Capitulo 45
— Pronto, sem acidentes e com muito êxito. — disse Helena no exato momento em que parou o carro de Mia bem na frente da garagem de sua casa.
Mia riu por breves segundos enquanto retirava o cinto.
— Eu não duvidei em momento algum e mesmo que você tivesse dirigido mal eu nem teria percebido, eu estava totalmente ocupada apreciando essa preciosidade que é você dirigindo. — Mia tentou falar com seriedade, mas ao fim de suas palavras seu tom já era risonho e o sorriso largo nos lábios deixava isso bem obvio.
Helena gargalhou, mas em seguida rolou os olhos, já iria sair do carro quando parou repentinamente:
— Ah! — Mia exclamou e estalou a língua de uma forma que parecia muito obvio que ela estava prestes a aprontar algo. — Quer experimentar mais uma coisa hoje?
— O que está aprontando? — Helena questionou enquanto voltava a encarar a namorada.
A acusação de Helena se tornou verdadeira quando Mia se moveu no banco em que estava e fez o que Helena já fez algumas vezes: saiu de seu banco e foi para cima de Helena até montar no colo da mexicana de frente para ela.
— Te fazer sentir o que eu sentia toda vez que você fez isso comigo. — Mia acusou enquanto arqueava uma sobrancelha e encarava sua garota bem de pertinho dessa vez, o sorrisinho safado no canto de seus lábios foi retribuído pelo sorriso de Helena.
A mexicana deu uma pequena risada enquanto apoiava a cabeça no encosto do banco do carro e encarava com muita atenção a sua namorada no escurinho do carro, seu coração batia muito rápido dentro de seu peito e a sensação era realmente indescritível, observar Mia ali, sentada em seu colo, com o rosto pouco iluminado, com os fios escuros caindo por seu rosto, sentindo o calor dela irradiando para seu corpo e sendo contagiada por aquele sorrisinho no canto dos lábios de Mia... Definitivamente tesão não era a única coisa que ela sentia no momento e por mais que ela imaginasse que sentimento era, ela ainda não conseguia descreve-lo, parecia tão grande e tão intenso que não parecia ter nome. Não ainda.
— Consigo entender por que você não resistiu a mim. — Helena brincou em um sussurro.
Mia deu uma pequena risadinha enquanto ia se inclinando para poder beijar a namorada e então, quando os lábios de ambas se encontraram inicialmente em um selinho maroto que em poucos segundos se tornou um beijo lento, aquilo pareceu tão intenso que foi o suficiente para que as mulheres se perdessem em um mundo paralelo onde apenas elas existiam. A forma como seus lábios se encaixaram unicamente um ao outro, o jeito como as línguas se enroscavam, como as mãos de Helena deslizavam pela pele de Mia, era tudo tão sincronizado que parecia que aquele casal estava junto a anos.
— Essa foi uma das noites mais incríveis que alguém me proporcionou. — Helena comentou baixinho contra a boca de Mia, que sorriu com o comentário.
— Também sinto isso, por mais simples que tenha sido... Foi perfeito. — Mia pendeu um pouquinho a cabeça para o lado para encarar bem a sua namorada, suas mãos subiram para tocar o rosto dela com carinho.
Em silêncio as duas se encararam por alguns bons segundos, não existia em nenhum vocabulário palavras que pudessem descrever sentimentos naquele momento, mas o olhar delas dizia muita coisa, como se cada uma estivesse fazendo um pequeno monólogo de declarações apenas pelo olhar.
E foi assim, em silêncio, em meio a uma infinita troca de olhares e beijos que as mulheres seguiram para dentro de casa onde o pequeno mundo de Mia e Helena se expandia e se tornava um mundo com mais sentimentos do que antes que agora crescia entre os corpos nus das mulheres entrelaçadas na cama. Dessa vez não ouve força ou sequer palavras, a única voz que surgia no momento era a voz dos corpos clamando por mais.
