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  • Capitulo 1 - “A gente vive junto, a gente se dá bem.”

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Entre Acordes e Sentenças por Juliete Vidal

Ver comentários: 6

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Palavras: 3526
Acessos: 693   |  Postado em: 10/06/2024

Capitulo 1 - “A gente vive junto, a gente se dá bem.”

-- Alô?

-- Sara? Por que você nunca atende esse celular quando ligo na primeira vez?

-- Ei... Bom dia, Caio. Por que você insiste em me acordar todos os dias antes do horário? Sabia que existe um objeto chamado despertador e que costumo usá-lo justamente no horário mais conveniente para mim?

-- Já são 7 horas, Sara! Não acredito que ainda estava dormindo. Sendo que hoje é uma data especial para nós... para mim -- corrigiu -- e ao menos deveria ser para você também! É o batizado da minha sobrinha e nós somos os padrinhos, esqueceu? Meu cunhado está vindo junto com a Maia e a Luz... Combinamos de pegá-los no aeroporto... e... Sara? SARA? – Alterou o tom de voz.

-- Eu não esqueci, Caio. Não esqueci nada e ainda são 7 horas da manhã de um lindo sábado. O que você pretende me acordando a essa hora com esse discurso? Se o batizado da sua sobrinha será apenas no final da tarde e o voo da sua irmã está marcado para chegar às 12 horas?

-- Minha mãe está aguardando você aqui para que possam escolher um vestido. Ela está com uma série de modelos e quer lhe presentear com alguns deles.

-- Ai meu Deus!... Caio? Diz que é apenas um pesadelo, que ainda estou dormindo, que irei acordar às 9hs quando meu celular despertar, que vou tomar um banho de mar, que voltarei para casa, tomarei um banho e que... -- fui interrompida.

-- Não, amor. Você não está sonhando! Passo aí em meia hora para lhe pegar.

-- Não precisa! Sei o caminho e não tenho pressa.

-- Vem dirigindo então?

-- Pilotando.

-- Mas amor...

-- Mais um “mas” e eu volto a dormir agora!

-- Sara!

-- Até mais, Caio! -- desliguei o celular -- o dia hoje promete!

 Celular tocou novamente, no visor: Caio. Sorri, pois dessa vez já sabia do que se tratava.

-- Eu te amo! -- Falamos ao mesmo tempo e desligamos o telefone.

Pois bem, aqui estava eu sendo obrigada a acordar às 7hs de um sábado e o que meu corpo só pedia cama. Era o batizado da sobrinha do Caio, coincidentemente na mesma data em que completávamos quatro anos de namoro. Maia era a irmã mais velha do Caio, casada com o Gustavo e pais da pequena Luz de 2 anos. Nós seríamos os padrinhos, apesar de seguir a doutrina espírita resolvi ceder a pedido da minha doce amiga e cunhada e do marido dela, justamente, por ser um batizado e apesar da minha doutrina atual, sempre fui católica e acreditava veementemente na força do batismo.

O batizado aconteceria na Paróquia Nossa Senhora Luz, no bairro Pituba, que ficava a alguns metros do apartamento do Caio e da família.  A família do Caio sempre foi muito religiosa, católicos praticantes e a Maia não era diferente... Desde criança frequentava essa igreja e decidiu que celebraria lá o batizado da sua filha. Atualmente, ela morava no Rio de Janeiro por causa do Gustavo que era publicitário e tinha uma empresa na cidade, inviabilizando assim a sua moradia em Salvador.

A campainha tocou, fui atender imaginando quem poderia ser, já que Caio tinha me ligado mais cedo e minhas amigas não costumavam me visitar tão cedo.

Olhei no olho mágico e fiquei surpresa.

Abri a porta.

-- Mãe? Pai?

-- Oi, filhinha! -- Minha mãe falou enquanto me abraçada efusivamente.

-- Oi, meu amor -- Meu pai, de maneira mais contida, fez o mesmo.

-- Oiii! Surpresa em vê-los aqui.

-- Queríamos mesmo lhe fazer uma surpresa. Viemos para o batizado da nossa sobrinha neta emprestada.

