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Sombras e neon por thays_

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Palavras: 2182
Acessos: 81   |  Postado em: 27/02/2025

O custo do afeto

O apartamento de Judy estava silencioso. O ar parecia carregado, como se a conversa anterior ainda pairasse entre as duas. Lux sentia o coração martelando forte, a respiração um pouco mais curta do que o normal. 

Ela então pegou uma toalha e desapareceu no banheiro, seguindo a sugestão da outra. Enquanto se deixava envolver pelo calor do chuveiro, sua mente vagava. Estava ali, naquele apartamento pequeno e acolhedor de Judy. O que ela estava fazendo ali? A pergunta ressoava, mas ela não tinha resposta. Havia algo em Judy que a desconcertava, algo que a fazia sentir-se… quase segura. Ela, que estava acostumada a controlar tudo, agora se via imersa em uma situação em que não tinha o menor controle.  

Apesar do desejo latente de vivenciar tudo aquilo, havia também lá no fundo uma sensação insistente, pesada, de estar fazendo algo errado. Ela fechou os olhos por um momento, tentando se concentrar no presente. Ela tinha que passar o resto de sua vida carregando aquele luto? Questionava-se se estava sendo errada em se permitir um pouco de... carinho. A palavra parecia estranha em seus pensamentos, parecia estranha ao sair de sua boca, parecia que aquilo não era pra ela, como se ela não merecesse nada daquilo. Como se ela não merecesse Judy.  

Lux suspirou profundamente, passando a toalha ao redor de si, mais uma vez empurrando os pensamentos para longe. Quando terminou, vestiu roupas limpas e saiu, encontrando Judy sentada no sofá, mexendo no notebook. Ficou alguns segundos parada olhando para ela, sem saber ao certo como agir. Mas a outra apenas disse, de forma natural: 

- Estou estudando o sistema deles. Descobri que existem algumas áreas que não têm câmeras de segurança, então não tenho ideia do que podemos encontrar por lá exceto o pouco que sabemos. - Ela fez uma pausa pensativa. - Eu não sei, Lux. Eu tô sentindo que alguma coisa vai dar errado.  

Ela fechou o tampo do notebook e perguntou: 

- Você acha que estamos preparadas? 

- Bom, você estava tentando descobrir como segurar uma arma algumas horas atrás... - Lux disse, divertida. 

- Pelo menos eu já sei aonde fica o gatilho. 

As duas sorriram. 

- Tenho que admitir que até que você tem uma boa mira. - Lux disse. - Mas quero que saiba que você só vai usá-la em caso de necessidade extrema.  

- Tipo o que? 

- Tipo se sua vida estiver em risco. 

Judy ficou um pouco preocupada com essa possibilidade. As duas ficaram em silêncio durante alguns segundos, até Lux dizer, num tom de voz firme: 

- Eu não vou deixar nada acontecer com você.  Fique tranquila.  

- Eu gosto dessa sua confiança. – Ela respondeu, e a maneira como seus olhos brilharam ao dizer isso fez o coração de Lux acelerar um pouco. - Vou tomar banho. Pedi um obentô pra gente, só fica de olho na campainha. 

*Obentô é uma marmita de comida japonesa. 

Judy então se levantou e seguiu para o banheiro. Lux a observou desaparecer pela porta, sentindo-se estranhamente confortável naquele espaço. Ela nunca tinha se dado ao luxo de imaginar algo assim depois de Aurora. Queria estar perto de Judy, queria ouvi-la falar sobre sistemas de segurança e coisas tecnológicas, queria ver aquele brilho nos olhos dela quando se empolgava. No fundo, ela achava que não estava pronta para tudo isso. Mas, no fundo, talvez não precisasse estar. Talvez fosse só... deixar acontecer.  

Quando Judy voltou, o cheiro da comida recém-entregue já impregnava o ar. Ela entrou na sala vestindo um short confortável, deixando suas pernas à mostra, e uma blusa de tecido leve e folgada. O olhar de Lux não pôde deixar de seguir cada passo. Judy se sentou ao lado dela, pegando os hashis, cruzando as pernas em baixo do seu corpo no sofá. 

- Faz tempo que não como um desses - comentou, segurando a embalagem de plástico em sua mão. Lux abriu sua própria e se serviu, dizendo: 

- Acho que metade das refeições da minha vida foram isso ou ramen instantâneo. 

Judy riu baixinho. 

- Com a vida que você leva, deve ser difícil se alimentar bem, né? 

Lux deu de ombros, mastigando devagar. 

- Depende. Às vezes, dá pra comer algo decente. Mas, no geral, é qualquer coisa que não me mate de fome no meio do caminho. 

