Capítulo 30 – As aliadas
– Precisamos conversar – Bruna falou quando chegaram e Alice automaticamente paralisou.
Nada bom vinha dessas palavras, mas Bruna não parecia irritada então não podia ser tão ruim, certo?
– Claro – concordou e as duas caminharam para sentar no sofá.
Apesar de tudo na postura de Bruna indicar que elas estavam bem, Alice não pôde evitar em ficar nervosa. Ela sentia culpa vindo de todos os lugares de sua vida. Culpa pelo seu filho, culpa pelo que fizera com a namorada... Ela só queria parar de errar tanto.
– Eu entendo que você estava chateada ontem, mas a gente precisa arranjar uma forma melhor de comunicação do que brigar dessa forma – Bruna falou séria.
Alice respirou profundamente. Ela podia lidar com aquilo. Antes de começar a falar, ela tentou organizar seus pensamentos em sua mente. Ela precisava fazer com que Bruna entendesse pelo menos um pouco da culpa que sentia e de como aquele sentimento a dominava às vezes.
– Você está certa. Eu sinto muito pela forma como eu agi e sei que não é uma desculpa, mas eu me sinto culpada pela forma como lidei com o nascimento do Enzo e ontem toda a minha culpa apareceu de uma vez... – ela tentou explicar – Eu fui uma estúpida e eu não posso prometer que não serei de novo porque você sabe que às vezes eu falo coisas idiotas quando estou perdida e irritada, mas eu prometo que vou fazer o máximo para nunca te magoar de novo daquela forma!
Ela falou com toda a sinceridade em seu coração porque o que ela menos queria no mundo era machucar Bruna de alguma forma. A namorada continuava com um semblante compreensivo que fazia Alice se perguntar como ela podia ser tão sortuda em ter aquela mulher maravilhosa interessada nela.
– Eu também sou esquentada e falo coisas que não devo quando fico brava, mas a gente precisa conseguir se comunicar melhor, nem que seja para dizer que estamos irritadas e precisamos de espaço.
– Tudo bem, é uma estratégia boa! – ela prontamente falou – Eu vou me controlar melhor, prometo!
Bruna respirou fundo antes de falar com cuidado.
– Ontem você ficou irritada daquela forma pela culpa que sente em relação ao Enzo e eu sei que você disse que tratou a sua depressão pós parto, mas você não está completamente bem com tudo que viveu e precisa ver isso – Bruna pegou a mão de Alice carinhosamente.
– Tudo bem – ela concordou, ela concordaria com qualquer coisa que Bruna pedisse naquele momento e ela voltar a se tratar era um pedido mais do que razoável.
– Tudo bem? – Bruna perguntou surpresa, claramente esperando uma resistência maior.
– Sim, você está certa. Eu claramente ainda preciso lidar com algumas questões e voltar para a terapia é uma boa opção. Eu não quero te machucar daquela forma de novo.
Bruna ainda estava séria.
– Você realmente me machucou – ela admitiu e Alice sentiu a culpa voltar – Do jeito que você falou, parecia que eu não era nada na sua vida além de sex*...
– Não! – Alice falou veementemente – Não pensa isso! Não é verdade!
– Eu sei que não, mas na hora foi o que eu senti...
Alice queria dizer tanto naquele momento. Bruna significava tão mais! Ela era tudo!
– Eu te amo! – ela disse segurando o rosto de Bruna de forma carinhosa, olhando fundo nos seus olhos.
Ela viu a reação surpresa, mas feliz da sua namorada e sentiu o próprio coração bater forte.
– Eu também te amo! – Bruna falou emocionada, puxando Alice para um longo e gentil beijo.
Depois que elas se afastaram, ficaram ainda trocando olhares carinhosos por alguns segundos e Alice sentiu um sentimento enorme de gratidão. Como podia aquela mulher maravilhosa a amar de volta? Ela não merecia aquilo, mas estava mais do que feliz com a sua sorte.
– Você disse que queria ir devagar e eu estou fazendo o máximo para respeitar – Alice falou – Mas você precisa saber que eu te amo e eu quero construir uma vida com você!
