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Bodas de Odio por Thaa

Ver comentários: 10

Ver lista de capítulos

Palavras: 3202
Acessos: 2025   |  Postado em: 18/08/2024

Capitulo 1

 

 

Capítulo Um

Desde o trágico fim do seu casamento, a jornalista Júlia Salazar não tivera mais paz, sua vida desandou, como um trem desgovernado, os empregos ficaram escassos, se antes trabalhava em grandes emissoras de TV, hoje em dia era chamada vez ou outra para cobrir algumas reportagens em emissoras pouco renomadas, com pouca ou nenhuma audiência. E isso, infelizmente, não agregava muito à vida de um jornalista. Entristecia-a pensar que um dia foi uma jornalista renomada, mas hoje não passava de uma profissional qualquer, despercebida entre tantos outros jornalistas, e com a carreira fatalmente arruinada. Perdeu o grande amor de sua vida, a mulher que amava. E hoje, aos 37 anos, via-se como um barco à deriva em meio à tempestade, prestes a naufragar. Praticamente falida e afundada em dívidas, tentava pegar todos os trabalhos que podia, para sobreviver.

Enquanto preparava o café da manhã, esboçou um suspiro triste.

Arrependimentos e erros agora eram partes da sua vida, de maneira constante, incisiva.

Voltou sete anos no tempo.

O som ritmado das teclas do teclado ecoava na pequena sala de redação, onde se encontrava imersa em uma investigação que, sem que ela soubesse, mudaria o rumo de sua vida. Era uma noite típica para Júlia, que frequentemente ficava até tarde no escritório, buscando pistas e conectando pontos em histórias que muitos deixavam de lado. Mas naquela noite, algo diferente estava prestes a acontecer.

Enquanto revisava documentos criptografados que recebera de uma fonte anônima, percebeu um detalhe que fez seu coração acelerar. Ali, entre relatórios técnicos e comunicações internas, estava a prova de uma conspiração de proporções inimagináveis: um ataque cibernético, atribuído ao monarca, com o fim de torná-lo inimigo público número um do país, havia sido orquestrado pelo próprio parlamento, com o objetivo único de derrubar a monarquia espanhola, que detinha a autoridade suprema do país e, consequentemente, derrubaria também toda a família real.

Júlia sabia que estava diante de uma bomba jornalística.

Com o estômago revirado e as mãos ligeiramente trêmulas, começou a reunir as informações e verificar a autenticidade dos documentos. Cada linha lida confirmava o que ela temia: a operação havia sido meticulosamente planejada por uma divisão secreta junto aos parlamentares, com o objetivo de manipular a opinião pública e justificar uma escalada parlamentar contra a monarquia. O governo, que tanto pregava a segurança nacional, estava jogando um jogo perigoso com a vida de milhares de pessoas.

Júlia sabia que a publicação dessa história teria repercussões imensas. Poderia derrubar carreiras políticas, desestabilizar o país e, talvez, colocar sua própria vida em risco. Mas, para ela, a verdade sempre vinha em primeiro lugar. O jornalismo, em sua essência, era sobre responsabilidade e coragem, e estava disposta a pagar o preço por isso.

Antes de tomar qualquer decisão, ela fez uma pausa. Olhou para a foto de sua família sobre a mesa – sua esposa, sorrindo, feliz, na última viagem de férias. Sua mãe, seu pai, sua irmã, sobrinhas. Sentiu um aperto no peito ao pensar no que sua escolha poderia significar para eles. Sabia que o governo não hesitaria em usar qualquer meio para silenciá-la.

Depois de refletir, decidiu que precisava consultar uma das poucas pessoas em quem confiava cegamente, seu editor-chefe, Romani Norlen. Era um homem experiente, que já havia enfrentado diversas crises e conhecia os perigos de publicar uma matéria tão explosiva. Pegou o telefone e discou rapidamente.

— Romani, preciso falar com você. É urgente — disse, tentando manter a calma.

