CAP 23

POV ANA VITÓRIA

O que foi esse dia? Acho que ele teve 48 horas porque o tanto de coisa que fiz... Hoje pela manhã enquanto ia em direção ao meu carro tentava pela milésima vez falar com Sophie, seu telefone só chamava, já estava prestes a desistir quando de repente ela atendeu, ou melhor, a chamada foi atendida e eu devo confessar que minhas pernas viraram gelatina diante da voz daquele homem.

- Alô, aqui é o João pai da Sophie no momento ela está dormindo quer deixar recado?

- Ah oi... Eu precisava falar com ela... 

- Eu entendo, mas se for urgente você me fala que vou lá acorda-la.

- Não precisa, eu tento falar com ela depois.

- Tem certeza?

- Na verdade não.

- Ok então vou acordar ela.

- Não!

- Não?

- Não.

- Agora eu fiquei confuso. Acordo ela ou não.

- Eu não sei o que tô fazendo, mas ... Olha seu João eu sei que ela não vai me atender e eu realmente preciso falar com ela com urgência então já que o senhor me atendeu vou te pedir uma coisa.

- Isso tá muito esquisito.

- Desculpa seu João, eu sou Ana Vitória, delegada na delegacia em que sua filha trabalha e prometo não estou tentando fazer nada errado.

- Mas eu sei quem é você, na verdade atendi a chamada porque queria falar com você.

- Mesmo? Falar o quê?

- Depois eu digo, o que você precisa?

- Eu preciso do seu endereço. Estou indo pro aeroporto agora, decidi de última hora e agora percebi que não tenho como encontra-la.

- E o que você vem fazer aqui?

- Eu preciso falar com ela.

- Me ajuda a entender, você está vindo de Natal só pra falar com minha filha? É tão urgente assim?

- Olha seu João, eu não sei o que a Sophie lhe falou a meu respeito, espero que não tenha sido nada mal, mas eu estou sem saber o que fazer, tô no aeroporto totalmente sem rumo e... Eu estou apaixonada por sua filha e ela fugiu de mim porque acha que não correspondo aos seus sentimentos. Não espero que entenda minhas atitudes pois nem eu mesma entendo, elas não correspondem ao que realmente sinto e depois de falar tanta coisa sem sentido eu te peço, por favor me ajuda.

Depois do meu desabafo diante da última pessoa que eu imaginava respirei aliviada, seu João foi um querido, me buscou no aeroporto e queria que eu fosse pra sua casa, mas não me senti a vontade, sendo assim ele programou todo um enredo de filme de romance que eu adorei, realmente era como ela sempre me falou, seu pai era um homem entre poucos. Agora me encontro na sala sozinha enquanto Sophie foi buscar seus pais, devo dizer que ela está belíssima, não sei pra onde ela iria nem com quem, mas não me perdoaria se não conseguisse apreciar esse espetáculo que é minha namorada. 

- Namorada... Que loucura foi essa que acabei de fazer? Eu falei tudo aquilo mesmo? Eu estou namorando e estou na casa dos meus sogros pra pedir a permissão deles? 

Eu falava sozinha andando de um lado pro outro naquela sala, devo dizer que só agora está caindo a ficha, mas não tenho como me desesperar pois Sophie chegou com seu pai sua mãe e sua irmã.

- Pai, mãe, irmãzinha. Quero apresentar a Ana Vitória, minha namorada.

- (Mãe) Estou feliz por finalmente conhecê-la, a Sophie já falou tanto que parece que nos conhecemos a tempos.

- (Eu) Fico feliz de estar aqui e conhecer a família da Sophie, devo dizer que estava nervosa, mas ela sempre me falou como vocês são maravilhosos.

- (Pai) Eu estou feliz demais por vocês duas, não aguentava mais minha pequena chorando pelos cantos dessa casa.

- (Sophie) Pai, quer parar?

- (Irmã) Mas é verdade, essa garota estava um porre, na verdade ela ficava no porre toda noite.kkkk

- (Sophie) Garota você fica na sua que eu sei de algumas coisas suas.

- (Eu) Eu sei que estão brincando, mas tem verdade em tudo isso, eu também não estava bem, mas o que posso fazer se sua irmã tem a cabeça dura e resolveu fugir de mim? Eu prometo que vou sempre fazer o meu melhor pra fazer essa garota feliz. (Sophie me abraçou e me deu um beijo casto)

- (Pai) Eu espero de verdade que o pior já tenha passado e fico imensamente feliz de ver os olhinhos da minha princesa brilhar novamente. Bom... Vamos jantar que tudo isso me abriu o apetite.

