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Olhos de Lobo por Luma Ferrero

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Palavras: 4253
Acessos: 177   |  Postado em: 05/01/2025

Capitulo 9 - Casa na Árvore

Domi encarava o dossel de sua cama há algum tempo, ela não conseguia tirar da cabeça as palavras agressivas do professor Piragibe. “Mestiça, humanoide, monstro”. A voz cheia de ódio dele ecoava por sua mente trazendo à tona a vontade insana que a garota teve de estuporá-lo no momento.

Em toda a sua vida, nada semelhante acontecera, mas ela podia se lembrar de sussurros, olhares, indiretas, atitudes que lembravam o ocorrido. Coisas na quais ela nunca tinha prestado atenção.

- Dominique.

A garota olhou para a porta de onde vinha a voz.

- Seus pais estão na sala da diretora e querem vê-la. – Quem falava era a monitora chefe de sua casa.

- Ok. – Disse ela desanimada sentando-se na cama.

- Você está bem? – Ino perguntou com uma voz baixa e oscilante. A garota havia ficado na cama ao lado de Domi o resto de toda a tarde, sem pronunciar uma palavra, só a fazendo companhia.

- Sim, estou. – Domi forçou um sorriso. – Vou lá encarar meus pais.

A bruxa se olhou no espelho e percebeu o quanto estava péssima, mas não ligou, sentia-se para baixo demais, seu exterior só estava refletindo o interior e hoje ela estava cansada para se importar com aparências.

O caminho até a torre da diretora fora longo, mais longo do que ela se lembrava. Enquanto descia as escadas da torre da Corvinal, ela observava as janelas de onde pôde ver os últimos raios de luz solar, cedendo à escuridão da noite gelada que se aproximava.

A bruxa repassara em sua cabeça se havia feito algo de errado para que o professor agisse daquela forma com ela, mas nada vinha à sua mente, Domi só estava abraçada com Lana no momento, mas era um abraço inocente porque a garota sentia muito frio.

- E Lana, como será que ela está? – pensou a Weasley. – Piragibe é seu conterrâneo, espero que ela não esteja se sentindo culpada de alguma forma.

O professor Barker aguardava Domi ao lado da Gárgula que dava passagem para a escada circular que levava ao escritório da diretora.

- Está bem, Weasley?

Domi só balançou a cabeça dizendo que sim. – Piragibe está ai?

- Ele não está mais em Hogwarts, acabou de ser levado para o Ministério, agora suba seus pais querem muito te ver. – O professor estava mais sério do que o normal, provavelmente nervoso pelo que o Piragibe havia feito. – Pelo de testrálio. – Disse ele, então a gárgula começou a subir em um movimento circular e quanto mais ela subia, mais da apertada escada circular se revelava.

Assim que abriu a porta da sala, Fleur, sua mãe voou em sua direção e a abraçou forte.

- Você está bien, mon amour?

- Sim. - Respondeu Domi tentando segurar o choro, até aquele momento a bruxa achava que não estava tão mal, ela prometera a si mesma que agiria como uma adulta e encararia as coisas de cabeça erguida, mas foi só sentir o abraço da mãe e o seu tão familiar perfume com cheiro de lírio que a garota se viu quase desmoronar, e foi aí que teve certeza de que as ofensas de Piragibe realmente a haviam afetado.

- Hei filha. – Agora era seu pai que se aproximava. Ele segurou o rosto da filha nas mãos e olhou bem em seus olhos. – Não se abale amor, não esqueça que você é uma Weasley.

Domi olhou para o rosto do pai, que era metade desfigurado graças a um ataque de lobisomem há mais de vinte anos atrás. Ela sabia que que ele havia passado por coisas piores graças aquela cicatriz, e mesmo assim, sempre mantinha o olhar amoroso e calmo.

A garota balançou a cabeça sorrindo, logo em seguida quem veio ao seu encontro foi seus irmãos, Louis passou os braços pela sua cintura e Victória a mão e seu cabelo, lhe fazendo carinho e depois segurou forte em seu ombro.

- Srta. Weasley, é inaceitável o que aconteceu! – Falou a Diretora Macgonagall com a voz pesada. - Piragibe foi levado ao Ministério da Magia, e um representante já foi enviado ao Brasil para tratar do caso. Lamento muito que isso tenha ocorrido sob minha supervisão.