-- Nossa, esse batizado promete, hein? -- falei rindo e já imaginando no quanto a Dayse, mãe do Caio tinha falado dele para os meus pais. -- E como foram de viagem? Imagino que estejam cansados. Por favor, podem se acomodar, colocar as bagagens no quarto de hospedes. Enquanto vocês se acomodam eu tomo um banho e volto para preparar nosso café. Estava quase de saída, irei para a casa do Caio, estava pensando em passar o lá resto do dia, para sairmos já todos pronto.

-- Fica tranquila, filhinha! Já combinamos tudo com a Dayse e também ficaremos por lá nesse período... a noite ou madrugada voltamos todos para casa, ok? Precisamos matar as saudades.

-- Tá bom, mamãe! -- Falei enquanto beijava-lhe o rosto.

Meus pais acomodaram suas bagagens no quarto de hospede e enquanto tomei banho, e depois fui preparar um café da manhã para todos.

Quando estava terminando percebi que meu pai estava parado na porta da cozinha me observando.

-- Oi Pai, cadê a mamãe? Estou terminando de preparar o nosso café... com tudo que sei o que senhor e a mamãe gostam, olha só: tapioca Romeu e Julieta, bolo de fubá, frutas,  tem chocolate quente, café e também fiz aquele suco de frutas que vocês adoram ... vocês gostam tanto das mesmas coisas que até acredito que existe mesmo no mundo uma pessoa destinada a outra. – risos de ambas as partes.

-- Sim, meu amor! Sua mãe com certeza é e sempre será a mulher da minha vida... ela me completa em todos os sentidos -- falou enquanto pegava uma maça -- Preparada para o batizado da sua sobrinha, filhinha?

-- Sim, papai e ansiosa também, afinal serei madrinha pela primeira vez e a Luz é uma das minhas paixões... Completou dois anos faz pouco tempo e imagino o quanto já deve estar crescida e linda... acredita que ela já pede para os pais me ligarem? – Falei encantada.

-- Mesmo? Mas que danada!

-- É sim, papai! Uma fofa e já me chama de dinda. Estou louca para vê-la, beijá-la, abraçá-la. O Caio é outro que está louco de saudades daquela pequena.

Ficamos por um tempo conversando amenidades e enquanto a mamãe deveria está alimentando um pouco a sua vaidade. Nunca vi pessoa mais cuidadosa consigo mesma, com sua aparência, não chegava a ser igual a essas peruas que passam o dia inteiro no salão e/ou gastando o dinheiro com plásticas, lipo e esses tratamentos estéticos... Minha mãe era linda, amava cuidar da sua aparência, mas era um cuidado especial, todos naturais... morava na fazenda com o meu pai e lá ela fazia seu eterno spa. Era uma linda veterinária, apaixonada por sua profissão, usava de toda sua habilidade para cuidar dos animais da fazenda, que ela fazia questão de cuidar com suas próprias mãos e meu pai formado em agronegócios gerenciava as fazendas, os sistemas integrados de bens e serviços agrícolas, entre outras coisas que cabem ao profissional da área e claro, com suas formações totalmente voltadas para ambiente rural, eles viviam viajando de uma fazenda para outra para melhor coordenar os trabalhos dos outros profissionais que lhes auxiliavam no bom andamento das funções.

Logo minha mãe chegou e tomamos nosso café, ficamos batendo papo, nos atualizando das fofocas (risos) que por muitas vezes por telefone não é possível executar.

-- Nossa, Filha! Estava delicioso, você nunca esquece que adoramos sua tapioca, seu suco de frutas e esse bolo de fubá divino, não é?

-- Como esquecer, mamãe? Deixo todos os ingredientes em casa, contando os minutos para a chegada de vocês. Fico imensamente feliz cada vez que lhes recebo aqui.

-- Nós também, meu amor! Mas quem está nos devendo uma visita agora é você. Há quanto tempo não vai à fazenda?

-- Quando vocês menos esperarem eu irei...  Então... melhor irmos, né? Imagino que já estejamos atrasados... a Dayse deve está surtando com a minha ausência e mais uma vez quer me presentear com daqueles vestidos, que ela considera os melhores do mundo.

