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Entre Votos e Silencios por anonimo2405

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Palavras: 1423
Acessos: 1397   |  Postado em: 21/04/2025

Entre o Certo e o Possível, ela Sempre Escolhia o Ncessário

 

O relógio digital marcava 21h17 quando a porta do gabinete de Verena Castilho se fechou com um clique seco. A luz suave da luminária em sua mesa projetava sombras elegantes no teto alto, onde o silêncio pesado da Câmara contrastava com o burburinho que, horas antes, preenchia os corredores.

Rafaela já estava lá, encostada casualmente na lateral da mesa, pernas cruzadas, mordiscando uma tampa de caneta. Os cabelos ruivos, cacheados e volumosos desciam em espirais até os ombros, criando um contraste quase provocativo com o terno escuro e sóbrio que ela usava de qualquer jeito.

— Isso não é só um puxadinho de verba, Verena. É um desvio do tamanho do ego do presidente da Casa — disse, meio rindo, meio séria. Seus olhos vasculhavam os de Verena, como se tentassem descobrir até onde ela iria.

Verena caminhou até a mesa, firme, tirando o paletó e apoiando-o na cadeira. Por um instante, massageou as têmporas. Estava exausta, mas ali não cabia fraqueza.

— E o que você quer que eu faça? Que devolva tudo? Finja que não vi a oportunidade? — Respondeu, com a voz baixa e precisa. Sua maneira de falar sempre beirava a frieza um escudo que aprendera a carregar desde muito antes de se tornar deputada.

Rafaela deu uma risada abafada, sem humor.

— Não. Quero que você me diga que não tá fazendo isso por impulso. Porque não é só grana envolvida. É sua reputação. A de Silvia. A minha.

Silêncio. Verena se aproximou da janela, observando as luzes da cidade que nunca dormia. Lá fora, São Paulo parecia tão distante quanto tudo que ela havia deixado para chegar ali.

— Eu sei o que estou fazendo — respondeu, finalmente. Mas havia algo na sua voz. Uma hesitação mínima. Quase imperceptível.

Rafaela se endireitou. Pela primeira vez naquela noite, tirou a caneta da boca.

— Você já fez coisa errada antes, Verena. Mas essa… essa parece pessoal.

Verena virou-se devagar. O olhar que lançou à amiga era como uma faca afiada: discreta, cortante.

— Você sabe que tudo é pessoal no fim das contas, Rafa.

E naquele instante, algo mais denso pairou entre elas. Não era só sobre o dinheiro. Não era só política. Era sobre o tipo de escolha que muda o rumo de uma vida — e o começo de uma história que ainda nem havia começado.

O gabinete estava quase silencioso, exceto pelo som do ar-condicionado e o ocasional tilintar do gelo no copo de uísque que Rafaela girava distraída. A noite avançava como uma testemunha silenciosa dos segredos que ali se discutiam.

Verena Castilho observava o mapa político do estado numa tela projetada na parede, mas seus pensamentos estavam muito além dos dados e gráficos. Os olhos verdes cortavam o escuro como faróis frios, embora a mente estivesse agitada.

— Você tem noção do tamanho dessa jogada? — insistiu Rafaela, agora de pé, braços cruzados. — Não é só uma licitação desviada ou uma emenda repassada pro interior. É um milhão e meio. De uma vez. E você quer fazer isso logo agora?

Verena não respondeu de imediato. Pegou o próprio copo sobre a mesa e bebeu num gole só, sentindo o álcool queimar a garganta. A dor era reconfortante. Familiar.

— Justamente por ser agora — respondeu. — Com o caos do segundo semestre, ninguém vai olhar duas vezes. E se olharem, eu já terei garantido que quem fiscaliza esteja do meu lado.

Rafaela balançou a cabeça, os cachos se movendo como se também discordassem.

— Sabe o que é mais louco? Que você me convence mesmo quando eu sei que tá errada.

Verena deu um meio sorriso.

— É por isso que você continua ao meu lado.

— Não. — Rafaela se aproximou. — Eu continuo ao seu lado porque gosto de ver até onde você vai antes de se destruir.

O silêncio voltou, mas dessa vez foi mais denso. Verena soltou um suspiro curto e virou-se, apoiando-se na mesa com as duas mãos. Parecia estar decidindo o destino de um país, mas era o seu próprio que estava em jogo.

— Preciso sair daqui — murmurou. — Vamos beber.

— Tá chamando a assistente pra beber? Os boatos vão adorar isso.

— Deixa eles falarem. Eles sempre falam.