- Não precisa se desculpar diretora, a senhora não teve nada a ver com o ocorrido. Mas e Annalise? – Perguntou Domi. - Ela chegou a agredir o homem, o que vai acontecer com ela?

- Fique tranquila, Piragibe saiu daqui ameaçando denunciar Annalise, Hagrid, e a escola, mas duvido muito que ele consiga algo.

- Fico feliz em saber que as providências cabíveis foram tomadas. – Seu pai falava calmamente. – Obrigado diretora.

- Mas é inadmissivê que um homem desses dê aula, que ôrror deve ser esta escola do Brésil?

- Infelizmente existem muitos bruxos radicais pelo mundo, mas não devemos julgar uma nação toda por causa de um grupo. Se não, que moral teríamos depois de Voldemort? – Macgonagall terminou a frase dando um olhar sério por cima de seus óculos.

- A senhora tem razão diretora, mas mudando de assunto, minha esposa e eu poderíamos ter um tempo com nossos filhos antes de irmos? – Pediu o pai.

- Sim claro, irei me retirar vocês podem ficar a vontade.

- Não será necessário, vamos caminhar um pouco com eles pelos jardins.

- Como quiserem.

A família desceu as escadas da torre e atravessou o castelo caminhando lentamente enquanto conversava.

- Odeio mandá-los para cá. – Fleur reclamava como sempre. – Vocês ficam magros e pálidos, comendo porrcarrias sans persone por perto para controlar.

- A senhora que fica nos enfiando, doces e salgados o dia todo quando estamos de férias. – Louis falou.

- Como vocês estão? – Perguntou o pai. – Fiquei sabendo que fizeram muita amizade com os intercambistas.

- Pai, são pessoas muito interessantes, o senhor adoraria conversar com Natasha. – Victória falava empolgada. – E não só com ela, acho que acabamos desenvolvendo amizade com quase todos.

- Menos com aquele garoto francês. – Domi complementou.

- Qual o nome dele? – Disse Fleur interessada. – Talvez seja le filho de algum ami do tempo de escola. (Fleur sendo francesa, estudou em Beauxbatons.)

- Wallace Neveu. – Respondeu a garota.

- Neveu? Nossa, conheci várrios com esse sobrenomê, é muito comum là.

- E com relação à Lana? – O pai perguntou.

- Lana? O que tem? - Domi sentiu um frio na barriga quando ouviu o pai dizer o nome da brasileira.

- Ela é brasileira né!

- Sim.

- Segundo testemunhas, o professor começou a te ofender quando viu que você estava abraçada com ela. – Gui limpou a garganta, claramente escolhendo as palavras certas.

 – Encontramos com ela quando chegamos. – Continuou ele. - Ela veio nos pedir desculpa pelo que seu conterrâneo havia feito e segundo a brasileira, ele demonstrava ser completamente contrário a mistura de sangue, mas nunca tinha mostrado qualquer comportamento agressivo para com os alunos. Talvez vê-la em uma posição tão íntima com uma aluna de longa data pôde ter despertado a ira.

- Se for por isso, ele é mais idiota do que eu imaginava! E, não, pai, não tem nada entre a gente! Lana estava com frio, e eu só queria ajudar.

- Que pena. – Fleur falara. – Gostei dela sabe, bonita, educadê, serria bom para você ter uma pessoa assim por perto.

- Aff, mãe.

 

No dia seguinte Domi já acordara estressada em saber que todos estariam perguntando sobre o ocorrido e se ela estava bem, por isso resolveu ser indiferente e simplesmente ignorar perguntas relacionadas ao assunto.

Hoje ela só queria fazer sua única aula do dia que era Estudos dos Trouxas e depois ir para algum canto isolado, ouvir música e tomar as últimas garrafas de cerveja amanteiga contrabandeada por ela e Fred há algumas semanas.

No café quase não falou, simplesmente se concentrou em seu prato e saiu em silencio com Fred, do grupo só os dois faziam Estudo dos Trouxas. A aula como ela esperava foi fantástica, eles estavam estudando sobre uma tal de internet que pelo que Domi percebera era muito melhor do que jornais, revistas ou corujas.

Depois da aula rumou para a cozinha de Hogwarts, um lugar que deveria ser secreto a todos, mas para os Weasley não era, já que o pai de Fred e seu irmão gêmeo descobriram onde ficava a cozinha e como um bastão, Jorge passou a informação para os filhos e é claro que eles compartilharam com os primos.

