Capitulo 1
Wongsa
Alguns meses antes:
Já faziam três meses que estávamos juntas, desde o dia que ela me pediu em casamento, infelizmente teve um imprevisto que acabamos não nos casando, sua mãe descobriu que tinha um câncer e passou mal, o que deixou Som arrasada, então tivemos que adiar, o que foi bom também que o casamento homoafetivo na Tailândia foi aceito em seu projeto de lei nos deixando felizes, não precisaríamos ter que ir para o Brasil nos casar. Outra coisa, me mudei de vez para casa de Som, depois dela ter insistido tanto, e também não conseguir resistir a sua carinha fofa, não pude recusar, não tive escolha.
Estava deitada na cama lendo alguns relatórios quando ela saiu do banho com seu habitual cheiro fresco de côco, adorava aquela fragrância, olhei por um instante para ela admirando a mulher linda que era minha noiva, além de ser tão elegante e sexy com seu hobe de seda mostrando boa parte de suas pernas com seu pijama de cetim, fico envergonhada com seu olhar intenso que desvio para os papéis em minhas mãos. Som sobe na cama, feito uma leoa atrás de sua presa, sabia qual era suas intenções, mas decidir ignorar e fingir prestar atenção nos relatórios. Ela se curvou para cheirar meus pés e foi passando levemente a boca subindo pela minha perna, rapidamente senti uma fisgada entre minhas pernas, minha boca se abriu levemente para sair o ar preso que segurava, era incrível todas aquelas sensações que ela me causava apenas com um pequeno toque. Continuou com sua tortura arrastando seus lábios até chegar no meio da minha coxa deixando um beijo de cada lado, tentei fechar as pernas para reprimir meu desejo, mas ela impediu, então a encarei com uma sombrancelha arquearda, sua boca se curvou levemente de canto, passando a lingua na bochecha. Com meus olhos atentos a tudo que ela fazia, seu olhar intenso me prendeu, ela abaixou novamente soltando um ar quente na minha parte mais sensível, estremeci na mesma hora.
- Ei Darling, o que vai fazer? - Pergunto atenta, então com um movimento com as mãos ela começa a massagear meu ponto que já latej*v*. - Somwang, não… - Tento dizer antes de morder a boca para reprimir meus gemidos.
- Não se contenha Anjo, deixe-me te ouvir. - Disse com a sua voz rouca.
Revirei meus olhos segurando a colcha da cama com força, aquela massagem que ela fazia estava me deixando enlouquecida, não ia demorar para que me derramasse inteira, mas abruptamente ela parou, olhei para ela confusa, Som estava me olhando com malícia, colocando meu shortinho fino para o lado e descendo o rosto, ao sentir sua língua tocar aquela parte, um gemido alto saiu da minha boca, me senti muito quente, meu rosto devia estar pegando fogo pela vergonha e pelo que estava acontecendo.
- Darling, isso! - Gemi segurando seu cabelo, não queria que ela parasse.
Somwang ch*pava e lambia com tanta maestria, me fazendo rebol*r na sua boca, não demorou para sentir espasmos, apertei a colcha mais uma vez arqueando o corpo, fechando as pernas com força, enquanto aquela sensação vinha me rasgando por dentro inteiras, minha respiração pesada, meu coração batia a milhões por hora.
- Isso foi intenso. - Disse ela, ficando na altura do meu rosto, vi seus olhos brilharem e me olhar triunfante como uma criança que acabou de fazer a lição de casa. Bati em seu braço envergonhada.
- Você está andando muito com Ploy, está cada dia mais ousada. -Falo fazendo um bico emburrado fingindo estar brava, ouvi ela gargalhar antes de roubar um selinho.
- Porque tem tanto problema com sex* anjo? Estamos casadas agora, podemos trans*r todo dia. - Fiquei a olhando com os olhos arregalados, Som falava essas coisas com tanta naturalidade. - Agora posso comer você na hora que eu quiser, no dia que eu quiser, onde eu quiser. - Sussurrou passando o nariz no meu rosto, não tinha como não ficar envergonhada ainda mais quando ela continuava a falar assim.
- Som! Não diga essas coisas. - A repreendo, ela sorri e beija meu rosto, depois minha testa, meus lábios.
Seu dedo passava pelo meu lábio, ela olhava admirada, antes de se inclinar novamente os beijando suavemente, para depois intensificar, fazendo meu corpo todo responder, tomada pelo desejo empurrei seus ombros a fazendo se deitar e montar em cima dela, sorri de canto.