Com a chegada dos meus pais resolvi ir dirigindo. Eu morava em um apartamento no Rio Vermelho e seguindo pela orla estaria em instantes na casa do Caio. Chegamos lá por volta das 10hs, onde já estavam esperando por mim o Caio, seus pais e especialmente a Dayse que estava com alguns modelos de vestido, querendo que eu escolhesse algum deles para o batizado a noite.

Muitas pessoas transitavam pelo apartamento, alguns organizando e outros dando ordens. O mesmo por si só já possuía uma linda decoração, pelo menos nisso eu conseguia admirar a Dayse, era uma das melhores decoradoras da cidade. Via-se seu bom gosto só em olhar para os moveis e telas escolhidas...

Minha mãe logo se juntou a Dayse e foram cuidar dos preparativos para a “festa” do batizado, que mais parecia uma festa de casamento, noivado, sei lá. Meu pai e o Carlos, pai do Caio logo foram para o lounge do apartamento o que imagino que devem ter ido falar de negócios e fumar seus charutos que eram o que mais gostavam de fazer enquanto estavam juntos... e enquanto isso o Caio me abraçou deixando evidente a saudade que tanto dizia sentir de mim.

-- Vamos, amor?

Fomos para o aeroporto, no caminho conversamos sobre nossas famílias, suas expectativas no escritório de advocacia que ele possuía com o pai e eu falava sobre as aulas que eu ministrava na faculdade e do núcleo de pesquisa no qual atuava. Sou professora de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, e pesquisadora em Direito Médico na UFBA. Minha última formação foi o Doutorado em Direito. Além disso, atuava como advogada e escrevia livros sobre minhas áreas de atuação. Sempre participava de algumas palestras, congressos e seminários com temas que estavam relacionados à minha área de pesquisa, o que possibilitava que eu viajasse por quase todo o Brasil diversas vezes ao ano.

No entanto, nunca atuei junto a Caio, como colegas de profissão. Sempre preferi manter uma clara separação entre minha vida pessoal e profissional. Foi durante nossa graduação em Direito que nos conhecemos. Hoje, aos 32 anos, e ele com 35, estamos firmes em um relacionamento estável que construímos ao longo dos anos.

Apesar de algumas tentativas de me relacionar com mulheres, r muitas decepções, iniciei um relacionamento afetivo com Caio. Depois de um período de hesitação, finalmente decidi assumir o namoro. Porém, estabeleci uma condição clara: não seríamos monogâmicos. Sempre reconheci e respeitei minha forte atração por mulheres, algo que não conseguia negar.

Caio aceitou essa condição de forma tranquila, mas, devido à minha discrição natural, ele nunca soube sobre minhas relações com outras mulheres após termos oficializado nosso relacionamento. Esse fato me leva a acreditar que, talvez, ele não tenha entendido completamente a natureza aberta de nossa relação. Confesso que, por uma mistura de comodismo e receio de abordar o assunto novamente, deixei essa questão em suspenso.

Apesar desse pequeno desalinhamento, nossa conexão é sólida. Compartilhamos muitos interesses em comum, incluindo nossas paixões acadêmicas e profissionais. Caio é um advogado renomado, especializado em Direito Empresarial, e sua visão pragmática muitas vezes complementa minha abordagem mais teórica do Direito. Juntos, formamos uma dupla poderosa, tanto no campo profissional quanto no pessoal.

Em meio a conversas chegamos ao aeroporto por volta das 11h30min, o voo chegaria às 12hs e ficamos aguardando no saguão do aeroporto.

Enquanto aguardávamos sentados no saguão, vi que o Caio estava conversando com algum conhecido. Resolvi então passear um pouco pelo aeroporto para aguardar o tempo passar, foi quando avistei uma tabacaria e decidi passar lá para ver se encontrava um charuto para presentear meu pai e sogro já que eles gostavam tanto.

Na tabacaria fiquei olhando todas aquelas marcas de charutos e tentava entender o que elas tinham a me dizer, pois não gostava de nicotina e não entendia nada de charutos, o que sabia era de ouvir meu pai e o pai do Caio conversarem a respeito de que preferiam os mais suaves. Nem mesmo sabia me referir a um charuto da forma que eles queriam, mas como o Caio estava distraído conversando com o amigo... resolvi arriscar com a atendente.

