A Detetive por Isis SM
Bora ler mais um?
Capitulo 11
Capitulo 11
Domingo
Aproveitei para permanecer na cama por mais tempo, era o domingo do meu plantão e só precisaria estar no DP à tarde, fechei meus olhos na esperança de voltar a dormir, mas as cenas da noite anterior vinham em minha cabeça e com as lembranças um turbilhão de emoções junto, lembrei de cada detalhe de Carolina, seu sorriso, seus olhos, sua boca, seu cheiro, a maciez de seus lábios nos meus, como eu me senti ao beijá-la, lembrei de sua reação quando me viu indo embora. Cobri meus olhos com as mãos sentindo vergonha pela idiotice que havia feito... como pude sair correndo como uma adolescente? Ela deve estar me odiando no momento e com toda razão... Peguei meu celular e não havia sms de bom dia nem chamadas perdidas, conclui que ela definitivamente me odiava.
Levantei e fiz toda minha rotina no automático enquanto eu brigava com meus próprios pensamentos, eu queria mandar uma mensagem, mas não fazia ideia do que dizer. Cogitei a possibilidade de ir ao seu apartamento, mas minha covardia falou mais alto. O que eu iria fazer agora? Peguei meu celular e liguei para Gonzáles, se tinha alguém que poderia me ajudar seria ele.
_ Agente Gonzáles. – Roberto parecia grogue de sono ainda.
_ Oi Roberto, é a Rubí eu te acordei? - Disse já me preparando para o mau humor do outro lado da linha.
_! Lá puta madre! _ No creo que usted me despertó a esa hora de La madrugada! ¿Qué paso?
Quando ouvi Roberto falando em espanhol que era sua língua materna eu tive certeza que ele estava aborrecido e entendê-lo não era nenhum sacrifício para mim afinal eu também era filha de mexicanos e em minha casa só falávamos espanhol, olhei no relógio e já era 08h30min da manhã qual era o problema desse povo para dormir até tão tarde?
_ Desculpa ter te acordado, mas preciso de sua ajuda, na verdade preciso conversar se importa de me encontrar na cafeteria que tem aqui próximo da minha casa? – Meu tom era aflito eu precisava me abrir com alguém e ninguém melhor que ele. Depois de alguns resmungos ele aceitou e combinamos de nos encontrar por voltas das 10h, aproveitei o tempo para tomar um banho e me arrumar, olhei o celular diversas vezes, mas nada de Carolina, próximo ao horário combinado eu já estava sentada em uma mesa e me servia da primeira xícara de café do dia. Roberto chegou pouco depois com a cara ainda aparentando alguém que acabara de acordar, cabelo levemente despenteado, óculos escuros, vestia calça jeans, uma blusa de gola V preta e tênis com aparência social.
_Espero que no mínimo o mundo esteja acabando ou que um apocalipse zumbi esteja para acontecer para você me fazer acordar antes de 12h. – O tom zombeteiro vinha com um pouco do seu aborrecimento e não tinha como ser diferente.
_ Eu fiquei com uma garota! – Falei rápido enterrando minhas mãos no rosto logo em seguida.
_ Você o que? Desde quando você é... Não esperai... Aquele papo de alguém poder se descobrir já na vida adulta era sobre você? – Roberto parecia surpreso, ficou com os olhos arregalados e um sorriso no rosto até eu acenar afirmativamente e voltar a tapar minha cara que com certeza já estava mais do que vermelha. Roberto começou a rir e eu apenas esperei que sua crise de risos passasse por que eu mesma não havia visto graça nenhuma na situação.
_ Quando terminar de rir da minha cara eu espero que me ajude! – Fechei a cara já me aborrecendo.
_ Desculpa amiga, mas eu sempre achei que um dia você iria tombar para o lado arco-íris da força... - disse rindo. _ Desculpa..., mas enfim me conta qual o problema de ficar com uma garota? - Roberto agora mais desperto parecia descontraído enquanto fazia um movimento para chamar a garçonete.