 

Bar no centro de São Paulo — 23h12

O bar não era o mais discreto, nem o mais sofisticado — mas era perfeito. Lá dentro, ninguém se importava com nomes de famílias, cargos ou escândalos. Era um lugar onde vozes se misturavam e rostos se desfocavam sob a luz âmbar e a fumaça de cigarro.

Verena acendeu um cigarro, hábito que tentava esconder de Silvia. Rafaela a observava com o cotovelo apoiado no balcão, girando o gelo no copo.

— A última vez que vi esse seu olhar, você tinha acabado de triturar um projeto do governo com uma frase em plenário — comentou Rafaela. — E ainda por cima com salto alto e batom vermelho.

Verena esboçou um sorriso de canto, discreto.

— Você devia estar me aplaudindo, não jogando indireta.

— Eu sempre te aplaudo. Só que tem uma diferença entre dominar o jogo... e virar peça dele.

Verena levantou a taça com leveza, como se brindasse à ironia.

— E o que você acha que eu estou sendo?

Rafaela se inclinou um pouco, com aquele olhar atento que raramente usava.

— Eu acho que você tá se distraindo demais com a Gabriela.

Verena congelou por um instante. O nome da assistente pairou entre as duas como uma ameaça não declarada.

— Não tem nada com a Gabriela — respondeu firme. Mas era o tipo de firmeza que só aparece quando há algo a esconder.

— Tem 25 anos, te olha como quem faria qualquer coisa pra subir na carreira, e você anda sorrindo pra ela do mesmo jeito que olhava a Silvia quando se conheceram.

Verena respirou fundo, mirando o fundo da taça.

— É só flerte. Nada acontece.

— Ainda. — Rafaela deu um gole no gin. — Mas você sabe que o problema não é o que acontece. É o que parece.

— Você fala como se eu não soubesse jogar esse jogo.

— Você joga melhor que todo mundo. Mas até as melhores perdem quando se distraem com as peças erradas.

Verena não respondeu. Porque, no fundo, ela sabia. Sabia que Rafaela estava certa. E o pior de tudo é que ela nem tinha certeza se queria parar.

 

Apartamento em Higienópolis — 00h41

Verena entrou em casa devagar, os saltos na mão, o blazer pendurado no braço. A casa estava silenciosa, iluminada apenas pela luz morna da sala. Silvia estava ali, sentada no sofá, ainda com os óculos de leitura e um processo aberto no colo.

Ela levantou os olhos ao ouvir a porta.

— Você cheira a vinho e cigarro — disse, com um meio sorriso cansado. — E à sua própria culpa.

Verena deu um risinho, se aproximando.

— Isso é instinto de advogada ou de esposa?

— Dos dois. — Silvia fechou o processo e o colocou sobre a mesinha de centro. — Tá tudo bem?

— Só um dia longo. Brasília cansa até o que a gente não mostra.

Silvia puxou a esposa pelo braço, fazendo com que ela sentasse ao seu lado. Deitou a cabeça no ombro de Verena, num gesto suave, automático, íntimo.

— Você já pensou na gente... tendo um filho?

A pergunta caiu como uma gota de tinta num copo d'água. Se espalhou em silêncio, lenta e inevitável.

Verena olhou pra frente, para a TV desligada, para o reflexo dela mesma nos vidros da estante. Como se buscasse ali alguma resposta pronta.

— Agora?

— Não exatamente agora. Mas... em breve. Eu fico pensando nisso. Vejo você lidando com tudo, com todos. E penso: talvez esteja na hora de algo mais nosso. Algo que não dependa de política, de campanha, de mandatos.

Verena passou a mão no cabelo, pensativa.

— Você acha que tá faltando alguma coisa?

Silvia hesitou antes de responder.

— Às vezes. Acho que a gente se ama, mas... estamos sempre cercadas de pautas, de interesses, de compromissos. Queria algo que fosse só nosso. Sem coletiva de imprensa, sem articulação.

Verena inclinou o rosto, encostando-o ao de Silvia.

— Eu te entendo. Juro que entendo. Mas... será que um filho é o tipo de coisa que preenche o que falta? Ou só nos distrai do que não temos coragem de encarar?

Silvia fechou os olhos por um momento.

— Talvez os dois.

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Entre o Certo e o Possível, ela Sempre Escolhia o Ncessário:
jake
jake

Em: 29/04/2025

Eita que já gostei do 1 cap...a história parece ser bem intrigante....vamos conferir o 2 cap....rsrsrs

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