O encontro.
Costumava fazer frio em meados de dezembro, eu sentia o vento gelado correndo pelas frestas da janela na qual me mantinha presa e olhava distante em um ponto qualquer. Eu estava quase atrasada e esse pensamento fez com que eu desvencilhasse meus pensamentos e apressei-me em sair rapidamente. Todos os dias eu passava em frente a uma funerária que mais parecia uma casa grande e despertava um imenso interesse em mim, sempre gostei de coisas estranhas. Era distribuída de pilastras de concreto na entrada, devia ter uns dois andares, tinha um jardim bonito e bem cuidado. A porta de entrada era em vidro grosso que não permitia visão ao lado interno, as cores faziam uma perfeita sintonia de preto com cor de chumbo nas laterais e em toda propriedade.
Eu não sei por quanto tempo eu estava parada ali, eu não fazia ideia de que eu estava de frente colhendo e absorvendo todos esses detalhes quando uma voz firme e cautelosa me tirou dos meus devaneios.
— Você está precisando de algo? – A mulher estava em pé ao lado da porta do carro diante de mim.
Percebi que estava na entrada principal atrapalhando o tráfego e fiquei confusa e minha dicção não conseguia formular algo compreensível.
— Eu.. não‐não preciso, so estava olhando, não é nada demais, eu achei a estrutura interessante. – gaguejava e dava espaço para que ela pudesse entrar.
— Tudo bem, bom dia! – ela voltou ao carro e bateu a porta delicadamente e entrou pelo portão principal que devia levar ao estacionamento.
Não consegui prestar tanta atenção nela devido ao susto e ao embaraço, mas ela estava de óculos escuro, era mais alta que eu e estava de terninho escuro e os cabelos soltos, devia ter perdido alguém, coitada. Franzi a testa ao pensar nesse detalhe.
As flores estavam todas encolhidas, devido a friagem, nessa época apenas alguns tipos suportam as temperaturas, a estufa estava cheia e todos os dias eu estava cuidando para que garantisse nossos clientes um pouco de cor e luz que somente as flores poderiam proporcionar.
Só fazia 2 meses que eu trabalhava como jardineira e vendedora em uma floricultura da cidade e meus pensamentos tentavam buscar alguma venda para aquela funerária e sorri ao pensar nisso. Cheguei atrasada já colocando meu avental enquanto prendia meu cabelo em um coque alto. Trabalhar com flores e plantas era uma terapia e me fazia relaxar em meio ao caos que era aquela primeira temporada em uma cidade totalmente desconhecida por mim.
▪▪▪
Costumávamos terminar nossos turnos às 17h30, na época do inverno esse horário e o céu já estava totalmente escuro devido ao frio e tempo fechado. Eu costumava ir andando para meu apartamento, era perto e eu economizava ainda mais e aproveitava para apreciar o momento e apreciar a caminhada. Passei novamente pela frente da funerária e tinham vários carros estacionados na grande calçada e outros depois do jardim, tentava esticar o pescoço para captar mais detalhes e os carros eram grandes e altos para mim, devido a minha altura, senti meu corpo se chocando com algo e fechei os olhos como reflexo, meus braços foram envolvidos junto ao meu corpo e prendi a respiração naquela situação em que eu estava sendo apertada firmemente. Parecia que tinha durado muito tempo, mas foram só alguns segundos e me dei conta de que alguém estava me abraçando e segurando para que eu não caísse ao chão.
— Você está bem? – a voz firme soou enquanto eu abria os olhos e ouvi uma voz familiar enquanto levantava meu pescoço devido à altura daquela pessoa.
Os olhos dela estavam fixos em mim e algumas mechas de cabelo comprido caíam em seu rosto e eram aparados pelo meu rosto. Pisquei algumas vezes com os cabelos dela caindo em minha bochecha e nos meus olhos, ela colocou rapidamente as mechas atrás da orelha e seus olhos fitavam os meus.