Esperei ele fazer o pedido e quando a garçonete se foi para buscar seu pedido comecei a contar o que havia acontecido desde a primeira vez que encontrei Carolina até o beijo e minha fuga patética do seu apartamento o que resultou em mais uma crise de risos por parte do meu amigo que a essa altura já estava chamando atenção de todos, se tinha uma coisa que Roberto não era bom era em ser discreto, comemos enquanto lhe contava como me sentia e ele enfim começou de fato a me ouvir, depois do meu monólogo ele simplesmente me deu a grande ideia de mandar um sms para Carolina para ver como estava o clima. _ E se ela me ignorar? Ou pior, dizer que não me quer próxima de seu filho e dela? Meu Deus eu nem sei como começar um diálogo! – Meu nervosismo já estava ficando aparente.
_ Rubí deixa de ser dramática, o mínimo que pode acontecer é ela falar que não curte e pedir para ficarem na amizade, agora e se ela curtiu e quiser levar isso adiante? Pelo que me contou e se rolou do jeito que foi, ela curtiu e muito - Disse ele bebericando seu café.
Pensar na hipótese de que Carolina poderia querer algo fez meu estômago se encher das famosas borboletas que todos falam e definitivamente me convenci que se eu não sabia que gostava de mulher antes, agora eu estava disposta a sair do armário só para ter Carolina em meus braços de novo, eu nunca senti o que havia sentido com ela, toda aquela situação me despertava para novas sensações e eu queria mais. Peguei meu celular e sob o olhar encorajador de meu amigo lhe enviei uma mensagem simples com apenas um "oi" e um "podemos conversar" e esperei, fiquei decepcionada quando a mensagem não fora respondida de imediato como já estava acostumada. Roberto insistiu que ela poderia ainda estar dormindo e me convenceu que o primeiro passo eu já havia dado e que agora era esperar, terminamos de tomar nosso café enquanto conversávamos melhor sobre saídas de armários e suas complicações, depois fui para o DP para cumprir o meu plantão e entre avaliações de depoimento e relatórios eu voltava a olhar o celular e nem sinal de resposta, só poderia culpar a mim mesma pelo silêncio de Carolina, o que eu esperava afinal?
Carolina
Acordei com meu celular vibrando e demorei em encontrá-lo, estava embaixo do travesseiro de Arthur que nem se mexeu, olhei o sms e concluí que meu dia havia começado da pior maneira possível, Mônica exigia que eu levasse Arthur de volta o quanto antes e era incrível como ela conseguia ser ignorante até por mensagem, confesso que esperava que o sms fosse de Rubí e lamentei pela milésima vez em não ter ligado para ela ou mandado alguma mensagem, mas escolhi esperar que ela entrasse em contato e dependendo do que ela me dissesse eu diria o que estava sentindo desde o momento em que nos encontramos, lembrei de nosso beijo e abrir um sorriso foi inevitável, a mulher tinha me dado o melhor beijo da minha vida e com certeza eu queria prová-lo novamente, mas tinha que dar o tempo que ela precisava e se tratando de Rubí eu temia que se a pressionasse ela poderia simplesmente sumir de vez. O celular tocou insistentemente e preferi atender fora do quarto para não acordar meu filho.
_ O que você quer Mônica. - Disse seca.
_ Até que enfim atendeu esse telefone, você viu minha mensagem? - Mônica com seu tom arrogante de sempre foi incisiva.
_ Sim eu vi e não posso levá-lo agora ele está dormindo ainda. -Uma pontada de aborrecimento já emanava pela minha cabeça.
_ Então o acorde, eu vou chegar para buscá-lo em uma hora e o quero pronto, não pretendo demorar nesse lugar que você chama de apartamento.
Antes que eu pudesse argumentar a mulher já havia desligado e minha raiva foi tanta que acabei desligando o celular apenas para não ter que ver nenhum sms dela, se arrependimento matasse eu já estaria morta e o motivo iria ser o meu relacionamento com Mônica. Acordei Arthur com muita dificuldade assim que ele despertou lhe dei seu café da manhã e o aprontei para quando ela chegasse e assim que contei o motivo de estar arrumando sua mochila meu filho rompeu em um choro doloroso e se agarrou a mim, Arthur detestava estar longe de mim e todas as vezes que tinha que ir embora era a mesma coisa, a cada despedia eu me sentia destruída. Passamos o tempo que tínhamos assistindo seus desenhos favoritos e quando a campainha tocou meu coração gelou e Arthur já estava a ponto de chorar novamente, me soltei dele e fui abrir a porta. Mônica estava parada a porta e a babá de meu filho estava ao seu lado, dei espaço para que entrassem e avisei que Arthur estava no meu quarto o menino havia corrido para se esconder, a babá pediu licença e se dirigiu para meu quarto para tentar persuadir o menino.