Meia hora depois, Júlia se encontrava no escritório de Romani, uma sala desorganizada, mas repleta de livros e prêmios de jornalismo. O homem de meia-idade com um semblante sério, ouviu atentamente enquanto ela detalhava suas descobertas. Quando ela terminou, o silêncio na sala era palpável.

— Você tem noção do que isso significa, Júlia? —  Perguntou ele, com um olhar penetrante. — Estamos falando de derrubar o chefe de governo, o parlamento, este que tanto almeja o poder supremo sobre este país, estamos falando de expor algo que pode causar um terremoto político. — Encavara os belos olhos cor de esmeralda da atraente mulher.

Júlia assentiu.

— Eu sei. Mas não podemos ignorar isso. É nosso dever informar o público, mesmo que seja perigoso. Além do mais, a família real está envolvida nisso, ou seja, a minha esposa está envolvida nesse plano mesquinho, nesse golpe à monarquia deste país.

Romani respirou fundo. Passou uma das mãos por entre os fios castanhos dos cabelos espessos.

— Precisamos de mais verificações, mais segurança. Não podemos errar em nada. E precisamos pensar nas consequências. Não apenas para o jornal, mas para você e sua família.

Ela sentiu o peso das palavras de editor. Sabia que, ao cruzar aquela linha, não haveria volta. Mas estava decidida, era o poder da família da sua amada esposa que estava em jogo. Até onde sabia, os Valloni de Lutero eram as pessoas mais corretas e morais que conhecia e governavam aquele país com mãos de ferro, sem corrupções ou imoralidades. Precisava protegê-los.

— Estou disposta a correr o risco.

Com um leve aceno, Romani concordou.

— Vamos fazer isso da maneira certa. Mas precisamos ser extremamente cautelosos. E Júlia… prepare-se para o pior, um jornalista sempre deve estar preparado para as consequências de suas matérias lançadas ao ar. — Ele sorriu, tanto quanto ela, prezava pela monarquia do país, eles eram os melhores na sucessão do poder, os parlamentares eram podres, em sua grande maioria. Prova disso eram escândalos de corrupção, como no Brasil e em diversos outros países do mundo, a manipulação dos políticos e sua ambição por dinheiro colocava tudo a perder.

Enquanto deixava o escritório de Romani, Júlia sentiu uma mistura de medo, mas também de satisfação. Sabia que estava prestes a embarcar em uma jornada perigosa, mas a verdade era um fardo que estava disposta a carregar. Retornou à sua mesa, consciente de que, a partir daquele momento, sua vida nunca mais seria a mesma.

O ar na redação parecia mais pesado naquela noite.

Sentou-se à mesa com um novo senso de urgência, mas também com uma profunda inquietação. O que ela tinha em mãos poderia mudar o destino de um país, o seu destino também, mas poderia proteger tudo o que ela amava. Sabia que se a monarquia espanhola fosse derrubada pelo parlamento, os Valloni corriam o risco de serem exilados ou até mesmo mortos por grupo anarquistas que também almejavam a ascensão ao poder. Não permitira que isso acontecesse.

Ela abriu seu laptop, o reflexo da tela brilhando em seus olhos atentos. As informações que descobrira ainda pulsavam em sua mente como um alarme incessante. Em sua tela, dezenas de janelas estavam abertas – documentos, e-mails criptografados, anotações que ela havia feito à mão. Começou a organizar tudo em uma linha do tempo clara, conectando os pontos e buscando por qualquer inconsistência. Se essa história fosse para o ar, precisaria estar blindada contra qualquer tipo de ataque.

O relógio na parede marcava duas da manhã. A redação estava quase deserta, exceto por alguns poucos jornalistas noturnos que, como ela, tinham histórias urgentes a contar. Notou o segurança do prédio passando pela porta de vidro, fazendo sua ronda noturna, mas seu foco voltou rapidamente para os documentos diante dela.