Os segundos que demoraram para Bruna responder pareceram eternos para a Alice, mas a verdade é que ela não hesitou antes de falar.
– Eu quero isso também! – Bruna admitiu, segurando Alice como se estivesse com medo de que ela fosse embora, mas ela nunca iria – E eu estou pronta para a gente dar o próximo passo!
Bruna soltou Alice e ficou séria novamente, ajeitando sua postura antes de completar:
– É por isso que eu vou pedir demissão.
– Não! – Alice falou instintivamente – De jeito nenhum!
– Me escuta! – ela falou tentando fazer com que Alice olhasse para ela – Eu já enviei alguns currículos e estava esperando passar a Culminância para conversar com a Ana e explicar que não vou continuar no ano que vem.
– Não! – Alice repetiu – Você não vai perder o seu emprego!
– É só um emprego, meu bem. Eu quero poder sair com você em público e passar o fim de semana com você e com os meninos sem me preocupar com o Gael contando tudo na escola.
– Eu quero isso também! – Alice falou – Mas não é você quem deve se sacrificar por isso! Eu vou mudar os meninos de escola ano que vem, já me decidi!
Desde a conversa com Sabrina no aniversário de Bruna, Alice vinha pensando em diferentes soluções e essa pareceu ser a mais simples.
– Não! – foi a vez de Bruna discordar – Isso não é justo com os meninos! Eles estão tão bem lá! Eles são crianças!
– Exatamente: eles são crianças e vão se ajustar em outra escola. Você é uma adulta e é o seu emprego!
– Eu não vou deixar você tirar os meninos da escola! O Gael ama aquele lugar e o Enzo vai precisar de apoio e de constância. Mudar eles de escola não é uma opção.
– Bruna, eles vão ficar bem. Vai ter um período de ajuste, mas eles vão se adaptar! Você não vai, sob hipótese alguma, perder o seu emprego por minha causa!
Alice não conseguiria viver com mais essa culpa.
– Você é tão teimosa! – Bruna riu – Eu já me decidi!
– Você é teimosa! Eu também já me decidi! – Alice falou fazendo cosquinha na namorada, tentando fazer o clima ficar leve e funcionou. As duas riram.
– Eu te amo e eu sei o quanto o seu emprego é importante e o quanto você ama aquela escola. Não quero que você perca isso!
Bruna olhou para ela com tanto carinho que Alice quase chorou.
– Você e seus filhos são mais importantes para mim do que a escola! – disse antes de dar um beijo gentil na namorada.
– E você pode e vai ter os dois! Confia em mim!
– Não é uma questão de confiança, meu bem. Eu não quero que as crianças sofram por minha causa. Eles devem ser a prioridade.
Percebendo que a namorada estava irredutível, Alice tentou uma outra estratégia.
– Que tal pensarmos um pouco mais em outras opções primeiro? – propôs – Eu estava pensando em conversar com a Ana sobre a gente. Não tem nada no regimento interno da escola que proíba você de estar comigo e ela não pode te demitir por isso.
– Eu não quero que você fale com ela – Bruna disse séria – Ela é minha chefe e é não é profissional da minha parte esperar que minha namorada vá conversar com a minha chefe.
– Mas ela é minha melhor amiga e vai ser muito ruim ela saber por você que estamos juntas. A verdade é que já estou me sentindo culpada por não falar nada para ela e hoje eu ainda menti na cara dela!
Alice narrou a conversa que tiveram em sua sala e Bruna contou dos olhares que recebeu na escola desde a fofoca de Gael.
– Esse meu filho! – Alice brincou.
– Já estamos escondendo nosso relacionamento há meses, sinceramente, eu estou chocada como demorou tanto para os boatos aparecerem.
– Verdade.
– Bom, acho que a solução então é contarmos juntas – Bruna propôs – Eu marco uma reunião com ela no trabalho e você vai junto comigo, que tal?
– Na escola todo mundo vai ver, não é melhor conversamos com ela aqui?
– Prefiro algo num ambiente formal e profissional. Ela é minha chefe! E se vamos mesmo sair do armário então eu não ligo de todo mundo ver.