Quando entrou no local, seu olfato foi inundado com cheiro de pão recém-saído, o lugar era mais quente que o restante do castelo, e o tilintar de panela e colheres junto com a movimentação de centenas de elfos domésticos, fazendo a cozinha parecer caótica.

Tudo que os alunos comiam em Hogwarts e todo o serviço de limpeza e manutenção eram feitos pelos élfos. Eles trabalhavam pelo castelo durante as madrugadas deixando tudo em ordem. Já durante o dia preparavam as quatro refeições diárias para as centenas de alunos.

Talvez se pense que o trabalho duro era algo cruel para os élfos, mas nem tanto. Eles eram pequenos e pareciam frágeis, mas eram mais fortes e muito mais resistentes que humanos, além de possuírem altíssimas capacidades mágicas.

Com tanta superioridade com relação aos seus senhores, era quase incompreensível o que os fazia servir os humanos, e realmente não havia nada lógico para explicar, eles simplesmente gostavam daquilo.

Há alguns anos os élfos eram escravos, presos a seus donos sem nenhuma remuneração, mas isso mudou após Hermione Granger passar anos lutando por seus direitos, agora a escravidão era proibida.

Para que uma família pudesse ter um élfo, teria que ser em consenso com o mesmo e ele deveria receber no mínimo um galeão por semana e ter um dia de folga por mês. Muitíssimo pouco comparando com os humanos, mas uma grande vitória.

Assim que os élfos viram Domi a rodearam oferecendo sanduíches, doces, bolachas e perguntando se eles podiam fazer algo para a jovem senhora.

- Só quero alguns sanduíches. – Disse ela. – Uns quatro.

Mal Domi terminara de falar os sanduíches já estavam embrulhados e postos à sua frente.

- Obriganda. – Disse ela saindo do local.

Ela guardou os sanduíches na bolsa e rumou para a torre da Corvinal, já em seu dormitório substituiu os livros e cadernos que antes dentro de sua mochila por meia dúzia de garrafas de cerveja amanteigada e os sanduíches.

O local estava vazio devido todos estarem no almoço, e Domi deu graças a Deus por isso, assim ninguém ficaria fazendo perguntas. Resolveu deixar um bilhete em cima da cama de Ino avisando para ela não se preocupar, à noite estaria de volta ao dormitório. Estava tudo correndo conforme o planejado, até que:

- Olá. – Uma voz familiar pôde ser ouvida vindo lá do salão comunal. – Tem alguém ai?

Um arrepio percorreu a espinha de Domi quando reconheceu a voz. Era Lana.

A bruxa caminhou até o corredor que dava acesso ao seu dormitório. Na torre da Corvinal, o salão comunal ficava um andar abaixo dos dormitórios, mas o teto abobado subia bem mais acima, dando visão ampla do salão para quem estava no corredor.

- Lana?

- Oi. – Disse a garota sorrindo. Lana estava perto da entrada admirando tudo à sua volta. – Nossa como este lugar é bonito.

E realmente ele era! A torre da Corvinal como já foi dita, tinha um teto bem alto e abobadado. Sua abóboda era pintada como um céu estrelado. O salão comunal era bem grande e espaçoso com, várias mesas com cadeiras bem confortáveis perfeitas para horas de estudos, em um dos cantos havia um piano que tocava sozinho e era encantado para tocar as melodias certas nos momentos certos.

Em um outro local havia uma prateleira enorme repleta de livros e uma estátua ao seu lado em tamanho real de Rowena Corvinal a fundadora da casa. Ali por perto havia alguns sofás e poltronas. Na parede da entrada tinha uma grande lareira com o símbolo da casa incrustado na pedra em bronze, perto da lareira sofás confortáveis faziam um círculo.

Mas o melhor da casa era a suas enormes vidraças que davam para as melhores vistas do castelo, já que, em altura a torre da Corvinal só perdia para a torre de Astronomia. Em qualquer época do ano era muito relaxante sentar-se perto de uma das janelas e observar a tranquilidade das águas escuras do lago negro, enquanto ouvia uma melodia calma vinda do piano. E por algum motivo mágico, o salão comunal sempre tinha cheiro de pergaminho novo.

- Como entrou aqui? – perguntou Domi.

- Eu... – Ela olhou para a entrada meio confusa. -  Eu só respondi o enigma da águia e logo em seguida ela me deixou passar, não foi tão difícil!