Cada palavra, cada frase nos arquivos confidenciais que ela havia recebido era uma peça crucial em um quebra-cabeça devastador. Uma correspondência interna mencionava a criação de um "incidente controlado" para desviar a atenção do público e justificar uma série de ações parlamentares. Outro e-mail, ainda mais perturbador, discutia como manipular a mídia para moldar a narrativa de uma ameaça iminente. Júlia sabia que esse tipo de informação era dinamite pura.

Enquanto trabalhava, flashes de memória invadiram sua mente. Lembrou-se do sorriso de Amerah na última vez que a deixou antes de sair para trabalhar, da última conversa tranquila sobre planos de férias. O pensamento de que sua decisão poderia colocar em risco essa vida tão preciosa era quase insuportável. No entanto, também sabia que, se ficasse em silêncio, estaria traindo a monarquia e o povo daquele país.

De repente, seu telefone vibrou, interrompendo seus pensamentos. Era uma mensagem de texto de Amerah.

— Você está bem? Vai demorar muito? — Perguntava. Havia uma preocupação subjacente em suas palavras, um reflexo do quanto ela sabia sobre o peso das escolhas de Júlia dentro daquele jornal, temia que algum dia ela cometesse uma grande bobagem.

Júlia respondeu rapidamente, tentando não transmitir sua ansiedade.

— Estou bem. Mais algumas horas. Desculpe o atraso.

Mas, no fundo, sabia que as palavras “estou bem” eram apenas uma máscara. O peso do que estava prestes a fazer pressionava seus ombros, mas havia também uma determinação férrea em seu coração.

Ela precisava continuar.

Horas se passaram enquanto Júlia refinava sua reportagem, verificando cada detalhe, conferindo cada fonte. Ela sabia que essa poderia ser sua última história, mas não podia permitir que o medo a paralisasse. Seu compromisso com a verdade era maior do que qualquer ameaça, maior do que qualquer risco pessoal.

Às quatro da manhã, finalmente se encostou na cadeira, exausta. A matéria estava pronta. Cada frase cuidadosamente calculada, cada fato solidamente confirmado. Sentiu um misto de alívio e apreensão. O primeiro passo havia sido dado, mas a jornada estava apenas começando. Olhou para a sala de redação vazia, sentindo o peso do silêncio. Aquela seria a última vez que aquela redação a veria como apenas mais uma jornalista. Amanhã, o mundo mudaria, e Júlia sabia que, a partir daquele momento, ela se tornaria o foco de uma tempestade.

Com um último suspiro, enviou a matéria para Romani, marcando o início de uma cadeia de eventos que ninguém poderia prever. Depois, apagou as luzes de sua mesa e saiu, deixando para trás uma escuridão que ecoava a incerteza do que viria a seguir.

Naquela madrugada, enquanto caminhava para seu carro no estacionamento vazio, sentiu a tensão no ar. O céu ainda estava escuro, mas ao longe, uma tênue linha de luz começava a despontar no horizonte, anunciando a chegada de um novo dia. Um dia que traria consequências incalculáveis para ela, sua família, e para toda uma nação.

Mas também seria um dia em que o parlamento jamais se esqueceria de quem era jornalista investigativa Júlia Salazar.

— Mamãe, mamãe! — Alice, então com 6 anos, chegou à cozinha, carregando um ursinho de pelúcia azul em mãos, uma expressão de um porquinho, a quem deu o nome de Juanito. Interrompeu os pensamentos amargos de Júlia. — O Juanito tá queblando, mamãe. — A menina ainda não falava todas as palavras corretamente, por causa da tenra idade.

Amavelmente, Júlia parou o que fazia e olhou para a menininha, agachou-se e a pegou nos braços, beijou-a com muito amor, nos cabelos, na face. A menina também a beijou de volta. Era uma pequena criatura de cabelos negros, encaracolados, olhos verdes e pele clara, as bochechas eram muito coradas, a coisa mais fofa do mundo era e menina.

