São Paulo me encher o saco e me dar sermão.

— Ela só queria proteger Amanda, Anna. Elas não sabem o que sentem.

— Ah, as duas resolvem brincar de casinha e eu tenho culpa?

Ela suspira, abaixa o olhar. Para depois erguer novamente.

— Você sente ciúme da Amanda?

Demorei para responder. Não porque não soubesse a resposta ou por estar com dúvidas em relação a isso, mas porque a pergunta veio carregada de outra, eu sabia ler Fernanda nas entrelinhas, mesmo que ela não tivesse dito em voz alta.

— Fernanda...

Ela me olhou. Os olhos marejados, mas firmes.

— Você sente alguma coisa por ela?

Suspirei fundo, irritada.

É sério?

Não irritada com Fernanda, mas com esse ciclo de mal-entendidos que pareceu nos engolir nos últimos dois meses.

— Não, Fernanda. — minha voz saiu mais seca do que deveria, mas eu estava cansada.

Continuei mesmo assim.

— Eu só sinto por você. Meu coração idiota só sabe bater por você. E eu só consigo pensar em você. O tempo todo. Desde o dia em que fui embora, você é o primeiro pensamento da manhã e o último da noite. Mesmo com raiva. Mesmo machucada.

Ela engoliu seco, tentando conter o choro.

— Mas a gente precisa resolver tudo antes de qualquer decisão ser tomada, você entende? Eu não quero ser machucada de novo. Cair no mesmo buraco de novo, porque eu juro, juro mesmo que não vou aguentar ser apunhalada dessa forma novamente. — continuei, colocando as minhas mãos no rosto demonstrando o quanto eu estava exausta  

            — Eu também não quero isso... de forma alguma eu quero ser responsável por ver você daquele jeito de novo, não quero te ver mal por minha causa nunca mais.

Ficamos em silêncio. Não um silêncio constrangedor, mas um silêncio que seria preenchido com verdade, com medo, com amor... com tentativa.

— Então vamos resolver agora — ela disse, se endireitando. — Me fala o que ainda falta.

— Confiança.

— Confiança — ela repetiu, concordando meio que dolorosamente.

— A gente vai ter que reconstruir. E isso leva tempo.

— Eu espero. Todo o tempo que você precisar.

Assenti e apertei sua mão. Estávamos conectadas e ela parecia sincera, mas de repente, a expressão dela mudou para uma mais rígida.

— O que foi? — arqueio a sobrancelha

— Eu não gostei daquela mulher tão próxima de você no café da manhã.

Dou um sorriso. Ela com ciúme era muito linda.

— Não ri, Anna Florence.

— Não se preocupe. — suavizei

— Quem é ela?

— Juliana Martins. Ela trabalhou comigo na Proetti-Baldez antes de você entrar. Não suportou, quis ser juíza. Nos encontramos aqui no Congresso, não nos víamos há anos.

— É, parece que ela ficou bem feliz ao te ver. Estava quase te comendo com os olhos. — ela falou emburrada, cruzando os braços e eu confesso que estava achando aquilo uma graça.

Eu ri de novo. Sem querer.

— Fernanda, pelo amor de Deus...

— Eu tô falando sério, Anna. Ela parece a Olivia Pope de Scandal. Resolve tudo com charme e vestido justo.

— Que bom que você notou o vestido — falei, de propósito.

Ela me deu um beliscão leve no braço.

— Anna!

— Qual é, Fê! Você tá com ciúme de uma mulher que não vejo há anos.

— Mas que te come com os olhos quando te vê! Até foto no Instagram postou com você — bufou — ai, que ódio!

— Você fez uma auditoria da minha vida? Do instagram até o café da manhã? — disse, fingindo surpresa

— Porque eu te amo, caramba! — aumentou o tom de voz — E... eu fiz uma merd* gigantesca, quase perdi você e se eu te perdesse pra outra pessoa, ia doer mais ainda.

Oh, meu Deus. Que vontade de apertar.

Ela continuou:

— E eu ainda sou insegura... porque... se eu ver outra pessoa tocando você, se eu ver outra pessoa te beijando, tomando posse do que é meu, eu perco o juízo. Eu morro de medo de você se apaixonar por outra pessoa, Anna. Eu morro de medo de perder você de vez. E quando você saiu por aquela porta... meu coração ficou em pedaços. Mas eu sei que o seu também estava. E então eu segurei porquê... — olhou pra cima para impedir que a lágrima viesse — porque eu merecia. Eu te fiz muito mal, quebrei sua confiança, mas... eu nunca deixei de amar você. Nem por um minuto. Nem por um segundo.

Aquelas palavras me quebraram de um jeito que só o amor podia fazer.

Envolvi meus braços ao redor dela e ela me abraçou forte. Nesse momento, ela desabou.