Alice concordou e com o clima mais ameno foram almoçar juntas. Durante a refeição, conversaram um pouco sobre Enzo e os próximos passos. Bruna prometeu conseguir uma indicação e ir junto de Alice com o menino para as sessões de avaliação, o que a deixou mais tranquila.
Depois do almoço, Bruna declarou que ficaria um pouco na banheira para relaxar pois estava exausta e Alice foi lavar louça. Ela havia acabado de colocar os pratos sujos na pia quando a campainha tocou.
– Trouxe vinho! E é dos bons! – Ana falou assim que ela abriu a porta.
– Como você passou pelo portão? – Alice ainda estava chocada e a amiga entrou.
– Seu vizinho estava chegando na hora e abriu para mim – falou indo em direção a sala para pegar o saca-rolhas que era mantido num armário perto das bebidas – Você estava tão tristinha que achei que era uma boa vir te distrair!
– Obrigada – Alice falou sem graça – É muito gentil da sua parte vir cuidar de mim, mas eu não estou sozinha.
Os olhos de Ana cresceram.
– Sua paquera está aqui? Posso finalmente conhecê-la? – perguntou sorridente.
– Eu quero conversar melhor com você sobre ela e te contar tudo, mas hoje não é um bom dia.
Antes que Ana pudesse responder, Alice ouviu a voz de Bruna aproximando-se, e ela logo apareceu vendo algo em seu celular.
– Meu bem, você não vai acreditar no... – ela parou repentinamente ao chegar na sala e se deparar com Ana.
Bruna estava com o roupão de Alice e absolutamente nada por baixo. Não tinha como sair daquela situação sem a verdade. Ana estava claramente chocada, sem saber o que dizer, olhando para Bruna como se ela fosse uma aparição.
– Ou talvez seja melhor contar tudo hoje mesmo – Alice falou, quebrando o silêncio.
Aquilo pareceu acordar Bruna e ela tentou se recompor o máximo possível diante das circunstâncias.
– Oi, Ana – virou-se para Alice – Eu vou me trocar rapidinho e já volto para conversarmos.
Assim que Bruna saiu, Ana olhou para Alice ainda incrédula.
– Você está dormindo com a Bruna? – ela claramente estava irritada.
– Eu sei que eu devia ter te falado, acredite, eu queria! Mas não era um segredo só meu para contar e eu não queria arriscar o emprego dela – ela começou a falar rápido, tentando se justificar com sua amiga antes da namorada retornar.
– Eu não acredito nisso! Por sua causa agora eu vou ter que demitir uma das minhas melhores professoras! E ainda no final do ano quando tenho que pagar multa! – falou claramente irritada.
– Não! Você não pode demitir ela! Ela não pode perder o emprego por minha causa! – implorou.
– Você devia ter pensado nisso antes de.... disso! – falou sem saber nomear a relação que tinham.
– Não tem nada no regimento interno da escola proibindo uma relação entre professoras e pais de alunos, eu chequei! Você não tem causa para demissão e eu não vou deixar isso acontecer! – falou em um tom de ameaça.
A dor estava evidente em Ana, não apenas pelas mentiras, como também pela fala de Alice e o tom ameaçador que usara.
– Isso é sério, Ana. Eu amo ela! – ela falou de uma forma mais amena, tentando transparecer toda a sinceridade em sua fala – Eu sei que você está chateada comigo e com razão, mas não desconta na Bruna. Eu te imploro, deixa ela manter o emprego! Você mesmo disse que ela é uma das suas melhores professoras!
Antes que elas pudessem continuar a conversa, Bruna voltou para a sala, dessa vez vestida, com a roupa de Alice que sempre usava. Ana olhou-a de cima a baixo, ainda estranhando toda a situação. Alice encaminhou as três para se sentaram de forma confortável na varanda. Bruna estava do seu lado no pequeno sofá e ela rapidamente pegou sua mão para demonstrar que estavam juntas para o que viesse. Ana sentou-se na frente delas, puxando uma cadeira.