Alice viera à sua vida em meio à tragédia de seu casamento, em meio ao escândalo da impressa, em meio à sua ruína, mas aquela pequena criaturinha foi sua luz mais intensa quando a escuridão teimou a engolir por completo.

A menina era filha de uma grande amiga de Júlia, mas que faleceu há seis anos, devido a uma síndrome de hellp, ao nascimento de Alice, e ela sempre dizia que Júlia seria a melhor mãe para Alice. Após os tramites na justiça, Júlia conseguiu a guarda da pequena, já que a menina não tinha pai, nem avós.  

— Vou consertar o Juanito para você, mas vamos primeiro tomar café, minha princesa.

— Tá bom, mamãe, visse.

— Visse.

Júlia riu e se aproximou da mesa para colocar a menina na cadeirinha dela.

Não sabia se teria dinheiro para continuar pagando a babá, Lilly, a moça que cuidava de Alice enquanto saía para cobrir algumas matérias.

Júlia vinha de uma família brasileira bastante humilde, a mãe era costureira, o pai era um agricultor, trabalhavam de dia para comer de noite. Era a mais velha de três irmãos, duas mulheres e um homem. Anos atrás, quando mais jovem, sonhadora, conseguiu uma bolsa numa universidade, formou-se em jornalismo, conseguiu se sobressair como uma excelente profissional, e certo dia foi convidada para ir cobrir uma reportagem sobre a família real da Espanha, e foi lá onde conheceu a poderosa Duquesa Amerah Valloni, que anos mais tarde veio a se tornar sua esposa.

Amerah.

Mesmo depois de seis anos não a tinha esquecido.

Após o ritual da manhã, Júlia deixou o apartamento e saiu carregando Alice num dos quadris. No carro, acomodou a menina na cadeirinha para crianças e entrou no veículo. Dirigiu para deixar Alice na escola. Sua vida era assim, estava sempre com o coração na mão, correndo de um lado para o outro, num frenesi infinito, acometida pelas consequências de suas escolhas.

Após deixar Alice na escola, Júlia decidiu ir para o local em que fora chamada com urgência para cobrir uma reportagem de um acidente de carro. Hoje em dia era chamada apenas cobrir matérias desse tipo. Sua aparição em grandes emissoras se dispersara como fumaça ao vento. E somente fazia essas reportagens graças a um amigo, que era Editor de Seção e sempre que tinha alguma matéria sem muita relevância para governo, ele lhe chamava para reportar a notícia.

Após o fim da reportagem, Júlia seguiu para o jornal, que ainda estava engatilhando na mídia, em meio a grandes jornais que datavam de décadas. Chegando ao local, encontrou o grande amigo, Henry, cumprimentou-o e foi tomar um café com ele, na copa.

— E como foi na reportagem? Tudo certo, Ju?

— Tudo certo, Henry. Sou muito grata por tudo que você tem feito por mim, se não fosse você nem sei o que faria da minha vida. — Deu um suspiro cansado e pegou uma xícara, servindo-se de chá logo em seguida.

Henry era um homem na faixa de seus 31 anos, garboso, cabelos loiros, olhos azuis e feições latinas, uma mistura bastante inusitada. Era homossexual assumido, noivo do editor chefe do jornal Höger, fundado há pouco mais de três anos. Tinham conhecido Júlia há muitos anos e de lá para cá se tornaram grandes amigos de vida.

— Você também já fez muito por mim e pelo Vicente, o que faço por você agora não é nada comparado ao que você já fez por mim um dia, Júlia. Não posso fazer mais porque bem, você sabe, tudo gira em torno de política, e o dono do jornal precisa do parlamento para sobreviver.

— Não se preocupa, Henry, eu sei disso. Meu filme está manchado dentro deste país e infelizmente, enquanto meu processo não terminar, não poderei me ausentar daqui e regressar para minha terra.

— Eu sinto muito, Júlia de verdade. — Ele massageou as mãos dela, num gesto de compaixão.

— Pior que minhas contas estão todas atrasadas. Já tentei outros empregos, mas ninguém me aceita. — Confessou, sentindo-se derrotada.