Naquele abraço, a Dra Alencar sumiu.

Só restou a minha Fê. Frágil. Arrependida. Desarmada.

— Me desculpa, amor. Me desculpa por tudo. — suplicou

— Olha pra mim. — pedi

Ela levantou os olhos.

— Eu não tô com ninguém, Fê. Não quero ninguém. Nem Juliana. Nem Amanda. Nem qualquer outra pessoa. Eu só te quero. Sempre foi você.

Ela mordeu o lábio inferior, tentando segurar as lágrimas que insistiam em cair. Seus olhos azuis estavam misturados com vermelhos de tanto chorar.

— Me desculpa pelo surto...

— Não é surto. Você só está me falando o que você está sentindo. E é isso que eu espero de você.

Ela encostou a cabeça no meu ombro, e eu passei a mão no cabelo dela, devagar.

— A gente vai ficar bem, monstrinha.

Depois do nosso desabafo, do nosso abraço e as palavras que finalmente decidiram tomar o rumo certo, ficamos deitadinhas em silêncio.

A cabeça dela apoiada no meu ombro, meu braço ainda ao redor da cintura dela. Como se os nossos corpos tivessem reencontrado o molde perfeito.

Mas o dia tinha sido longo.

— Eu vou tomar um banho, tá? — falei, sussurrando, com a voz já mais lenta, embargada de cansaço.

Ela assentiu, os olhos ainda estavam marejados, mas agora pareciam mais tranquilos.

— Eu espero você. A gente dorme juntas hoje?

Demorei um segundo antes de responder.

— Dorme comigo. — sorri

Ela sorriu de volta e me soltou devagar. Como se me deixasse ir, mas não quisesse que eu fosse.

Entrei no banheiro. Liguei o chuveiro. A água quentinha fazia carinho no meu corpo, enquanto eu apoiava minhas mãos na parede fria do box.

Paz.

Esse era o sentimento.

O som da água abafava tudo, até os meus pensamentos.

Até que senti.

Primeiro, o som leve da porta sendo aberta e logo após, som da chave sendo passada.

Depois, o barulho da porta do box se movendo.

E então... o corpo dela. Atrás de mim.

Nu.

Fernanda encostou o peito nas minhas costas e envolveu minha cintura com os braços. Sem pressa. Sem palavras. Eu me arrepiei inteira.

— Você não ia me esperar na cama? — murmurei, sem conseguir esconder o sorriso surpreso.

— Cinco minutos. Foi o máximo que consegui. — sussurrou, a boca perto da minha nuca.

Ela colou o rosto no meu pescoço e ficou ali, dando singelos beijinhos e apertou minha cintura, enquanto sua boca descia para o meu ombro nu.

Virei de frente e a encarei.

Os olhos azuis dela brilhando, os lábios entreabertos.

Nos beijamos.

Sua língua dançava com a minha em um ritmo lento, enquanto sua mão esquerda fazia um carinho na minha nuca, mas deixou de ser carinho segundos depois quando ela deu um puxãozinho de leve no meu cabelo.

Ela sabia que eu amava aquilo.

O beijo foi ficando mais intenso, como se estivéssemos dispostas a recuperar o tempo perdido. A minha mão escorregando pela sua pele molhada, a boca dela que ia de encontro ao meu pescoço, enquanto me arrancava pequenos suspiros.

Meu coração acelerado naquele momento. Ansioso. Uma ansiedade boa. Ansiedade de saudade.

Fernanda colou nossos corpos e me pressionou contra a parede do box.

Mordeu leve meu ombro, enquanto uma das mãos encontrava entre minhas pernas o ponto exato onde minha saudade mais ardia.

Eu soltei um gemido abafado, e ela sorriu contra minha pele.

— Você ainda é minha? — sussurrou, entre um beijo e outro.

— Sempre fui. Só fiquei longe. — ofeguei.

Ela se abaixou. Sem desviar o olhar do meu.

Quando chegou lá, me viu toda molhada pra ela. Molhada e intensa. Foi abrindo minhas pernas com as mãos, como se dissesse naquele momento: “deixa que eu cuido disso.”

E ela cuidou.

Me fez apoiar uma perna em seu ombro, com a parede gelada nas costas e a boca quente dela entre as minhas coxas. A língua fazendo movimentos circulares no meu clit*ris, o jeito como ela colocava e tirava a língua na minha entrada, me fazia arrepiar inteira.  

Eu tremia.

Não só pelo prazer, mas pelo jeito que ela me olhava enquanto me fazia perder o juízo.

— Me diz que você sente — ela pediu, a voz embargada de desejo.

— Eu sinto — respondi com um gemido, os dedos no cabelo dela, puxando — eu sinto tudo. Você inteira.

Depois ela se levantou, virando-me com um carinho autoritário.

