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Ao Norte de lugar nenhum por shoegazer

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Palavras: 1989
Acessos: 1221   |  Postado em: 17/02/2024

Sem remorso

Desde que Catarina tinha chego na casa, as coisas tinham notavelmente mudado. Não em relação a minha estadia, mas como se dava o desenvolver diário dos entes familiares.

Cristiano ficava ainda mais tempo no quarto. Só saía quando eu estava fora ou quando não, me chamava para ficar no quarto com ele. Cíntia passava maior parte do tempo com sua filha no jardim, conversando.

Catarina era uma mulher de poucas palavras. Desde quando chegou, ainda no café, nada ou pouco disse. Quando falava, eram frases ponderadas sobre uma situação. No entanto, o que mais me incomodava era a sua postura sempre rente, parecendo programada e claro, os seus olhares. Sempre com o semblante fechado, o cabelo jogado pelos ombros, as sardas e óculos como o de seu irmão, ela ficava em seu quarto ou lendo sobre a espreguiçadeira que tinha no jardim.

— Sua irmã é uma mulher bem séria, né? – comentava com Cristiano enquanto jogávamos videogame, comendo salgadinhos.

— Sim, mas... – ele respondia sem tirar os olhos da tela, como eu – eu conheço essa figura. Ela está incomodada com alguma coisa.

— Comigo, será?

— Não, não, se fosse... – Cristiano pressionava os botões com ainda mais agilidade, vendo que eu tinha tirado notavelmente sua vida – ela já tinha comentado com minha mãe ou até mesmo comigo.

— Coisas mais pessoais, então?

— Provavelmente. Ela é do tipo que esconde bem os sentimentos...merd* – ele colocou o controle de lado assim que viu que tinha morrido.

— E você, o que te incomoda?

Ele coçava o queixo, suspirando e expirando por um longo tempo.

— Não é nada, é bobagem...

— Não deve ser bobagem.

Cristiano deixou escapar um gemido insatisfeito, e encarou a tela da televisão.

— É mais uma questão interna, entende? Sabe naquele dia que estávamos bebendo e eu falei de como eu me sentia incomodado com a presença dela?

Concordei com a cabeça, e ele continuou.

— Pois bem, é verdade – Cristiano deu com os ombros – toda vez que ela chega aqui, eu sinto que...Eu me sinto um medíocre, entende?

Concordei novamente. Só de ouvir aquela palavra novamente, podia sentir o mesmo que ele sentia.

— Mas por que, Cris?

— Ela é uma mulher estudada, Téo – ele apontava para a porta fechada, dando para a sala da casa – foi estudar para fora do país e tudo, e não só a presença dela como os comentários fazem com que eu me sinta um inútil.

— Sabe que não é um inútil, certo?

— É que você não chega a ver, mas quando está só nós dois, ela fica falando que isso aqui – ele apontava para o videogame – é uma perca de tempo, mesmo sabendo que eu gosto do que faço, ela fica falando “Cristiano, tem que procurar uma coisa de inútil que ocupe o seu tempo, não essas baboseiras. Vai ler um livro...”

— Acho que você tem que fazer o que quer, e não o que os outros querem.

— É – ele falava resoluto – é exatamente isso, mas, às vezes... Queria convencer minha cabeça disso.

— Sei bem...

Cristiano como sempre, riu e encostou a cabeça em meu ombro.

— Meninos – Cíntia bateu na porta – vamos jantar?

Fomos até a mesa, e a algoz de Cristiano já estava lá. Séria, anotando em um caderno várias anotações enquanto Alfredo servia o jantar na mesa.

Não tinha como ser mais desconfortável para mim do que sentar ao lado daquela pessoa. Só de olhar para ela, lembrava das palavras de Cristiano o suficiente pra começar a temer a presença da mesma com receio de algum tipo de retaliação ou comentário.

— Téo – Cíntia disse animada – seu pai já está chegando, né?

— Sim – concordei com a cabeça, servindo salada para mim – no final de semana.

— Animada para conhece-lo?

Não sabia mais responder essa pergunta, e pautei-me em responder o que esperavam.