— Eles têm medo de sofrer represálias dos líderes deste país. Por isso viram as costas para você. No fundo, vivemos todos como os personagens do livro 1984, do George Orwell, vivemos todos sob uma vigilância governamental onipresente e, consequentemente, onipotente, seja na monarquia ou no parlamentarismo. — Mas por que você não volta a morar no palacete da Amerah? Até onde sei, vocês duas ainda estão casadas.

— Apenas no papel, Henry, isso não quer dizer nada. Amerah me odeia, você sabe muito bem disso.

— Oh, amiga, mas tudo o que você fez foi pelo bem dela e da família dela.

— Eu a traí, Henry, você sabe disso. Não quero aqui justificar meus erros.

— Não o fez por sua vontade, você foi coagida, Júlia.

— Com tudo isso, ainda assim eu a traí.

— Sabemos bem que tudo não passou de uma armação por parte do nojento do Gustav Lutero, primo terceiro de Amerah. Ele sempre foi apaixonado pela Duquesa, mesmo sendo ela prima dele, e então somente quis achar um jeito de separar vocês duas.

— E ele conseguiu. — Admitiu, sentindo-se extremamente derrotada.

— Você ainda ama a Duquesa, Júlia? Seja sincera.

Ela baixou os olhos, ficando vermelha.

— Não era para amar...Não depois de tudo o que aconteceu. — Deu suspiro triste, denotando toda sua fragilidade quando o assunto era a ex-esposa.

— Volte a morar no palacete, ouvi dizer que a Duquesa, depois que vocês se separam, nunca mais pisou os pés lá e sabemos que as pessoas gostam muito de você ali no palacete. É longe desta cidade, um lugar reservado, tem o cafezal, tem as outras plantações, tem as vacas, você pode fazer disso um negócio para sua subsistência, amiga. Não te ajudo mais porque você sabe, o jornal é novo, o salário é baixo, estamos aprendendo a engatilhar.

— Te agradeço, de verdade, Henry.

— Volte para o palacete, a Duquesa nunca mais vai retornar ali. Ela está empenhada com os assuntos diplomáticos do país, junto com a família real, ouvi dizer que também viaja bastante com o príncipe e a lady Liana, ouvi até dizer que as duas estavam saindo, tendo um affair, algo do tipo. Enfim, as pessoas falam demais.

Júlia sentiu um frio no coração ao ouvir as palavras do amigo.

Por que ainda se sentia incomodada pelo fato de saber que aquela mulher estava saindo com alguém?

Meneou a cabeça e respirou fundo.

— Pelo jeito ela já recomeçou a vida dela faz tempo. —  A voz denotava certa irritação. — Não paro de ouvir boatos de que vive por aí saindo com várias mulheres. Como se fosse o Don Juan na sua mais inteira forma feminina, uma amante irresistível da libertinagem, é a Duquesa.

— Uma fama de poderosa, arrogante e bela, assim dizem as más línguas, mas a vejo como uma mulher séria, sabia e inteligente. Todavia, você que foi casada com ela tem bem mais propriedade e perícia para falar sobre o assunto.

— Henry, por favor, vamos falar de outra coisa, não quero mais falar sobre aquela mulher. Não me sinto bem.

— Bom, em tese, “aquela mulher” ainda é sua esposa. E esse seu mal-estar se deve ao fato de que você ainda nutre sentimentos pela sua esposa, Júlia.

— Ex-esposa, Henry.

— Bom, minha amiga, por tudo o que você me contou, sem poder sair do país até que sua condenação acabe e sem muitas oportunidades de emprego, quer um conselho de amigo, retorne ao palacete, há apenas uma empregada lá agora, um jardineiro e um capataz responsável por cuidar das responsabilidades administrativas e dos animais, aquele lugar está praticamente morto. E você ainda é dona daquele lugar o que você não pode é ficar na rua.