Judy a observou por um instante antes de soltar, num tom casual: 

- Se quiser, posso cozinhar pra você um dia desses. 

Lux ergueu os olhos, surpresa. Judy estava focada na comida, como se não tivesse acabado de dizer algo que a fez sentir um calor diferente no peito. 

- Você cozinha? 

- Sei me virar. E sei que você não diria não pra uma refeição caseira. 

Lux riu, desviando o olhar para sua comida. 

- Isso é verdade. 

Por um tempo, o único som na sala foi o da chuva fina batendo contra a janela. Judy terminou sua comida primeiro e se recostou no sofá, observando Lux enquanto brincava distraidamente com os hashis, pensativa. Então pegou uma almofada ao lado e a abraçou contra o peito 

- É bom estar aqui... com você. - Judy disse, quase num sussurro. 

- Fazia muito tempo que eu não fazia algo normal assim, tipo sentar e comer com alguém. - Lux revelou. 

A outra apertou levemente a almofada contra si antes de responder: 

 - Então talvez a gente devesse fazer isso mais vezes. 

Lux sorriu de canto, seus olhos brilhando como há tempos não brilhavam. Ela terminou sua refeição e se levantou lentamente, pegando as embalagens para jogá-las no lixo. 

- Quem sabe a próxima vez eu não te convenço a fazer uma sobremesa também.  - Lux brincou fazendo as duas sorrirem. - Tem mais chá? 

- Sim, na geladeira. Mas se quiser também tem cerveja. 

Lux hesitou por um segundo antes de pegar uma cerveja. 

- Essa tampa não da pra abrir com a... mão.  

Antes que terminasse a frase, Lux já havia retirado a tampa com um movimento fácil. 

Judy ergueu uma sobrancelha, divertida. 

- Acho que vou encomendar algum implante de força com o Victor.  

- Para abrir garrafas de cerveja? 

- E potes de molho também. 

Lux riu de leve e tomou um gole antes de dizer: 

-  Ou então você pode me chamar quando precisar fazer alguma dessas coisas...  

Judy soltou uma risada e se levantou, contornando o balcão até parar na sua frente. O espaço ali era estreito. Seus corpos quase se tocavam. 

- Mesmo? - perguntou em tom provocativo. - E se eu precisar de outro tipo de coisa? 

- Depende do que você tiver em mente...  

Judy sorriu e se aproximando ainda mais, deslizou os dedos pelo braço de Lux, sentindo a rigidez dos músculos sob a pele quente. 

- Você não imagina a quantidade de coisas que eu tenho em mente... - murmurou, os olhos escuros acompanhando o caminho de sua própria mão. 

Lux não precisou de muito para encostar seu corpo junto ao dela naquele espaço pequeno. Cercou-a entre seus braços enquanto suas mãos se apoiaram na bancada. Deixou o rosto afundar no vão do pescoço de Judy, inalando o cheiro gostoso de sua pele e de seus cabelos. As da outra deslizaram lentamente por seus braços, subindo até os ombros, até terminarem ao redor de sua nuca.  

Então Judy a puxou para um beijo. Seus lábios estavam quentes contra os dela e Lux se perdeu no toque por um instante. O gosto da cerveja misturado ao calor do momento fazia sua pele formigar. As mãos de Judy deslizavam lentas, mapeando seu corpo com um toque curioso, até que seus dedos alcançaram a barra da camiseta de Lux, invadindo, tocando sua pele quente por baixo da peça. 

Foi um gesto sutil, sem pressa, mas o suficiente para fazer algo disparar dentro da outra. Lux travou, o coração batendo forte demais. Uma sirene começou a soar em sua cabeça. 

Judy percebeu.  

Ela afastou os lábios, mas não foi um movimento brusco. Apenas manteve o toque das testas coladas por um instante, sua respiração levemente acelerada. Os dedos que antes exploravam a pele de Lux agora apenas repousavam sobre sua cintura. 

- Tá tudo bem - murmurou, a voz carregada de ternura. - A gente não precisa correr. 

O peito de Lux estava apertado por algo que ela não sabia lidar. Ela soltou um suspiro, fechando os olhos por um segundo antes de encostar a testa no ombro de Judy. 

- Eu não... - começou, mas precisou um instante para encontrar as palavras certas. - Desde Aurora... eu nunca mais... 

Admitir aquilo a deixava vulnerável demais. Judy permaneceu em silêncio, apenas deslizando os dedos pelos cabelos de Lux, que disse, quase num sussurro: 

- Desculpa. Eu quero, quero muito... mas eu...  

Judy continuou com os dedos pelo cabelo dela, um carinho sem pressa.  

- Você não tem que se desculpar por nada. 