- Por gentileza, você pode me indicar um charuto não muito forte?

A atendente pareceu não entender o que eu quis dizer, na verdade ela não parecia ser entendedora de charutos ou qualquer tipo de tabaco, me olhou de um jeito estranho e completou:

- Charuto não muito forte??? Olha, eu não sei, mas tem esses daqui ó:

Foi quando apontou para uma parte onde tinha algumas marcas e nada elas tinham a me dizer, o jeito seria ler o que dizia cada embalagem pra ver se conseguia lembrar de algumas delas ou se em suas informações, elas me mostrassem algo que ajudasse... eu realmente não entendia nada desse ramo. Foi quando ouvi uma voz feminina falar-me:

- Com licença, acho que você se referiu a um charuto suave, né?

Levantei a cabeça sem pressa e prendi involuntariamente o olhar naquela moça loira, olhos brilhantes, curiosos e simplesmente lindos. No momento ela olhava fixamente em meus olhos... como uma boa pisciana que sou... viajei naquele olhar, naquela mulher... algo nela havia me chamado a atenção, mas não consegui definir o quê. A loira então levantou as sobrancelhas como se tivesse me chamando a realidade e apenas murmurei:

-- Ahm?

Ao que ela respondeu:

-- Charuto não muito forte?... Um charuto com o tabaco e aroma suave no caso? -- Ainda um pouco paralisada falei-lhe:

-- Sim sim, claro. Um charuto de aroma suave. Exatamente isso!

-- Então tem esse aqui, Menendez Amerino, que é exatamente como quer e é um dos mais conhecidos, um charuto feito à mão, ótima qualidade, aroma suave e bem aceito no mercado... exatamente nessa proposta.

-- Nossa! Você foi exatamente... providencial. Essa seria a palavra correta. Perdoe-me pela distração. Mas agora que me indicastes esse... lembrei da embalagem e é um dos que o meu pai mais adora.

Nesse momento meu celular tocou, atendi.

--Oi?

-- Por onde está, amor? O pessoal já está chegando!

-- Já te encontro no desembarque, beijos!

-- Beijos, vem logo!

Desliguei o celular e virei para mulher a minha frente.

-- Bom, preciso ir! -- Olhei para a loira à minha frente, com seus olhos azuis e uma estatura de 1,60m, aparentemente, de medidas perfeitas. Sorrindo, disse -- Muito obrigada! Acho que não saberia o que fazer se você não tivesse aparecido. E ah, bem-vinda a Salvador! – Era perceptível pelo seu sotaque e o encantamento que demonstrava que ela não era baiana e, arriscaria dizer, era a primeira vez que estava em Salvador.

Ela sorriu de volta, e seus olhos brilhavam com entusiasmo.

-- Foi um prazer ajudar. Salvador é realmente um lugar mágico, estou encantada. Espero que aproveite o resto do seu dia!

Acenei para ela e segui meu caminho, pensando no quanto a cidade realmente encantava a todos que a visitavam pela primeira vez.

*******

Os voos estavam chegando pontualmente e não demorou muito Maia estava saindo com Luz no colo e Gustavo logo atrás empurrando um carrinho com suas bagagens. Sorri quando a pequena Luz logo começou a acenar ao me ver.

-- Ei, dinda! -- Luz disse.

-- Minha flor, que saudade! – Disse enquanto a abraçava. -- Como estão? -- Disse enquanto beijava Maia e Gustavo.

-- Estamos bem, Sara. Um pouco cansados da viagem, mas felizes por estarmos aqui. E você? Estou vendo que a Dayse já está lhe deixando louca com os preparativos, não?

-- Exato! Mas feliz em ser madrinha da pequena Luz, minha princesa.

-- Queremos agradecer por aceitarem o nosso convite de serem padrinhos da Luz, tanto você quanto o Caio. Ficamos imensamente felizes em saber que não recusariam nosso convite -- Gustavo falou.

-- Para mim é uma honra, fico imensamente feliz, já disse isso a vocês, então agora podemos ir para casa, pois a pequena Luz precisa descansar, a tarde será mais cansativa para ela.