– Primeiramente eu gostaria de me desculpar por não ter falado sobre a minha relação com a Alice com você antes. Eu estava esperando a Culminância passar para marcar uma conversa com você na próxima semana, mas diante dos acontecimentos, acho que é melhor falar logo agora. – Bruna começou e respirou apertou a mão de Alice na sua antes de continuar – Minha relação com a Alice é séria e eu sei que não deveria me relacionar com mães de alunos. Eu não quero te causar nenhum problema, então eu vou pedir demissão e ficar na escola só até o fim do ano.
Alice conseguiu ver o alívio de Ana, antes de ela interromper Bruna.
– Não! Absolutamente não! Já conversamos sobre isso e você não vai pedir demissão! – então virando-se para Ana – Eu vou mudar os meninos de escola.
– O que? – Ana perguntou chocada e ainda magoada.
– Você não vai fazer isso! – foi a vez de Bruna discordar.
– Eu já falei que você não vai perder o seu emprego por minha causa – virando-se para Ana, completou – Se a Bruna não pode trabalhar na escola por ter um relacionamento comigo, então eu tiro os meninos da escola e o problema se resolve.
– Você não pode tirar os meninos da escola! – Ana falou.
– Eu já falei da demissão! – Bruna argumentou.
– Não! Isso é uma conversa informal e não uma reunião sobre o seu emprego!
– Meu bem, você não precisa se preocupar comigo. O que eu estava vindo dizer é que recebi um e-mail para comparecer a uma entrevista de emprego em uma outra creche. Eu vou conseguir outra coisa.
– Não! Você ama essa escola! Você não quer sair de lá!
– É minha escolha! – Bruna continuou argumentando.
– Se você sair da escola, eu tiro os meus filhos de lá de qualquer forma. E é minha escolha!
Ana, que até então estava olhando a discussão das duas com curiosidade e ainda um pouco de surpresa, interrompeu.
– Calma! – falou fazendo as duas olharem para ela – Vamos pensar um pouco antes de qualquer decisão!
Ana conhecia muito bem a melhor amiga para saber da sua teimosia.
– Eu honestamente ainda estou um pouco chocada com a situação e preciso de um pouco desse vinho – falou referindo-se a garrafa que ainda segurava.
– Eu abro – Alice ofereceu e em pouco tempo as três tinham uma taça em mãos.
– Isso é sério? – Ana perguntou apontando para as duas, depois de um longo gole.
– Sim! – as duas falaram juntas.
– Eu realmente não entendo o porquê de isso ser uma grande situação – Alice falou – Não é como se fosse atrapalhar o trabalho dela de alguma forma. Isso é algo pessoal e não tem nada a ver com a profissional que ela é – lembrando-se da conversa que tivera com Ana sobre o assunto meses atrás, completou – Quando o Gustavo chamou ela para sair e conversamos sobre um funcionário ter uma relação com algum pai, você falou que poderia gerar um problema porque o funcionário poderia passar informações para o responsável e chegar em outros pais, mas eu nem falo direito com nenhuma outra mãe e não ia fofocar sobre a sua escola! Você é minha melhor amiga e dona da escola, você me passa mais informações que a Bruna.
– Eu sou sua melhor amiga e você ainda escondeu isso de mim! – ela falou claramente magoada.
– Quando começamos não era nada sério – Alice tentou se justificar de novo – Não era nada que iria afetar a escola de nenhuma forma.
– Não é culpa dela – Bruna falou defendendo-a – Sinto muito, Ana, mas ela só estava tentando me proteger.
Ana ficou alguns segundos em silêncio e deu outro gole no vinho.
– Você tem todo o direito de ficar chateada comigo, eu entendo! Mas eu prometo que nunca fizemos nada para prejudicar a escola e não faremos!
– Ainda assim é um problema quando os outros pais descobrirem e acharem que isso vai afetar o filho deles de alguma forma – Ana falou.
– Mas não vai! – Alice continuou argumentando – Isso não afeta em nada! É só ela não ser mais professora dos meus filhos nos próximos anos, isso é fácil de fazer, certo? Quantas professoras na escola tem o filho estudando lá? O que tem demais uma professora trabalhar na mesma escola que os filhos da namorada?