Lux soltou o ar devagar, relaxando um pouco contra ela. Judy não pressionava, não pedia mais do que ela podia dar. Só estava ali, sendo ela mesma. 

- Já está tarde. Amanhã será um grande dia - disse Judy, a voz baixa, mas gentil. - Vamos tentar dormir um pouco? 

Lux concordou, se afastando. Mal conseguia encará-la.  

- Você quer que eu vá embora? - perguntou, num tom que tentava soar neutro, mas entregava um leve receio. 

Judy levantou o rosto de Lux suavemente com o indicador e disse olhando em seus olhos: 

- A última coisa que eu quero é ficar longe de você. 

Por um instante Judy apenas a observou, como se procurasse alguma dúvida em seu rosto. Mas tudo o que encontrou foi certeza que a outra também queria o mesmo.  

Então pegou a mão de Lux e a puxou suavemente para o quarto, sem pressa.  

O cansaço da noite pesava sobre ambas. Ao entrarem no quarto, Judy nem se deu o trabalho de acender as luzes, pois o neon da cidade proporcionava uma atmosfera acolhedora ao ambiente. As gotículas de chuva escorriam suavemente pelo vidro da janela e uma brisa fresca vinha do lado de fora. Judy puxou as cobertas e se deitou, batendo de leve no colchão ao seu lado. 

Lux se deitou na sequência, sentindo o calor do corpo de Judy se aproximar lentamente, até que os braços dela se enroscaram ao redor de sua cintura. O toque era firme, mas delicado, sem invadir, apenas oferecendo conforto. Lux fechou os olhos, sentindo uma paz enorme em seu peito. Mas, ao mesmo tempo, havia uma fragilidade naquela proximidade que ela não sabia como lidar.  

Judy cheirou seus cabelos, dizendo baixinho em seu ouvido: 

- Só quero muito ficar assim com você. A gente não precisa fazer nada além disso. 

Quantas vezes Lux tinha pagado por aquilo? Por um toque que não exigisse nada além da presença, por um corpo quente ao lado do seu sem que precisasse se justificar?  

No Clouds, comprava a ilusão do que agora Judy lhe oferecia sem custo algum. 

E ainda assim, era mais fácil aceitar quando vinha com um preço. 

Engoliu em seco, sentindo o peso daquela constatação. Ali, com Judy, não existia contrato, não havia acordo financeiro. Só havia um espaço ao lado dela, esperando por Lux, sem exigências, sem barreiras. 

E isso a assustava mais do que deveria. 

O ambiente ficou quieto, quase demais e Lux começou a ser dominada por vários pensamentos sobre tudo o que tinha vivido até ali.   

- Judy. 

- Hum. 

- Eu nunca fui ao Clouds a procura de sex*. Só quero deixar isso claro. 

Continuaram em silêncio. Então Judy perguntou: 

- Mas por que você ia até lá então? Você é do tipo que só gosta de olhar? - Seu tom de voz foi calmo, não havia julgamento em suas palavras, apenas curiosidade. 

- Não, não é isso. Sei lá... Às vezes me acho muito patética por isso. 

- Você se sentia sozinha? 

- Também. - Ficaram em silêncio. - Eu só queria... sei lá. 

- O que? 

Lux hesitou. 

- Isso. 

- Isso o que? 

Lentamente, ela se aproximou de Judy e, sem mais palavras, deitou sua cabeça no peito dela. Seu braço deslizou suavemente pela cintura de Judy, puxando-a para mais perto, como se cada centímetro de proximidade fosse necessário. O movimento foi calmo, mas intenso. A sensação de Judy contra seu corpo trouxe uma onda de calor reconfortante.  

Ela tinha que admitir que aquilo era muito diferente de estar no Clouds. Ela e Judy tinham uma conexão real entre elas, ao contrário de uma conexão feita apenas por um implante neural. Judy parou de respirar por alguns segundos ao sentir a outra tão próxima... de uma forma tão íntima, tão... entregue. Ela sabia que não podia ir além, mas aquilo a deixou extremamente molhada.

Suas mãos no mesmo instante a envolveram em um abraço gostoso. Beijou seus cabelos de forma carinhosa. Pensou naquele momento que Lux carregava nos ombros o peso de quem tinha sobrevivido a tudo, um muro de resistência, destreza e poder, mas, ali, em seus braços, parecia tão necessitada de cuidado quanto qualquer outra pessoa. 

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi pessoas lindas que estão me lendo :D

Sim, eu demorei pra voltar. É que acabei ficando entretida com desafio que estou participando aqui no Lettera e passei as últimas semanas escrevendo Fragmentos do Passado. 

Acredito que o próximo de Sombras e Neon não demore tanto pra sair.

Até breve!


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