Foi lento, calmo e contraditoriamente extremo... Quando a língua deslizava com tanta calma e carinho sobre a pele quente, os poros arrepiavam-se com extrema força, os bicos dos seios endureciam a ponto de doer e o clit*ris pulsava com tamanha força que parecia querer sucumbir em uma explosão de prazer. Quando a lentidão do sex* era irrompida por um vibrante grito de prazer que era prontamente calado por um beijo. A forma como os dedos eram sugados e besuntados por aquele mel que era capaz de enfeitiçar... O lento rebol*r em contraste com o poderoso orgasmo era definitivamente contraditoriamente extremo. Era insano pensar como algo tão calmo, tão cheio de sentimento e carinho irrompiam sensações tão intensas, tão extremas.
Tão lentamente aquele momento começou e tão lentamente ele terminou, como se os corpos tivessem se fundido em um só e agora clamavam para que não fossem separados e conscientemente não foram, já que o casal adormeceu tão entrelaçado que qualquer um que visse aquela cena jamais conseguiria distinguir quem era quem.
***
Puxada suavemente de seu sono pesado e tranquilo, Helena abriu os olhos de forma extremamente sonolenta em um despertar maroto e imediatamente o que viu fez um sorriso preguiçoso surgir em seus lábios: Mia sentada bem no meio da cama, nua, com cara de sono, descabelada e com Vadia espremida contra seus seios recebendo todo o carinho e atenção que merecia.
— Ela te mordeu? — Helena questionou em um sussurro rouco.
O quarto iluminado pela luz da manhã deixava nítido que o amanhecer já havia ocorrido a algum tempo.
— Mordeu. — Mia respondeu. Os olhos desviaram da janela do quarto e vagaram até encontrar os olhos de Helena. — Mas ela não tem culpa nenhuma, nós dormimos demais.
Helena deu uma pequena risada e logo em seguida esticou sua mão para tocar na pelagem macia de sua gata.
— Bom dia, bebê. — saudou a gatinha e recebeu em troca um ronronar longo. — Vai ganhar o patê que você adora.
Mia sorriu de forma derretida enquanto inclinava-se um pouco e dava vários beijos na cabeça peluda e quentinha da gata antes de com calma coloca-la de volta na cama. Logo observou a gata imediatamente ir em direção a Helena, esfregando-se na dona como se implorasse por mais carinho.
— Você dormiu bem? — Mia questionou.
— Perfeitamente, eu passaria o dia inteiro nessa cama com você. — respondeu sem ao menos pensar duas vezes enquanto mantinha sua atenção em Vadia, que agora apreciava um bom carinho em sua barriga e “amassava pãozinho” no ar, deixando bem claro o quanto estava gostando de tanta atenção.
— Eu também..., mas uma de nós acabaria sem um pé. — a morena arqueou uma sobrancelha ao olhar para Vadia, acusando-a é claro, afinal, logo ela retornaria com suas mordidas até que alguma das mulheres tivesse coragem de ir abastecer a ração da pequena gordinha.
Helena riu por alguns segundos e então bocejou. O silêncio perdurou por mais alguns segundos antes que a mexicana o quebrasse:
— O que estava pensando antes de eu acordar?
Mia deu de ombros e em seguida espreguiçou-se com muita preguiça antes de poder falar:
— Estava escolhendo um lugar novo para plantar nossas flores. — respondeu e com um aceno de cabeça indicou o lado de fora da janela do quarto de Helena e aguardou que sua namorada se ajeitasse na cama para olhar na direção indicada. — Vão ficar perfeitas ali...
— Pra quando florescerem, ser a primeira coisa que vamos ver ao olhar lá fora pela manhã. — Helena completou as palavras de Mia e a Designer sorriu de forma completamente orgulhosa enquanto acenava com a cabeça.
— Um sopro de cores, energia e felicidade todas as manhãs.
— E amor. — Helena completou.
O sorriso de Mia cresceu quando ouviu a namorada e seu coração bateu mais rápido e dessa vez não resistiu, precisou se jogar nos braços da namorada mais uma vez como se precisassem comemorar mais aquele momento.
Alguns bons minutos depois e claro, depois de terem empanturrado Vadia com seu tão amado Patê, as duas mulheres agora se encontravam no quintal de Helena em um trabalho conjunto de preparar o local para plantar as flores compradas por Mia.