- (Eu) Desculpa perguntar, mas eu apareci em um mal momento? Vocês estão todos muito arrumado, estão de saída?

- (Sophie) Eu não sei amor, na verdade acho que fui trocada, pensei que ia sair com meu pai, mas quando cheguei aqui na sala, bem... Pai qual é a programação da noite?

- (Pai) A gente não vai sair, sua mãe preparou uma jantar especial pra esse momento e eu fiz tudo isso minha pequena pra te surpreender.

- (Sophie) Eu amei pai, muito obrigado. O senhor é o melhor pai do mundo e meu melhor amigo.

Nosso jantar foi tão gostoso, fazia tempo que eu não sentia essa essência de família, lá em casa não tínhamos isso afinal só era eu e minha mãe, tivemos por um pouco tempo enquanto minhas estrelinhas ainda estavam comigo, mas depois tudo mudou, meu mundo ficou escuro e eu nunca mais consegui me sentir assim, com essa felicidade leve, com o coração preenchido com as coisas mais simples e mais complexas da vida que é a família.

Quando terminou eu fiquei sem saber o que fazer pois eu queria levar a Sophie comigo, mas achei muito atirado da minha parte então resolvi me despedir dela.

- Pequena, eu preciso ir já está tarde demais.

- Como assim ir? Vai pra onde Ana Vitória?

- Como assim? Eu vou pro hotel.

- Vai sozinha? Vai me deixar aqui e vai sozinha pro hotel?

- Amor, eu...é...eu quero que vá comigo, mas estou com vergonha dos seus pais.

- Aí que bonitinho, repete por favor.

- O quê? Tá tirando uma com minha cara?

- Não sua idiota, você me chamou de amor. 

- Ahh...foi mesmo, mas não é verdade? Você é o meu amor. Antes que eu esqueça de novo deixa eu te entregar isso. Sei que só as flores não iam tocar seu coração então trouxe mais umas coisinhas.

- Ai como você me calunia desse jeito amor, eu amei as flores e se não tivesse trazido os chocolates eu ia fazer você comprar é claro kkkkk. Vamos logo que eu estou morrendo de saudades e não vou te deixar andando sozinha por hotel nenhum. Pai, eu estou indo com a Vitória pro hotel, amanhã a gente volta. (Ela gritou a última parte me deixando morta de vergonha)

- Eu só vou perdoar essa noite afinal vocês precisam matar a saudade.

- PAI!!!

- Mas amanhã é pra vim de malas feitas, não vou deixar você ficar em hotel quando tem família na cidade.

- Tá bom, te amo coroa.

Eu estava morta de vergonha, só faltei enfiar a cabeça num buraco ao presenciar o diálogo dos dois. Sophie pegou o carro do seu pai e só foi eu entrar pra ela me atacar me beijando tão gostoso.

- Ai como eu estava louca de vontade dessa sua boca. Como que você aparece linda desse jeito e eu não tenho nem como tirar uma casquinha? E aquela declaração linda? Eu fiquei tão emocionada amor. 

- Pensei que não queria mais saber de mim, eu sofri tanto esses dias, não fica sem falar comigo de novo, eu quase morro de saudade.

Ela estava em meu colo, nos olhamos com tanto amor, tanta saudade, tanto bem querer. Nossos corpos se sentiam na mesma sintonia, na mesma batida do coração. O beijo foi gostoso, lento, línguas se encontrando, se ch*pando, lábios se encaixando com perfeição. 

- Eu quero você, quero te mostrar o quanto eu te quero, o quanto você é minha, desculpa te fazer sofrer, eu sei que sou cabeça dura, sou impetuosa, mas eu sofri muito por achar que não queria nada sério comigo, eu te amo tanto Ana Vitória e por um momento achar que eu só era um passatempo pra você me machucou demais, eu não quero me esconder, eu quero gritar pra todo mundo ouvir que você é minha, minha delegada, minha amiga, minha namorada, minha mulher.

- Eu sou o que você quiser minha cabeça dura, agora vamos embora daqui senão não respondo por minhas atitudes na frente da casa dos seus pais.

- Hum, tá apressadinha ein. Goooosto.

Ela pulou do meu colo e saiu em direção ao hotel em que estava hospedada. Mal fechei a porta do quarto ela me agarrou por trás amassando meus seios com sua mão e meu pescoço com sua boca, devo dizer que não era muito confortável pra ela devido seu tamanho. Me virei puxando aquele corpinho mion pra se aninhar nos meus braços o que ela não decepcionou, rodeou as pernas na minha cintura e eu caminhei em direção a cama. 

