A coronel engoliu seco as palavras do major.
E a coisa ficou sinistra entre os dois.
Será que isso ainda deixará a coronel desestruturada?
Capitulo 101. A César o que é de César.
-- Bom dia senhores! – Perdi alguma coisa?
-- Major Bergamota o que o senhor está fazendo aqui? Perguntou Márcia.
-- Ora coronel Mantovanni se eu sou um dos assuntos, nada mais natural do que eu participar e ficar a par do que andam falando sobre a minha pessoa!
Márcia e os demais ficaram olhando para o major com uma pulga atrás das orelhas. Foi Andressa quem quebrou o silêncio se referindo aos outros oficiais e ao major da seguinte maneira:
-- Bom dia major Bergamota. Realmente o senhor está correto em suas colocações. E já que, o senhor é um dos prejudicados nessa história, nada mais justo ficar sabendo do que foi decidido aqui. Não é mesmo senhores juízes?
-- Obrigada Andressa pela consideração. Pelo menos alguém aqui, entendeu o meu ponto de vista e a minha presença. Certo coronel Mantovanni?
Márcia assim como os demais ficaram sem graça e a coronel respondeu:
-- Você está certo Henrique. Desculpe essa falha, mas é que por enquanto, eu e os demais não queremos que o major Malaquias e a corja que anda com ele, descubram os nossos planos e nem saiba da nossa conversa.
Depois da anuência dos outros integrantes da corte e de saber o que havia sido acertado na reunião, o major ficou mais calmo.
-- Entendi coronel. Agora quanto ao major Malaquias, pode deixar que eu me entendo com aquele vagabundo. O que eu tive que engolir naquele dia no meu gabinete, em relação as suas palavras, a minha suspensão e a humilhação que estou passando ele vai pagar muito caro. Um de nós não vai ver a luz do dia nunca mais! Sabe porquê Mantovanni? – Porque eu nunca fiz nada errado, sempre segui as regras, puni com rigorosidade policiais que não se encaixavam nos moldes da corporação, nunca humilhei subordinado algum por que sempre os tratei como filhos e por causa desse lixo a minha reputação também foi para o mesmo lugar. E você com toda a sua empáfia não me deixou explicar totalmente o que acontecia. Mas claro que não entenderia não é coronel? -- Tudo tem que ser como a poderosa e temida coronel Mantovanni quer. Ninguém pode contestar suas ordens. E eu não contestei. Só acatei e era a única coisa a fazer naquele dia.
Andressa ficou assustada com as palavras do major. Sentiu que apesar de ser amigo da coronel e dos demais, viu o quanto ele estava magoado com as atitudes que a esposa tomou naquele dia.
-- A única coisa que posso te pedir nesse momento por enquanto é minhas sinceras desculpas. Saiba que apesar de tudo o que está acontecendo, eu ainda te admiro muito. Sei o quanto sempre seguiu os parâmetros militares e prezou seus subordinados. Se por algum momento eu te magoei creia que não foi minha intenção e mais uma vez te peço desculpas.
-- Tudo bem Mantovanni. Nós ainda conversaremos sobre isso. Senhores passar bem. Andressa foi um imenso prazer revê-la.
-- Henrique você está totalmente coberto de razão. Sei que a Márcia é desse jeito, mas tenho certeza que ela nunca quis te humilhar. E sei que isso nunca passou na cabeça dela. Acredite nisso. Falou Andressa para o major.
Sem bater continência aos oficiais virou as costas e saiu. Radamés comentou com o major Edinaldo:
-- Isso entre o Bergamota e a Mantovanni, ainda não terminou!
-- Também acho!
Terminada a reunião, todos retornaram aos seus afazeres. Na hora do almoço Márcia e Andressa buscaram os filhos no colégio. Assim que chagaram em casa depois de cumprimentar a todos, foi até o escritório. Andressa percebeu que a esposa tinha ficado incomodada com as palavras do major por isso não interrompeu o momento meditação.
Depois do almoço, Márcia já estava mais animada e com todos os filhos juntos, sentia-se melhor. Andressa também havia conversado sobre a pequena rusga criada pelo major.
-- Depois que tudo isso terminar, eu vou me acertar com o Henrique. Mas agora o que eu quero de momento é acabar com toda essa putaria.
Fim do capítulo
Mais um capítulo.
Obrigada pela atenção de todas.
Amor!
Te amo Pathy_321.
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