— Bastante.

— Pai? – Catarina disse enquanto comia. Era a primeira vez que a via puxando assunto na mesa – Filha de quem?

Ela era tão desinteressada sobre as coisas ao redor que não diziam a respeito que ela sequer sabia o que estava fazendo ali, pelo que via. Pra ela, não deixava de ser uma hóspede qualquer.

— Sim, querida – Alfredo comentava animado – filha do Moreira.

— O velho mesmo pra morrer ainda conseguiu fazer alguma coisa?

— Catarina! – Alfredo intervia.

— Ela é filha do Tadeu – Cíntia respondeu enfática pra ela – não do velho Moreira. A mãe dela namorou com ele no tempo que ele morou fora. Você era muito novinha pra lembrar...

— Ah, claro – ela diz com desdém – e eu sou neta da Rainha Elizabeth.

— Catarina! – Alfredo dizia mais sério e pausado dessa vez.

— Por que está me dizendo isso? – cerrei os olhos, e ela continua com desdém.

Ela nem falou comigo em nenhum momento, nem se importava com minha presença, e quando resolveu falar usou um tom de deboche. Comecei a entender o que Cristiano quis me dizer, ainda mais quando ela se virou pra mim, me encarando.

— Porque seu suposto pai não teve filhos nem com a esposa dele, quem dirá com uma pessoa desconhecida? Ou você quer que as pessoas engulam essa conversa de amor juvenil e um lindo fruto vindo disso?

Fiquei visivelmente desconfortável, e Cíntia foi fazer menção de repreendê-la, mas só neguei com a cabeça, sentindo aquele aperto em meu peito. Querendo ou não, ali não era minha casa, mas também não era legal ouvir esse tipo de insinuação sem motivo.

E também porque estou com uma raiva descabida de falar alguma coisa pra ela de volta, mas, não vou fazer isso em respeito as pessoas que me acolheram tão bem.

— Com licença – me levantei da mesa – me desculpe, mas perdi a fome.

— Téo! – Cristiano dizia, mas eu gesticulava para que ele não me acompanhasse. Saí pela porta da frente, e segui em direção a tomar ar fresco. A conversa em si tinha me desgastado apesar de ter sido breve.

Respirei fundo e fiquei vagando naquele clima morno até sentir que podia ouvir qualquer coisa sem me exaltar, e, quando voltei pra casa, o prato estava coberto na mesa no mesmo lugar que antes, e fui almoçar sozinha.

Não conseguia parar de pensar no que aquela garota tinha me dito, e na raiva que sentia em ter ouvido aquelas coisas de uma pessoa que sequer me conhecia. Eu queria fazer diferente, eu precisava fazer diferente, algo dentro de mim clamava para que eu tomasse um passo diferente do habitual.

Mas, não conseguia. Precisava sair dali antes que eu tomasse alguma ação que eu me arrependesse e, a passos rápidos, fui para a frente da loja, sentindo o ar faltar. Sentia meu coração palpitar ainda mais de raiva toda vez que lembrava do seu rosto cínico.

Assim que dei as costas pra rua, alguém cutucou meu braço.

— Téo?

Era Yasmin, que me recebeu com um sorriso no rosto. Estava bem vestida, usando um vestido floral e sandálias que combinavam com o clima que fazia.

— Imaginei que estivesse por aqui.

— Como me encontrou? – disse visivelmente surpresa, ignorando a raiva que sentia naquele momento.

— São as vantagens de morar em uma cidade pequena – disse ela se apoiando no balcão – Passei aqui pra saber se está ocupada.

— Eu... – olhei para o local atrás de mim, e deparei com Alfredo atrás de mim, gesticulando para que não me preocupasse – Não.

— Tá a fim de tomar um sorvete? – seu sorriso se intensificou.

— Claro – tentei sorrir como ela, mesmo ainda ofegante pelo que aconteceu anteriormente.

—  Então, vamos? – ela gesticulou para mim que, assim, a acompanhei.

*

Cheguei de volta à casa pela noite. A tarde tinha sido divertida o suficiente para que eu esquecesse por um bom momento o que tinha acontecido. Tomamos sorvete e conversamos sobre a vida.