Gustavo ajudou a organizar as bagagens e seguimos para a casa da Dayse. Luz ficou em meu colo a viagem toda, quando não estava dormindo, estava me chamando para brincar, por sorte ela logo se rendeu ao cansaço e adormeceu em meus braços.

Deixamos Gustavo e a Luz na casa dos pais do Caio e fui com Maia direto para o salão, onde ela queria fazer os cabelos e unha. Voltei para casa só depois de tudo estar pronto e peguei o vestido que Dayse tinha insistido tanto para que eu usasse. Decidi me arrumar na casa dos pais do Caio. Adorava a proximidade que existia entre minha mãe e a Dayse, apesar da diferença de estilo. Ambas se respeitavam e se completavam como se fossem irmãs. Me arrumei com ajuda das duas, que foram super atenciosas, elogiando minha aparência, falando do quanto eu estava linda.

*******

No batizado ocorreu tudo bem como poderíamos prever... o que achei um pouco estranho foi o número de convidados e por perceber que boa parte deles eram meus amigos mais chegados, até meus pais estavam ali... não imaginei que um batizado pudesse repercutir tanto, claro que a Luz era uma querida para todos nós, mas sempre tive em mente que batizado era algo mais familiar, uma cerimônia religiosa e depois todos se reuniam em casa para comemorar com um almoço ou jantar... foi o que aconteceu, um jantar comemorativo na casa da família Marinho.

No jantar estávamos todos reunidos no salão de festa que ficava no próprio apartamento da família, o jantar foi servido na mais completa sintonia de todos, confesso que achei um pouco de exagero para um jantar de batizado, conhecia a Maia e sabia que ela não era chegada a esses exageros... mas se tratando da Dayse.

Depois do jantar a Luz já devia estar dormindo, pois já passava das 22hs e a pequena costumava dormir cedo.

Estava conversando com a Larissa que era a minha melhor amiga e colega de profissão, professora, mas de música, trabalhava também como produtora musical. Fizemos a primeira faculdade em que nos graduamos em História juntas, após Larissa adentrou no mundo da formação musical e migrei para o Direito. Temos muitas afinidades, nos apaixonamos à primeira vista e trazemos hoje essa linda amizade que todos admiram.

-- E então, Sara? Gostou do batizado?

-- Sim, Lari. Muito... fiquei muito emocionada com a ocasião. Sempre fui amiga da Maia e não imaginei que eu pudesse fazer parte um dia da família com estou fazendo agora.

-- É, amiga. Que família, hein? Você deu sorte... o Caio é um louco apaixonado por você, a família dele lhe adora.

-- É... dei sorte sim -- falei reflexiva -- Graças a Deus nos damos muito bem e meus pais adoram a Dayse, o Carlos, a Maia. Também acho que o fato deles terem me conhecido antes como amiga da Maia desde a época da graduação e por ficarmos sempre uma na casa da outra fez com que eles se aproximassem e gostassem mais de mim.

-- É, isso é verdade.

-- Lari, estou achando as coisas aqui um pouco exageradas, não acha?

A Lari me olhou e sorriu de maneira diferente... como se eu fosse me surpreender com algo, mas não precisei esperar muito para descobrir o quê, porque nesse momento fomos chamada a atenção inicialmente com a parada da música que estava tocando no ambiente e... quando para a minha surpresa o Caio começou a falar e todos voltaram-se para ele:

-- Há alguns anos conheci uma pessoa muito especial na minha vida, uma linda mulher que me encantei desde o primeiro instante, e cada dia me encantava mais. Primeiramente éramos amigos até o dia em que resolvemos ir com os nossos amigos aquelas pedras na praia da Sereia ver o nascer do sol depois de um convite seu, lembra, Sá? -- Sorri e acenei positivamente -- Apesar de manter um amor crescente dentro de mim já há algum tempo, percebi naquele dia que eu deveria tomar coragem e me declarar para você. Lembra o que eu falei no momento?

-- Sim, claro – Respondi – Essas foram suas palavras: É incrível como tudo ao seu lado fica ainda mais perfeito, Sara. Algo que acontece praticamente todos os dias e passa despercebido pela maioria das pessoas. E você... sabe o que mais me encanta em você? Seu jeito, esse jeito simples e lindo de ser! Sara, desde quando lhe conheci que sinto algo muito forte por você e que vem crescendo cada vez mais... tenho medo de estragar nossa amizade, mas o meu medo maior é de passar a minha vida sem ter você em meus braços, sem poder dividir parte da minha vida contigo. Esse carinho que sinto por ti foi crescendo e... enfim, Sara você aceita namorar comigo?