Eu amava Fernanda no controle.

Mas ela jamais precisaria saber disso.

Posicionou-se atrás de mim, me colocando quase de quatro toda empinada pra ela. Abaixou novamente, abriu um pouquinho as minhas nádegas e ficou ali...

Parada. Quente.

A respiração dela no meu ponto mais proibido.

Meu corpo inteiro se arrepiou.

Quase.

Quase que eu achei que ela ia fazer aquilo.

E se fizesse... ah, se fizesse...

Talvez eu não tivesse coragem para impedi-la.

Talvez eu implorasse para ela continuar.

Mas ela direcionou a língua para a minha entrada de novo, de cima para baixo... e depois, mais devagar.

Mais firme.

Mais profundo.

— Você quer mais? — sussurrou contra minha pele, a língua parada no meu ponto de prazer.

— Me mostra porque eu ainda sou tua — gemi, arfando.

Ela sorriu. Eu senti.

E de repente, ela estocou dois dedos. Sem dó.

Céus, que mulher.

Como pode ser tão meiga lá fora, tão doce com a filha, com o mundo… e aqui dentro desse metro quadrado de box virar essa putinha que me faz ver estrelas com dois dedos e meia frase? Se aqui ela já me desmonta, eu nem quero imaginar o que faria comigo naquela cama king — com espaço pra me virar do avesso e tempo pra me comer com calma.

Meus gemidos eram incontroláveis, quanto mais ela me fodia, mais eu empinava pra ela.

Ela colada atrás de mim, eu podia sentir seus pelos pubianos roçando no meu bumbum, dizendo no meu ouvido o quanto me ama, o quanto sentiu minha falta, o quanto sou dela.

E eu só conseguia dizer “sim”, “sim”, “sim”, como um mantra.

Quando ela puxa meu cabelo de leve pra trás e dá três estocadas, me seguro no azulejo.

Senti meu mel inteiro escorrer nos dedos dela.

— Isso... fica bem molhadinha pra mim. — disse no meu ouvido, a voz rouca, ameaçadora.

Ela metia fundo.

Dois dedos. Depois três.

— Eu senti falta do teu gemido, amor... — ela sussurrou no meu ouvido, entre uma estocada e outra — de sentir você tremendo na minha mão... de ver você tão entregue assim, só pra mim.

— Porr*, Fernanda… — gemi, arfando, com a voz rasgada entre prazer e raiva de amar tanto — você sabe o que faz comigo…

— Você faz ideia de quantas noites eu sonhei com isso? — ela dizia, com a voz rouca de tesão — com você assim, rendida, gem*ndo meu nome...

Ela continuou.

— E hoje eu não vou parar… — mordeu minha orelha de leve — só paro quando você implorar.

E o pior é que ela estava falando sério.

Aqueles olhos azuis estavam quase vermelhos de tanto fogo. O fogo que ela tinha por mim. O prazer que ela tinha de me controlar.

E eu sabia o quanto ela amava me ver assim, entregue, passiva, totalmente dela.

Cada estocada era uma promessa.

Quase como um lembrete.

“Você é minha, porr*.”

Eu quase podia ver nos seus olhos.

— Implora pra mim, amor... — ela sussurrou com a voz rouca, me invadindo com firmeza, com sede.

Eu arqueei o corpo, já sem qualquer controle, minhas pernas bambas. Meus joelhos já não suportando.

— Fê, pelo amor de Deus... — tentei, mas ela sabia que não era suficiente.

Ela queria mais.

— Não, meu bem. Quero ouvir direito. Me diz o que você quer. Me diz o que precisa.

— Eu... eu preciso de você — confessei, arfando — inteira. Agora.

Ela deu um sorriso vitorioso, me puxando com intensidade.

Filha da puta.

 — Assim? — disse, entre uma investida e outra, me levando ao limite — ou você quer mais?

Eu queria responder.

Minha voz sumiu.

Tudo o que consegui foi um grito abafado e um tremor que subiu pelas minhas pernas enquanto eu goz*va violentamente.

Eu perdi o chão, o ar, o juízo.

E com certeza, o resto da dignidade que restava em mim.

Ela me virou devagar, me abraçando forte, me segurando para eu não cair. Eu estava toda molinha, envolvi o pescoço dela com os braços, ainda tremendo e escondi meu rosto na curvatura do seu pescoço, dei um longo suspiro e me permiti ficar ali, nos braços da mulher da minha vida.

Nosso amor nunca era só desejo. Era posse, promessas, entrega.

Ali, era o nosso recomeço.

Nosso recomeço em cada toque. Nosso recomeço em cada suspiro, no encaixe perfeito dos nossos corpos e, além disso, duas almas que não sabiam como viver separadas.