Domi levou a mão a testa. - Não é à toa que, de todas as casas de Hogwarts, a Corvinal foi a mais invadida, é só responder um enigma para entrar.

- Deve ser muito chato quando se está com pressa.

- Chato mesmo é quando se está com sono, uma vez dormi aos pés da entrada do lado de fora.

Lana sorriu fazendo os seus olhos levemente puxados quase se fecharem

As pupilas de Domi se dilataram no mesmo instante, fora a primeira vez que ela percebeu o quanto aquele sorriso era lindo!

Imediatamente uma calma melodia começou a vir do piano.

- O piano está tocando sozinho? – Perguntou Lana franzindo o cenho de leve, parecendo intrigada.

- Ele faz isso as vezes! – Respondeu Domi, sentindo que o peso daquela melodia parecia íntima demais. - Então, o que a traz aqui?

- Ah, vim trazer sua capa. – Dizendo isto, Lana abriu sua mochila e tirou uma capa preta, com detalhes em azul escuro e o emblema da Corvinal que ainda estava com o broxe de capitã preso na altura do ombro.

- Tinha me esquecido, já que você está aqui, venha ver meu dormitório.

- É claro que vou. – Lana subiu as escadas de dois em dois degraus. – Uma coisa posso dizer, seu salão comunal é muito mais elegante do que o da Lufa-Lufa. Isso aqui é uma mansão comparada ao meu dormitório.

- Mas dizem que a toca dos lufanos é o lugar mais aconchegante de Hogwarts, Fred sempre fala que lembra a casa da vovó, se for verdade eu gostaria muito de passar um tempo lá.

- Realmente, é muito acolhedor e o mais importante é bem quentinho. Aqui faz bastante frio né.

- Muito frio, somos muito castigados durante os invernos. E durante as tempestades? Parece que mil fantasmas assombram o local.

- Eu em! – Disse Lana tremendo, ela admirou as cortinas da cama de Domi que assim como a abóboda do salão era como o céu estrelado. – Domi eu vim atrás de você por outro motivo também.

A Weasley respirou fundo já adivinhando o que vinha.

- Lana eu estou...

Mas antes que Domi pudesse continuar foi surpreendida por um abraço apertado.

- Sinto muito pelo o que você teve que ouvir. – Disse ela.

Domi não conseguiu ter alguma reação, ela só ficou ali parada olhando para a parede.

- Bom era isso. – Lana se soltara de Domi. – Te vejo mais tarde. – Então se virou e saiu porta a fora.

Domi ainda ficou ali, sem reação ouvindo os passos de Lana nos degraus.

- Hei Lana espere! – Ela se ouviu dizer. – Caminhou até a porta. – Você tem aula a tarde?

 

Meia hora depois, as duas garotas se aproximavam da floresta proibida.

- Nós vamos entrar na floresta? – perguntou Lana.

- Sim, por quê? Está com medo? – perguntou Domi, em tom de deboche.

- Medo de mato? Nunca! – Lana empinou o Nariz. - Essa floresta não é nada comparada a floresta amazônica. Só que é proibido aos alunos entrarem aí, sem algum professor.

- Se quisessem mesmo impedir os alunos de entrarem, deveriam vigiar melhor o local.

As duas entraram na floresta e caminharam durante uns quinze minutos. Lana falara o caminho todo, ela nomeara todos os tipos de plantas na qual passavam e ainda dizia curiosidades sobre elas, como: Esta planta solta uma seiva que pode ser usada para matar pragas, essa aqui é bem tóxica, essa outra é um eficiente antídoto no caso de você ser picado por uma víbora. E assim elas foram o caminho todo.

- Pronto, chegamos. – Domi havia parado diante de um grande carvalho.

- O que tem esta arvore?

- Meu esconderijo secreto.

Lana olhou da árvore para Domi e de Domi para a árvore. – Só tem um carvalho.

Domi se limitou a sorrir, tirou a varinha do bolso, fez três movimentos leves, sussurrando algumas coisas inaudíveis, foi então que do nada uma casa na arvore surgiu.

- Nossa. Incrível! – Lana estava boquiaberta.

- Vem, encosta na arvore.

As duas colocaram as mãos no carvalho, logo em seguida Domi começou a conjurar feitiços de camuflagem.

- Abaffiato, desilurórion, salvio hexia.