— Estamos quebrando tantas regras de segurança e higiene aqui. — Mia reclamou em tom um pouco baixo e rolou os olhos quando ouviu a risada de Helena.
O motivo era simples, Mia vestia só uma camisa larga e calcinha e nem calçado nos pés tinha e Helena não estava absolutamente nada diferente disso.
— Mas o bom de se aventurar na jardinagem é isso, chatinha. — Helena justificou, estava de joelhos no chão e com as mãos totalmente sujas. E Mia estava ao seu lado apoiada na pá que segurava.
— Você era uma criança que adorava brincar em terra não era? — Mia questionou e acabou sorrindo com a própria pergunta já que a imagem viera em sua mente.
— Com toda certeza, a natureza sempre foi extremamente atrativa pra mim, me trás liberdade, então eu sempre gostei. Tanto da natureza em si, quanto dos animais ou ao menos a maioria deles. Eu era aquela criança que adorava pegar nos animais que encontrava, isso inclui sapos e cobras.
— E com certeza você sabe que eu era o total oposto disso. — Mia rebateu, mas tinha uma expressão contorcida no rosto.
— Com toda e absoluta certeza. – Helena sorriu de forma um pouco larga, mas então olhou para a namorada. — Vamos espalhar o adubo que você trouxe e então plantamos elas.
— Sim senhora. — Mia fez um rápido sinal de sentinela, deixou a pá de lado e foi pegar o saco de adubo citado por Helena, trouxeram dois por precaução. — Você tem medo de algum animal?
— Guaxinins.
Mia parou no meio do caminho e virou-se para encarar a namorada, o cenho franzido ao ouvir aquela resposta.
— Guaxinins?? É sério? — questionou em tom indignado
— O que foi? Só por que é um animal supostamente fofo? — Helena encarou Mia, o tom de voz igualmente indignado.
— Supostamente fofo? Amor, pelo amor de Deus.
Helena rolou os olhos antes de falar, se ajeitou um pouco ao sentir a grama pinicar seus joelhos e então ergueu-se do chão.
— Supostamente fofos. Guaxinins são animais selvagens que a maioria dos americanos insistem em domesticar. Mas na verdade eles são pequenos ladrões que se contrariados te atacam como se tivessem todo o direito sobre o seu lixo...
Mia Franziu completamente o cenho, a boca um pouco aberta enquanto processava o que Helena havia acabado de falar, pensava que aquilo havia sido uma acusação específica demais.
— Você foi atacada por um guaxinim!
— Mas é claro que eu fui atacada por um guaxinim, Amélia!
Todo o quintal de Helena foi preenchido pela gargalhada alta de Mia que durou bons segundos e fora tão gostosa que ao invés de deixar Helena com raiva, acabou fazendo-a rir junto. Até mesmo em momentos como aquele, onde ela se tornava motivo de piada, ainda assim sentia um conforto em seu peito, ainda mais ouvindo aquela risada.
Assim em meio a dezenas de risadas e pequenos relatos contados, o casal de mulheres com muita calma e cuidado plantou cada muda comprada por Mia, como se todo o cuidado e carinho que colocassem naquele momento fosse ajudar no crescimento das pequenas flores, demoraram um bom tempo, afinal, não havia pressa. E mesmo depois que terminaram a nova plantação, deram uma boa atenção a pequena horta de Helena, regando e cuidando de planta por planta até que se sentissem satisfeitas assim, juntas e completamente sujas de terra enfim voltaram para dentro de casa, diretamente para o banheiro do quarto onde enfiaram-se na água quente da banheira.
— Amor... — Helena chamou. As duas estavam sentadas frente a frente, mas Mia se ocupava em limpar as unhas sujas e tirar quaisquer resquícios de terra de suas mãos.
— Hmm? — ergueu os olhos azuis para encarar os olhos serenos de sua namorada.
— Futuramente você pretende se casar? Ter filhos? — questionou e franziu um pouco o cenho antes de completar. — Não que eu esteja planejando isso...
Mia deu uma pequena risada com as palavras de Helena.
