Capitulo 21
O silêncio pesava no ar, carregado, elétrico. Eu sentia cada célula do meu corpo em alerta, como se minha pele ainda estivesse marcada pelas mãos dela, queimando.
Eu devia dizer algo.. Mas antes que qualquer palavra saísse da minha boca, Luísa se mexeu.
Rápida. Precisa.
As mãos dela me puxaram sem aviso, minha cintura encaixando na dela num movimento certeiro. Meu corpo encontrou o dela, quente, sólido, exigente. E então sua boca tomou a minha.
Forte. Determinada.
O beijo não era uma pergunta. Era uma afirmação. Uma reivindicação e nossa aquilo era … apenas ual.
Meus pulmões imploravam por ar, mas eu não conseguia – ou não queria – parar. Minhas mãos deslizaram para os ombros dela, agarrando o tecido da blusa como se fosse a única coisa me mantendo de pé, tentava puxá-la pra mim cada vez mais, eu precisava de mais.
Ela mordiscou meu lábio inferior antes de soltar minha boca, e eu arfava, tentando entender o que diabos tinha acabado de acontecer.
Luísa me olhou de cima,com aqueles olhos escuros, agora quase tão escuros quanto a noite. O peito subia e descia devagar, como se ela não tivesse acabado de me desmontar por completo.
Ela sorriu. Devagar. Satisfeita.
"É isso que acontece quando você provoca demais, Bianca." A voz dela era um arrasto grave, quase preguiçoso, mas afiada como uma lâmina.
Ela deslizou os dedos pelo meu rosto, lenta, um toque que contrastava com a intensidade de segundos atrás, descendo lentamente pelo meu pescoço, entre meus seios, descendo cada vez mais, tão lento e torturante até se agarrar firmemente na minha cintura, e Deus me ajude aquelas mãos de novo na minha cintura.
"Você tem laboratório em 10 minutos." Seu polegar roçou meu lábio inchado, e eu prendi a respiração. "É melhor você não se atrasar, e fazer tudo direitinho, não estou com bom humor hoje e nem com paciência pra ficar corrigindo sua falta de atenção."
Me soltou. Um movimento suave, como se soubesse que eu já estava onde ela queria.
Eu abri a boca para responder de volta, mas Luísa apenas inclinou a cabeça,com aqueles olhos puxados semicerrados perigosos.
O que foi mesmo que ela disse?
"Não precisa dizer nada." Um sorriso leve dançou nos lábios dela. " Te vejo lá loira."
E então, ela se afastou. Caminhou até a porta com uma calma absurda, como se não tivesse acabado de virar minha realidade de cabeça para baixo.
Parou no batente, me lançou um último olhar e, antes de sair, deixou a última provocação cair, certeira:
"E Bianca, até que pra uma pirralha você não beija tão mal."
A porta se fechou.
E eu fiquei ali. Perdida. Tonta. Ardendo.
Fim do capítulo
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Joh olliveira
Em: 23/02/2025
Eitaaaaaa. Porque eu fico ansiosa pros finalmentes.
Calma ansiedade calma.
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lenass Em: 23/02/2025 Autora da história
Eitaaaaaaa! Eu tenho pensado bastante nisso também, sabe? Você acha que vai demorar? Ansiedade coletiva é real!