Enquanto degustava de seu fumegante café, Júlia refletia sobre os conselhos de Henry. Depois de minutos de reflexão, chegou à conclusão de que o amigo estava certo.

Não era uma mulher sozinha, tinha uma filha para cuidar, então, precisava fazer algo para sobreviver. Dentro de um ano sua condenação acabaria, então, poderia retornar ao Brasil e recomeçar sua vida lá.

Esqueceria de tudo que um dia viveu naquele país, inclusive da Duquesa Amerah, sua ex-esposa.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá, meninas. Tudo bem, voltando com mais uma história. rsrs. 

Deixarei aqui meu instagram, posto algumas coisas lá de vez em quando: @dicaldarelli

Bjss, Thaa


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Comentários para 1 - Capitulo 1:
Sissi
Sissi

Em: 23/02/2025

A história começou a todo vapor!

Responder

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Sem cadastro
Sem cadastro

Em: 04/09/2024

já quero capitulo dois já na minha mesa ...laughing

Responder

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Mmila
Mmila

Em: 03/09/2024

E vamos em mais uma viagem.....

Responder

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Nenete
Nenete

Em: 03/09/2024

Oi Thaa, 

Que bom, mais uma história linda, bem escrita, como sempre. Vamos em frente conhecer a historia da Júlia.

Responder

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Dressa007
Dressa007

Em: 02/09/2024

já quero capitulo dois já na minha mesa ...laughing


Thaa

Thaa Em: 03/09/2024 Autora da história
Oi, Dressa, tudo bem?
Hoje sai o próximo, rsrsrs.

Bjssss!


Responder

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Zanja45
Zanja45

Em: 24/08/2024

Oi, boa noite, Thaa!

 

 

Gostei muito do capítulo de estréia, muito esplêndido, bem escrito e a história promete muitas emoções. Quero ver o reencontro de Amerah e Júlia. - porque a última ainda nutre sentimentos pela esposa enquanto que a duquesa, pelos boatos se tornou uma pessoa descrente do amor- levando uma vida cheia de promiscuidade-, depois de supostamente ser "traída" pela esposa. Estou na expectativa do próximo episódio, já que esse, deixou uma boa impressão.

 

 

Até,

 

 

P.S.:  :)


Thaa

Thaa Em: 03/09/2024 Autora da história
Oi, Zanja, tudo bem?

Muito obrigada, querida, fico feliz que tenha gostado. Em breve teremos o reencontro das duas, rsrsrs. E saberemos mais sobre o passado, como tudo aconteceu.

Bjsss!


Responder

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Val Maria
Val Maria

Em: 21/08/2024

Coisa boa é ter você com uma historia nova. Sou fã de seu taleto.

Já curiosa pelo próximo capitulo. 

Kiss for you!


Thaa

Thaa Em: 03/09/2024 Autora da história
Oi, Val, tudo bem?

Muito obrigada, querida. De volta, rsrsrs. Não sei viver sem escrever, é vida para mim, a escrita.

O próximo tá já saindo.

Bjss!


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Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 19/08/2024

Taí, gostei!


Thaa

Thaa Em: 03/09/2024 Autora da história
Oi, Marta, tudo bem?

Fico feliz que tenha gostado.

Bjsss!


Responder

[Faça o login para poder comentar]

HelOliveira
HelOliveira

Em: 19/08/2024

Feliz que está de volta, essa história promete, já na espera do próximo capitulo 


Thaa

Thaa Em: 03/09/2024 Autora da história
Oi, Hel, tudo bem?

De volta, rsrsrs. Sempre volto.

O próximo está a caminho.

Bjsss!


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Cristiane Schwinden
Cristiane Schwinden

Em: 19/08/2024

Já quero muito ler o próximo capítulo! Mil curiosidades...

Parabéns pelo retorno! <3


Thaa

Thaa Em: 03/09/2024 Autora da história
Oi, Cris, tudo bem?

Muito obrigada, difícil viver sem escrever, rsrs. Então, ao retorno.
O próximo a caminho!

Bjsss!


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