- Essa noite você vai se arrepender de ter fugido de mim dona Soph.

- O que você vai fazer comigo? 

- Eu vou te dar mil motivos pra não querer me deixar nunca mais.

- Uau, essa eu quero ver.

- Então faz o seguinte, levanta que eu quero tirar sua roupa.

- Assim?

Ela levantou da cama e eu fui em sua direção, rodeei seu corpo ficando atrás dela, fui baixando as alças de seu vestido uma por uma e ele desceu... O que era aquilo? A lingerie preta com calcinha fio dental deixando seu bumbum um pecado que eu estava doida pra me acabar nele.

- Sabe que agora eu não sei o que fazer... Minha intenção era te deixar peladinha, mas isso é golpe baixo. 

Minhas mãos passeavam das costas até a bunda só alisando.

- O que é golpe baixo meu amor?

- Essa sua bunda gostosa com essa calcinha sexi pra caralh*.

- Me fala... Você gostou?

- Eu amei, você é linda demais.

Abaixei beijando aqueles montes perfeito um lado e outro bem devagar. Levantei e fiquei de frente pra ela e tive outra visão, aquela pele branquinha com os detalhes preto da lingerie e de salto alto era a perdição da minha vida.

- Uau, gostosa demais e minha.

- Só sua... Vem pegar vem.

- Primeiro deixa eu tirar a minha.

- Tira bem devagar, quero apreciar o momento.

- Tudo que você quiser meu amor.

- Diz de novo.

- Meu amor!

Comecei desabotoando o colete e jogando pelo quarto, depois fui para a gravata que teve o mesmo destino, comecei a desabotoar a blusa e nessa eu demorei, tirei lentamente deixando a mostra meu sutiã azul marinho e sentindo seus olhos me devorarem, desabotoei a calça e deixei ela cair aos meus pés, quando ia tirar o sutiã ela veio em minha direção.

- Não senhorita, apenas aprecie.

- Isso é maldade. 

Tirei o sutiã e a calcinha e os olhos de Sophie pareciam duas bolas de fogo. Fui em sua direção puxei seu corpo e a fiz deitar na cama e a visão era perfeita, fiz questão de deixa-la de salto, queria toda aquela fantasia na minha cabeça. Subi por seu corpo beijando cada pedacinho de pele a começar pelas pernas, beijei, ch*pei, mordi, me sentia uma vampira sugando seu sangue. Os gemido dela ecoavam nos meus ouvidos como se pedindo mais, minha boca salivava pelo seu mel, fui em direção ao meu objetivo e aquela maldita calcinha era como afrodisíaco. Mordi por cima sentindo o tecido molhado transpassar seu mel, Sophie empurrava minha cabeça com força querendo satisfação mas eu queria mais, subi pela sua barriga e ela gritou frustrada, fui em direção ao seus seios tirei o sutiã e comecei a ch*par e a morder, eu queria deixar marcado, queria que todos soubessem que fui eu quem o fiz, um sentimento de pose tomou conta de mim que não me reconheci.

- Você é minha. Diz que você é minha.

- Porr* Ví. Eu sou sua. Eu sou sua meu amor.

Tomei sua boca em um beijo desesperado, suas mãos arranharam minhas costas, nossos corpos colados, meu sex* chorava em suas coxas e eu não sei quem mais estava desesperada se era eu ou ela. Sai de cima dela pra tirar o último pedaço de roupa que impedia nosso completo encontro, subi em seu corpo ergui sua perna direita de encontro ao meu ombro, ainda com o salto alto, e encaixei nosso sex*s com total perfeição. Quando senti a quentura, nosso mel se misturando, Sophie começou a gritar e eu a rebol*r gostoso.

- Caralh*ooo

- Porr*aa de mulher gostosa.

- Vai mais rápido amorrr.

Fiz como ela pediu e aumentei a velocidade dos nossos atritos até não aguentar mais e explodir num orgasmo devastador. O suor descia, nossos corpos tremiam, a pele arrepiava e eu só sentia vontade de beber de tudo que aquela mulher tinha pra me oferecer. A noite foi pequena pra todo amor que tínhamos a oferecer, não sei como olharia na cara dos meus sogros depois de tudo que fiz com a filha deles, mas eu fazer o que se eles me deram permissão?

Fim do capítulo