- Agora é a minha vez de comandar… Darling! - Sussurrei a última palavra próximo ao seu ouvido, mordendo o lóbulo.
Depois da noite regrada de prazer, acordo toda dolorida, me espreguiçando, Somwang estava dormindo serena do meu lado, olhei admirada para o belo corpo nu dela, lembrando das sensações que me causava quando estava colado no meu, das suas mãos quando passeava sobre mim me deixando toda arrepiada, seus lábios nos meus macios.
- Anjo deixa de ser safada! - Olhei para ela assustada, quando percebi que estava passando a mão pela minha boca encarando seu corpo, ela me olhava de perto, senti meu rosto pegar fogo. - Está com vontade? - Pergunta com seu sorriso malicioso, franzo a testa confusa.
- O que?! - Falo em confusão, ela sorri e se aproxima mais de mim.
- Você me olha assim quando está com vontade. - Deu de ombros. - Posso te ajudar com isso Anjo. - Disse sedutora, passando a língua nos lábios prendendo minha atenção, balancei a cabeça fugindo da sua provocação.
- Deixa de ser ousada e me deixe levantar, temos um dia cheio hoje. - Falei a empurrando e me levantando às pressas, parei abruptamente na porta do banheiro quando ela falou.
- Não tem problema, podemos ser rápidas. - Disse simplesmente, me virei devagar, olhando horrorizada para ela, que sorriu e se levantou vindo que nem um felino pronto para o abate em cima de mim.
- Meu Deus, vou matar Ploy, ela está criando uma viciada. - Ralhei indignada, Somwang deu risada e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.
- Você que me deixa viciada meu anjo. - Falou me olhando intensamente.
E mais uma vez não tive como resistir às investidas dela, acabei me entregando para ela no banheiro, onde que seria apenas uma rapidinha, demorou algumas horas. Tínhamos marcado de ajudar Hange com os meninos, seu marido acabou a largando com um filho recém nascido, depois que descobriu que vinha mais um, simplesmente sumiu do mapa a deixando sozinha, não tinha como não ter pena dela, mãe solteira com dois filhos para criar.
Chegamos na casa de Hange ela estava nos esperando com seu mau humor habitual de sempre, com meu afilhado no colo. Ficamos tão felizes quando ela nos chamou para ser madrinhas, Som no começo ficou reticentes quando ela pediu para segurar a criança, ela nunca teve nenhum contato com crianças na vida, parecia não gostar, mas agora era um babona.
- Dá meu afilhado aqui! - Disse passando por mim que nem furacão já estava tomando a criança da mão de Hange que a olhou assustada.
- BOM VER VOCÊ TAMBÉM SOMWANG! - Gritou , comecei a dar risada.
- Desculpa por isso Hange, como vai? - Pergunto sorrindo sem graça, Som me matava de vergonha, ela me abraçou.
- O de sempre Anon, duas crianças para cuidar não é fácil, estou uma bagunça. - Disse rindo triste, passei a mão no seu braço em conforto.
Entramos pela sala e vi Somwang brincar com as duas crianças, fiquei parada admirando minha noiva sorridente, era inacreditável como ela tinha mudado tanto, aquela mulher fechada não se via mais. Hange colocou a mão no meu ombro, ela sorriu olhando a interação deles.
- Daddy Som mudou muito. - Concordei em silêncio ainda encantada. - Você tem muita sorte, ela te ama muito, não é atoa que mudou, isso tudo foi por você e graças a você. - A encarei e vi um sorriso triste nos seus lábios, me cortava o coração de ver o quanto Hange estava sofrendo, ela amava o ex marido, mas ele foi muito burro de não ter enchergado o que tinha nas mãos.
- Subsib thn53;ng sm2;xng phūd tm2;ho09;ng cm2;hn41;n n09;ā xo23;āngrn3;? (o que as duas fofoqueiras falam de mim?) - Ela nos encarava séria, mas com divertimento nos olhos.
- Mn3;l8;chıl8; reo09;m2;l8;xng km2;hxng khum51; pn3; dūlæ lūk «km2;hxng cm2;hn41;n sm2;i! (Não é da sua conta, vai cuidar dos meus filhos!) - Disse Hange cruzando os braços para ela.
- Você é muito folgada! - Reclamou Somwang irritada.