— Não precisa se justificar, eu entendi sua pergunta. — disse enquanto calmamente esfregava uma mão na outra e relaxava um pouco mais ao encostar as costas na borda da banheira. Um pequeno sorriso se desenhou em seus lábios enquanto encarava a mulher em sua frente. — Nós sempre conversamos sobre o nosso passado, sobre histórias da nossa infância, mas pouco conversamos sobre o futuro.
Helena concordou com um aceno de cabeça, sentindo-se imediatamente aliviada por Mia ter entendido muito bem o motivo de suas perguntas.
— Mas a resposta é sim, para ambas as perguntas. Mas não tenho pressa, eu preciso ter muita segurança para pensar nessas coisas, principalmente em filhos que eu sei muito bem que vai tomar uma boa parte da minha vida. — explicou com calma, mas logo continuou. — Mas não muitos filhos, o limite seriam dois, acho que seria uma quantidade harmoniosa.
— Sendo eu extremamente experiente com uma quantidade grande de irmãos, apenas dois é definitivamente uma quantidade perfeitamente harmoniosa.
As duas riram juntas por alguns segundos.
— E você? Eu sei que você já pensou nisso. — Mia acusou.
Helena concordou com um aceno de cabeça e então deu de ombros.
— Pensei muito, mas meus atos contradizem meus pensamentos, afinal eu jurei pra mim que nunca mais entraria de cabeça em um relacionamento e cá estou eu, loucamente apaixonada por você.
Mia deu um sorrisinho sem vergonha.
— Então eu também virei sua cabeça, assim como você virou a minha.
Helena riu brevemente, mas concordou com um aceno de cabeça e o melhor de tudo era que ela não se sentia nem um pouco incomodada em compartilhar isso.
— Também pretendo ter filhos, na verdade sonho com isso, ter a sensação mais uma vez de gerar uma vida, era tão... Mágico. — a mexicana franziu um pouco o cenho enquanto pensava nas próprias palavras, calmamente apoiou o braço na borda da banheira e em seguida apoiou a cabeça em sua mão. Com um sorriso pequeno nos lábios e os olhos preguiçosos encarando Mia, voltou a falar: — Mas eu sei que existem chances de isso não se realizar pela forma com a qual perdi minha filha, mas eu tenho esperanças.
— Você já pensou em congelar óvulos? — Mia questionou, sentia um certo alívio por notar que o assunto parecia não estar incomodando Helena, na verdade ela parecia extremamente à vontade.
Helena negou com um aceno de cabeça.
— Você sabe que por um bom tempo eu escolhi não pensar em absolutamente nada relacionado a isso.
Mia acenou com a cabeça, concordando com as palavras de Helena, mas logo acrescentou:
— Porém, cá está você agora falando livremente comigo sobre o assunto, o que me deixa extremamente orgulhosa por sinal... — arqueou uma das sobrancelhas e deu um sorrisinho maior.
As palavras de Mia em conjunto com aquele sorrisinho foram totalmente suficientes para desarmar Helena e por isso a mexicana jogou a cabeça para trás enquanto dava uma pequena risada na tentativa de fugir dos olhos de Mia. Balançou a cabeça de forma negativa enquanto agora olhava para o teto e sentia seu rosto esquentar enquanto seu coração batia tão forte que a deixava ansiosa.
Mia sorriu de forma um pouco mais larga e logo em seguida moveu-se indo calmamente para cima de Helena.
— Ei, nada de fugir de mim! — reclamou enquanto se enfiav* entre as pernas de Helena. — Eu adoro quando você fica sem graça.
— De alguma forma muito, mas muito estranha... — A mexicana começou enquanto se ajeitava um pouco e envolvia o corpo de Mia com seus braços, olhou para ela com um sorrisinho no rosto. — É agradável quando você me faz ficar sem graça.
— É? — Mia sorriu, aquele sorriso que transbordava felicidade e que era capaz de fazer o coração de Helena saltar dentro do peito. — Eu sinto orgulho de você em todos os pequenos detalhes, Helena, até mesmo quando você me diz que dormiu bem, quando você me manda mensagem dizendo que terminou um quadro, quando você me manda fotos aleatórias, quando você sorri... E eu listaria uma centena de coisas aqui, agora, se eu não soubesse que você morreria de vergonha.