— Eu estou bem – falei com dificuldade pois o braço dela estava me segurando firmemente e minha respiração ainda estava entrecortada do susto.
Seus braços me soltaram devagar e senti minha respiração voltando e preenchendo meus pulmões violentamente. Meus olhos ainda estavam fixos nos dela e rapidamente ela desviou e olhava para o chão enquanto procurava algo com os olhos. Percorri os olhares dela e percebi havia alguns papéis caídos próximos e instintivamente abaixei e peguei alguns que estavam próximos a mim.
Ela ficou de cócoras e juntou uma pasta de couro preta enquanto pegava os outros papéis que estavam próximos a ela.
— Me desculpa, eu não vi você, realmente eu estava distraída. – falei envergonhada.
— Tudo bem! – deu um meio sorriso para tranquilizar — Eu tenho todos salvos em arquivos, mas quando preciso assiná-los eu devo tê-los fisicamente, não se preocupe, não há problemas aqui, certo?
— Eu fico aliviada quanto a isso – terminei de recolher os papéis e estendi a ela — Eu não saberia como resolver isso se caso houvesse algum problema.
Então ela devia trabalhar ali (?). Provavelmente sim.
— Você trabalha aqui? – apontei para a funerária
— Eu moro aqui. Arregalei os olhos. Ela sorriu, dessa vez abertamente e continuou. — Eu moro aqui, mas não na funerária, moro na propriedade por detrás dela.
— Entendi – assenti — Desculpa por isso mais uma vez – olhei no relógio.
— Não se preocupe.
Algumas pessoas começaram a sair e ir em direção aos seus carros e me afastei devagar devido a quantidade de gente que começou a esbarrar em mim. Não consegui olhar para trás e a perdi de vista. Atravessei rapidamente e duas ruas depois já estava na entrada do meu apartamento e algo não me deixava parar de pensar e rebobinar a sensação que senti a pouco.
Os braços dela envolvendo meu corpo enquanto os olhos dela estavam fixamente diante dos meus.
Eu não sei por quanto tempo eu estava parada ali, eu não fazia ideia de que eu estava de frente colhendo e absorvendo todos esses detalhes quando uma voz firme e cautelosa me tirou dos meus devaneios.
— Você está precisando de algo? – A mulher estava em pé ao lado da porta do carro diante de mim.
Percebi que estava na entrada principal atrapalhando o tráfego e fiquei confusa e minha dicção não conseguia formular algo compreensível.
— Eu.. não‐não preciso, so estava olhando, não é nada demais, eu achei a estrutura interessante. – gaguejava e dava espaço para que ela pudesse entrar.
— Tudo bem, bom dia! – ela voltou ao carro e bateu a porta delicadamente e entrou pelo portão principal que devia levar ao estacionamento.
Não consegui prestar tanta atenção nela devido ao susto e ao embaraço, mas ela estava de óculos escuro, era mais alta que eu e estava de terninho escuro e os cabelos soltos, devia ter perdido alguém, coitada. Franzi a testa ao pensar nesse detalhe.
As flores estavam todas encolhidas, devido a friagem, nessa época apenas alguns tipos suportam as temperaturas, a estufa estava cheia e todos os dias eu estava cuidando para que garantisse nossos clientes um pouco de cor e luz que somente as flores poderiam proporcionar.
Só fazia 2 meses que eu trabalhava como jardineira e vendedora em uma floricultura da cidade e meus pensamentos tentavam buscar alguma venda para aquela funerária e sorri ao pensar nisso. Cheguei atrasada já colocando meu avental enquanto prendia meu cabelo em um coque alto. Trabalhar com flores e plantas era uma terapia e me fazia relaxar em meio ao caos que era aquela primeira temporada em uma cidade totalmente desconhecida por mim.