Ainda abraçada comigo, ela desligou o chuveiro. Ficamos mais alguns segundos assim, agarradinhas. Nossas peles coladas, nosso coração batendo forte.

— Eu te amo.

— Eu te amo, amor — eu disse de volta, com todo amor que havia aqui dentro.

Logo depois, ela abriu o box e pegou a toalha. Me secou com cuidado, com amor. Encheu meu rosto de beijos e logo depois, se secou também. Destrancou a porta e me puxou levemente pela mão, me ajudou a me vestir — como sempre, cueca feminina e camisa de banda — e depois se vestiu também, um pijama de botão azul e toca de cetim na cabeça.

Sorri.

Parei no meio do quarto para observar nossa filha dormindo como um anjinho. Dormia tão pesado, estava tão cansada do parque que eu agradeci aos céus por isso, pois espero sinceramente que ela não tenha ouvido nada ou com certeza estaria traumatizada para sempre. Eu não consegui evitar os gemidos e não sei exatamente o volume que estava.

Eu perdi a noção.

Se bem que, quando estou dando para Fernanda, eu não tenho o mínimo do juízo.

— Ela acordou? — perguntou, me abraçando por trás e dando um beijinho carinhoso na nuca

— Não — sorri — Está dormindo feito um anjinho.

Ela sorriu também, encostou a cabeça no meu ombro e ficamos ali por alguns segundos, com ela fazendo um carinho na minha cintura enquanto eu observava nossa filha dormir.

— Queria que a Ceci tivesse seus olhos... — sussurrou

— Não fala isso, toda vez que olho pra Cecília, vejo você. Os olhinhos pelos quais me apaixonei.

Virei-me para encará-la e os olhos azuis dela estavam brilhando. Brilhando de amor. Brilhando de uma forma que só nós duas entendíamos. Ela passou a mão pelo meu rosto em um afago, logo em seguida, me beijou.

Um beijo terno. Calmo. De recomeço. De reconexão.

Me levou pra cama, puxou o cobertor e ficamos na nossa posição preferida: conchinha emaranhada, coalinha.

E ali, pela primeira vez em muito tempo, dormimos.

Não havia peso.

Não havia medo.

Havia amor.

Somente.

Nosso recomeço.

Fim do capítulo

Notas finais:

Só queria saber se vocês ainda estão respirando. 

Até terça, monstrinhas! hahahaha 


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 22 - capitulo vinte e dois: me deixa te amar de novo? :
HelOliveira
HelOliveira

Em: 11/07/2025

Coração transbordando de felicidade, nosso casal em conversa necessária e um momento de entrega de muito amor....esse é o paraíso delas é nosso tb né....

Só posso falar que amei.... parabéns e obrigada 


nath.rodriguess

nath.rodriguess Em: 13/07/2025 Autora da história
Virão mais conversas pela frente, as duas precisam ajustar muitas coisas, conversarem bastante sobre o que aconteceu e outras conversas difíceis, mas tudo com muito amor, carinho e paciência.


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Lea
Lea

Em: 11/07/2025

Só um momento, enquanto limpo um cisco que caiu aqui,no meu olho.... Pronto, agora sim!!!

Assim você nos matam, Nath,malvada no momento devido e fofinha no momento preciso.

Essas duas,essa família tem meu coração!

O amor feito por essa duas é de,outro mundo. O amor delas é de outro mundo!


nath.rodriguess

nath.rodriguess Em: 11/07/2025 Autora da história
Aqui tudo tem que ter um equilíbrio! rs
As duas se amam muito, precisavam de uma reconciliação a altura. Mas ainda vem muito mais pela frente. Mais reconciliações, conversas difíceis, medos, erros. Tudo isso faz parte da construção de um casamento. Nenhum casamento é perfeito, mas com amor, com conversa, as pessoas se ajustam.


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Letysantos
Letysantos

Em: 11/07/2025

So senti falta da Anna dando um trato na Fernanda tambem,uma tesou...bem.gostosa na cama,mas foi delicioso. E vou me calar para nao ser invasiva kkkkkkkkk?kkkkkkkkkkkk?k?k?kkk,pq vc é demais


nath.rodriguess

nath.rodriguess Em: 11/07/2025 Autora da história
Vocês sabem o quanto a Anna é vingativa nesse quesito, né? kkkkk aguardem, tem mais nos próximos capítulos.

Você não é invasiva, eu amo seus comentários ^^


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Mmila
Mmila

Em: 11/07/2025

Respirando sim, com esforço.

Que capítulo reconfortante!

E vamos acompanhar o desenrolar desse recomeço.


nath.rodriguess

nath.rodriguess Em: 11/07/2025 Autora da história
Tá ofegante? O próximo hot vocês vão morrer então KKKKKK
Esse recomeço tá lindo. Pra quem queria o divórcio, Anna ficou toda molinha haha


Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web