Nada em especial aconteceu, mas a garota sabia que se alguém passasse por ali, não as veria ou ouviria.

- Vamos subir. – A bruxa prateada se precipitou por uma escada fincada na arvore. – Toma cuidado, os degraus estão escorregadios.

A casa não era muito grande e nem muito alta, foi feita de forma rústica e faltou um pouco de capricho, mas era um local agradável. Os únicos móveis que tinha eram dois sofás de dois lugares, uma mesinha de centro e a um canto uma bateria.

Domi balançou a varinha mais uma vez, então, um pequeno redemoinho se formou dentro do local. Rodopiou para lá e para cá, depois, saiu pela janela. Após isso, tudo ficou extremamente limpo.

- Foi você que construiu este lugar?

- Eu e Shun. – Domi se esparramara em um dos sofás, começando a tirar coisas de dentro da mochila. – A gente encasquetou em construir um esconderijo no quarto ano. Eu tinha tido aulas de bateria durante aquele verão, e queria continuar ensaiando. – A garota tirou um grosso cobertor de dentro da mochila e o entregou a Lana.

- Obrigado. – Lana pegara o cobertor agradecida, pois a floresta estava muito úmida e fria.

- Fred me disse mesmo que você toca bateria, e que vai abrir uma banda, isso é muito legal!

As duas se aconchegaram cada um em um sofá e almoçaram os sanduiches que Domi pegara na cozinha.

Conversaram durante um tempo despretensiosamente, falaram sobre a banda, as aulas, professores, jogos. Domi fez bastante perguntas sobre o Brasil e o convívio com os trouxas, até que o assunto chegou finalmente no tema preferido das duas, música.

- O que você gosta de ouvir Lana?

 – Gosto de muitos estilos, pop, funk, mas o meu preferido é MPB. São músicas feitas com instrumentos mais acústicos com letras as vezes profundas, às vezes Boêmia e às vezes sem nexo. – Ela sorriu acanhada. – Mas provavelmente você nunca deve ter ouvido falar de Ana Carolina ou Cassiano Velozo.

Domi apenas balançou a cabeça. – Eu prefiro rock, mas conheci uma cantora que talvez você goste, já que curte música calma.

- Qual?

- Vou dar uma dica. – A Weasley levantou um sobrancelha. – Ela tem o mesmo nome que você!

- Ahhhh! – Lana levou a mão ao peito imediatamente! – Você está falando de Lana Del Rey?

- Siiiiim. – Domi disse empolgada. – Você conhece?

- Claro! Eu gosto muito dela.

Lana sorria o tempo todo, e mais uma vez aqueles olhos puxados quase fechadinhos dominavam a sua atenção!

- Domi? – Lana a chamou. – Tudo bem?

- Sim, sim... É... estava tentando lembrar o nome da minha música favorita! – Ela coçou a nuca e desviou o olhar.

- Deixa eu adivinhar. – Lana levou uma das mãos a boca e olhou para o teto. – Born To Die?

- Sim, essa mesmo! Falando nisso. – Domi pegou duas cervejas amanteigadas e entregou uma para Lana. Depois puxou seu MP3 do bolso.

- Pensei que não dava para utilizar tecnologia trouxa em Hogwarts. – Disse Lana quando viu o aparelho.

- Fred o modificou por mim. – Domi se sentou ao lado de Lana e entregou um lado do seu fone de ouvido. – Eu planejava vim para cá e ouvir Lana Del Rey a tarde toda, mas penso que a companhia de duas Lanas é melhor que uma.

- A brasileira sorriu tímida. – Desculpa se estraguei sua tarde solitária.

- Estragou? Claro que não, você a tornou melhor!

- Olha você consegue escolher bem as palavras para fazer uma garota se sentir especial. – O rosto de Lana estava corado, e ela não conseguiu dizer essa frase sem desviar o olhar!

Domi apertou a garrafa de cerveja amanteigada, sentindo o peito aquecer, ao perceber o sorriso tímido de Lana. –  Vou colocar Born To Die. – Falou ela para disfarçar o que sentia. – Mas antes vamos nos ajeitar nesse sofá.

O sofá era de dois lugares, mas parecia ser menor do que o normal. Duas pessoas sentadas ficavam com os ombros espremidos. Por isso Domi se enfiou de baixo da coberta que Lana estava usando, passou o braço direito por traz da garota e a puxou para perto fazendo com que a brasileira se aconchegasse em seu peito.