— Meu deus... Por que eu fui falar que era agradável? — Helena questionou. Sua voz quase não saiu e suas mãos a essa altura já cobriam o próprio rosto, ela definitivamente não sabia onde enfiar a cara, seu coração batia tão forte que quase saía de seu peito e esse sentimento só tinha um nome.
***
— Ok, continuando o assunto sobre futuro. — Mia começou. A morena se ocupava em retirar uma tigela com mingau de aveia de dentro do microondas. — Como seria sua casa dos sonhos? Você não pretende morar aqui o resto de sua vida, não é?
Helena negou com um aceno de cabeça enquanto mantinha sua atenção em passar uma boa quantidade de geleia em sua torrada, já havia passado a hora do café da manhã a um bom tempo, mas elas não ligavam.
— Minha casa dos sonhos é uma casa grande e muito arejada com bastante luz natural, um jardim bem grande tanto na frente quanto atrás e eu pagaria algum garotinho da vizinhança para cortar a minha grama. — foi falando de forma um pouco distraída antes de dar uma boa mordida em sua torrada, em seguida ergueu os olhos para encarar Mia que retornava para a mesa com algumas coisas em mãos, incluindo sua tigela de mingau de aveia agora recheada com algumas frutas em cima e mel, a morena também trouxera outra tigela apenas com algumas frutas.
— Isso é exploração infantil, sabia?
Helena deu de ombros.
— Aposto que você ou o Fred vendeu limonadas em frente de casa pra ganhar dinheiro quando pequenos. — Helena acusou, tinha um sorrisinho nos lábios enquanto mastigava.
— É muito presunçoso da sua parte pensar isso, eu jamais venderia limonada. — Mia Franziu o cenho como se estivesse ofendida com a acusação de Helena. Abocanhou uma colher parcialmente cheia com seu café da manhã e após mastigar algumas vezes completou: — Eu vendia biscoitos que eu fazia com o Pappa, eram muito mais gostosos e rendiam mais dinheiro.
Helena gargalhou por alguns segundos e Mia acabou dando um sorriso largo enquanto ouvia aquele maravilhoso som.
— Claramente uma empresária desde pequena. O que você fazia com o dinheiro?
— O Fred também vendia na escola e gastava com comida. Eu gastava o meu com livros, com certeza era por isso que Mamma e Pappa incentivavam. — explicou com calma enquanto mantinha sua atenção focada em sua comida, mas calmamente pegou uma boa colherada preenchida com o mingau, mirtilos e morango e ofereceu a Helena. — Experimenta.
— Perfeitinha e louca por conhecimento desde sempre. — Implicou enquanto se inclinava um pouco para conseguir abocanhar a colher oferecida por Mia. — Hmmm. — gem*u ao se afastar e saborear o doce da mistura entre as frutas, o mingau e o mel. — Tudo que você faz fica uma delícia, amor.
Mia sorriu com orgulho assim que ouviu as palavras de Helena, mas logo deu de ombros e começou a falar:
— A minha casa dos sonhos sempre foi a casa dos meus pais, acho que por causa do ambiente familiar, aos meus olhos ela sempre foi perfeita. É grande, com uma bela cozinha, quartos espaçosos, um bom quintal e que só de olhar te da o ar de que vive uma família feliz ali. — a morena foi falando enquanto misturava uma parte de seu mingau com as frutas e logo em seguida dava mais uma colherada e enquanto mastigava, voltava a olhar para a sua namorada, que a encarava de volta com um sorrisinho nos lábios.
— É tão fofo como você sempre vai ser a mimadinha da Mamma e do Pappa. — Helena implicou.
Mia rolou os olhos, mas acabou rindo, afinal não era uma mentira.
O casal continuou falando sobre o futuro, o que queriam, o que desejavam, seus sonhos e por mais que elas não expressassem isso claramente, lá no fundo do coração de ambas as mulheres, elas desejavam que esse futuro que tanto falaram naquela manhã, fosse um futuro juntas.
Fim do capítulo
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