– Você sabe como são alguns dos pais da escola! Eles criam problema com tudo! A maioria nem sabe que a Bruna é lésbica e só isso pode ser um problema!
Alice sentiu a raiva ferver.
– Foda-se eles e esse preconceito estúpido! Demitir a Bruna por causa disso é discriminação e eu não vou deixar isso acontecer!
– Você sabe que eu não sou preconceituosa! – Ana falou com o mesmo nível de irritação – Você me conhece! Você sabe que eu não sou homofóbica.
Lembrando-se da conversa que tiveram quando Alice assumiu sua bissexualidade, ela queria discordar, mas sabia que muitos dos comentários eram preconceito por pura ignorância e ela não queria entrar naquele mérito naquele momento com a sua melhor amiga que já estava mais do que chateada com ela, e com razão. No entanto, ela não conseguiria ficar totalmente calada diante da raiva que estava sentindo da possibilidade de sua namorada perder o emprego por sua causa.
– Não basta dizer que você não é preconceituosa! Atitudes importam! Se você demitir a Bruna por ela ser lésbica por causa de pais preconceituosos você está sendo igual a eles!
Ana claramente ficou mais irritada.
– Ela está se demitindo! Eu não estou demitindo ela! – Ana tentou se justificar.
Antes que Alice pudesse falar mais, sentiu a mão de Bruna carinhosamente segurar seu braço.
– Meu bem, se acalma – falou chamando sua atenção e olhando no fundo de seus olhos – Está tudo bem.
– Não está tudo bem – ela falou um pouco mais calma – Não é justo você perder o seu emprego por minha causa ou por causa da sua sexualidade – então virando-se para Ana – Se a Bruna sair da escola, eu tiro os meus filhos. Somos um pacote! E eu não quero que eles estudem em um lugar que demite alguém por ser lésbica.
– Eu não demiti ninguém! – Ana se defendeu.
– E a Bruna também não se demitiu. Isso não é uma conversa formal – Alice afirmou com certeza e olhou para a namorada para confirmar – Conversamos que íamos esperar e pensar em outras opções, certo?
Bruna balançou a cabeça afirmando.
– Então está aí – Alice falou novamente – Ela não está se demitindo.
Ana olhou para ela com irritação e incredulidade.
– Você é inacreditável – ela resmungou.
– Sinto muito, Ana – Bruna falou – Eu realmente não quero causar nenhum problema. Eu só quero ficar com a Alice – disse e olhou para a namorada de uma forma tão carinhosa, que Alice sentiu toda a sua irritação esvair por completo.
– Ana, eu sinto muito mesmo por ter escondido isso de você. E nós realmente íamos te contar! Eu não quero prejudicar a escola de forma alguma. Eu amo aquele lugar! Você e sua família me acolheram e acolheram meus filhos e eu sou muito grata por tudo! – então olhando para a namorada completou – Mas eu amo a Bruna e pretendo construir uma vida com ela, com ou sem a escola. Eu prefiro que seja com a sua amizade e com a sua escola, mas se eu tiver que escolher, vai sempre ser ela. Da mesma forma como se você tivesse que escolher entre o Pedro e eu, seria ele.
Ana ficou em silêncio por um tempo, mas claramente sua irritação havia diminuído.
– Eu realmente fui pega de surpresa e preciso pensar sobre tudo – ela finalmente falou.
– Por favor, mantém uma mente aberta – Alice pediu.
Ana não demorou para sair e, ao se despedirem, Alice fez questão de dar um longo abraço na melhor amiga ao levá-la até a porta enquanto Bruna aguardava na varanda.
– Me desculpa por mentir e esconder isso de você. Eu prometo te contar todos os detalhes sórdidos para me redimir – brincou.
Ana riu e Alice sentiu um alívio enorme ao ver a melhor amiga menos chateada com ela.
– Vai ter que me contar muitos detalhes e você vai ter que pagar o vinho! Quero um bem caro!
– Combinado!
Fim do capítulo
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S2 jack S2
Em: 29/11/2024
Que capítulo BABADO!
Fiquei CHOCADA!!
Mas pelos menos a Ana agora sabendo, serão 3 cabeças para pensar em uma solução.
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