_ Como vai Carolina? – Seu ar de superioridade e arrogância me fazia querer revirar os olhos, Mônica o que tinha de bonita tinha de insuportável e eu demorei para perceber isso.
_ Muito bem obrigada. - Me afastei e indo para a cozinha e sendo seguida por ela.
_ Vejo que nada muda nesse lugar, você teve a oportunidade de ter tudo ao meu lado e preferiu jogar tudo fora. – Seu tom de voz suave não disfarçava o veneno de suas palavras...
_ Você jogou nossa relação no lixo quando começou a me trair, nós tínhamos um filho e nem isso você respeitou e não satisfeita ainda o tirou de mim, nós não porque ele sempre foi apenas meu, sua única contribuição foi financeira e seu nome no registro! - Disse nervosa e me aproximando da mulher que me encarava com o olhar frio.
_ Eu não o tirei de você ele terá melhores oportunidades comigo e se você quiser estar com ele é só voltar para casa meu anjo. – Mais uma vez sua voz estava suave como se quisesse parecer a mulher que um dia eu acreditei que fosse, suas palavras foram seguidas de uma tentativa de acariciar meu rosto ao qual evitei.
_ Eu nunca vou voltar para aquele lugar, eu vou tirá-lo de sua guarda nem que seja a última coisa que eu faça! - Disse baixo em um tom ameaçador a encarando com raiva.
_ Poupe seus esforços querida, olha para você e onde você mora, acha mesmo que com essas condições em que vive algum juiz irá lhe dar a guarda? Acha mesmo? Quanta ingenuidade. - Disse ironicamente enquanto se afastava.
_ Você é um mostro Mônica, pelo menos você sente algo pelo Arthur, você pelo menos o ama como seu? - Perguntei já sentindo meus olhos se enchendo de lágrimas nào sei se de raiva ou de tristeza ou tudo misturado.
_ Como vou sentir algo por um menino que não é nada meu? ele não tem meu sangue. Seu tom de indiferença só mostrava o quanto ela era desprezível.
_ Então por que me faz passar por isso? Por que não me dá a guarda dele? Eu entro com uma ação para tirar o seu nome do registro e ele não terá nenhum vínculo com você nunca mais! – Minha voz saiu alterada tentando em um ato desesperado convencê-la.
_ Oh querida, sim eu poderia fazer isso, mas como poderia te punir por ter me abandonado? Quando irá entender Carolina, você é minha, quando você se der conta disso aquele pestinha será todo seu, agora se me der licença tenho um compromisso e não quero me atrasar, Dana ele está pronto? –Chamou a babá com a voz calma e dissimulada.
_ Você me dá nojo! - Disse com raiva secando minhas lágrimas e indo em direção a sala onde Arthur estava jogado no chão fazendo pirraça. Arthur se recusava a ir embora sem seu ursinho que ganhou na noite anterior, assim que busquei seu ursinho o menino me abraçou e eu prometi mais uma vez que nos veríamos logo e tive que me despedir novamente de meu filho, Mônica se foi me deixando um vazio em meu apartamento e um maior ainda em meu peito, eu precisava fazer algo para mudar essa situação e logo, como eu ainda não sabia.
Fim do capítulo
esse é curto então vou postar mais um já já
Comentar este capítulo:
Júlian Costa
Em: 25/04/2024
Meu deus, que tristeza. Tadinho do Arthur, que mulher horrível. ????
Resposta do autor:
Ela é um nojo é só a ponta o iceberg, o que tem de bonita tem de psicopata
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Marta Andrade dos Santos
Em: 29/03/2024
Monica é uma das praga do Egito.
Vai a luta Carol.
Resposta do autor:
Essa mulher vao gerar muito ódio ainda acredite...
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