- Está confortável?

- Sim. – Respondeu Lana com a voz oscilante. Ela ajeitou o cobertor mais para o lado, fazendo-o cobrir melhor as pernas da Weasley

Domi deu play no mp3, e o silêncio tomou conta, enquanto ouviam a melodia.

A bruxa prateada sentia-se completamente envolvida na música e por Lana, o dia pareceu escurecer e tomar o tom da melodia, os lábios úmidos de Lana se moviam conforme a letra dando ênfase em algumas partes que como a garota percebeu também eram suas partes favoritas.

I feel so alone on a Friday night

Me sinto tão sozinha em uma sexta à noite

Can you make it feel like home

Você pode fazer eu me sentir em casa

If I tell you you’re mine?

Se eu disser que você é meu?

 

O calor que emanava do corpo da brasileira, e a sua respiração leve e tranquila davam uma sensação de pura paz. Ela observava cada detalhe do rosto de Lana, sentindo ao mesmo tempo uma vontade crescente de acariciá-lo.

Domi queria que aqueles olhos levemente puxados a encarassem transbordantes de paixão, ela queria ver a boca de Lana pronunciando palavras de desejo.

Como um movimento quase inconsciente a Weasley apertou a brasileira ainda mais contra seu peito, nesse momento Lana sorriu e fechou os olhos surrando.

 

Do You like your girls insane?

Você gosta das suas garotas insanas?

 

Depois se aninhou mais ainda sobre o peito de Domi descansando a cabeça sobre seu maxilar. No momento a garota pode jurar que seu coração tinha falhado uma batida!

- Oh, acho essa música tão você! – Disse Lana.

- Por quê?

- Preste atenção. – Lana começou a fazer movimento leves com o corpo, acompanhando a música.

 

Blue jeans

Jeans azul

White shirt

Camisa branca

Walked into the room

Quando você entrou na sala

You know you made my eyes burn

Sabe que fez meus olhos queimarem

It was like, james dean, for sure

Era como, James Dean, sem dúvidas

You so fresh to death and sick as ca-cancer

Você é tão jovem para morrer e é doentio como câncer

You were sorta punk rock, I grew up on hip hop

Você era meio punk rock, eu cresci no hip hop

But you fit me better than my favourite sweater

Mas você combina mais comigo do que meu suéter favorito

 

O coração de Domi disparava a cada frase, aquele momento seria o ideal para um beijo, ela tinha o ambiente e a música e tudo que havia dentro de si gritava que Lana estava querendo aquele beijo tanto quanto ela. - Mas naquele dia ela não quis, como pode estar querendo agora? Ela é tão legal e se eu estragar tudo? por que estou tão insegura? nunca tive tanta incerteza de algo, ainda mais com uma garota, eu devo estar ficando louca! - O conflito dentro de Domi era tanto fez com que até Lana percebesse.

- Está tudo bem? - Perguntou a brasileira se afastando de Domi para poder olhar em seu rosto.

- O que? Sim... Está sim!

- É que você ficou estranha.

- Desculpa, eu estava pensando! Assim como na música os seus olhos arderam quando me viram? – A bruxa percebeu que sua voz estava levemente tremida.

Lana riu lindamente fazendo aqueles olhos maravilhosos quase se fecharem mais uma vez. – Só que você não estava de jeans azul e eu prefiro MPB a Hip-Hop.

Mesmo depois de todos os sinais que Lana dera, mesmo ardendo de vontade em tomar-lhe o rosto e beijar sua boca longamente. Domi não fez, ela travou, pela primeira vez a garota não tinha coragem de tomar a iniciativa. Aquela garota que estava a sua frente, não era como as outras!

Lana a olhou mais uma vez, seu olhar foi dos olhos de Domi para a sua boca, onde ela mais se demorou. Então sorriu levemente e se aconchegou mais uma vez em seu peito.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 9 - Capitulo 9 - Casa na Árvore:
Dan_ny
Dan_ny

Em: 05/01/2025

Obrigada por atender meu pedido.. Me lembrava dessa história,mais não me recordava que era tão boa, mais uma vez aguardo ansiosamente pela próxima kk <3


Luma Ferrero

Luma Ferrero Em: 05/01/2025 Autora da história
Fico muito feliz por gostar!



Luma Ferrero

Luma Ferrero Em: 05/01/2025 Autora da história
Fico muito feliz por gostar!


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