Yasmin era a mais nova de três irmãos. Era dois anos mais nova do que eu e já estava na metade da faculdade, fazendo estágio em um escritório de Design. Gostava muito do curso e se sentia realizada. Morava com a família inteira e eles se davam bem. Tinha o sonho de montar seu próprio negócio com os amigos, e que queria muito sair daquela cidade, ir para uma cidade como a que eu morava. Dizia que não tinha nada demais lá e que nada pagava a quietude, mas não pareceu adiantar muito.

Falei pouco sobre mim. Me prestei a ser ouvinte, e assim que saímos de lá e disse que voltaria, ela beijou meu rosto e agradeceu pelo dia, dizendo que iria me ver novamente.

Não tinha ninguém quando cheguei, provavelmente cada um em seu quarto. Cristiano ainda deveria estar incomodado pelo que aconteceu e, por conta disso, resolvi não o incomodar e aproveitar o ar fresco no jardim da casa.

Quando notei, não estava só. Catarina também estava lá, na espreguiçadeira, olhando para o pequeno bosque à sua frente. Não disse nada, e apenas me encostei na pequena murada que dividia o espaço da casa com a parte arborizada.

Catarina acendeu um cigarro, mas diferente dos que eu já tinha visto, ele não cheirava a nicotina ou tabaco, e sim com um suave cheiro de ervas. Demônio. Sou as costas, mas ela pigarreia.

— Vamos, Teodora – ela tragava o cigarro suavemente – fala a verdade pra mim. Não vou te julgar.

— Por que você está implicando tanto comigo? – olhei por entre meu ombro, mesmo o ambiente estando relativamente escuro. Pelo menos, ali, estávamos sozinhas.

— Sou culpada por querer saber que tipo de pessoa meus pais colocaram dentro da nossa casa?

— Eu vim ver o homem que descobri ser meu pai, só isso.

— E não vai pra casa dele, não fala nada, fica aqui na curtição com Cristiano... Saindo com um e outro, sempre muito na sua, poucas palavras, vinda de um lugar desconhecido e de um contexto que até então não se conhecia.

Catarina colocava o cigarro nos lábios, com os braços rentes.

— Vamos, você faz melhor que isso.

Cerrei os dentes, e respirei fundo, deixando o ar subir.

— Se eu te falar minha real motivação – comentei ainda de costas pra ela – você vai me deixar em paz?

Ela faz um barulho sugestivo que sim. Virei e me aproximei dela.

— Minha vida virou de cabeça pra baixo desde que fui largada pela pessoa com a qual vivia – dizia ainda me aproximando de sua cadeira, olhando em sua direção. Queria que ela entendesse cada palavra que sairia de minha boca – e, depois de passar por esse período péssimo na minha vida, descobri que meu pai desconhecido tinha um nome e endereço, e pensei que seria legal conhece-lo e trazer algo de novo e significativo pra minha vida...

Meus lábios tremiam, minhas mãos também, e ela continuava a me olhar séria.

— Eu venho de uma ótima família, que me ama muito e que inclusive morro de saudades. Não me trate como se fosse uma maníaca interesseira, ou seja lá o que você pense de mim sendo que você nem me conhece.

Senti meus olhos umedecendo na medida em que meus lábios tremiam ainda mais. Pressionava meus dentes um contra o outro enquanto eu ofegava. Meu corpo tremia pelo que tinha dito. Eu tinha conseguido dizer o que eu queria.

— Desculpe, eu... – murmurei sem conseguir mais a encarar. Não importa o que eu tenha a dizer mesmo.

Fui para meu quarto e não saí de lá pelo resto da noite. Antes de dormir, ainda podia sentir meu coração saltando incessante enquanto tentava regular minha respiração e eu pudesse, finalmente, me acalmar longe de todo seu cinismo.

Fim do capítulo


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Comentários para 6 - Sem remorso:
Marta Andrade dos Santos
Marta Andrade dos Santos

Em: 17/02/2024

Catarina chegou pegou pesado com Téo.

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