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Costumávamos terminar nossos turnos às 17h30, na época do inverno esse horário e o céu já estava totalmente escuro devido ao frio e tempo fechado. Eu costumava ir andando para meu apartamento, era perto e eu economizava ainda mais e aproveitava para apreciar o momento e apreciar a caminhada. Passei novamente pela frente da funerária e tinham vários carros estacionados na grande calçada e outros depois do jardim, tentava esticar o pescoço para captar mais detalhes e os carros eram grandes e altos para mim, devido a minha altura, senti meu corpo se chocando com algo e fechei os olhos como reflexo, meus braços foram envolvidos junto ao meu corpo e prendi a respiração naquela situação em que eu estava sendo apertada firmemente. Parecia que tinha durado muito tempo, mas foram só alguns segundos e me dei conta de que alguém estava me abraçando e segurando para que eu não caísse ao chão.
— Você está bem? – a voz firme soou enquanto eu abria os olhos e ouvi uma voz familiar enquanto levantava meu pescoço devido à altura daquela pessoa.
Os olhos dela estavam fixos em mim e algumas mechas de cabelo comprido caíam em seu rosto e eram aparados pelo meu rosto. Pisquei algumas vezes com os cabelos dela caindo em minha bochecha e nos meus olhos, ela colocou rapidamente as mechas atrás da orelha e seus olhos fitavam os meus.
— Eu estou bem – falei com dificuldade pois o braço dela estava me segurando firmemente e minha respiração ainda estava entrecortada do susto.
Seus braços me soltaram devagar e senti minha respiração voltando e preenchendo meus pulmões violentamente. Meus olhos ainda estavam fixos nos dela e rapidamente ela desviou e olhava para o chão enquanto procurava algo com os olhos. Percorri os olhares dela e percebi havia alguns papéis caídos próximos e instintivamente abaixei e peguei alguns que estavam próximos a mim.
Ela ficou de cócoras e juntou uma pasta de couro preta enquanto pegava os outros papéis que estavam próximos a ela.
— Me desculpa, eu não vi você, realmente eu estava distraída. – falei envergonhada.
— Tudo bem! – deu um meio sorriso para tranquilizar — Eu tenho todos salvos em arquivos, mas quando preciso assiná-los eu devo tê-los fisicamente, não se preocupe, não há problemas aqui, certo?
— Eu fico aliviada quanto a isso – terminei de recolher os papéis e estendi a ela — Eu não saberia como resolver isso se caso houvesse algum problema.
Então ela devia trabalhar ali (?). Provavelmente sim.
— Você trabalha aqui? – apontei para a funerária
— Eu moro aqui. Arregalei os olhos. Ela sorriu, dessa vez abertamente e continuou. — Eu moro aqui, mas não na funerária, moro na propriedade por detrás dela.
— Entendi – assenti — Desculpa por isso mais uma vez – olhei no relógio.
— Não se preocupe.
Algumas pessoas começaram a sair e ir em direção aos seus carros e me afastei devagar devido a quantidade de gente que começou a esbarrar em mim. Não consegui olhar para trás e a perdi de vista. Atravessei rapidamente e duas ruas depois já estava na entrada do meu apartamento e algo não me deixava parar de pensar e rebobinar a sensação que senti a pouco.
Os braços dela envolvendo meu corpo enquanto os olhos dela estavam fixamente diante dos meus.
Fim do capítulo
Notas finais:
Oi!
Devido ao problema das pontuações eu demorei a atualizar e a editar pois agora que arrumei o pc e vai ficar melhor para as edições e atualizações e estou muito feliz por isso.
Desculpem o transtorno mas ainda não consegui arrumar a formatação aqui, quando atualizo ele continua da mesma forma D:
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Comentários para 1 - O encontro.:
Crika
Em: 10/01/2024
Interessante,tem tudo pra ser uma excelente história...mas infelizmente está realmente cheia de pontuação, atrapalhando a leitura,não sei que por está assim,os diálogos tb estão embolados,espero q resolve este problema pra continuarmos ler melhor...
Uma história muito boa.
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