Balancei a cabeça sorrindo, as duas começaram a discutir, claro que entrei no meio para separá-las, se não cada uma ia ficar de bico para outra, era uma semana sem se falar, do jeito que Som era rancorosa, não corria atrás de ninguém. Amava que ela tinha mudado, mas não acreditava que era por mim.
Já era tarde da noite quando acordei assustada e ofegante, depois do acidente era recorrente ter pesadelos todos os dias, passei a mão na cama e vi que faltava alguém, então entrei em desespero achando que ainda estava no sonho.
- SOMWANG!- Grito para logo ela entrar no quarto vindo da varanda, ela senta na cama do meu lado e começo a chorar.
- Ei, ei, ei, anjo estou aqui! - Diz me puxando para abraçá-la.
- Não me abandone por favor. - Imploro soluçando, ela faz um carinho singelo em meus cabelos.
- Nem se eu quisesse Nong, você sabe que não consigo viver sem você, desde aquele acidente, prometi para mim mesma de ficar ao seu lado pro resto da vida, não é atoa que te pedi em casamento. - Me separei dela a encarando, seus olhos me mostravam toda a dor que ela sentiu aquele dia, meu coração apertou na mesma hora.
- Eu te amo pequena Sisu. - Falei passando minha mão em seu rosto em um carinho, ela suspirou fechando os olhos e segurou a minha mão em seu rosto.
- Eu te amo anjo. - Então ela abriu os olhos, sorriu mostrando seus lindos dentes. - Um remédio para dormir? - Perguntou, concordei, ultimamente era assim, tinha pesadelos, o jeito mais fácil de dormir novamente era a base de remédio que o médico receitou.
- Som? Posso te fazer uma pergunta? - Perguntei quando ela levantou da cama para ir atrás de um copo de água e meu remédio, fiquei a olhando atentamente enquanto estava de costas para mim, então ela fez um sinal nasal concordando, engoli em seco tomando coragem. - Então, que tal… termos um filho? - Perguntei com receio, vi Somwang travar, suas costas ficam eretas.
A reação de Somwang não foi uma das que imaginei na minha cabeça, não era a primeira vez que estava trabalhando a ideia de ter uma criança, ela me fez despertar essa vontade a algum tempo, mas pelo visto, pelo jeito surpreso que ela me olhou naquele momento, acho que não era bem o seu desejo. Olhei para baixo triste, comecei a brincar com meus dedos, totalmente arrependida, acho que percebendo o meu desapontamento ela veio até mim com o copo e o comprimido me estendendo, peguei-os de sua mão, agradeci em um murmuro, mas ninguém disse nada. Aquele silêncio dela estava me matando, fiquei irritada, então deitei me virando para o lado emburrada. Somwang veio se deitar de frente para mim e ficou me encarando, seu semblante era sério, ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.
- Eu… - Tentei falar algo, mas ela colocou um dedo na minha boca para que me calasse, ela fechou os olhos suspirando.
- Não fique chateada comigo, mas eu não sei se vou ser uma boa mãe, crianças são complicadas Nong, tenho meus demônios ainda para exorcizar, tive uma infância dura. - Fiquei analisando aquele rosto lindo da mulher da minha vida, então sorri.
- É, definitivamente você não vai ser uma boa mãe, mas um bom Daddy Som, sim. - Brinquei para quebrar o clima pesado, ela me olhou emburrada.
- Até você com isso! - Ralhou mal humorada, se afastou ficando de barriga para cima cruzando os braços, podia passar o tempo que fosse mas Somwang ainda seria uma criança emburrada, me inclinei em cima dela e mordi seu lábio.
- Tudo bem se não quiser, só foi uma ideia que vem passando na minha cabeça há um tempo. - Digo sincera, ela analisou meu rosto e respirou fundo vindo me beijar.
- Não disse nada sobre que ia pensar, só avisei das condições. - Dito aquilo meu sorriso se alargou, comecei a beijar todo seu rosto animada. - Soubesse que ia ficar assim teria falado isso antes. - Dei um tapinha no seu braço de leve, ela riu me puxando para abraçar.
- Obrigada por tudo meu amor, eu te amo. - Falei ela apertou mais em seus braços.
- Eu também te amo anjo.
Fim do capítulo
" Ola, meninas, espero que tenham sentido falta das minhas meninas, que elas voltaram com tudo ;) "
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]