O tempo passou e os negócios de Antônio Moradas cresceram! Transformou-se em um grande empresário do Agronegócio e muito influente no meio politico, e empresarial.

 Pietra estava prestes a completar 15 Anos, se tornando uma jovem de uma personalidade forte. Havia decidido que não queria festa para comemorar seu aniversário, sempre foi avessa a comemorações principalmente que envolvessem a alta sociedade Liriense, agora que seu pai passara-se a ser frequentador assíduo.

Nunca gostara destas coisas, mas o pai estava irredutível, pois seria mais um momento para Antônio Moradas ser notícias nos principais jornais da cidade.

Pietra estava aguardando Larissa  próximo ao carro que as levavam para o colégio, quando ela percebe que Larissa não largava o celular...

 - Lari, o que você tanto olha pro seu celular?

- Nada Pietra, eu hein...

- Sei!...

- E seguiram para o colégio.

Ambas estudavam sempre na mesma sala, mas a medida que foram crescendo aquela garotinha impulsiva, agora se tornava uma jovem atraente e misteriosa, de gênio forte  e completamente sem paciência para as futilidades dos adolescentes de sua idade.

No colégio, Pietra tinha poucos amigos, gostava de ficar mais reclusa, pois não tinha paciência para as "frescuras" dos seus colegas de classe...

Nos intervalos sempre estava acompanhada de seu fone de ouvido ou algum livro, e com isso sempre despertara a curiosidade dos outros adolescentes.

tinha  única pessoa que sempre tinha sua total atenção,  era Larissa e com isso se tornara alvo de apelidos jocosos, sendo reconhecida como a NERD DO CAFÉ. Pois não tinha dificuldades em nenhuma disciplina poderia ser de exatas ou da área de humanas, sempre se destacava como a melhor.

Larissa sempre se esforçava e como tinha uma ótima sintonia com Pietra, acabou por tomar gosto pelos estudos, já que sempre compartilhavam juntas estes momentos.

               ------------------------------ XX ----------------------------------

Manhã de sábado, Pietra bate na porta do quarto da Larissa.

- Lari, Posso entrar pequena?

Como não houve resposta, abriu a porta  devagar com medo de acorda-lá.

 Ao escutar o barulho do chuveiro,  foi  pra próximo da porta achando que estava fechada, mas ela vê sua pequena  no banho, o vapor que estava subindo estava embaçando sua visão, e sente neste momento algo estranho a ver sua pequena nua. Se questiona interiormente, pois considera Larissa como uma irmã...

Resolveu sair do quarto de Larissa, chegou a seu quarto e começou a pensar sobre o que estava sentindo ao ver sua "Irmã" no banho, pois a imagem não saia da sua cabeça...

Decidiu ir até a cachoeira que tem na fazenda, para nadar e refletir.

- Mãe, a Pietra já tomou café?

- Não Larissa, achei que vocês tinham brigado, ela saiu daqui, e foi direto para estábulo, pegou a Amora e saiu!

 - Que estranho mamãe! Vou levar uma cesta para tomarmos café, acho que sei onde ela foi...

Larissa chegou ao estábulo e imediatamente pegou seu cavalo Zeus, presente que ganhou de Pietra e  saiu em disparada para a cachoeira da fazenda.

- Pietra! Pietra! Pietra...

- Larissa chamava ...mas Pietra não ouvia...

Ela estava nadando freneticamente, Larissa sabia que quando ela estava assim, era porque algo a estava incomodando, e esta era a maneira de Pietra refletir, nadar até a exaustão.

Parou e observou o quanto sua "irmazinha", estava se tornando uma grande mulher, corpo perfeito, todo definido, uma postura de dar inveja a qualquer garota da sua idade, quem não conhecia a sua idade, falava que ela tinha mais de 18 anos devido a sua fisionomia aquirida por ser uma exímia amazona desde pequena, e praticante de lutas marcias...

Devagar ela tira a roupa e entra na cachoeira, tenta ir de encontro a Pietra, silenciosamente para não assusta-la, já que ela  estava boiando com os olhos fechados.

Larissa neste  momento sentiu algo diferente a ver o corpo de Pietra   sendo banhado pelos raios do sol iluminado o seu corpo, Uma linda imagem que nunca sairia da sua mente...

Pietra sempre teve o sexto sentido aguçado, e quando Larissa se aproximou, a olhou dentro dos seus olhos verdes, e pode ver um brilho diferente em seu olhar...

- Oi Pequena...

- Ah, Para Pietra! Até parece que sou muito baixinha, você que é alta demais....

- E não dá para te assustar né! Nunca consigo, Que raiva! ...

- Rsrs...

- Para de rir Pietra, Não tem graça!

- Claro que tem...

- Olha como você fica vermelha feito um tomate...

- Larissa estava visivelmente constrangida, pois imaginou que Pietra havia percebido seu olhar "diferente" e propôs a mudar de assunto.

- Ah! Para Pietra, só você mesma para gostar de nadar tão cedo assim...

- Sempre nadamos este horário, qual o problema?

- Ah! esquece Pietra...

- Eu vou sair, trouxe o café para tomarmos aqui...

-  Deus me livre nessa água tão gelada!

- Não fico nem mais um minuto Pietra, tchau...

- Tô saindo!

E  sem esperar  Pietra mergulha  e surge  na sua frente, e joga a água no seu rosto, e sai correndo,  e escuta o grito de raiva da Larissa...

- Pietraaaaa, vou te matar!

Ah,  Pietra, você me paga!....

 Ao chegar na margem da cachoeira, Pietra para e seus olhares se cruzam...

 De repente vê o cansaço da outra ao correr atrás dela. Elas se olham com uma intensidade diferente, e ambas tentam disfarçar com sorrisos...

- Pequena, o que está acontecendo com você?

- Não consegue dar duas braçadas na água, e já está assim tão ofegante...

Ah Pietra, eu te mato, e pulou no pescoço dela.

 Pietra não prevendo esta reação  segura  o corpo que se  jogou contra ela, e  se deixa cair para não machucar sua pequena...

Nesta troca de olhares, ambas acabam se olhando, se descobrindo, desnudando suas almas, através dos olhares. As respirações se tornam pesadas, e os sorrisos se tornam um questionamento, onde os corpos colados pela queda, o calor emanado pelo olhar aquecem seus corações!

Surge neste momento a dúvida, o misto de desejo e medo, as diversas sensações se fazem presente e neste momento as palavras não eram mais necessárias serem ditas e sim, ações...

Pietra deu o primeiro passo, um beijo tímido no início, mas foi se transformando a medida que a outra foi abrindo e dando passagem para sua língua, que vasculhou cada espaço da sua boca...

Como se despertada de um transe, Larissa empurrou Pietra, e levantou furiosamente... Pietra sem entender direito, foi atrás dela e perguntou: o que houve Pequena?

- Pará Pietraaa! o que é isso que você está fazendo?

- Eu não sou lésbicaaa, porque você me beijou?

- E com tamanha fúria, dá uma tapa na cara da Pietra...

Fim do capítulo