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Entre os Silêncio do Coração por Anônima23

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Palavras: 762
Acessos: 308   |  Postado em: 26/04/2025

Capitulo 16

 

Capítulo 16 – Bianca

 

O hospital parecia ainda mais silencioso naquela manhã, embora os corredores estivessem cheios de pacientes e funcionários indo de um lado para o outro. Bianca caminhava pelos corredores com passos firmes, tentando afastar a lembrança incômoda da discussão com Clara.

 

Já tinham se passado algumas horas desde o encontro inesperado, mas a sensação de aperto no peito permanecia. Cada palavra dita por Clara ecoava em sua cabeça — o tom de voz carregado de mágoa, as acusações veladas, a falta de compreensão sobre o quanto tudo havia mudado.

 

Bianca encostou-se brevemente a uma das paredes, fechando os olhos e respirando fundo. “Acabou”, repetiu para si mesma pela centésima vez naquele dia. Acabou para Clara há muito tempo, mas talvez, para a própria Bianca, o ciclo de dor e mágoa estivesse se encerrando apenas agora.

 

E então tinha ela. Sofia.

 

O pensamento surgiu sem ser convidado, invadindo sua mente como uma brisa inesperada em um dia abafado. A lembrança daquele momento, ainda tão recente, fez Bianca abrir os olhos rapidamente, como se alguém pudesse ver o que ela sentia só de olhar para seu rosto.

 

Sofia tinha surgido de maneira tão natural, tão despretensiosa... Bianca mal teve tempo de entender. Num instante, ela estava presa nas palavras afiadas de Clara; no outro, uma mão suave, mas firme, pousava em seu ombro, afastando-a da tensão e levando-a para longe.

 

Ainda podia sentir o calor daquela mão atravessando o tecido da blusa.

 

Era engraçado pensar que, em meio àquela confusão toda, a lembrança que persistia com mais força não era a discussão em si, mas o olhar curioso e acolhedor de Sofia.

 

Aquela mulher tinha algo.

Algo que mexera com Bianca de um jeito que ela não conseguia — e nem queria — explicar.

 

Ela se obrigou a continuar andando. Não podia parar ali, não no meio do turno. Mas enquanto caminhava, revivia mentalmente cada detalhe daquele encontro inesperado.

 

 

---

 

Bianca ajeitou a prancheta contra o peito e atravessou o refeitório, onde alguns colegas conversavam animadamente. A cidade pequena tinha seus encantos, e o hospital, apesar de modesto, era um lugar de acolhimento.

 

Ela havia conquistado seu espaço ali — não só como médica competente, mas como alguém que fazia parte da comunidade. Já conhecia os rostos, os nomes, as histórias. Era fácil se perder nas conversas sobre famílias, plantações, festas tradicionais. Era reconfortante.

 

Era diferente.

 

E talvez fosse isso que a assustava tanto.

 

Bianca parou perto da máquina de café e apertou o botão, observando o líquido quente encher o copo descartável. Deixou-se levar pelas lembranças da manhã:

 

Clara surgindo, como se o tempo não tivesse passado.

A insistência nas palavras, como se Bianca devesse explicações.

E, então, Sofia. Surgindo do nada, sua voz firme e, ao mesmo tempo, suave.

 

"Tudo bem por aqui?"

Era só uma frase simples, mas naquele contexto, foi um gesto de cuidado que Bianca não sabia que precisava.

 

O jeito como Sofia se colocou entre ela e Clara — sem agressividade, sem invadir espaço — foi uma linha tênue entre a delicadeza e a força. E Bianca, pela primeira vez em muito tempo, sentiu que alguém estava realmente ao seu lado, sem esperar nada em troca.

 

 

---

 

Quando retornou ao seu consultório, Bianca encostou a porta e recostou-se na cadeira, deixando o café na mesa.

 

Permitiu-se um sorriso pequeno.

 

Sofia tinha algo nos olhos. Algo que brilhava de um jeito sincero, como quem carrega o peso da vida, mas ainda assim escolhe enxergar beleza nos detalhes.

 

Bianca não sabia se era o sorriso meio torto, o jeito direto de falar ou a naturalidade com que ela se movia. Só sabia que, naquela manhã, entre palavras afiadas e memórias dolorosas, havia encontrado um momento de paz. E, por mais breve que fosse, era isso que queria guardar.

 

Não adiantava se precipitar. Não adiantava alimentar expectativas.

Sabia bem que o coração ainda carregava cicatrizes.

Mas, pela primeira vez em muito tempo, não sentiu medo.

Sentiu curiosidade. Uma vontade leve de saber mais. De entender quem era aquela mulher de olhos atentos e sorriso contido.

 

Bianca girou a caneta entre os dedos, perdida nos próprios pensamentos.

 

"Será que sou capaz de deixar o passado e amar novamente?"

 

Talvez não precisasse responder imediatamente.

Talvez amar novamente não fosse uma decisão, mas uma construção.

Uma escolha diária de confiar, de se permitir.

 

E, talvez — só talvez.

 

Fim do capítulo


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