-- Isso mesmo, amor. -- e beijou-me.

Quando se aproximou, percebi que ele tirava algo do bolso e continuou sua fala.

­­­­­­­-- É baseado nesse mesmo discurso e acrescentando que tudo o que sonhei para nós era mesmo verdade, que você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida... quero dizer-lhe que desejo prolongar ainda mais a sua vida ao meu lado... e é aqui na presença de toda minha família, amigos, sua família e seus amigos, que eu lhe pergunto -- Perguntou-me enquanto abriu a caixinha em suas mãos e mostrou-me as alianças -- Sara, você aceita se casar comigo?

“Só que dessa história, ninguém sabe o fim [...]”

 

Fim do capítulo

Notas finais:

No primeiro capítulo de "Entre Acordes e Sentenças", mergulhamos na vida da Sara e na do Caio, dois profissionais do Direito que encontraram uma conexão especial durante os anos de faculdade. Foi explorado suas trajetórias acadêmicas e profissionais, bem como nuances do relacionamento não convencional de ambos.

Ao longo dessas páginas, vocês puderam conhecer um pouco mais sobre uma das protagonistas, Sara, uma advogada apaixonada pela profissão e dedicada à pesquisa e ao ensino. Sua jornada na direção à aceitação da sua sexualidade e das suas escolhas pessoais oferece um vislumbre das complexidades da vida adulta.

Por outro lado, o Caio surge como um parceiro sólido e compreensivo, cuja presença parecer se fundamental para zona de conforto da Sara. No entanto, há uma sombra de incompreensão pairando sobre esta relação, conforme Sara se questiona se suas expectativas em relação ao relacionamento aberto foram verdadeiramente compreendidas por ele.

Convido vocês a mergulharem nesta história comigo e a compartilharem suas impressões e reflexões nos comentários abaixo. Suas vozes e opiniões são fundamentais para enriquecer esta narrativa e criar um diálogo significativo entre nós. O que acharam deste primeiro capítulo? Quais são suas expectativas para o próximo? Estou ansiosa para ouvir suas vozes e continuar esta jornada juntas.


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Comentários para 1 - Capitulo 1 - “A gente vive junto, a gente se dá bem.” :
edjane04
edjane04

Em: 26/06/2024

Socorro!!

 

Eu ficaria muito p da vida kkkk


Juliete Vidal

Juliete Vidal Em: 02/07/2024 Autora da história
Também! kkkkk


Responder

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Brescia
Brescia

Em: 15/06/2024

Oi autora.

Ainda estou de boca aberta aqui e já estava esperando a resposta, rs.


Juliete Vidal

Juliete Vidal Em: 16/06/2024 Autora da história
Já temos. rs
Obrigada por acompanhar e comentar.


Responder

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HelOliveira
HelOliveira

Em: 11/06/2024

Hunn estou achando que ela não vai aceitar e se aceitar vai fazer isso muito chateada só pra não criar clima ......


Juliete Vidal

Juliete Vidal Em: 14/06/2024 Autora da história
rsrs
A Sara é uma caixinha de surpresas.
Obrigada por acompanhar e comentar. Beijos.


Responder

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Mmila
Mmila

Em: 11/06/2024

E agora Sara?!?!?!?

A cabeçinha dela vai bugar.

Responder

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Mmila
Mmila

Em: 11/06/2024

E agora Sara?!?!?!?

A cabeçinha dela vai bugar.


Juliete Vidal

Juliete Vidal Em: 11/06/2024 Autora da história
Que já é bugada. rs


Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 11/06/2024

Gostei do enredo! Tenho certeza que será maravilhoso acompanhar Sara e Aline

Imaginei que ele iria pedi-la em casamento 

Agora é esperar a resposta da Sara

Até o próximo 


Juliete Vidal

Juliete Vidal Em: 11/06/2024 Autora da história
Teremos surpresas. rs
Obrigada!


Responder

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